Especialista avalia novo comportamento e estratégias para as marcas utilizarem nesse momento
Migrar do ambiente off-line para o online trouxe impactos importantes e, apesar de a transformação digital ser esperada, a pandemia acelerou totalmente esse processo e as empresas que não se habituarem a esse novo cenário, provavelmente não sobreviverão.
Uma pesquisa realizada pelo Centro de Tecnologia Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGVcia) mostra que há hoje 447 milhões de dispositivos digitais em uso doméstico ou corporativo no país. A categoria engloba computadores de mesa, notebooks, laptops, tablets e smartphones. São mais de dois equipamentos por habitante, incidência semelhante a de nações ricas.
Isso só mostra o quanto estamos mais conectados e também mais exigentes. Queremos que as empresas mostrem personalidade, proximidade de valores, alinhamento ao pensamento, além de comunicação e uma relação mais digitalizada. Estamos falando do consumidor 4.0, pessoas que não abrem mão de consumir produtos e serviços que proporcionem experiências digitais.
Pare e pense. Quantas vezes você passou em frente a uma loja e sentiu vontade de fazer um pedido de algum item dela do conforto da sua casa? Parece comum esse sentimento. No entanto, enquanto algumas empresas oferecem essa experiência, outras ainda estão atrasadas no processo de inovação, não possibilitando canais para conversar com um atendente e tirar algumas dúvidas. Isso frustra qualquer consumidor.
Além disso, ainda vemos serviços de chatbot acontecerem de maneira ineficiente. Eles são desenvolvidos exatamente para se comunicar com as pessoas e utilizam inteligência artificial para obter uma experiência mais próxima. Assim é possível resolver dúvidas dos consumidores e problemas de maneira totalmente automatizada e sem a necessidade de envolvimento de atendentes humanos. Esta é uma tecnologia que não pode faltar.
As marcas precisam ser omnichannel. Esta é uma tendência sem retrocesso. As empresas precisam oferecer diversidade e simplificar o processo de compra de qualquer cliente. Por isso, conciliar informações claras, produtos e serviços personalizados, comodidade e experiência é um fator que vai ser cada mais mais exigido pelos consumidores.
O que vem pela frente ainda é mais que isso
Estamos em constante evolução e ter um relacionamento próximo, empático e rápido são exigências desse novo mercado. A medida que o tempo passa,novas ferramentas tecnológicas chegam para agregar e levar os consumidores a outras experiências.
Sim, estamos vivendo a era da experiência e sai ganhando aqueles que souberem aproveitar o momento propício para isso.
Inclusive, o Metaverso não será um furacão passageiro que chega e vai embora. Ele já mostrou que veio para ficar e mudar ainda mais o pensamento dos consumidores.
Qualquer pessoa poderá entrar em uma loja de móveis pela plataforma, por exemplo, e ali mesmo montar seu quarto a partir do que aquele lugar oferece. O consumidor sairá dali olhando como sua casa ficará quando estiver mobiliada. Uma experiência nunca antes realizada e que agora está se tornando real.
Inovar e reconhecer que este é o caminho para fazer novos negócios e conquistar clientes podem estar na agenda de muitas empresas - os investimentos em TI das companhias já equivalem a 8,7% de suas receitas, de acordo com a FGV -, mas executar todas as experiências possíveis ainda é um processo que acontece de maneira lenta por aqui.
Talvez, não estávamos preparados para o tamanho do boom de inovação do qual caminhamos, mas vale lembrar que já estamos vivenciando tudo isso. A competitividade está acirrada e ficará no mercado quem souber usar tudo o que a tecnologia tem para oferecer.
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