terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Top 10 dos livros de Marketing mais vendidos em 2014


Marketing 3.0, de Philip Kotler, se mantém na liderança do ranking exclusivo do Mundo do Marketing. Ano marca a volta de A Calda Longa entre os best sellers

Por Bruno Mello, do Mundo do Marketing | 23/12/2014

bruno@mundodomarketing.com.br

Pelo quarto ano consecutivo, o livro Marketing 3.0 é o mais vendido entre os títulos de Marketing no Brasil. A obra de Philip Kotler mantém o autor como o mais lido entre os profissionais na área pelo sétimo ano consecutivo e desde que o Mundo do Marketing passou a realizar o levantamento exclusivo dos livros mais vendidos do ano. Somente em 2008 o título não aparece na listagem, porque ainda não havia sido lançado.
Um livro que nunca saiu dos Top 10 é Administração de Marketing, também de Kotler. Depois de ter sido o mais lido durante três anos, a publicação caiu do segundo para o quinto lugar em 2014. O ranking deste ano não traz nenhuma obra nova. Pelo contrário. Marca a volta do best seller A cauda longa, de Chris Anderson, na terceira colocação. O segundo lugar entre os mais vendidos também é de um velho conhecido: A Estratégia do Oceano Azul, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne.
As demais posições do ranking seguem como uma dança cadeiras, pois todos já estavam na listagem em 2013. Os brasileiros A Menina do Vale e O Segredo de Luisa, dois títulos sobre empreendedorismo, subiram uma posição cada, em sexto e sétimo, respectivamente, enquanto Os 8 Ps do Marketing Digital caiu duas e está em oitavo lugar.
Conheça o levantamento completo a seguir.


Título
Autor
Editora
1
Marketing 3.0 - As Forças que Estão Definindo o Novo Marketing Centrado no Ser Humano
Philip Kotler, Hermawan Kartajaya, Iwan Setiawan
Campus
2
A Estratégia do Oceano Azul - Como Criar Novos Mercados e Tornar a Concorrência Irrelevante
W. Chan Kim, Renée Mauborgne
Campus
3
A cauda longa - A nova dinâmica de marketing e vendas
Chris Anderson
Campus
4
Marketing de A a Z - 80 Conceitos que Todo Profissional Precisa Saber
Philip Kotler
Campus Elsevier
5
Administração de Marketing  - 14º Edição
 Philip Kotler, Kevin KellerPearson
6
A Menina do Vale - Como o empreendedorismo pode mudar sua vida
Bel PesceCasa da Palavra
7
O Segredo de Luísa - Uma ideia, uma paixão e um plano de negócios
Fernando DolabelaSextante
8
Os 8 Ps do Marketing Digital - O Seu Guia Estratégico de Marketing Digital
Conrado Adolpho VazNovatec
9
Marketing de Crescimento - 8 Estratégias para conquistar mercados
Philip Kotler, Milton Kotler
Elsevier
10
A Lógica do Consumo - Verdades e Mentiras sobre por que compramos
Martin LindstromAgir
Fonte: Mundo do Marketing, Fnac, Cultura, Submarino, Americanas.com e La Selv

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

7 estratégias de Marketing que se consolidaram em 2014


Ano foi marcado pelo desenvolvimento da expertise em ações de Marketing esportivo, Real Time, Design Thinking, inbound e mídia programática. Drones e food trucks se multiplicaram

Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 22/12/2014

renata.leite@mundodomarketing.com.br



Na Era da internet, tudo muda muito rapidamente: o comportamento e as prioridades dos consumidores e, consequentemente, os desafios que surgem diante das empresas. Algumas estratégias tornaram-se peças chave para marcas inovarem na forma como lidam com seus clientes ao longo de 2014.  As ferramentas não são novas, mas se consolidaram, alcançando um número maior de companhias neste ano.
Os food trucks e drones rapidamente se espalharam por diversas cidades, dando mobilidade ao serviço de restaurantes e à entrega de produtos. Já a Copa do Mundo favoreceu os investimentos em Marketing esportivo. Durante o evento, as ações de Real Time Marketing, que comentavam os acontecimentos e os resultados dos jogos nas redes sociais, também ganharam força. Conheça mais dessas e de outras estratégias que ganharam corpo ao longo do ano, descritas em ordem aleatória.
Design Thinking
Nenhuma marca mais tem dúvida do poder que está nas mãos de consumidores, que não hesitam em ir ao Reclame Aqui e às redes sociais contar experiências ruins com produtos e serviços. Eles também já não estão mais satisfeitos em aceitar as ofertas de modo passivo, querem ter voz e poder de influência naquilo que compram. Muitas companhias perceberam na metodologia do Design Thinking um modo de tirar suas próprias verdades e demandas do centro para colocar o cliente nessa posição privilegiada.
Esse novo modelo mental de solução de problemas busca desconstruir todas as respostas que o mercado já dá aos desafios diários, vai a campo vivenciar o que realmente falta à experiência das pessoas e escolhe alternativas, que são prototipadas e testadas a todo o momento, para minimizar riscos. Todas as fases favorecem que o pensamento criativo aflore entre aqueles que foram escolhidos para desenvolverem o projeto, equipes essas que costumam e devem ser multidisciplinares. Positivo, Natura e Coca-Cola são algumas das empresas que já adotaram a metodologia em seus projetos.
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Marketing esportivo
O país do futebol sempre deixou muito a desejar quando o assunto é Marketing esportivo. Os investimentos ainda ficavam restritos à visibilidade da marca na camisa dos atletas e nas arenas esportivas. Mesmo com o pessimismo gerado pelo movimento do “não vai ter copa” surgido durante as manifestações de 2013, a realização do mundial no Brasil serviu de aprendizado para as empresas, tanto com ações que deram certo, quanto com outras que não se saíram tão bem assim.
No ranking das marcas mais associadas ao campeonato, organizado pela Hello Research, a Coca-Cola ocupou a liderança, seguida pela Nike, que não é patrocinadora do evento, mas da Seleção Brasileira. A marca de refrigerantes montou um ambiente com experiência sensorial a poucos metros de um dos portões do Maracanã, estádio do Rio de Janeiro, com imagens, essências e sons que remetiam ao torneio de futebol. A criação do espaço é da Plusmedia.
A Nike também investiu em um ambiente voltado para os amantes do futebol, a Casa Fenomenal. Os visitantes tinham a oportunidade de vivenciar experiências como calçar as recém-lançadas chuteiras de cano médio Magista e Mercurial Superfly, sendo desafiados por um painel digital a completar exercícios. Para demonstrar seu apoio à equipe, os visitantes tinham à disposição um estúdio fotográfico e a camisa canarinho, para que cada um pudesse tirar sua foto. O registro era enviado ao time de Felipão como forma de motivação.
Um ponto fraco das marcas em geral foi a lenta resposta, nas redes sociais, à derrota da Seleção para a Alemanha, por sete a um. Os aprendizados devem ser aplicados em 2016, quando as companhias voltarão a aproveitar o momento esportivo durante as Olimpíadas. Segundo especialistas, as patrocinadoras já deveriam ter iniciado as ações ainda este ano, logo após o fim da Copa, mas pouco ainda é visto no mercado.

Real Time Marketing
A Copa do Mundo favoreceu também os investimentos em Real Time Marketing. A Coca-Cola e o Itaú foram dois dos patrocinadores que montaram estruturas voltadas para as respostas rápidas e conversas nas redes sociais. Essas equipes precisaram lançar mão do improviso e da criatividade para aproveitar o timing dos comentários e o hábito multitela dos espectadores dos jogos.
A bola fora do jogador uruguaio Luís Suarez, que mordeu o zagueiro italiano Giorgio Chiellini durante o mundial, foi um prato cheio para marcas ao redor do mundo explorarem ações em tempo real, mesmo as que não tinham qualquer relação com o evento. A Negresco enviou uma caixa com várias unidades do biscoito para o jogador. O propósito era dar ao atleta outra opção mais gostosa para que ele pudesse morder nos quatro meses em que ficaria suspenso. Um vídeo elaborado pela Publicis Brasil mostrou o preparo de envio. Assista:


Drones
As pequenas aeronaves não tripuladas também se tornaram ferramentas de Marketing, sob controle de empresas, durante o ano de 2014. O termo drone, usualmente mencionado em discursos militares, foi parar no vocabulário corporativo. A Skol aproveitou a tecnologia para mostrar ao público imagens do carnaval registradas de um novo ângulo. A empresa utilizou o aviãozinho para captar momentos dos seis dias de folia em diversas cidades brasileiras.
Já a Tecnisa incluiu o uso de drones em suas obras para registrar o andamento das construções e oferecer aos clientes a possibilidade de acompanhar os trabalhos por meio de fotos e vídeos aéreos. A franquia de padaria drive-thru Pão To Go começou a testá-los no seu serviço de entrega. O pão francês e outros produtos chegaram à casa dos clientes por meio de aviões não tripulados comandados por controle remoto.
camisaria Colombo, por sua vez, levou manequins para as alturas para divulgar as promoções da Black Friday. A marca promoveu um verdadeiro desfile de moda aéreo na Vila Olímpia, em São Paulo. Tanta adesão acabou chamando a atenção da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que é responsável por controlar o espaço aéreo. Ainda são poucos os drones que têm licença para voar e falta regulamentação para o uso das aeronaves. Assista ao resultado da ação da Colombo.


Food Truck
Já os food trucks receberam liberação para rodarem em São Paulo este ano e já tomaram a cidade com pratos gourmet. A nova legislação abriu caminho para as marcas apostarem nos restaurantes sobre rodas. Eles se assemelham à tradicional comida de rua apenas em sua localização. O cardápio reúne ingredientes premium e refeições reconhecidas da gastronomia de diversos países, indo do tradicional ceviche peruano, aos hambúrgueres gourmet, paellas e sanduíches espanhóis com ramón (presunto).
No Rio de Janeiro, ainda sem regulamentação específica, permanecem restritos a eventos especializados, localizados em áreas privadas, como o Planetário e estacionamentos de supermercados. Para impactar o público e atrair para a experimentação ainda no primeiro contato, os empreendedores adotam identidades visuais chamativas, inusitadas e alinhadas com os produtos vendidos. A ideia é que o carro, principal ativo da empresa, já sirva de divulgação por si só.

Inbound
Os investimentos em inbound Marketing também se consolidaram ao longo de 2014. A estratégia utiliza conteúdos explicativos e várias vezes didáticos para qualificar futuros clientes e identificar a melhor maneira de atingir cada público relacionado à empresa. Essa personalização da informação começa a substituir a abordagem conhecida como outbound Marketing, que foca em comunicação massiva.
Especialmente as pequenas e médias empresas, mas não só elas, enfrentam dificuldades na hora de prospectar clientes, buscando primordialmente as pessoas conhecidas – o que pode não ser suficiente para assegurar um projeto de expansão sólido. Há formas, entretanto, de atrair interessados nos produtos e serviços ofertados por meio da geração de conteúdo estratégico.
Samba Tech, plataforma de gestão profissional de vídeos, reformulou seu processo de vendas no início deste ano e alcançou um crescimento de 80% na base de clientes e 40% na receita no primeiro semestre, se comparado ao mesmo período de 2013. A empresa trabalha agora para atrair leads qualificados e aumentar as conversões finais.

Mídia programática
Ao colocar relevância e performance em posição de destaque, a mídia programática deslanchou, ao longo de 2014, ao fazer com que peças apareçam no momento certo para o consumidor certo. O leilão de espaços publicitários virtuais já é conhecido tanto por anunciantes quanto agências e mostra-se atrativa na busca incessante por retorno sobre investimento (ROI).
A compra pautada em métricas permite às marcas alcançar os perfis mais suscetíveis às ofertas. Com a prática, surgiram novas siglas no vocabulário da área, como RTB, DSP e DMP. O primeiro, real-time bidding, ou compra em tempo real, denomina essa forma de adquirir os espaços nos leilões. Já demand-size platform (DSP) nomeia a plataforma que permite as compras por perfil e comportamento de usuário. E o data management platform (DMP) é responsável por reunir os dados de páginas e de audiências.
Essa venda programática ajudou a simplificar o operacional do digital, que sempre foi muito complexo. Numa única plataforma, passou a ser possível comprar e vender. Segundo previsão da empresa de pesquisa eMarketer, a adesão deve movimentar US$ 70 milhões até 2017.

10 melhores ações internacionais de 2014


Iniciativas de conscientização social e ambiental e campanhas emotivas se destacaram ao redor do mundo. Marcas como Nescafé, Coca-Cola e Ikea tiveram bons resultados

Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 19/12/2014

priscilla@mundodomarketing.com.br

Ao longo de 2014, iniciativas de Marketing ao redor do mundo adotaram diferentes estratégias para aumentar as vendas ou mesmo tornar as empresas inesquecíveis para o público em geral. Algumas marcas, antenadas à tendência global de sustentabilidade, apostaram na conscientização social e ambiental e obtiveram uma resposta positiva dos consumidores. Foi o caso da campanha da Honda, da Ucrânia, que desenvolveu vídeos falando sobre o perigo de se maquiar ao volante.
Já a Coca-Cola criou, no Vietnã, tampas de garrafas que as transformavam as embalagens em outros objetos, reduzindo, assim, o descarte. A companhia também foi responsável por um dos lançamentos mais comentados do ano: a versão verde de seu refrigerante com uma combinação de açúcar e stevia, sabor também posto à venda pela concorrente Pepsi. Esta, por sua vez, impactou pessoas que aguardavam o transporte em pontos de ônibus por meio de uma ação out-of-home de realidade aumentada.
O banco TD emocionou a todos ao transformar seus caixas eletrônicos em máquinas de agradecimentos, no Canadá. Outras marcas que surpreenderam os clientes foram a Ikea, a Nescafé e a Essential Waitrose, embora nenhuma ação tenha sido tão comentada quanto o desafio do balde de gelo, criado pelo fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, com o propósito de ajudar uma instituição social.
Balde de gelo
Zuckerberg iniciou o desafio do balde de gelo convidando alguns empresários a tomarem um banho de água gelada ou doarem uma quantia para a ONG ALS Foundation - ou fazerem ambas as ações. Muitos embarcaram na brincadeira, como artistas e marcas de todas as partes do mundo.
Como resultado, mais de US$ 15 milhões foram enviados para a empresa do terceiro setor especializada no combate à Esclerose Lateral Amiotrófica. No mesmo período de 2013, a entidade havia recolhido US$ 1,8 milhão. Entre as empresas que aderiram, estão bolinho Ana Maria, Netflix, Oreo, Peixe Urbano e Pontofrio.com.
Nescafé anúncio
A Nescafé da França transformou um anúncio de jornal em um par de xícaras para promover o então novo slogan global “Tudo começa com um Nescafé”. A peça presa ao veículo transformava-se nas canecas após ser dobrada. A campanha também incluía o pó do café para ser consumido com a adição de água quente. A segurança do objeto pop-up foi garantida pela empresa, que ainda propôs aos leitores dividirem a bebida com um amigo.
Assista abaixo como funcionou a ação:
Rótulo feito por criança
A empresa Essential Waitrose, do Reino Unido, adotou o rótulo criado por uma criança em suas embalagens. O jovem Harry Deverill acreditava que os desenhos presentes nos potes dos molhos da companhia eram pouco atraentes e decidiu enviar uma sugestão de troca pelo correio para a fabricante. A carta propondo a mudança foi bem recebida e o resultado foi uma série especial de molhos temperados com o invólucro feito pelo menino de seis anos.
Restaurante Bob Esponja
Um grupo de investidores da Palestina inaugurou uma unidade temática do restaurante do desenho Bob Esponjano país. O cenário escolhido foi o local de trabalho do Siri Cascudo, que possui o próprio "Seu Sirigueijo" para recepcionar os clientes, na animação. A inauguração do Salta Burger ocorreu em agosto e atrai diversos curiosos e crianças para realizar festas de aniversário no espaço, que conta com uma fanpage no Facebook.
Ikea e Airbnb – hospedagem
A loja de departamento Ikea, em Sidney, realizou uma parceria com o site de hospedagens Airbnb para levar consumidores a passarem uma noite dentro da loja. O pacote da oferta de hospedagem inusitada dava direito a jantar e a levar para casa os lençóis utilizados durante o período passado na unidade. O valor do pernoite também era bem atrativo: apenas US$ 12,00.
Honda perigo de se maquiar no trânsito
A Honda criou uma ação na Ucrânia para conscientizar as motoristas que costumam se maquiar enquanto dirigem em relação aos riscos que correm. A campanha buscou chamar atenção para como essa distração causa acidentes de trânsito. Os anúncios criados pela Geometry Global transformaram uma paleta de sombras em uma calçada quebrada, o rímel em poste amassado, o batom em um farol vermelho e um pó compacto em um airbag cheio.
Máquina de saque nos bancos
O banco TD, no Canadá, transformou um caixa eletrônico comum em uma ferramenta de agradecimento aos clientes. A agência escolheu alguns correntistas para premiá-los de forma personalizada, muitas vezes utilizando informações da vida pessoal deles. A ação deu passagens aéreas para uma senhora visitar a filha que tem câncer e mora em Trinidad. Outra mãe recebeu um cheque para custear a educação das crianças. Sabendo que os pequenos não iriam curtir tanto, o banco também ofereceu ingressos para os parques da Disney. Já um rapaz ganhou o uniforme do time de beisebol favorito, Toronto Blue Jays, e teve a chance de lançar uma bola durante uma partida. Outros clientes ganharam flores e dinheiro em espécie.
Todas as reações foram gravadas pela agência Leo Burnett Toronto, também idealizadora do projeto. O resultado emocionante pode ser conferido no vídeo abaixo:
Ação da Pepsi em ponto de ônibus
A Pepsi também surpreendeu os pedestres de uma rua de Londres. A empresa transformou um painel destinado a campanhas publicitárias do ponto de ônibus em uma tela de projeção de realidade aumentada. Esperando a chegada do veículo, eles tomavam um susto ao se verem diante de um tigre de bengala ou uma invasão alienígena.
Nesta ação, as pessoas eram levadas a acreditar que viam através de um vidro, mas as cenas inacreditáveis e inesperadas aconteciam ali na tela. As reações foram registradas e podem ser vistas no vídeo abaixo:
Coca-Cola transforma garrafas pet em produtos
Criada como uma ação de uso consciente, a Coca-Cola elaborou 16 tampas diferentes das que costumamos encontrar em suas garrafas para dar novas utilidades às PETs, após o consumo do refrigerante. A ação inovadora, chamada de “2nd Lives” (Segundas Vidas, em tradução livre), foi lançada no Vietnã e distribuída gratuitamente a moradores. Com o acessório, as embalagens se tornam brinquedos, canetas iluminadoras, borrifadores de jardim e apontadores de lápis.
Coca e Pepsi com refrigerantes verdes
As concorrentes Coca-Cola e Pepsi levaram aos Estados Unidos, este ano, as versões verdes de seus refrigerantes. Nas duas bebidas, parte do açúcar é substituído pelo adoçante natural stevia. Tanto a Coca-Cola Life quanto a Pepsi True, como são chamadas, possuem embalagem na cor verde, para indicar que são alternativas mais saudáveis.
A Coca-Cola Life não é diet nem light, mas possui menos calorias do que a opção vermelha, e já está presente também em outros países, como Argentina, Chile e Grã Bretanha. A vinda do produto para o Brasil foi vetada, por conta de regulamentações locais.

Inteligência competitiva e as tendências para 2015


Um terço das 100 maiores empresas da Fortune irão enfrentar uma crise, pela incapacidade de conduzir inadequadamente insights de negócios entre dados e informações até 2017 de acordo Stamford, Conn, uma empresa Gartner Inc

Alfredo Passos
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Um terço das 100 maiores empresas da Fortune irão enfrentar uma crise, pela incapacidade de conduzir inadequadamente insights de negócios entre dados e informações até 2017 de acordo Stamford, Conn, uma empresa Gartner Inc.
Isto quer dizer que a gestão eficaz da informação (conhecimento) vai se tornar um diferencial importante entre as empresas com melhor desempenho, dizem os especialistas.
Aqui quatro tendências para estar atento em 2015, para garantir que sua organização fará a diferença no ano que se aproxima, segundo texto de Julie Davis da AMA*, que adaptei com alguma ideias.
1. Gestão com stakeholders
Relações entre as partes interessadas e membros da diretoria podem afetar como as empresas gerenciam suas percepções de dados e do consumidor. Em empresas com relacionamentos fortes e colaborativos entre marketing e tecnologia, o desempenho global da empresa é muito maior.
Além disso, certifique-se de que sua equipe insights tem uma influência toda a empresa e é posicionado como um parceiro estratégico, não apenas um processador de dados. Não queremos quaisquer decisões tomadas sem um dos membros de nossa equipe na sala, porque sabemos que o consumidor sabe melhor que provavelmente 95%, se não mais, das pessoas na empresa.
2. Foco na entrega de dados
Dados sozinhos não podem influenciar alguém. É fundamental para entregá-lo de uma forma que é significativa, simples, compreensível e acionáveis, ou seja que gerem ações. Não queríamos transferir dados, nós estamos transferindo o conhecimento. Como resultado, não é suficiente para os profissionais pesquisadores e insights ter apenas as habilidades técnicas — eles precisam ser excelentes comunicadores, também.
3. Insights x Inteligência Competitiva
Em seu post Julie Davis comenta a importância da equipe de “insights” estar mais cedo da equipe de “pesquisa e desenvolvimento” para poder comentar, influenciar nos novos produtos e serviços. Uma vez que profissionais que estão mais perto dos consumidores tem mais capacidade de comentar necessidades, hábitos, atitudes, e com isso argumentar melhor com os cientistas, profissionais da produção, operação, finanças, o que deve ser desenvolvido para um determinado mercado.
Sou totalmente a favor. A única ressalva, é que um profissional com formação em Inteligência Competitiva tem a vantagem, ainda de conhecer sobre patentes, mercado, competição e concorrência e não só sobre pesquisa de mercado. Seu conhecimento é sobre negócios, portanto sua colaboração pode ser maior, neste ponto de vista.
4. Pesquisas “Mobile”
A mobilidade é uma realidade e com ela ser rápido torna-se uma exigência cada vez mais necessário, para departamentos de marketing e de pesquisa. E neste caso, agilidade passa também por modelos mais objetivos de pesquisa e estudos. Especialistas esperam incluir apenas 3 tipos de perguntas para 2015, sendo questões de escala Likert, como, “como estava satisfeito”, uma pergunta sobre por que o entrevistado deu a classificação que deu e uma pergunta como a marca pode melhorar.
Claro que as pesquisas móveis não irão substituir as pesquisas face a face, nem que estas pesquisas irão substituir todas as outras, apenas esse é mais um caminho, um avanço. 

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

10 fiascos de Marketing em 2014


Adidas, Zara, Shell, Amazon, Friboi e Diletto foram algumas das marcas que tentaram, mas fracassaram em suas propostas, resultando até em interferências judiciais

Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 17/12/2014

priscilla@mundodomarketing.com.br

O desejo de se tornar inesquecível para os consumidores é unânime entre as marcas. Algumas, no entanto, passam a ser lembradas por motivos não muito bons – e, em 2014, não foi diferente. Houve ações que acabaram imersas em polêmicas. A desatenção com fatos históricos, ambientais e sociais mostrou que o processo criativo precisa considerar os diversos olhares no momento de idealização. Saíram-se mal Adidas, Zara e Shell, entre outras.
Acreditar que uma estratégia será encarada da mesma maneira por todas as pessoas é um erro recorrente nas empresas que passaram por saias justas. Algumas chegaram a receber notificações judiciais - como ocorreu com a Mondelez, detentora da Bis, durante a Páscoa. Sustentar uma mentira em tempos em que a informação circula rapidamente é outro risco alto, e nomes como Diletto e Bomnegocio.com pagaram o preço quando foram descobertos.
Houve ainda os casos envolvendo a Copa do Mundo. O mascote escolhido para representar o segundo maior evento esportivo do mundo teve pouco destaque e muitos produtos com a imagem dele encalharam. A disputa por direitos de imagem e licenciamento, no fim, quase não importou. As grandes marcas que não pagaram cotas de apoio acabaram se tornando lembradas durante o torneio, tanto ou mais quanto os concorrentes patrocinadores.
Conheça os 10 principais fiascos, em ordem aleatória, segundo levantamento do Mundo do Marketing.
Zara e o pijama do Holocausto
A Zara pôs à venda, em suas lojas, um pijama infantil semelhante ao uniforme utilizado no Holocausto. Após ser criticada nas redes sociais, a empresa lamentou publicamente o fato, afirmando compreender a conotação que foi criada, e retirou o produto dos pontos de venda. A peça era listrada em azul e branco com uma estrela de seis pontas dourada no peito e, segundo a fabricante de roupas, foi inspirada em xerifes do faroeste.
 
Lego e Shell alvos do Greenpeace
Em julho, a Shell e a Lego foram alvo de críticas do Greenpeace, que lançou uma paródia do filme “Uma Aventura Lego”, condenando a parceria entre as marcas. No filme, os personagens da fabricante de brinquedos se encontram no Ártico e estão felizes, até serem submersos por petróleo, com expressões de tristeza e pânico.
Foram utilizados 120kg de Lego no curta "Everything is NOT Awesome" (Nem tudo é maravilhoso, em tradução livre), um trocadilho com a música-tema do filme. Inicialmente publicado no dia oito de julho, o vídeo fez muito sucesso, alcançando mais de três milhões de visualizações no YouTube. O objetivo da campanha foi alcançado em outubro, quando o Presidente do Grupo Lego anunciou o fim da parceria.
Falso storytelling
A Diletto e a Do Bem foram acusadas de construírem o storytelling de suas marcas com base em informações falsas. A denúncia foi parar em um processo no Conselho de Ética do Conar, que reconheceu que a marca de sorvetes finos lançou mão da ficção e do lúdico ao sustentar que a origem dos produtos era da Itália. O Conselho de Ética então recomendou a alteração do material publicitário da companhia.
Já a Do Bem foi acusada de não receber suas frutas do fornecedor apresentado em peças de comunicação, o senhor Francesco. O Conar, também por maioria de votos, recomendou o arquivamento do processo. O Conselho de Ética da entidade considerou satisfatórios os esclarecimentos fornecidos pela fabricante em relação aos questionamentos que deram origem à representação.
A partir destes casos, muito se discutiu sobre os limites que as marcas precisam respeitar na hora de abordar o lúdico, embora nenhum produto se sustente apenas com boas histórias.
  
Ovos de Páscoa Bis X-tra
Durante a Páscoa, a Mondelez teve que recolher os ovos de chocolate da marca Bis X-Tra, após o Procon-RJ avaliar que o item incitaria o bullying entre as crianças. O doce trazia a frase “personalize essa embalagem com adesivos para sacanear seu amigo”. Os adesivos tinham expressões como “morto de fome”, “nerd” e “nervosinho” e acompanhavam o ovo, como possibilidade de personalização.
Após um processo administrativo, a empresa foi proibida de comercializar o produto. O órgão afirma que o item desrespeita o artigo 37, parágrafo 2°, do Código de Defesa do Consumidor, por incentivar a discriminação entre crianças e adolescentes.
Roberto Carlos e Friboi
A contrato entre a Friboi e o cantor Roberto Carlos foi rompido em novembro, após a JBS desistir de realizar novas campanhas com o artista. O acordo firmado no início do ano em um valor estimado em R$ 45 milhões previa a realização de duas ações: o anúncio, que foi ao ar, em que a personalidade apareceu diante de um bife da marca e outro dirigido para os consumidores dos Estados Unidos, que não chegou a ser produzido.
O comercial exibido no Brasil recebeu muitas críticas dos consumidores, que questionaram o fato de o cantor não ter nem tocado no pedaço de carne, mesmo ele afirmando que havia deixado o vegetarianismo. A falta de credibilidade levou ambas as partes a uma briga judicial por discordâncias em relação ao valor a ser pago de indenização pela quebra do contrato.
Camiseta de duplo sentido da Adidas
Uma coleção de camisetas criadas pela Adidas para a Copa do Mundo no Brasil gerou polêmica ao apresentar conotação sexual em suas estampas. Uma das peças trazia a imagem de um coração amarelo com um fio dental verde, dando o entendimento de nádegas, com a frase “eu amo o Brasil”. Em outra, havia a imagem de uma mulher de biquíni e a frase "Lookin’ to score", que, traduzida literalmente, diz "em busca dos gols”, mas ao mesmo tempo é uma expressão que significa "pegar garotas".
Os produtos foram lançados nos Estados Unidos e sofreram repúdio da Embratur. A instituição considerou os desenhos uma forma de promover o turismo sexual, diferente do que defende a comunicação adotada pelo governo, que destaca os atributos culturais e naturais do país.
Gafe Bomnegocio.com
Em maio, o Bomnegocio.com cometeu uma gafe ao utilizar uma foto de banco de imagens como se fosse de clientes em suas redes sociais. Alguns internautas descobriram a origem e fizeram piadas com o fato. Outras empresas, como Ponto Frio, OLX e Tecnisa, além de restaurantes, lojas de roupas e até um motel, aproveitaram para pegar carona nas brincadeiras dos usuários que ironizaram a farsa da consumidora fictícia Joanna.
Em nota, o Bomnegocio.com informou que quis ilustrar, de forma experimental, situações que acontecem no cotidiano com fotos de banco de imagens. O post foi retirado do ar no mesmo dia.
Patrocinadoras X não patrocinadoras
O apoio oficial à Copa do Mundo não garantiu às marcas patrocinadoras um destaque na vida e memória dos consumidores. As companhias que investiram dinheiro podem ter feito boas ações para o evento, mas nem todas permaneceram lembradas pelo público após a final, em julho. Por outro lado, as ações criativas levaram empresas não patrocinadoras se destacarem e serem reconhecidas pelos torcedores como protagonistas do mundial.
Foi o caso da Nike que, mesmo não tendo vínculo com o torneio, foi mais lembrada do que a oficial Adidas. Em relação aos bancos, o Itaú obteve uma pequena diferença se comparado aos outros que não contribuíram com aportes financeiros ao campeonato, como Caixa, Banco do Brasil e Bradesco. Outras marcas foram esquecidas, como Sony, Castrol e Budweiser.
Fuleco
O Mascote da Copa do Mundo foi uma das grandes apostas para o evento. Diversas empresas investiram em produtos licenciados, levando o tatu-bola para roupas, brinquedos, material escolar, entre outros artigos. A Globo Marcas, licenciadora oficial de produtos da Copa do Mundo, divulgou a superação de sua meta de vendas de R$ 2 bilhões, antes do final da competição. Mesmo assim, diversos itens acabaram encalhados nas lojas, uma vez que, durante o evento esportivo, o Fuleco mal apareceu.
Fire Phone
Uma das grandes apostas para 2014, o Fire Phone chegou ao mercado com o desafio de concorrer com gigantes do mobile. A proposta da Amazon era se fixar por meio da confiança que os clientes já têm na marca e fazê-los consumir de uma forma completamente nova. As vendas não foram como a empresa esperava e, às vésperas do lançamento do iPhone 6, a empresa reduziu drasticamente os preços do aparelho de US$ 200,00 para US$ 0,99, nos Estados Unidos e com plano de telefonia embutido.