quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Cinco tendências para o Live Marketing

 


Executivo traça cinco tendências da ferramenta e como o mercado está se comportando em relação a elas.

Por Ronaldo Ferreira Júnior - 11/08/2022

O marketing é um caleidoscópio. Conforme o ponto de vista ou de partida, há uma diferente visão ou ponto de chegada. Ele pode ser interno, de relacionamento, conteúdo, social, digital e tantos outros. Mas hoje quero destacar o live marketing.  

Com o objetivo de ampliar e dar mais visibilidade para ações promocionais, nasceu esse conceito. Ele tem como objetivo envolver e engajar ainda mais o público-alvo, para que participe das experiências que as marcas propõem, colocando-o na posição central de seu relacionamento com elas.  

O “marketing ao vivo” utiliza diversos meios e ferramentas para atuar. As mais comuns são os eventos, feiras e congressos; ações promocionais como degustações, distribuição de prêmios e amostras grátis; ações de merchandising; de ativação de marca e incentivo; além de ações digitais nas mídias sociais (geralmente atreladas aos programas de realidade virtual e aumentada); e de todo o universo hibrido e online que ele foi ampliado nestes últimos dois anos. 

As experiências sensoriais são fundamentais e um dos grandes diferenciais do live marketing – ainda mais com a volta dos eventos presenciais no cenário pós-pandêmico, onde a interação com o consumidor é essencial para gerar envolvimento. Isso traz relevância à marca, criando laços e fomentando as relações com os clientes, e consequentemente, fidelizando e aumentando a conversão de vendas.  

Pensando nisso, e paralelo a discussão ética, moral ou inclusiva de como estamos criando estas ferramentas virtuais, observo cinco tendências que podem ampliar ainda mais o poder do live marketing: 

1.    E-sports: os jogos de videogame estão cada vez mais profissionalizados. Somos o terceiro maior público de e-sports em um ranking global, o que torna uma oportunidade para as marcas patrocinarem e interagirem com esses profissionais e público;
2.    Facial recognition: o filme Matrix, em 1999, revolucionou os espectadores com as informações obtidas por meio da retina. E cá estamos, mais de 20 anos depois, olhando para essa tecnologia. Presente em notebooks, tablets e smartphones, já é possível realizar compras e pagamentos em um “piscar” de olhos; 
3.    VR Live Events: durante o período de isolamento social, havia festas virtuais onde os participantes criavam seus avatares e participavam do evento sem sair do sofá. A realidade virtual é uma maneira de assistir a conteúdos ao vivo (shows, esportes e afins) onde o usuário estiver; 
4.    Geomarketing: aliando a geografia ao marketing, você pode fazer check-in ou postar e marcar o estabelecimento onde estiver para ganhar algum drinque em troca. Seria uma boa surpresa, não? Mais uma ação de live marketing.  
5.    Metaverso: não poderia ficar de fora. O termo ganhou popularidade desde o final do ano passado com a mudança do Facebook para Meta, mas seu primeiro registro é da década de 1990, do romance de ficção científica "Snow Crash" onde os personagens usavam avatares digitais para entrar em um universo online para fugir dos horrores da realidade.

Passados esses 30 anos, o metaverso pode ser definido como uma rede de mundos virtuais, que tenta replicar a realidade, com foco na conexão social, utilizando a realidade aumentada e virtual e inteligência artificial. Atualmente o metaverso possibilita a compra de terrenos e avatares às pessoas reais para povoar esses mundos, que podem ser réplicas de modelos que já conhecemos, ou um ambiente criado.  

O que mais tem chamado a atenção das marcas para o live marketing é o quanto ele pode ser rápido e eficiente nesta conexão com a realidade e com as necessidades e desejos dos consumidores. E essa poderosa ponte permite experiências de valor para as pessoas e gera memórias afetivas únicas, que reforçam o engajamento do público e criam poderosas comunidades de fans para as marcas e seus produtos. 
 
 

Por: Ronaldo Ferreira Júnior

Conselheiro da AMPRO - Associação Nacional das Agências de Live Marketing e sócio-fundador da um.a

3 livros que os profissionais de Marketing devem ler em junho

 


Publicações trazem análises sobre estratégias e ferramentas no ambiente digital, além de dicas para não sucumbir à pressão

Por Redação - 08/06/2022cebook

O ano chegando na metade e muitos profissionais de Marketing já estão analisando os números do primeiro semestre para trilhar novos caminhos que os levem a bater as metas. Entre erros e acertos, a pressão do dia a dia e a constante mudança dos algoritmos nas redes sociais fazem o trabalho ficar ainda mais desafiador. De olho nisso, três autores se fazem presente nos lançamentos de livro de 2022. 

Felipe Moraes traz uma metodologia inovadora chamada 5Ps do branding: promessa, percepção, propósito, posicionamento e pessoas. No livro "Planejamento de marca no ambiente digital", os pilares do branding são apresentados pelo consultor de planejamento digital a partir da análise de 60 aspectos na vida de uma empresa.

"Branding afeta as percepções de qualidade do produto, a confiança com que as pessoas compram, sua sensibilidade a preço e aceitação de novos produtos pelos membros do canal de distribuição. A marca funciona a partir de crenças dos consumidores em relação a ela, quando a atitude em relação à marca é determinada por elementos de atributos funcionais e racionais. Quanto mais clara essa crença estiver na mente dos consumidores, maiores as chances de o consumidor verbalizar os motivos e atitudes que o levou àquela escolha". 

O livro de 472 páginas e com dezenas de referências bibliográficas da área, no Brasil e no mundo, é dividido em quatro partes: a razão da marca, que contextualiza a cultura empresarial; a voz das ruas, para estabelecer os níveis de relacionamento do público; construção do posicionamento e da mensagem, ensinando conceitos e técnicas como swot, storytelling, brand persona, arquétipos de marca, entre outros.

Instagram

Já Rafael Terra apresenta no livro "Instagram Marketing" uma maneira didática para aumentar a autoridade e as vendas de uma marca no Instagram. Publicado pela DVS Editora, a obra contém um passo a passo com os quatro pilares para traçar uma estratégia de sucesso na plataforma: estratégia, conteúdo, anúncio e mensuração de resultados.

A obra traz mais que tendências desta rede social; ensina como sair na frente da concorrência e criar uma estratégia realmente efetiva e inovadora; os segredos dos conteúdos para Feed, Stories, IGTV, Reels e Lives e como impactar os seguidores com anúncios vencedores e medir o sucesso das ações.

No prefácio assinado por Martha Gabriel, uma das pensadoras digitais mais influentes da América Latina, a especialista enaltece o fato de a obra auxiliar inúmeros negócios a prosperarem, gerar valor e melhorar a vida das pessoas.
Ao longo dos capítulos, é possível encontrar não apenas as formas corretas de utilizar as ferramentas do Instagram, mas também sobre marketing de conteúdo como um todo, conhecimentos que se aplicam também a outras mídias sociais.

Resistência

Por fim, o livro "Eu me recuso a dar errado" funciona como um impulsor para aqueles que pensam em desistir. Paulo Maccedo apresenta uma coletânea de ensaios a respeito de assuntos relacionados, todos apontando para um ponto específico: resistência. “Minha ideia foi esta: reunir escritos substanciais que revelassem um pouco da minha visão pessoal sobre o que significa resistir. Entretanto, apesar do tom autobiográfico, este livro não é sobre mim, mas sobre você. Sou apenas um tipo de propagandista.” 

De empreendedorismo à política, de filosofia à religião, o autor ensina pelo exemplo a quebrar o complexo de vira-latas que existe em cada brasileiro e usou as próprias circunstâncias para mostrar que é possível, com muita dedicação e estudo, se recusar a dar errado.

Nascido em Belford Roxo, periferia da região metropolitana do Rio de Janeiro, viu de perto a barbárie e a desigualdade em uma cidade que foi eleita pela ONU a mais violenta do planeta. Teve uma infância difícil e uma adolescência desafiadora e hoje é analista de Marketing, escritor, mentor e uma das maiores referências em copywriting do país.

terça-feira, 16 de agosto de 2022

4 fatores que levaram a Coca-Cola a ser uma das marcas mais amadas do mundo

 


Bruno Blaschek, Diretor de Marketing da Companhia, contou no Clube Mundo do Marketing como o monitoramento dos canais ajuda a reacender a paixão do consumidor pela marca

Por Priscilla Oliveira - 03/08/2022


Ano após ano, a Coca-Cola aparece entre as marcas mais amadas do mundo. Entre seus concorrentes grandes empresas do varejo e tecnologia. Mas o que a difere de todos os outros e que cria o vínculo com o consumidor? Para Bruno Blaschek, Diretor de Marketing da Companhia quatro pontos são essenciais para que o engajamento seja sempre alto. A estratégia da marca foi debatida durante o Clube Mundo do Marketing, um encontro exclusivo de profissionais da área para troca de experiências. Clique aqui para participar

Bruno apontou que a conexão e relevância são uma força para a marca. Para que elas aconteçam, é preciso monitorar a jornada do shopper e estar atento ao que move a vida de cada pessoa. Como exemplo, ele citou o início da pandemia, em que muitas pessoas ficaram assustadas com o momento vivido e o próprio varejo ficou sem saber o que aconteceria. 

Como solução, a marca passou a acolher o sentimento comum e adotou uma comunicação mais positiva. “Todo mundo estava com medo, dentro e fora da companhia. Precisávamos proteger nossos funcionários, ao mesmo tempo em que eles precisavam estar mais preparados para atuar no varejo, que naquele momento era um dos poucos canais abertos. Criamos cartilhas e permitimos pedidos online. O trade ganhou muito mais relevância”, contou Bruno.

PDV mais humano

A proximidade no ponto de venda foi essencial para que a Coca-Cola traçasse novas estratégias. Se uma nova comunicação se estabelecia, a equipe precisava estar mais preparada para observar os sinais do shoppers. “Naquele período inicial da pandemia, recebemos informações que vinham da China em termos de mercado. Isso foi fundamental como antecipação do que se deveria fazer na America Latina”, afirmou o Diretor de Marketing da Coca-Cola.

A área de Trade passou a ter ainda mais importância na companhia e hoje está conectada ao Marketing. Dentro dessa área foram criadas segmentações para ela fosse expandida e começasse a entender melhor e mais rápido o que o consumidor quer no ponto de venda. O maior desafio hoje para a empresa é acertar a comunicação e conversar com o shopper de maneira assertiva, entendendo profundamente as ocasiões de consumo. 

Bruno afirmou que o trader hoje ajuda a entender a jornada do shopper no PDV, sinalizando pontos quentes de comunicação, qual a mensagem a passar e como fazer. Essa interação de hoje é que ajuda a construir o engajamento, um dos fatores que faz com que a marca seja sempre lembrada e amada. Esse profissional que atua no PDV é quem ajuda a marca a saber como interagir com o cliente na loja e entender como se manter relevante na vida dele.

GAP geracional

Manter uma comunicação personalizada com cliente pode parecer desafiador e realmente é, até mesmo para uma companhia como a Coca-Cola. Acertar os pontos de contato e o momento de comunicação de acordo com a geração está muito mais complexo em relação a mandar a mensagem correta no momento correto.

Para ser assertivo, a empresa usa diferentes plataformas e mira suas estratégias pela ocasião de consumo. É o caso de Ades e Del Valle que são marcas que podem ser trabalhadas quando o assunto é café da manhã. “O importante é entender as necessidades do consumidor, porque dessa forma você percebe que há espaço para outros produtos. A Coca-Cola em si não precisa estar na mesa do café da manhã, mas outras marcas da companhia têm esse potencial”, avalia Bruno. 

É dessa forma que a companhia mantém as vendas altas mesmo em um período economicamente difícil para o brasileiro. “Desde 2005 criamos diferentes embalagens para atender diferentes ocasiões e bolsos. Conseguimos criar diferentes ofertas por determinadas regiões, estudamos o que dá certo em uma e oferecemos o que ele precisa”, conta o executivo.

4 fatores para uma marca amada

Em um resumo, Bruno mostrou as quatro forças que fazem a Coca-Cola sempre ser lembrada e votada entre as mais amadas. 

- Ligação e conexão com aquilo que representa os valores – “quando constrói essa relação, é nítida a mudança que ocorre na relação entre marca e consumidor”, afirmou. 

- Mensurar o comportamento da marca para entender relevância dela na vida da pessoa – as avaliações da Coca-Cola atualmente são mensais.

- Entender que a marca vai bem com outras ocasiões de consumo e se ela ajuda o consumidor com o humor dele – O seu consumidor pensa no "eu mereço" quando usa a sua marca?

- Sabor, um produto que atravessa anos e que gera conexão. Não muda e não perde a essência.

Todos os quatro pontos, segundo Bruno Blaschek, estão sempre conectados com a ocasião de consumo. “Onde esse consumidor vai se dar esse “prêmio”? Quando você se aprofunda isso, toda a relação de marca muda”, conclui.

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Brasil é líder no ranking mundial de crescimento das compras online

 


Com uma taxa de crescimento de 20,73% ao ano, país possui um crescimento quase 2x maior que a média mundial

Por Redação - 10/08/2022

Com a pandemia e as lojas físicas fechadas, as vendas online cresceram significativamente em todos os países do mundo. A grande surpresa, é que especialmente no Brasil, o aumento foi ainda mais significativo. O país que lidera o ranking de crescimento das vendas online, com 22,2% no ano de 2022, e um crescimento estimado de 20,73% ao ano, entre 2022 e 2025.

É o que revela um estudo divulgado pela CupomValido.com.br, plataforma de cupons de descontos online, com dados da Statista sobre as vendas no e-commerce. De acordo com o estudo, o Brasil possui uma expectativa de crescimento quase duas vezes maior que a média mundial (11,35%), e acima até de países como o Japão (14,7%), o Estados Unidos (14,55%) e a França (11,68%).

Por que o e-commerce no Brasil cresce tanto?

Dois fatores foram cruciais para influenciar o forte crescimento das vendas online no Brasil. A pandemia é um dos primeiros fatores, pois com as lojas físicas fechadas, fez com que diversos brasileiros passassem a realizar sua primeira compra online. Ao encontrar facilidade na compra, métodos de pagamento instantâneos (como o PIX), e entregas rápidas (diversas lojas com entregas em 1 dia útil), muitos deles se tornaram consumidores recorrentes.

Um segundo fator, é que o índice de penetração de compras online, ainda é relativamente baixo no Brasil. Segundo a pesquisa, no Reino Unido, 84% das pessoas realizaram pelo menos uma compra nos últimos 12 meses. Nos Estados Unidos e no Japão, em ambos os países a taxa foi de 77%. E na Alemanha, foi de 74%.

Como boa parte da população, principalmente destes países desenvolvidos, já realiza frequentemente compras online, a taxa de crescimento em potencial tende a ser menor nos próximos anos. Em contrapartida, no caso do Brasil, apenas 49% da população realizou ao menos uma compra online no último ano. Isto explica o potencial significativo de crescimento que o Brasil ainda possui, ao comparar com os outros países.
 

O curioso caso do consumidor 4.0

 


Especialista avalia novo comportamento e estratégias para as marcas utilizarem nesse momento

Por Rodrigo Comegno - 08/08/2022Facebook

 
Migrar do ambiente off-line para o online trouxe impactos importantes e, apesar de a transformação digital ser esperada, a pandemia acelerou totalmente esse processo e as empresas que não se habituarem a esse novo cenário, provavelmente não sobreviverão.
 
Uma pesquisa realizada pelo Centro de Tecnologia Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGVcia) mostra que há hoje 447 milhões de dispositivos digitais em uso doméstico ou corporativo no país. A categoria engloba computadores de mesa, notebooks, laptops, tablets e smartphones. São mais de dois equipamentos por habitante, incidência semelhante a de nações ricas.  

Isso só mostra o quanto estamos mais conectados e também mais exigentes. Queremos que as empresas mostrem personalidade, proximidade de valores, alinhamento ao pensamento, além de comunicação e uma relação mais digitalizada. Estamos falando do consumidor 4.0, pessoas que não abrem mão de consumir produtos e serviços que proporcionem experiências digitais.

Pare e pense. Quantas vezes você passou em frente a uma loja e sentiu vontade de fazer um pedido de algum item dela do conforto da sua casa? Parece comum esse sentimento. No entanto, enquanto algumas empresas oferecem essa experiência, outras ainda estão atrasadas no processo de inovação, não possibilitando canais para conversar com um atendente e tirar algumas dúvidas. Isso frustra qualquer consumidor. 

Além disso, ainda vemos serviços de chatbot acontecerem de maneira ineficiente. Eles são desenvolvidos exatamente para se comunicar com as pessoas e utilizam inteligência artificial para obter uma experiência mais próxima. Assim é possível resolver dúvidas dos consumidores e problemas de maneira totalmente automatizada e sem a necessidade de envolvimento de atendentes humanos. Esta é uma tecnologia que não pode faltar.

As marcas precisam ser omnichannel. Esta é uma tendência sem retrocesso. As empresas precisam oferecer diversidade e simplificar o processo de compra de qualquer cliente. Por isso, conciliar informações claras, produtos e serviços personalizados, comodidade e experiência é um fator que vai ser cada mais mais exigido pelos consumidores.

O que vem pela frente ainda é mais que isso 

Estamos em constante evolução e ter um relacionamento próximo, empático e rápido são exigências desse novo mercado. A medida que o tempo passa,novas ferramentas tecnológicas chegam para agregar e levar os consumidores a outras experiências. 

Sim, estamos vivendo a era da experiência e sai ganhando aqueles que souberem aproveitar o momento propício para isso.

Inclusive, o Metaverso não será um furacão passageiro que chega e vai embora. Ele já mostrou que veio para ficar e mudar ainda mais o pensamento dos consumidores.

Qualquer pessoa poderá entrar em uma loja de móveis pela plataforma, por exemplo, e ali mesmo montar seu quarto a partir do que aquele lugar oferece. O consumidor sairá dali olhando como sua casa ficará quando estiver mobiliada. Uma experiência nunca antes realizada e que agora está se tornando real.

Inovar e reconhecer que este é o caminho para fazer novos negócios e conquistar clientes podem estar na agenda de muitas empresas - os investimentos em TI das companhias já equivalem a 8,7% de suas receitas, de acordo com a FGV -, mas executar todas as experiências possíveis ainda é um processo que acontece de maneira lenta por aqui. 

Talvez, não estávamos preparados para o tamanho do boom de inovação do qual caminhamos, mas vale lembrar que já estamos vivenciando tudo isso. A competitividade está acirrada e ficará no mercado quem souber usar tudo o que a tecnologia tem para oferecer.

A evolução de inteligência do trade marketing com a transformação digital

 


Para Stenio Souza, conforme varejo e consumo evoluem, as práticas de trade marketing são impulsionadas a se reinventarem

Por Stenio Souza - 09/08/2022Twitter

A pesquisa “Global Marketing Trends 2022”, realizada pela Deloitte, reuniu dados e insights, no Brasil e no mundo, que apontam a evolução da visão dos consumidores sobre as marcas e como as empresas estão repensando suas abordagens. O foco empresarial, segundo a pesquisa, está em melhorar a produtividade (39%), o engajamento com os clientes (33%) e acelerar a mudança para plataformas digitais/tecnológicas (29%).

Nos últimos anos, a aceleração da transformação digital promovida, principalmente, pela pandemia fez com que o mercado experimentasse e adotasse diversas tecnologias com o objetivo de estar mais próximo do seu shopper, que tornou-se mais conectado e adepto ao comportamento omnichannel, em que não enxerga barreiras entre o universo físico e online para interagir e consumir as marcas desejadas. 

Muito além de uma necessidade apenas das indústrias e das pessoas, a tecnologia se tornou ainda uma grande aliada nas ações para os varejistas, vista também como um diferencial competitivo. E à medida que o varejo e o consumo evoluem, as práticas de trade marketing são impulsionadas a se reinventar para tornarem-se soluções que geram inteligência e eficiência ao processo de relacionamento entre marcas e consumidores e, consequentemente, vendas. 

Confira abaixo práticas de trade marketing que ficaram mais inteligentes com a transformação digital no ecossistema do consumo:

Coleta de dados para aumento de cobertura, frequência de visitas e otimização do custo de execução
O mercado vem desmistificando e descobrindo o potencial da auditoria de pontos de venda que, principalmente quando combinada com princípios de tecnologia como reconhecimento por imagem e Business Intelligence (BI), tem o poder de controlar e otimizar a execução e a rentabilidade dos projetos. 

Essa solução, em geral, se relaciona com o diagnóstico de execução de “loja perfeita” - estratégia desenhada pelo marketing visando aparecer mais, ser melhor do que a concorrência, estar em contato próximo e direto com o shopper e, claro, vender mais. A tecnologia de reconhecimento de imagem, por exemplo, chegou nessa frente para substituir o preenchimento humano de formulários e a captação manual de fotos. Quando comparados os processos, o manual chega aos 80% de acuracidade, enquanto o automático com image recognition alcança 95% em um tempo quatro vezes menor. Com isso é possível ampliar a cobertura de PDVs atendidos. E a coleta de dados aliada a algoritmos, inteligência artificial e machine learning permite ganhos em uma série de pontos sensíveis para a indústria.

Por exemplo, para planejar e melhorar a atividade de campo, o estudo (ou auditoria) de tempos e movimentos adotados - tanto das atividades fixas (que não movem o ponteiro da indústria, mas que são obrigatórias como pausas e deslocamentos) quanto das variáveis (que dialogam diretamente com o sucesso de uma estratégia, como reposição de produto, checagem de estoque, entrada de pedidos, relacionamento e conquista de espaço, entre outras) - é de extrema importância para validar se o recurso alocado está sendo aproveitado da melhor forma possível.

Em paralelo, essa coleta de dados também pode ser útil para abastecer uma outra frente que tornou-se mais inteligente: a setorização e roteirização do atendimento. E isso significa muito mais do que, por exemplo, criar um itinerário otimizado para o promotor seguir por meio de geolocalização. Estamos falando aqui de um conceito amplo que é o geomarketing. Ou seja, entender com profundidade o nível de serviço prestado por loja versus o tempo investido versus o retorno de vendas.  Isso porque, por vezes, pontos de venda que representam um faturamento menor somam um tempo maior utilizado pelo promotor. Ou seja, essa pode ser a base para a revisão da pirâmide de nível de serviço por tipo de loja e região e adoção de padrões para atender mais e melhor onde é estratégico. 

E-services 
O e-commerce brasileiro registrou um faturamento recorde em 2021, totalizando mais de R$161 bilhões, um crescimento de 26,9% em relação ao ano anterior. O número de pedidos aumentou 16,9%, com 353 milhões de entregas, segundo levantamento da Neotrust, empresa responsável pelo monitoramento do e-commerce brasileiro. E sabemos que as compras online seguem como tendência no Brasil. Afinal, ao comparar o primeiro trimestre de 2022 (janeiro a março), com o mesmo período do ano passado, o setor teve alta de 12,59%. 

Por isso, temos que olhar para as soluções focadas também nesse ambiente. Afinal, o consumidor é omnichannel e transita entre os canais com o desejo de ter a mesma experiência em todos os pontos de contato com as marcas. Um estudo realizado pela Edge by Ascential aponta que 72% das compras em 2022 serão feitas nas lojas físicas, mas serão influenciadas pelo e-commerce. 

Então, pense comigo, aplicar soluções que auxiliam na gestão da gôndola digital e da gôndola física, faz você ficar próximo do seu shopper independente do canal que ele se aproprie para buscar informações sobre o seu produto. É aí que entram os e-services. E quem teve agilidade para formatar novas soluções e atender essa mudança de comportamento do mercado,  além de coragem para assumir um novo mindset para migrar ou testar novas operações sem precedentes, já percebe os benefícios não apenas em aprendizado, mas em resultados também. 

Esse é o caso de uma gigante da tecnologia aqui no Brasil - a Acer. Se o consumidor está na Internet, seu atendimento também precisava estar. Com o impeditivo de manter os promotores de vendas em loja e o desafio de manter as vendas durante a pandemia, a companhia direcionou o esforço de campo para o ambiente online trazendo as características humanas para um espaço que hoje ainda é predominantemente ocupado por chatbots e suas inteligências artificiais. O que era teste tornou-se solução: as metas comerciais foram batidas e os resultados de cada mês se elevaram. A satisfação do cliente se mostrou integralmente positiva nas avaliações. E em 2021 esse se tornou o modelo oficial da sua forma de atuar no varejo brasileiro.

Essa solução aplica-se tanto para a compra assistida em mercados mais complexos quanto para aumentar a cobertura de promotores em lojas em que não estão presentes fisicamente, por meio de recursos como QR Code. E quando anexado em uma plataforma de compras ou no marketplace, o atendimento online pode aumentar muito a conversão de vendas ao integrar diferentes recursos, como questionários para encontrar a melhor opção do portfólio que se adequa à sua necessidade, de forma já linkada e atrelada ao carrinho de compras. 

Mas ela não caminha só quando o foco é melhorar performance de vendas e experiência de compra online. Outras frentes relevantes, como a distribuição ágil e inteligente de conteúdo otimizado para a gôndola digital, emergem das novas jornadas de consumo. E o imprescindível por trás de todas as tecnologias que brilham os olhos é entender que a inteligência não é gerada apenas pelo que é artificial. O trabalho segue humano. Por isso, agregar pessoas capacitadas e experientes, com olhar tanto para indústria, quanto para o varejo, para pilotar as ferramentas é o que enriquece os resultados. 

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

8 e-commerce KPIs cruciais para o seu negócio

 


Para conquistar o sucesso do seu e-commerce, além de investir em estratégias de marketing, vendas, atendimento ao cliente etc., é fundamental acompanhar de perto os resultados que essas ações geram para o seu negócio. Isso pode ser feito por meio dos indicadores.

Saiba como aumentar as taxas de conversão e fechamento de vendas com este guia.

Eles ajudam a identificar como anda a saúde da sua empresa e fornecem informações valiosas para auxiliar no processo de tomada de decisão. Neste artigo, você vai conferir o que são e-commerce KPIs, quais os principais tipos e como definir os melhores para o seu negócio. Também vai entender como monitorar esses indicadores e que ferramentas pode utilizar para essa finalidade. Continue a leitura!

O que são e-commerce KPIs?

Os KPIs (Key Performance Indicators) significam, em português, indicadores-chave de desempenho. Têm a finalidade de monitorar a performance de todas as áreas de uma empresa.

Nesse sentido, os e-commerce KPIs são indicadores essenciais para que você possa monitorar o crescimento do seu negócio. Além disso, identificar as ações que estão funcionando ou não e tomar decisões acertadas, tendo como base dados reais e relevantes.

Vale destacar que você pode analisar essas informações em tempo real, visto que no marketing digital, é possível ter acesso a esses dados de forma mais simples, inclusive, utilizando ferramentas gratuitas. É possível verificar, por exemplo, o tráfego do seu site, a taxa de conversão, o índice de rejeição e outros.

Quais são os 8 principais e-commerce KPIs?

  1. Retorno sobre investimento (ROI)
  2. Taxa de conversão
  3. Taxa de rejeição
  4. Ticket médio
  5. Custo de Aquisição de Clientes (CAC)
  6. Lifetime Value (LTV)
  7. Abandono de carrinho
  8. Tráfego do site

Há vários indicadores que você pode monitorar no seu e-commerce. Não é necessário acompanhar todos, apenas aqueles que fazem sentido para a sua empresa e que estejam de acordo com os seus objetivos.

Sendo assim, trouxemos 8 principais tipos de e-commerce KPIs para otimizar os resultados do seu comércio eletrônico.

1. Retorno sobre investimento (ROI)

ROI é uma métrica importante para compreender se os seus investimentos estão gerando lucros para o seu negócio. É possível calcular esse índice por meio da seguinte fórmula:

Retorno sobre Investimento = (Receita- Custos) Custos x 100

2. Taxa de conversão

taxa de conversão mostra quanto você conseguiu vender em determinado período. Essa relação é medida observando o número de visitantes no seu site e o volume de vendas realizadas durante esse tempo.

3. Taxa de rejeição

A taxa de rejeição indica o percentual de pessoas que entraram no seu e-commerce e saíram sem realizar nenhuma ação. É interessante destacar que, se essa taxa for alta, é porque existem alguns problemas na sua loja virtual. Entre eles, carregamento lento, processo de compra difícil, preços elevados e página pouco intuitiva.

4. Ticket médio

O ticket médio é um KPI que indica o valor médio de vendas em determinado período. Se esse número for elevado, significa que os clientes estão comprando da sua empresa com frequência, gerando receita recorrente para o seu negócio.

5. Custo de Aquisição de Cliente (CAC)

CAC mostra quanto a empresa está investindo em estratégias de marketing e vendas para atrair novos clientes. Esse indicador pode ser calculado com a seguinte fórmula:

CAC = Custos de vendas + Custos com marketing número de novos clientes

6. Lifetime Value (LTV)

LTV é um indicador que evidencia o quanto de receita o consumidor gera durante o período de relacionamento com a sua empresa. Desse modo, se esse índice for maior que o custo para adquirir novos clientes, significa que o seu negócio está obtendo ótimos rendimentos, e você tem compradores valiosos.

Para medir esse KPI, use a fórmula:

Ticket médio x número de compras efetuadas por cliente x tempo em que o comprador esteve presente na sua loja

7. Abandono de carrinho

Esse KPI destaca o número de clientes que desistiram da compra. Isto é, o usuário navegou pelo e-commerce, colocou produtos no carrinho, mas por algum motivo, saiu do site sem fechar a venda. A partir desse indicador, é possível entender o comportamento dos consumidores e pensar em estratégias para fazê-los voltar ao e-commerce e fechar a compra, como oferecer algum desconto especial.

8. Tráfego do site

Analisar o tráfego é essencial para o sucesso do seu e-commerce. A partir dessas informações, é possível saber se você realmente está conseguindo atrair visitantes para a sua loja virtual.

Como definir os e-commerce KPIs relevantes para sua empresa?

Como você viu, existem vários tipos de KPIs, mas isso não significa que você precisa analisar todos. Para definir indicadores relevantes, é essencial que eles estejam alinhados aos objetivos do negócio, à fase de crescimento da loja virtual, e que possam ser mensurados com facilidade.

Quais e-commerce KPIs você deve acompanhar?

É importante acompanhar os e-commerce KPIs que estejam relacionados ao propósito da sua empresa e à fase em que ela se encontra no mercado. Por exemplo: se a loja virtual for nova, seria interessante mensurar o tráfego do site para saber se você está conseguindo atrair um bom número de visitantes interessados nas suas soluções.

Mas se o seu e-commerce já estiver estabelecido, as métricas mais relevantes serão a taxa de conversão, o abandono de carrinho, o Lifetime Value, e assim por diante. Portanto, observe o seu negócio para definir as variáveis que você deve mensurar.

Como monitorar e-commerce KPIs?

Após fazer a escolha dos principais KPIs para o seu e-commerce, é importante monitorá-los com frequência. Para isso, defina um período, que pode ser semanal, quinzenal, mensal ou trimestral.

Além disso, é fundamental que você tenha consistência ao realizar esse acompanhamento. Não adianta medir uma vez e, depois, abandonar ou mensurar de vez em quando. Você precisa estar sempre por dentro de todas as mudanças que ocorrem ao longo do tempo e realizar melhoria contínua no seu negócio.

Quais as melhores ferramentas para e-commerce KPIs?

Agora que você já conhece os indicadores de desempenho que podem ser úteis para o seu e-commerce, é possível utilizar algumas ferramentas para mensurá-los. Para isso, você pode usar Google Analytics, Google Search Console, Shopify e, é claro, a HubSpot, entre outras.

Os e-commerce KPIs são recursos indispensáveis para auxiliar a monitorar o desempenho da loja virtual, baseando-se em dados reais. Esse acompanhamento ajuda a compreender a situação do seu negócio, além de identificar estratégias que geram bons resultados. Ainda é possível verificar problemas e tomar ações corretivas para reduzi-los ou eliminá-los.