por: Afonso Bazolli
28 de abril de 2016 - 18:09
Por: Carlos Hilsdorf
Homens e mulheres de negócios precisam de metas claras para estabelecer uma estratégia vencedora. A estratégia é mais importante que a técnica.
Prefiro um vendedor estratégico a um vendedor extremamente técnico; prefiro um gerente estrategista a um mestre nas técnicas de gerenciar.
Explico:
O verdadeiro gerente administra a realidade para implementar as mudanças necessárias, antes que elas se tornem emergenciais. Ele não se vale de uma visão meramente tecnicista da gerência, mas de uma visão estratégica.
O verdadeiro vendedor é aquele que atinge o objetivo estratégico da venda que está diretamente relacionado coma satisfação e fidelização de seus clientes, e não, meramente com realizar bem as fases da venda. Eficiência e eficácia não são a mesma coisa.
Assim é na Administração.
O verdadeiro administrador é um gestor de pessoas, processos, objetivos e resultados, alguém que faz as coisas acontecerem. Para ele, a técnica é um meio, uma ferramenta – jamais um fim em si mesma. O verdadeiro administrador extrai o modelo teórico da realidade – não tenta forçar a realidade para encaixar no seu modelo teórico!
Na ciência dos negócios a teoria está 100% relacionada com a prática, nunca devem andar separadas. Administradores não são meros sonhadores encantados com suas elucubrações teóricas, possuem senso crítico e visão pragmática.
Assim como na arte, a técnica está a serviço da beleza e da sensibilidade, nos negócios a técnica está serviço da estratégia. Existe arte em diferentes níveis de técnica e também negócios, mas não haverá arte na ausência de sensibilidade nem administração na ausência de estratégia.
Priorize a estratégia e invista em seu crescimento técnico como um meio de facilitar a criação e implementação de sua estratégia, nunca como um fim em si mesmo. O senso crítico diferencia a maneira como pensa o profissional da maneira como pensam as pessoas em geral.
Os verdadeiros PHDs são como os verdadeiros artistas. Reconhecemo-nos pelos resultados de suas obras, pelo seu legado e não apenas por sua técnica. Um quadro pode ser tecnicamente perfeito e não nos tocar. Assim como um plano pode estar tecnicamente correto, mas contemplar a estratégia equivocada.
Quem erra a estratégia, erra o alvo, ainda que “atire” com a melhor técnica do mundo, porque quem erra a estratégia, acerta o alvo errado! Uma estratégia eficaz precisa de metas claras e coerentes, tecnicamente estabelecidas. Vejamos dez dicas sobre como estabelecê-las:
1 – As metas devem ser específicas e mensuráveis. Ao invés de dizer “queremos crescer no mercado”, estabeleça: “devemos crescer 8% no mercado, durante o primeiro semestre”.
2 – As metas devem ser ousadas, mas atingíveis. Metas irreais causam efeito contrário em sua equipe e faz com que as pessoas já comecem a ação desmotivadas.
3 – O estabelecimento das metas deve ser um processo participativo. Quando as pessoas participam do estabelecimento das metas, tornam-se muito mais comprometidas e motivadas.
4 – As metas de equipes precisam estar nitidamente vinculadas e sincronizadas com as metas da organização.
5 – As metas individuais devem ser vinculadas às metas da equipe. Assim, você evita os preciosismos e o individualismo.
6 – As metas devem contemplar os fatores críticos de sucesso: recursos, competências, pertinência das pessoas, padrões de desempenho, condições do mercado, aspectos comportamentais, ações da concorrência, etc.
7 – As metas estabelecidas devem reforçar-se mutuamente, o atingimento de uma meta não deve implicar prejuízo para outra, salvo exceções estratégicas momentâneas de priorização.
8 – As metas não podem tratar apenas dos fins. Cada proposta deve vir acompanhada da análise e planejamento dos meios necessários para atingi-las.
9 – Jamais podemos esquecer que autodesenvolvimento e auto superação estão na base do êxito de quaisquer metas estabelecidas. Desconsiderar este fator equivale a nos condenar ao não atingimento das metas.
10 – As metas devem ser materializadas e compartilhadas de forma documental (seja por meios eletrônicos ou materiais) com todos os envolvidos. O estabelecimento de um documento e de um pacto formal entre os envolvidos é de fundamental importância. Sem ele, metas são apenas ideias! Como nossas metas contemplam nossos anseios em um mercado altamente competitivo; é natural que elas nasçam do encontro entre nossas decisões e objetivos estratégicos, levando em consideração a análise das ações realizadas pela concorrência.
Vejamos dez perguntas para estabelecer metas considerando a concorrência:
1 – Quais são os meus concorrentes?
2 – Como eles financiam o seu negócio?
3 – Qual é o tamanho de suas equipes?
4 – Onde eles estão localizados? Como e onde eles comercializam seus produtos e serviços?
5 – Como eles se relacionam com seus clientes?
6 – Qual a participação deles no mercado?
7 – Quais são as suas estratégias de preço?
8 – Quais são as suas maiores forças? Podemos igualá-las ou superá-las?
9 – Quais são suas principais fraquezas? Como podemos utilizá-las em nosso favor?
10 – Quais serão as suas possíveis reações frente ao nosso crescimento? Quem fracassa em planejar está planejando fracassar!
Sucesso é o que acontece aos competentes, enquanto os outros esperam para ver o que vai acontecer.
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