segunda-feira, 5 de outubro de 2020

DESAFIOS E EXPECTATIVAS PARA BLACK FRIDAY 2020

 


Com o boom do ecommerce nos últimos meses a expectativa é de um evento mais virtual que os anteriores, cenário que traz tanto oportunidades quanto desafios para os lojistas.

As expectativas para a Black Friday, que neste ano 2020 acontece no dia 27 de novembro, não poderiam ser maiores. Isso porque, com o isolamento social, o ecommerce em 5 meses apresentou um crescimento antes previsto para levar alguns anos. Segundo dados da Kearney, consultoria global de gestão estratégica, o faturamento previsto para o ecommerce esse ano é de R$ 69 bilhões a mais se comparada com projeções anteriores ao período da pandemia.

No Brasil isso não é diferente. A expectativa é que o faturamento do comércio virtual brasileiro fique na casa dos R$ 111 bilhões, um aumento de 49% em relação ao ano passado. De olho nesse crescimento e diante do baixo desempenho das lojas físicas, muitas marcas adiantaram suas ofertas já para setembro. Ainda assim, uma pesquisa realizada em conjunto entre a Tracy Loke Brasil e Behup traz que 63% dos brasileiros planejam aproveitar as ofertas da Black Friday.

Agora o desafio para os lojistas é conseguir chamar a atenção e se diferenciar em meio a um cenário totalmente novo e ainda mais competitivo.

O NOVO CONSUMIDOR

Os consumidores estão cada vez mais conectados e influenciados pelos sentimentos gerados pela pandemia, repensando questões como o excesso de produtos. Isso implica dizer que ele dará mais atenção a empresas que se mostrem firmes a um propósito (o combate ao coronavírus, por exemplo) ao invés daquelas que parecem tentar se aproveitar da situação.

Além disso, é importante estar preparado para atender um grande número de compradores inexperientes. Isso porque, segundo levantamento da Kantar, o número de pessoas que aumentaram o seu consumo online passou de 19% para 34%. Sites que passem confiança, com informações bem organizadas, navegação instintiva e diversas opções de formas de pagamento e frete devem levar vantagem junto a esse novo consumidor.

ITENS MAIS PROCURADOS

De acordo com o levantamento da Tracy Locke e da Behup, os itens mais procurados devem variar de acordo com a faixa etária. Mobília é o item mais desejado entre os jovens, que estão passando mais tempo dentro de casa. Entre os consumidores acima de 45 anos, a expectativa é de um aumento na procura por itens de tecnologia e informática.

Um estudo citado pelo Valor Econômico mostra que nos últimos cinco meses os setores que apresentaram maior crescimento no país foram os de brinquedos, supermercados, artigos esportivos, farmácias, games esportivos e entregas, então cabe ao vendedor estar atento às novas tendências.

O PAPEL DA LOJA FÍSICA

Com o isolamento não podemos esperar uma Black Friday com imensas filas nas lojas físicas. Mesmo assim, elas ainda podem ter um importante papel durante o evento. A retirada de produtos na loja, por exemplo, é uma opção conveniente para boa parte dos clientes. Além disso, elas podem ser convertidas em espécies de showrooms.

Em contraponto, o levantamento da Tracy Locke mostra que, para 59% dos entrevistados, a escolha entre loja física e virtual se dará de acordo com os descontos oferecidos por cada uma.

PRODUÇÃO DE CONTEÚDO

A Black Friday é uma grande fonte de conteúdo tanto para as marcas quanto para os consumidores. Para a Winnin, martech brasileira de conteúdo, os conteúdos mais relevantes são aqueles focados em entretenimento, ao invés de pura divulgação, e que vão além da data em si, se mantendo ativos ainda por um determinado período.

PRINCIPAIS DESAFIOS DA BLACK FRIDAY 2020

  • Infraestrutura: Com mais pessoas conectadas o movimento de vendas foi intensificado e a maioria das redes de internet, sobrecarregadas. Por isso, mais do que nunca, é necessária uma atenção especial a infraestrutura dos ecommerces para garantir que não aconteçam falhas no funcionamento ou que o serviço fique fora do ar. Na última edição do evento, problemas de infraestrutura levaram a prejuízos na casa dos R$ 132 milhões.
  • Fraudes: Via de regra datas comemorativas tem o potencial de atrair fraudadores. No ano passado, segundo levantamento da E-commerce Brasil os itens mais visados pelos fraudadores eram os eletrônicos. Com o isolamento já foi registrado um grande aumento nas tentativas de golpes online, o que deve acender o sinal de alerta para os lojistas.
  • Dólar: A desvalorização da moeda e a alta do dólar atingem em cheio a venda de artigos eletrônicos e dropshipping (justamente os itens mais procurados durante o evento). Além disso, empresas que possuem os preços atrelados ao dólar podem ter dificuldade em apresentar promoções competitivas.

Portanto é preciso um planejamento minucioso para a Black Friday, de forma a alcançar bons resultados sem prejudicar o lucro.

CONCLUSÃO

Com o aumento de pessoas conectadas a tendência é que tenhamos uma Black Friday muito mais virtual que as anteriores. O cenário atual traz novos desafios para os lojistas no que diz respeito à preparação e também a entender as necessidades dos clientes. De maneira geral, as perspectivas para a Black Friday 2020 são muito positivas. O evento já é uma data consolidada no calendário brasileiro, tendo apresentado um faturamento de R$ 3,21 bilhões apenas em 2019. A expectativa é que em 2020 seja bem maior.

fontes: Ecommerce BrasilMercado Pago e Consumidor Moderno

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