Uma nova forma de realizar pesquisas está ganhando o mercado brasileiro, permitindo que as pessoas deem sua opinião e ajudem a melhorar os produtos e serviços das marcas. Basta ter um smartphone ou acesso a internet para poder emitir sua opinião, no momento e lugar que lhes forem mais convenientes. Por meio das denominadas pesquisas online, as empresas de tecnologia estão conseguindo gerar inteligência para seus clientes, em pouco tempo, com qualidade, em perfis respondentes específicos e a um preço bastante competitivo.
Com a queda nas vendas no varejo do Brasil, por exemplo, parte da verba de marketing deve ser transferida para o setor de inteligência de marketing das empresas com a intenção de entender melhor esse consumidor, que tipo de produto gostaria de comprar, os motivos pelos quais não estão comprando etc. De forma resumida, o marketing é uma forte ferramenta para aumentar o consumo e market share de uma marca. Por outro lado, a pesquisa de mercado agrega valor na criação do melhor produto ou serviço para aquele público-alvo.
No Brasil, a pesquisa de mercado ainda não é tão valorizada como em mercados maduros, como EUA e Europa, uma vez que pesquisas tradicionais demoram muito e custam caro. Outro motivo é que muitas decisões no Brasil ainda são tomadas no feeling do profissional, desde o lançamento de um produto, até a criação de uma startup, sem a devida validação do produto ou serviço.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (Abep), atualmente, pelo menos 50% das pesquisas realizadas na Europa e Estados Unidos são feitas de forma online. No Brasil, esse percentual ainda é muito pequeno, não ultrapassando os 10%, o que significa que há muito a crescer nos próximos anos.
Outro dado é que o mercado de pesquisa no Brasil faturou ao total R$1,75 bilhão em 2014, crescimento de 15% em relação a 2013. Como referência, uma métrica importante no mercado para se acompanhar é o quanto um País gasta em pesquisas de mercado versus o total em marketing. Dados da ESOMAR, referente ao ano de 2013, aponta que no Brasil o gasto em pesquisa foi de 4,3% do total gasto com marketing, bem abaixo de países mais maduros como o Chile, que gastou 8,8%, EUA, com 9,5%, e Reino Unido, com 20,6%.
De olho nesse setor, diversas empresas vêm surgindo, com o objetivo de oferecer pesquisas rápidas e precisas, a fim de gerar informações de valor para seus clientes, usuários e para a sociedade como um todo. Adicionalmente, por meio da tecnologia, é possível, por exemplo, solicitar que um determinado respondente tire uma foto de sua geladeira aberta para se analisar os produtos a serem consumidos ou que vá a um determinado local realizar uma atividade/desafio em um ponto de venda.
Para manter as pessoas engajadas, empresas oferecem benefícios, como ingressos para cinema, possibilidade de fazer uma doação e créditos para celular. Porém, existe toda uma metodologia que deve ser respeitada, com critérios de qualidade, para garantir que as informações extraídas sejam verdadeiras e, o mais importante, sejam representativas.
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