Semana passada finalizei dois manuais, para empresas diferentes, sobre “Gestão de Crise”. Em ambos incluí um pequeno glossário contendo atitudes absoluta e totalmente proibidas para executivos, empresários, funcionários ou qualquer indivíduo que pertença a uma organização.
Agora estou com vontade de oferecê-lo, por um precinho bem camarada, ao presidente mundial da cadeia de lanchonetes Burger King, o brasileiro Bernardo Hees. Sem qualquer sutiliza, ele fez comentários depreciativos sobre as mulheres e a comida britânicas em uma palestra para estudantes nos Estados Unidos.
''A comida é terrível e as mulheres não são muito atraentes. Aqui em Chicago, a comida é boa e vocês são conhecidos por suas mulheres bonitas'', afirmou, sobre a época em que fez seu MBA na britânica Warwick University. A notícia está no portal IG.
Ele não é o primeiro, e infelizmente não será o último, executivo a cair na tentação da vaidade (ou arrogância?) quando tem a posse de um microfone e uma plateia na frente.
É uma pena que algumas pessoas ainda percam completamente a noção de ética, cidadania e respeito quando alcançam postos de visibilidade. Claro que isso acontece também em outros setores, como na política (o grande mestre dessa matéria foi o ex-presidente Lula).
Hees não manchou apenas a sua reputação; carregou ladeira abaixo o nome da empresa que preside, a Burger King, já que na condição de presidente, a Companhia é aposto inevitável em qualquer citação de seu nome.
Comentei nesse espaço várias vezes exemplos como esse. A vaidade, excesso de segurança, uma pitada de arrogância e falta de respeito são ingredientes perfeitos para um escorregão dessa magnitude. Curiosamente, as pessoas que usam tal expediente, apesar da posição que ocupam, não levam em consideração que aquele microfone e a plateia não estão à sua disposição pessoal – pessoa física. Ao contrário, só estão ali porque representam uma organização de sucesso.
Em que pese todo mérito que o executivo possa ter tido até aqui como presidente da Burger King, essa mácula já aderiu ao seu DNA corporativo, e vai acompanha-lo para o resto da vida e muito provavelmente vai contar pontos (negativos, evidentemente) em oportunidades que poderiam leva-lo ainda mais longe. Azar o dele.
Fonte: MKT CORPORATIVO -- A MARCA TEM QUE FALAR
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