terça-feira, 30 de novembro de 2010

Planejando vendas de fim de ano no E-Commerce

Comece a planejar agora suas vendas de final de ano




O inicio do pagamento da primeira parcela do 13º salário a 23 milhões de beneficiários (totalizando R$ 9 bilhões) é a largada para as compras de final de ano, que devem bater novos recordes. A começar pelo e-commerce, que fechou o primeiro semestre de 2010 com crescimento 40% superior ao do ano passado e que deve chegar a R$ 14 bilhões, segundo as previsões do e-Bit.



Portanto, este é o momento para planejar as ações promocionais do seu site e ficar um passo à frente da concorrência. Para isso, elaboramos um check-list dos principais pontos a serem trabalhados. São eles:



Dê um “banho de loja” no site: Este é um bom momento para atualizar o conteúdo do site, revendo textos, substituindo imagens antigas, acrescentando novas seções sobre produtos, modernizando o layout e facilitando as consultas dos clientes. A loja virtual é como a sua loja: física quanto mais atraente ela for, mais visitas terá.



Crie promoções: Para se destacar é preciso criar promoções diferenciadas para os seus clientes na internet. Ofereça algum tipo de benefício: ofertas especiais, preços diferenciados para compras antecipadas, sorteio de brindes, etc. Reserve um espaço especial e de destaque no seu site para elas.



Faça propaganda: Não basta ter um bom site e promoções diferenciadas, é preciso que os seus clientes saibam que elas existem. Para divulgá-las, você pode usar os próprios recursos da internet, como campanhas de links patrocinados em sites de busca como Google, Yahoo! e Bing, banners em portais de conteúdo ou e-mail marketing. O marketing digital é essencial nessa hora.



Atenção especial para as redes sociais: Atuar nas redes e mídias sociais como Orkut, Twitter, Facebook, YouTube e Flickr é uma ótima forma de promoção, mas cuidado! Não esqueça que elas são redes de relacionamento e não apenas veículos de propaganda. Isso significa que você também pode receber reclamações e queixas sobre a loja. Além de divulgar, profissionais responsáveis também precisam atuar com atendimento ao cliente.



O importante é pagar: Oferecer todas as formas possíveis de pagamento (cartões de crédito de todas as bandeiras, boleto, débito automático, etc.) também é um diferencial e compensa amplamente os custos envolvidos. A nova lei que entrou em vigor recentemente acabando com o duopólio das operadoras de cartões de crédito trouxe mais vantagens para o e-commerce, que podem negociar melhores condições de pagamento para você e seu cliente.



Atenção com a logística: Tão importante quanto vender é entregar de forma ágil e com menores custos. Da mesma forma que os pagamentos, procure oferecer opções de remessa, em que o custo é calculado de acordo com prazo de entrega, possibilidade de rastreamento e segurança. Os Correios oferecem ainda o e-Sedex, com desconto de até 50% no preço da remessa para empresas de comércio eletrônico que possuam site próprio e determinado volume de encomendas. Vale a pena se informar.



Monitore a audiência e o tráfego: Uma das grandes vantagens do comércio eletrônico é a possibilidade de mensurar em detalhes a audiência e o tráfego nos sites. Faça uso de ferramentas como o Google Analytics para descobrir o número de visitas, origem dos internautas, tempo de visitação, páginas mais visitadas, horário e dia da semana com maior número de visitas. Estes relatórios constituem um verdadeiro mapa de oportunidades, permitindo que você acompanhe e avalie os resultados das suas ações.

Fonte: Blog Magoweb

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Marketing: twitter como canal de Atendimento ao Consumidor 3.0

Até pouco tempo, para reclamar, elogiar, tirar dúvidas sobre alguma marca ou serviço era utilizado o 0800, e ainda as cartas.


Por Vitor Elman, http://www.administradores.com.br/

Muito se tem falado sobre a relação do Twitter e as empresas. Mas, esse canal de informação e comunicação, que se tornou poderoso em tão pouco tempo de existência, tem um papel muito maior na relação das corporações com o consumidor. Até pouco tempo, para reclamar, elogiar, tirar dúvidas sobre alguma marca ou serviço era utilizado o 0800, e ainda as cartas.

O Twitter veio modificar esta relação. Atualmente o Twitter é a rede social que mais cresce no Brasil, com aumento de 86%. O microblogging é conectado por 23% dos internautas brasileiros, o que representa o maior grau de penetração do mundo, segundo dados da ComScore. Pela facilidade e liberdade que o canal oferece, hoje em dia é muito comum o consumidor desabafar suas frustrações ou fazer elogios por meio da web. Pela praticidade e visibilidade, este canal tem sido alvo de opiniões.

As empresas que se preocupam com a imagem, precisam, antes de tudo, estar a par do que andam falando de seus produtos pela rede. Hoje, uma informação negativa pode trazer sérias consequências e é perfeitamente possível não reverter um quadro negativo se as críticas avançarem de forma descontrolada.

O que eu proponho aqui é uma reflexão de como as empresas podem reverter esse quadro e utilizar o Twitter como um canal de relacionamento. Então, afirmo que as empresas devem investir! Por quê?

Se a rede social virou um poderoso canal de relacionamento com o consumidor, ela oferece vantagens únicas em relação ao telefone e e-mail. A ferramenta permite maior agilidade nas respostas; baixo custo operacional; gerenciamento de clima e grande potencial de gerar buzz positivo sobre a marca, uma vez que o bom atendimento via Twitter tende a ser repercutido em outros canais.
Como fazer isso? Práticas simples podem ser a chave para o bom relacionamento com o consumidor 3.0. Para começar, deve-se estar atento ao que circula sobre a empresa. Uma busca de informações nas redes sociais pode ser o início. Se uma marca identificar algo negativo, a resposta é essencial e tem que ser imediata. Dê atenção ao consumidor e, se tiver razão, assuma, mas sempre, 'conserte' de alguma forma.

Duas palavras são fundamentais para uma boa imagem: transparência e comunicação. As armas de uma boa empresa.

* Vitor Elman é diretor de criação da agencia Cappuccino Digital

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sites de descontos são estratégia de marketing para pequenas

Os clubes de compras coletivas têm se mostrado um bom canal de divulgação para as pequenas e médias empresas.

Priscila Zuini, de EXAME.com  

Compras coletivas: uma forma barata e rápida de fazer a marca aparecer


São Paulo - Recentes no Brasil, os clubes de desconto já conquistaram muitos adeptos e estão se tornando uma nova modalidade de e-commerce e marketing para as pequenas empresas. “A grande oportunidade de negócio para o pequeno é de marketing a um preço bem pequeno”, diz Gerson Rolim, coordenador da área de micro e pequenas empresas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

Segundo ele, os sites têm gerado muita demanda das empresas offline que não têm uma operação online. “É uma oportunidade de marketing para as pequenas empresas e também uma forma de degustar o comércio eletrônico mesmo sem ter uma loja online”, diz Rolim.

Com mais de 80 sites do tipo em funcionamento, o modelo é visto pelos especialistas como uma forma rápida e barata de marketing. “Esse é o modelo mais poderoso para as pequenas e médias empresas gerarem tráfego com um investimento pequeno”, opina Marcelo Macedo, presidente do ClickOn. Segundo ele, o site faz um trabalho de consultoria que não garante a venda, mas consegue calcular o limite de vouchers que podem ser vendidos.

“Essa é a primeira vez que de uma forma efetiva as PMEs tendem a fazer parte do e-commerce sem risco. Ela só paga se o cliente comprar. Além disso, consegue divulgação para milhões de clientes, que estão aptos à compra, com retorno garantido”, conta Daniel Funis, gerente de marketing do Groupon.

Quem já usou

Quem anuncia nesses sites não costuma reclamar. É o caso da Giuliana Flores, que fez duas ações no ClickOn com uma de suas marcas, a Cestas Michelli. “Como é uma coisa muito nova ainda, a gente ficou receoso de fazer com a marca principal, que é a Giuliana Flores. Mas vimos que funciona e já estamos negociando uma oferta com o Peixe Urbano. Fiquei com dúvida se o nosso mercado iria reagir e foi uma surpresa a reação dos clientes”, conta Juliano Souza, gerente de marketing da empresa. Segundo ele, foram vendidas 316 cestas nas duas ofertas, com um desconto de até 65% no preço original de R$ 139,80.

A empresa O Melhor da Vida, que comercializa vales-presente, também gostou do resultado da campanha nos sites. “Fizemos duas vezes no WeGO e vamos fazer mais uma no Peixe Urbano. É uma forma de mídia alternativa que segue a tendência da nova mídia. Você paga se as pessoas compram e é rápido”, explica Jorge Nahas, diretor da empresa. Foram vendidos 350 vouchers nas duas ações. “Isso traz novos clientes, novas oportunidades de trabalho. Em dois dias a audiência do site foi a de uma semana”, diz.

Cuidados e vantagens

Uma das principais vantagens do modelo é medir de alguma maneira quantas pessoas foram impactadas pela ação. “Do ponto de vista dos pequenos e médios é sensacional. Não tem que desembolsar nada, só um percentual pelo que é comprado e ele consegue ver quantos clientes atingiu”, diz Julio Vasconcelos, sócio-fundador do Peixe Urbano.

“Vale pela relação custo beneficio e pela possibilidade de mensuração, ou seja, é possível analisar não apenas quantos cliques tiveram, mas quem clicou na ação”, diz Walter Sabini Junior, CEO da Virid. Além disso, é uma boa chance de aproveitar datas e horários ociosos no estabelecimento. “Ajuda a trazer giro para a empresa. Diluindo o custo fixo para tornar o negócio mais atraente”, explica Alexandre Umberti, diretor de marketing da Ebit, consultoria especializada em comércio eletrônico.

Mesmo com as boas perspectivas, é preciso tomar alguns cuidados antes de apostar nesta ação. “Tem que ter uma estratégia de comunicação, precisa saber o que quer. Quem entrar pelo modismo vai se decepcionar”, explica Daniel Deivisson, um dos sócios do Oferta X.

Para o coordenador da área de micro e pequenas empresas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Gerson Rolim, o grande segredo está nas três regras do comércio eletrônico: planejamento, planejamento e planejamento. “Opere com uma margem que não atrapalhe o seu fluxo de caixa e trabalhe bem o investimento na campanha. Se você distribuir uma quantidade muito grande de vouchers e não conseguir atender todos os clientes de maneira eficiente, acaba tendo o efeito contrário. O principal objetivo, que é fidelizar o cliente, não é alcançado”, diz.



http://exame.abril.com.br/pme/noticias/sites-de-descontos-sao-estrategia-de-marketing-para-pequenas

Veja os 6 degraus para agregar valor à marca através da comunicação

A construção dos valores simbólicos da marca se dá através dos processos comunicativos dentro da empresa. Entenda como estruturar e estimular a Comunicação Integrada.


Não é novidade para nenhum empresário o fato de o valor de uma marca ser construído através da comunicação, seja midiática ou pelo primitivo – porém eficaz – boca a boca. No entanto, o consumidor moderno não está mais interessado apenas na marca em si; o perfil dele ficou mais crítico com o acesso instantâneo às informações; o meio ambiente e a sustentabilidade se tornaram assuntos cotidianos. Além disso, o aumento da concorrência e o surgimento de novos públicos interessados nos produtos ou serviços da empresa tornaram a Comunicação Integrada um assunto de 'vida ou morte' para qualquer empreendimento.


Mas, primeiramente, o que é Comunicação Integrada? Paulo Nassar, professor doutor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA – USP) e diretor-geral da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) a define como "a síntese das ações comunicacionais da empresa, seja no âmbito administrativo, institucional ou mercadológico".

Para ele, a importância da Comunicação Integrada reside naquilo que a empresa ou a marca quer 'dizer' para os seus diferenciados públicos. "Uma comunicação empresarial bem estruturada elimina as contradições no discurso de uma empresa; esse pode ser um fator condicionante para construir ou destruir valores", afirma o professor. Dessa forma, a Comunicação Integrada passaria a ser não apenas uma 'regalia' das grandes marcas, mas uma necessidade até das pequenas empresas. Ele lembra que "grandes empresas já foram pequenas, e a comunicação foi um fator preponderante para o crescimento delas".

Nassar enumera os passos para se construir um plano estratégico de Comunicação Integrada em uma empresa. São eles:

1º degrau: percepção

A empresa deve criar um observatório, para monitorar as ações dos entes internos e externos, situando-a em relação aos seus concorrentes, delineando o comportamento dos executivos e verificar como os seus produtos estão sendo recebidos.

2º degrau: questões públicas

Consiste num mapeamento dos diversos públicos de uma empresa. Eles podem ser, além dos clientes, empregados, fornecedores, distribuidores, sindicatos, imprensa, comunidade, dentre outros, dependendo da atividade-fim da instituição. O dimensionamento que se quer dar à marca (local, regional ou global) está incluso nesta etapa.

3º degrau: a mensagem

Planejamento com inteligência. Aqui serão definidos os estilos e estruturação das mensagens a serem transmitidas aos públicos. O que a marca deve dizer ao consumidor/cliente? E aos colaboradores? O que o fornecedor deve conhecer a respeito da empresa? São questões que devem ser abordadas nesta etapa do processo.
4º degrau: o(s) meio(s)

Você sabe o que dizer, mas falta saber como dizer. Como a mensagem deve chegar até o público sem distorções e de maneira perfeitamente compreensível? As mídias utilizadas devem se encaixar no perfil de cada público, conforme o mapeamento realizado no 2º degrau.

5º degrau: questões financeiras

Essa é a parte onde todo o planejamento esbarra nas possibilidades. Nenhum empresário quer investir às cegas em um planejamento que ele encara com ceticismo; todo investimento deve ser bem detalhado financeiramente, e a comunicação não foge a essa regra. Um orçamento detalhado, pesando os valores do investimento e os benefícios esperados fará milagres; se for um bom plano de Comunicação Integrada, a balança vai pender para o lado dos benefícios.
6º degrau: avaliação
Com o plano de Comunicação Integrada posto em prática, chega a hora de avaliar. Os objetivos esperados foram atingidos? As mensagens chegaram até os públicos sem distorções? Como ela foi entendida? Todos os dados devem ser mensurados, demonstrando que valeu a pena cada centavo investido.


Paulo Nassar lembra que a comunicação é indispensável para a construção da marca e da cultura organizacional. "As maiores empresas têm na comunicação o componente mais importante dos relacionamentos; sempre digo que para se ter relacionamentos excelentes, é necessário haver uma comunicação excelente", pondera.



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Como as imobiliárias do Brasil estão investindo em marketing?

Matéria de: Patrícia Silveira.

Colaboração: Mariana Ferronato Virgínia Duailibe.


De Norte da a sul do país, o marketing é o assunto do momento nas imobiliárias. Mas não são em todas as regiões que as empresas do setor estão bem estruturadas quanto a isso.

Confira abaixo como estão os investimentos em marketing nas imobiliárias em diferentes estados brasileiros. Quem respondeu às perguntas foram os executivos das empresas associadas à ABMI (Associação Brasileira do Mercado Imobiliário).

1. Entrevistado: Ricardo Abreu, da Abreu Imóveis (Natal – RN)

Como a sua empresa está investindo em marketing imobiliário?

Além da empresa terceirizada, temos quatro pessoas focadas no marketing dentro da empresa, mais assessores de imprensa e promotores de eventos. Nós estamos muito voltados para marketing imobiliário. Não só para o lado externo, mas também pro endomarketing, que eu acho que é uma ferramenta que funciona muito bem.

O que mudou na sua empresa depois do fenômeno Twittão do Abreu?

A ferramenta do Twitter passou a ser usada no dia a dia pelos corretores e também pelos outros funcionários. Vários criaram seu próprio perfil. Dessa forma, passamos a ter mais uma ferramenta para interagir com o público, com os clientes, com os clientes internos também. E permitiu a empresa estar mais perto da comunidade. Com essa ferramenta, podemos melhorar a comunicação com a sociedade na qual a gente vive.

2. Entrevistado: Marcelo Brognoli, da Brognoli Imóveis (Florianópolis – SC)

Como as imobiliárias da sua região estão tratando o marketing?

O investimento histórico nessa área, das imobiliarias de uma maneira em geral, é o anúncio em jornal. Esse é o que mais se faz. Algumas já estão pensando mais no conceito de marketing propriamente dito. Agora, por exemplo, estão pensando também nas redes sociais, que começam a aparecer com muita força no mercado imobiliário.

E a sua empresa, como está lidando com isso?

Estamos entrando forte nas redes sociais e também no planejamento estruturado de marketing. Isso já há alguns anos. O marketing não é só anúncio. É pesquisa, conhecimento de mercado. E a propaganda, a publicidade vem depois. É mais abrangente o termo.

Em Santa Catarina, as imobiliárias já tem departamento especializado em marketing?

Não, com excessão da nossa empresa. A única que eu conheço que tem é a nossa. Algumas contam com o trabalho de agências de publicidade que fazem um pouco isso. Outras fazem simplesmente anúncio. A nossa tem um departamento de marketing com profissionais da área.

3. Entrevistado: Wilian Nakamura, diretor comercial da Bolsa de Soluções Imobiliárias (Fortaleza – CE)

Como as imobiliárias do Ceará estão lidando com o marketing?

Nas imobiliárias, o marketing praticamente não existe. Até agências são poucas. Temos só duas agências que trabalham mais focadas no mercado imobiliario. Então, a Bolsa de Soluções Imobiliárias, espeficiamente, está com uma força muito grande no trabalho de marketing. Com essa carência muito grande no mercado, até as construtoras destão dependendo de uma ou outra agência. A nossa idéia é realmente prestar consultoria - não só no desenvolvimento de produto, mas todo o pacote de marketing. Desenvolver o conceito não só do produto tecnicamente, mas toda comunicação com o mercado. Daqui seis ou sete meses devemos estar com um departamento de marketing que vai ser praticamente uma agência para as construtoras. Mas o mercado local não tem a cultura de manter um departamento de marketing só para a imobiliária. E a gente trabalha muito forte isso.
O que estes investimentos em marketing devem mudar na imobiliária onde o senhor trabalha?

Aqui o mercado é pulverizado em 25 imobiliárias que administram o mercado de lançamentos. Enquanto, nas outras capitais, nas grandes cidades, tem 4 ou 5 - no máximo 10 imobiliárias trabalhando mais forte. Aqui temos duas imobiliárias que mais polarizam o mercado e a Bolsa está entrando no mercado com alguns diferenciais. E não adianta termos isso e não divulgar para o mercado.

4. Entrevistado: Gonzalo Fernandez Mera, da Fernandez Mera Imóveis (São Paulo – SP)

Como as imobiliárias da região de São Paulo estão investindo em marketing?

A gente atua no mercado de São Paulo e do Rio de Janeiro, que são mercados bastante competitivos, então tem imobiliárias muito grandes. Essas empresas todas tem área de marketing. Nossa empresa tem uma diretoria de marketing. Hoje, são aproximadamente 20 pessoas que cuidam só da área de marketing: atendimento aos incorporadores, atendimento ao marketing de vendas da própria empresa e a questão institucional. São essas três áreas que o marketing acompanha.
Há quanto tempo estão investindo mais forte em marketing?

Esse investimento sempre fez parte do nosso negócio. A gente sempre teve o marketing mais voltado pra atendimento dos incorporadores, no desenvolvimento de produtos. O que está mudando agora é que o nosso marketing está voltado mais pra dentro também, pra apoiar os corretores. Está ajudando os corretores nas ações que eles desenvolvem.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Neuromarketing: ciência, moda ou realidade?

A questão central do Neuromarketing é o estudo do estado cerebral do consumidor, quando exposto a diversas mensagens (propaganda) ou experiências de consumo (compra).

Por Luis Perdomo
 
Desde o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa e os modernos conceitos de Marketing, foram feitos avanços importantes na compreensão do comportamento do consumidor.


Decifrar como esse comportamento se dá, e o quê realmente acontece na mente do consumidor, é o sonho de todo profissional de marketing. É por isso que não faltam artigos, inclusive este, livros e inúmeros trabalhos sobre um assunto tão complexo e fascinante.

A década de 90 foi definida pelo Governo Americano e outras nações desenvolvidas como a “década do cérebro” e, como consequência, muitos recursos financeiros e materiais foram destinados para seu estudo.

Em decorrência desta avalanche de trabalhos e estudos científicos, temos hoje uma ideia mais completa do que sabemos e, principalmente, do que não sabemos sobre a mente e o cérebro.

Uma das novidades foi o interesse científico sobre o comportamento de consumo dos consumidores, aspecto que ainda não tinha atraído a curiosidade acadêmica de neurologistas, médicos e outros especialistas.

Um deles, o médico Gerald Zaltman, pesquisador da universidade norte-americana de Harvard, teve a ideia de usar aparelhos de ressonância magnética para fins de Marketing. Foi assim que surgiu um novo conceito: Neuromarketing, termo cunhado por Ale Smidts, professor de Marketing que lecionava no final dos anos 90 em Rotterdam, Holanda.

A questão central do Neuromarketing é o estudo do estado cerebral do consumidor, quando exposto a diversas mensagens (propaganda) ou experiências de consumo (compra).

Já se provou ser possível identificar as zonas do cérebro mais estimuladas durante a experiência de consumo e até mesmo um indício de como são formadas e reforçadas as sinapses (conexões neurais).

Pela primeira vez os profissionais de marketing poderão ter comprovação do real impacto da mensagem por eles elaboradas e veiculadas, na formação dos sentimentos ou pelo menos nas trilhas cerebrais que estas mensagens deveriam despertar.

As aplicações imediatas vão desde a verificação do impacto das ações de marketing até a construção de um novo conjunto de ações, voltadas para os sentimentos e emoções humanas.

Apesar de ser um ramo da ciência ainda incipiente, abre novas perspectivas sobre como fazer pesquisa, comunicação e a própria medição de resultados nesta área.

Por outro lado, a complexidade inerente aos seres humanos não permitirá utilizar esta ferramenta como se todos fôssemos robôs, com respostas automáticas programadas para cada impulso.

Segundo Paulo Vieira de Castro, do Instituto Superior de Administração e Gestão do Porto, Portugal “Isso significa que teremos que admitir os limites do Neuromarketing, uma vez que esta técnica se concentra, quase exclusivamente, na elaboração de modelos físicos ou neurais para a representação da experiência humana”.

Hoje sabemos que as decisões de compra não estão associadas apenas a aspectos racionais, mas, sim, com nosso complexo sistema de valores, crenças e emoções que governam nossos estados mentais.

O Neuromrketing pode vir a confirmar ou refutar alguns modelos, para melhor compreender as pessoas. O comportamento humano e sua construção de “mapa de mundo”, principalmente a tomada de decisões de compra, são hoje melhor explicados pelas chamadas inteligências emocionais, descritas por Daniel Goleman em seu livro “Inteligência Emocional”.

Por outro lado, os modelos utilizados pela Programação Neurolinguística nos permitem ter percepções sobre as chamadas estratégias mentais nunca antes experimentadas.

Tudo isso nos permite imaginar um mundo com uma linguagem mais universal, capacidade de comunicar e produzir experiências ricas, e mais: Caminhar de um estado de arte para a ciência nas questões de Marketing.

Aos profissionais de marketing, vendas e comunicação cabem agora, aprender a correta utilização desta fantástica ferramenta!

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/neuromarketing-ciencia-moda-ou-realidade/39098/ 

Quando devo começar a pensar no planejamento para 2011?

Respondido por Márcio Iavelberg, especialista em finanças

Monte seu Planejamento para 2011 a partir de agora. Já estamos no meio de novembro. Portanto, restam menos de 45 dias para a virada. Não deixe para fazer isso na praia ou na bagunça das férias de final de ano. Dê qualidade para esse material. Vai te servir como uma bússola. E, depois, crie uma rotina para acompanhá-lo.

Os objetivos devem ser discutidos e comunicados à equipe. Ao longo do ano, você deve visitar esse plano para saber a que distância está dos objetivos traçados. Isso vai lhe dar muito conforto para direcionar esforços.

No início você vai acertar algumas coisas. Outras metas passarão longe. Mas, com o tempo, com a prática, os planos se tornam muito mais certeiros.

Você deve ter acertado muito nesse ano e errado também. Alguns pontos fortes ficaram ainda mais fortes. Deve ter trabalhado os fracos. As ameaças, que são externas se mostraram bastante vivas. Depois da crise financeira de 2009, muitas empresas começaram a fazer, ou ainda, melhorar seus controles. E as oportunidades em 2010, você aproveitou todas elas?

Enfim, é hora de planejar, novamente. Sentar na frente do computador ou pegar uma folha e uma caneta e traçar seu Plano para 2011.

Márcio Iavelberg é sócio da Blue Numbers Consultoria Empresarial, especializada em PMEs. É administrador, com MBA em Finanças e especialização em Direito Tributário.

Envie suas dúvidas sobre finanças para examecanalpme@abril.com.br.

Vamos criar os nossos filhos para serem empreendedores!

Tentaram me doutrinar para ir bem na escola, cortar o cabelo, conseguir um bom trabalho, ganhar um bom salário, ter uma boa casa e televisão para assistir o Faustão e o Silvio Santos até o fim dos meus dias . Não conseguiram! Hoje eu ensino os meus filhos a perseguirem suas paixões, e se transformarem na luz que ilumina o mundo.


Querida(o) Amiga(o),

Nós vivemos em uma sociedade que não estimula em nada a criação de empreendedores, muito pelo contrário, a novela da rede bobo mostra os empresários como ladrões e assassinos; o jornal nacional exalta o governo como criador de emprego; a professora na escola ensina o moleque a pintar dentro do quadrado; o professor na faculdade idolatra a GM, IBM, Petrobrás e Vale do Rio Doce como expressões máximas do capitalismo; no cinema, os heróis são um bando de Vampiros que não trabalham há séculos; na televisão, são um bando de vabagundos que ganham 1 milhão de reais para tirar a roupa.

Ninguém está dizendo aos seus filhos para serem empreendedores! Ninguém! Se você não fizer nada, os seus filhos vão crescer achando que a vida é sobre trilhar uma única e linear estrada, trabalhar para o Bradesco, fazer carreira doce na Vale do Rio, ou prestar concurso público para mamar nas tetas da dilma.

Eu não quero isso para os meus filhos. Eu vou criá-los para serem empreendedores.

A imensa quantidade de problemas brasileiros que você e eu tanto conhecemos ainda não foram resolvidos porque não temos quantidade suficiente de empreendedores para atacá-los. Falta empreendedor, sobra problema.

Criar Filhos para serem Empreendedores é uma Responsabilidade Social, a alternativa que o país precisa para acabar com os problemas sociais.

Eu quero ver os meus filhos empreendendo, pode ser qualquer coisa: limonada, computador, artesanato em feira hippie, software, música, whatever!

"Pai, eu gosto de dançar", LEGAL FILHA!! Vamos vender esse troço, "Pai, eu gosto de ler", LEGAL FILHO, vamos transformar essa brincadeira em uma empresa, "Pai, eu gosto de ver televisão", LEGAL FILHA, vamos transformar a sua paixão em um web site".

"Filhos, nós podemos criar qualquer coisa a partir de qualquer paixão que vocês tiverem. Vocês devem e podem viver daquilo que vocês mais gostam de fazer. NUNCA SE ESQUEÇAM DISSO. NÃO DEIXEM NINGUÉM DIZER O CONTRÁRIO, NEM MESMO EU!".

Eu vou mudar o mundo, um filho de cada vez.

CRACHÁ JAMAIS!

Eu vou criá-los para serem Empreendedores, e não Advogados.

Eu vou educá-los para serem PRODUTORES e não consumidores.

Eu vou educá-los para AMPLIAR A RIQUEZA do mundo e não para se aproveitar do que os outros já criaram.

Desde cedo eu vou dizer a eles que não existe trabalho algum esperando por eles.

"Tratem de serem os melhores do mundo em alguma coisa, e alguém, eventualmente, em algum lugar, irá pagar a maior grana do mundo para vê-los trabalhar. Ponto." , eles ouvem isso todos os dias, e vão ouvir até eu bater as botas.

É claro que eles não vão fazer ou ser o que eu quiser. Acima de tudo eles vão aprender a questionar tudo e todos e pensar por si mesmos. Além do mais, existe toda uma sociedade falida cheia de imbecis buzinando lixo na cabeça deles. Eu sou apenas mais um, inocente, idiota, falando; e sobretudo, dando o meu exemplo.

Por que é tão importante ensinar Empreendedorismo para os nossos filhos?

Porque o Empreendedorismo resolve os problemas do mundo.

As empresas, os governos, os sistemas, e toda a panacéa que está "funcionando" não vão resolver nenhum novo problema do mundo, ou problema velho que foi deixado para trás. A panacéa vai resolver os problemas originais que foram criadas para resolver - e olhe lá!

A sociedade precisa de empreendedores para atacar os problemas; a turma que funciona (os funcionários, agora chamados de "colaboradores daquilo que funcionam"), foram cultivados, ensinados e doutrinados a manter as coisas funcionando.

Se você levar em conta que o atual sistema está ficando obsoleto. Danou-se!

"Houston, Nós temos um problema!"

Chama o Forrest Gump!!!

Nós precisamos criar os rebentos para serem empreendedores!!!

Como?

1. Projeto Mãe Desestressada. Se você tem filhos pequenos e uma esposa, você sabe o quanto a mulher pode ficar paranóica com os pequenos problemas que aparecem na vida dos filhos. Depois que você ajudá-la a resolvê-los, e a poeira abaixar, sente com os seus filhos para fazer um "brainstorm" sobre os problemas da casa. Jogue o problema no colo dos pimpolhos, e peça por soluções. "O quarto de vocês precisa estar arrumado depois das brincadeiras, qual solução vocês tem para esse problema?", invente problemas (se não tiver o bastante), exemplo, "Nós sempre esquecemos de colocar o suco na lancheira. O que vocês acham que papai ou mamãe poderiam fazer para não esquecer de colocar o suco na lancheira?".

Eu acredito que somos bichos de hábitos. Se o hábito de resolver problemas entrar na vida dos meus filhos, eles irão crescer empreendedores, e um dia, lá na frente, eles vão dar de cara com um problema que pode virar riqueza.

2. Projeto Loja de Brinquedo. A minha filha já aprendeu que precisa doar brinquedo velho para criança pobre. Agora, eu vou ensinar a ela como empreender uma loja de brinquedos usados. Empreendedorismo dá certo quando o empreendedor ama o que faz. Uma vez que ela ama brinquedos, e ama lojas de brinquedos, eu tenho certeza que ela vai amar a idéia de montar uma loja de brinquedos usados, e se dedicar de coração e paixão pelo projeto. Nós vamos montar a lojinha, definir os preços, criar uma decoração especial, fazer a promoção dos produtos, enfim, setar tudo, ganhar o dinheiro com as vendas, e economizar o faturamento para comprar alguma coisa interessante no futuro. A primeira vez a gente nunca esquece. No futuro, ela poderá dizer aos meus netos que empreendeu pela primeira vez aos seis anos de idade.

3. Projeto Crianças no Trabalho. Ok, já temos o Casual Day. Que tal agora criarmos o Kids Day? Todos os dias os seus filhos vêem você sair para o trabalho e voltar com dinheiro. Eles devem ficar imaginando, que fucking coisa os meus pais fazem todos os dias dentro de um escritório cercado de paredes cinzas? O que eles sabem é que você trabalha, o dinheiro entra. Na cabeça deles tudo parece fácil. Basta sair de casa, entrar em outro lugar, e o dinheiro entra em casa na forma de brinquedos, doces, roupas, viagens e agregados. Tá tudo muito fácil!! Chega! Vamos ensiná-los o valor do Trabalho! Vamos levar os crianças para o escritório, para a fábrica, para a loja, para conhecer um cliente! Sim, por que não? Leve o seu filho para conhecer o seu principal cliente. Eu tenho certeza que será um excelente quebra gelo, e uma excelente reunião. Vamos mostrar como as coisas funcionam! Vamos deixar as crianças colocarem as mãos nos produtos que vendemos, nas notas fiscais, nos clientes!

4. Projeto Mundo Criativo. A minha filha não é a Alice, mas a mente dela é o país das maravilhas. Os nossos filhos tem as idéias mais loucas do mundo. Basta deixá-los se expressar. Eu costumo brincar com a minha filha sobre que tipo de mundo ela gostaria de viver. "Eu sei que você gosta do sorvete de casquinha do McDonalds, mas como seria o sorvete mais gostoso do mundo para você?", "Olha aquela loja, o que poderia ter de louco por lá?", "O que deveria existir dentro de uma sala de cinema?", "O que você gostaria de fazer pela sua mãe que você nunca fez?" e assim por diante. Ela costuma dar as respostas mais "Alices" que eu já ouviu. Experimente com o seu filho!

5. Projeto Contadora de Histórias. Fatos não movem ninguém, Histórias sim. Antes da minha filha nascer, eu falava para todo mundo que ia ler histórias infantis para ela dormir. O plano já foi para o buraco. Eu não preciso mais ler histórias para ela dormir. Ela não gosta que eu leia histórias. Ela gosta de contar as histórias. Ela gosta de inventar as suas próprias versões das histórias tradicionais com personagens imaginários e versões fantásticas. Um bom empreendedor tem que ser um excelente contador de histórias para conseguir motivar os seus funcionários. Eu acredito que centenas de horas passadas em claro ouvindo minha filha inventar histórias irá ajudá-la a ser uma pessoa empreendedora no futuro.

Leia livros de histórias para os seus filhos, mas deixe-os contar e inventar suas próprias histórias. Às vezes, durante o dia, quando temos visita em casa, nós estimulamos os filhos a contar histórias em público, para todos ouvirem. Contar Histórias e Saber Falar em Público são habilidades essenciais para o empreendedorismo. Se você quer um filho empreendedor, estimule o pimpolho a falar em público.

"Você precisa ser dono do seu próprio negócio", "Você precisa ser independente", "Você precisa ser responsável pelas suas próprias decisões", "Você precisa fazer o que você ama", "Você precisa transformar a sua paixão em uma empresa", "Você precisa ajudar o mundo a resolver os seus problemas mais complexos" , os meus filhos vão me ouvir falar sobre isso o tempo todo. O mundo precisa de resolvedores de problemas, eu espero contribuir sensivelmente para o crescimento dessa mão de obra.

Mas acima de tudo, o maior ensinamento sobre empreendedorismo que podemos passar aos nossos filhos é viver do empreendedorismo. As nossas ações falam muito mais alto do que qualquer discurso.

Se você quer que o seu filho seja empreendedor, você precisa ser empreendedor!

Mas empreendedorismo não é apenas sobre abrir empresas. Empreendedorismo é sobre uma maneira especial de viver e pensar o mundo que nos cerca. Quando você é dono de um negócio, você é responsável pelo seu sucesso ou fracasso. Esse sentimento de responsabilidade pessoal é um presente de valor incalculável que você pode passar para os seus filhos.

Vamos criar os filhos para serem empreendedores!

NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA!

QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?

Ricardo Jordão Magalhães

Consultor para Lojas de Brinquedos Usados

E-Mail e Messenger: ricardom@bizrevolution.com.br

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BIZREVOLUTION

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Kotler fala sobre 5 questões fundamentais do Marketing

Redes sociais, sustentabilidade, inovação, clientes e desafios da profissão são os temas.
Por Bruno Mello

Os consumidores estão comprando mais por menos; As empresas devem inovar, oferecendo garantias aos clientes; A sustentabilidade pode dar lucro para as companhias; Muitas empresas ficarão em apuros nas redes sociais; O concorrente roubará facilmente o seu cliente caso acredite que esteja satisfazendo-o plenamente. Essas são as principais respostas de Philip Kotler para cinco questões fundamentais nos dias de hoje.




Em sua única entrevista antes de falar sobre o Marketing 3.0 na HSM ExpoManagement 2010, no dia 9 de novembro, em São Paulo, Kotler falou com exclusividade para o Mundo do Marketing sobre como conquistar e manter clientes, inovar, aproveitar a onda das redes sociais, da sustentabilidade e sobre os desafios do profissional de Marketing. O consultor, professor e autor dos livros de Marketing mais vendidos e influentes de todos os tempos, é categórico ao afirmar que as empresas ainda precisam se desenvolver para poder sobreviver neste novo mercado.



Mundo do Marketing: O comportamento do consumidor mudou muito nos últimos anos e mudará ainda mais. Quais tendências indicarão as transformações?

Philip Kotler: A recessão global e a crescente incerteza diminuirão a confiança de todos para gastar. Os consumidores estão adiando suas compras de bens duráveis mais caros como carros, móveis e eletrodomésticos de linha branca. Para as necessidades diárias, as pessoas estão optando por marcas mais baratas e marcas próprias. Se a recessão continuar, os consumidores ficarão acostumados a economizar em vez de gastar. Muitos podem vir a adotar um estilo de vida simples, baseado no “menos é mais” em vez de “mais é melhor”.



Por outro lado, se a recessão terminar logo, as pessoas provavelmente voltarão aos seus hábitos antigos de comprar e gastar. Muito disso depende da criação de empregos. Se houver emprego suficiente, as pessoas vão ganhar dinheiro e gastar. Se os empregos estiverem escassos, elas terão menos para gastar e gastarão menos. A questão é se as empresas serão arrojadas ou gananciosas. Se elas forem arrojadas devem deixar o poder de compra na mão dos consumidores para sustentar o crescimento econômico. Caso as empresas sejam gananciosas, elas ganharão no curto prazo, mas passarão por um longo período de dificuldade em seguida.



Mundo do Marketing: Os profissionais de Marketing estão prontos para estas mudanças? Como eles devem reagir?

Philip Kotler: Os profissionais de Marketing podem dar alguns passos para estimular o aumento do consumo junto aos consumidores sem confiança. Um deles seria criar produtos de custo mais baixo que ofereça benefícios similares às versões mais caras. A indústria pode lançar embalagens menores de seus produtos, que sejam mais acessíveis, e as empresas podem criar alternativas inovadoras. A Índia, por exemplo, produz um computador de 100 dólares e oferece cirurgias de catarata muito baratas.



Outra alternativa é oferecer garantias de retorno da compra de um produto muito caro. A Saturn, uma montadora americana, aceitava o carro de volta no prazo de 30 dias caso o consumidor não estivesse satisfeito com o produto. A Hyundai também prometeu a devolução do carro caso o cliente perdesse o emprego. Mesmo o segmento que queira ser líder com uma linha de produtos mais simples, precisará da ajuda do profissional de Marketing para criar casas, eletrodomésticos e móveis mais simples.



Mundo do Marketing: De que forma as redes sociais mudaram o Marketing e o que as empresas podem desenvolver para se aproximar do consumidor neste ambiente?

Philip Kotler: Um número crescente de consumidores de todas as idades está entrando no Facebook, no Twitter e no Linkedin criando grandes redes sociais. As pessoas estão procurando informações sobre experiências de produtos e serviços de outros consumidores. Um brasileiro que esteja pensando em comprar um carro recém-lançado provavelmente dará mais valor à opinião de seus amigos do que aos anúncios.



Muitas conversas nas redes sociais incluem opiniões favoráveis e desfavoráveis a respeito das marcas. Toda companhia agora está em um aquário com muitas pessoas discutindo os méritos de seus produtos e de suas marcas. Com isso, as empresas que não têm qualidade não sobreviverão. Já as fortes ficarão ainda melhores e as fracas se afogarão num mar de discussões negativas.



Mundo do Marketing: As empresas brasileiras começaram a se preocupar mais com a questão da sustentabilidade nos últimos anos. A sustentabilidade será realmente um diferencial num futuro próximo?

Philip Kotler: Muitas empresas acreditam que a sustentabilidade é um custo imposto que irá prejudicar seus lucros. Parece ser o caso quando a companhia deve pagar por um sistema que reduz a poluição do ar que a sua fábrica produz. Mas existem muitos outros esforços a favor da sustentabilidade que na verdade podem melhorar a lucratividade.



Considere um hotel que tenha uma conta de água cara porque os hóspedes tomam banho sem limites e eles querem que os lençóis das camas sejam trocados diariamente. Esse hotel pode trocar o chuveiro e perguntar aos clientes se eles se importariam se os lençóis não fossem trocados diariamente, o que no total reduziria a conta de água. O fato é que precisamos distinguir entre ações de sustentabilidade que representam economia de dinheiro e aquelas que demandam gastos. Adicione a isso a boa opinião do cliente em relação às companhias que estão se tornando ecologicamente corretas e teremos uma equação de valor para as empresas.



Mundo do Marketing: As empresas estão sempre olhando para o futuro e desenvolvendo novas plataformas de Marketing para conquistar novos clientes, mas o que elas deveriam fazer que é primordial e não fazem, chegando a perder clientes por isso?

Philip Kotler: As empresas são surpreendidas quando elas perdem os clientes que disseram que estavam satisfeitos. Por que isso acontece? Obviamente algum concorrente está satisfazendo-o mais, seja pela venda a um preço inferior, ou oferecendo serviços ou recursos de qualidade superior. Nunca tenha seus clientes como certos. Os concorrentes são como abelhas zumbindo em torno de uma empresa à procura de onde morder. Descubra os seus pontos fracos e como está desapontando seus clientes antes que seus concorrentes façam isso.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Redes sociais são para complemento no processo de seleção

O rápido crescimento das redes sociais, blogs e microblogs têm feito destas o alvo das atenções e muitas vezes deixam a falsa impressão de que estes sistemas são a panaceia para todo tipo de problema


Por Marcelo Abrileri

A Internet mudou nossa forma de interagir com o mundo e também a maneira de as empresas procurarem candidatos e de os profissionais buscarem emprego. Até uns anos atrás, o currículo era o único instrumento que os selecionadores tinham para conhecer melhor os candidatos antes de convocá-los para uma entrevista.


O rápido crescimento das redes sociais, blogs e microblogs têm feito destas o alvo das atenções e muitas vezes deixam a falsa impressão de que estes sistemas são a panaceia para todo tipo de problema. No entanto, há de se ter muito cuidado com este pensamento.

Tais plataformas, além de fomentar o networking, vêm sendo mais utilizadas por quem contrata como uma ferramenta que complementa e auxilia o processo de seleção. É comum os selecionadores analisarem perfis dos candidatos nas redes de relacionamento para conhecê-los melhor.

Mas, note, estou falando que as redes sociais são úteis e podem ajudar na etapa de seleção, na hora de conhecer melhor os candidatos que já foram previamente encontrados. Não estou falando que elas são úteis para encontrar candidatos. É esse o ponto crucial deste artigo!

Definitivamente as redes sociais não são o melhor lugar para buscar candidatos. Há sites desenvolvidos especialmente para isso e que não só concentram um número muito maior de candidatos dentro de vários perfis como também têm ferramentas de busca especialmente desenvolvidas para encontrá-los.

Em redes sociais, por exemplo, as pessoas não colocam sua formação, nem suas experiências profissionais detalhadas, fluência em idiomas, cursos e várias outras informações que só existem em currículos e sites de currículos.

Se estiver precisando de uma secretária, você até pode pedir indicações numa rede social e talvez até receba alguns perfis. Mas nada será comparável a um site especializado em recrutamento online. Na Curriculum, por exemplo, se você fizer esta pesquisa, encontrará, num simples clique, milhares de currículos dentro do perfil.

Percebe a brutal diferença entre uma ferramenta e outra e a força para encontrar candidatos que um site de recrutamento online tem nesta hora?

Ou seja, até dá para achar candidatos nas redes sociais, concordo, mas definitivamente não é a melhor solução para isso. Cada site foi desenvolvido e é estruturado para um propósito, não sendo desenvolvido para atender outras necessidades.

No entanto, há de se fazer algumas exceções a esta regra. A primeira é quando estamos realmente com muita dificuldade de encontrar um perfil específico. Já procuramos em vários sites de recrutamento online e não encontramos. Talvez você possa até utilizar as redes sociais para auxiliar a encontrar o candidato desejado. Mas não se esqueça que, ao divulgar esta sua necessidade, provavelmente terá de lidar com inúmeros currículos fora do perfil desejado.

Outro ponto importante a ser salientado é que, ao desencorajar as empresas a buscarem profissionais primeiramente em redes sociais, não quero dizer que o mesmo se aplica aos candidatos. Para eles, a história é outra. Distribuir o currículo em redes sociais é, sim, uma forma de se divulgar ao mercado no momento em que se procura uma recolocação.

Quem procura emprego tem de divulgar seu currículo o mais amplamente possível, pois nunca se sabe de onde poderá surgir uma oportunidade de trabalho. Lógico que o solo mais fértil são os sites de recolocação profissional online.

Em resumo, as redes sociais vieram para fomentar as redes de relacionamentos e trazem informações valiosas que auxiliam e complementam o processo de seleção. E servem também como um apoio em processos mais difíceis, quando não se encontra o perfil desejado e também para a divulgação de currículo para quem busca um emprego, mas na hora de procurar candidatos, a ferramenta correta são os sites de recrutamento online.

Marcelo Abrileri - presidente e sócio-fundador da Curriculum.com.br, especialista em recolocação profissional e atua na área de Internet há mais de 15 anos.