terça-feira, 20 de janeiro de 2015

CRIAR INTELIGÊNCIA DE MERCADO DE FORMA SISTÊMICA


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A missão e a visão da empresa, que foram estabelecidas na fase de planejamento estratégico, devem orientar e direcionar o foco de pesquisa e desenvolvimento para novos produtos e serviços. 
O posicionamento da empresa que constrói sua Marca é materializado na cabeça do cliente pela oferta compreensível do portfólio de produtos e serviços.   


#1 - O CLIENTE 

Seu cliente pode ser uma empresa - Business to Business - Nesse caso, além de entender as "dores" do seu cliente empresa, você também deverá entender as dores e necessidades dos clientes do seu cliente.
O cliente empresa está na busca constante por redução de custo, seja por melhor eficiência ou por substituindo insumos, e principalmente por diferencial competitivo que leve a empresa para fora da guerra por preços.  
O relacionamento um a um - 1:1 - facilita o mapeamento e o entendimento das dores e necessidades portanto, a empresa que tem essa oportunidade não tem como errar, já que os próprios clientes relatam suas expectativas. 
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Seu cliente pode ser o consumidor - Business to Consumer -Nesse caso, o relacionamento está mais disperso e portanto exigirá uma metodologia mais abrangente. A pesquisa poderá ser feita por um comitê, agrupando membros e influenciadores, que debatem e reportam suas experiências práticas do dia a dia.
Adicionalmente, devem ser conduzidas pesquisas qualitativas que oferecem estímulos diversos com objetivo de testar as reações dos consumidores. Os comitês devem ser conduzidos na empresa liderados e mediados pelos próprios diretores das áreas de negócio. As pesquisas devem ser confeccionadas e conduzidas por institutos de pesquisa qualificados. 

#2 - O MERCADO 

Mercado total - Estudar o mercado e "fatiá-lo" na busca por oportunidades é tarefa obrigatória. O tamanho do mercado total representa o volume de produtos e serviços que uma determinada indústria pode gerar e, respectivamente, seus consumidores podem consumir gerando vendas. 
O desafio é identificar segmentos, verticais e nichos que garantam um bom ambiente competitivo e que aumentem as chances da empresa em conquistar participação de mercado com rentabilidade. Calcular o tamanho do mercado é uma tarefa que exige estudo cuidadoso, já que é disputado por diversas empresas, de variados tamanhos, que concorrem pelos mesmos clientes, parceiros e fornecedores que formam o ecossistema específico.
O mercado disponível - É uma fração do mercado total que a empresa deverá focar, ou seja, é a fatia compatível com sua capacidade de empreender, criar, inovar, produzir e vender seus produtos e serviços. A empresa deve escolher entre ser “pequena e irrelevante” no mercado total, ou “grande e representativa” num mercado específico.
A tarefa de primeiro quantificar para depois qualificar mercado é um exercício matemático. A ausência ou negligência dos estudos são inaceitáveis porque comprometem os investimentos que podem ser empreendidos na direção errada. 
A análise SWOT, no quadrante OPORTUNIDADES, deve demonstrar mercados, segmentos e nichos que a empresa poderia empreender.
Dependendo do cenário mercadológico que se apresenta, o sistema de inteligência pode auxiliar na tomar a decisão que melhor maximizam as vendas, focando sua energia em ações específicas. como nos exemplos abaixo:
  1. Lançar um novo produto
  2. Conquistar um novo segmento de mercado e/ou uma nova região
  3. Conquistar uma nova região
  4. Recuperar participação de mercado - market share - que é o desafio mais complexo. Uma vez perdido, seu concorrente se estabelece no seu lugar. Perder market share por negligência deve ser considerado um erro intolerável
  5. Reforçar o reconhecimento da marca

#3 - A CONCORRÊNCIA 

Sem distinção, todo cliente exige adaptabilidade e flexibilidade. A Marca que negligencia essa evidência está confinada a ofertas de produtos e serviços sem nenhum valor agregado, e portanto submetida a contínua guerra de preços que incondicionalmente leva à morte. 
As empresas com apetite de mercado e foco em resultados contratam líderes inquietos com visão sistêmica e analítica. Líderes esses que monitoram o ambiente competitivo e fazem benchmarks com empresas bem sucedidas - trend setters. Eles escolhem, cuidadosamente, as batalhas que desejam lutar. 
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Agrupe a concorrência conforme suas competências. Dessa forma, você poderá compreender a melhor forma de atacar e principalemente antecipar seus movimentos.
Monitore a concorrência por 4 perspectivas.  
  1. Competindo num segmento onde o preço é que determina a compra
  2. O valor agregado conquistado por planos bem executados permite melhor diferenciação e, consequentemente, margem
  3. Uma Marca bem construída que detém a  preferência dos seus clientes
  4. A barreira de saída é tão grande que os clientes acabam aprisionados, gerando receitas recorrentes
Dependendo do quadrante que seu concorrente se encontra, escolha conjunto de informações que melhor o represente.

#4 - A MARCA 

Uma pesquisa de satisfação de clientes bem elaborada determina como sua marca é reconhecida perante seus clientes e concorrentes. Ignore qualquer pesquisa que não tenha sido articulada e conduzida por um instituto de pesquisas experiente.
Durante a pesquisa, o instituto deverá considerar e entreter três níveis de interações com o público alvo pesquisado:
  1. Identifique os Fatores Críticos de Sucesso. Nessa etapa a pesquisa deve identificar o que seu cliente espera de uma empresa que vende um produto ou opera um serviço como o seu. Para analisar, obedeça dois critérios: 1) Quais FCS - Fatores Críticos de Sucesso - que geram satisfação do cliente; e 2) Quais FCS promovem crescimento da empresa (veja tabela ao lado).
  2. Na sequência da pesquisa, pergunte para o entrevistado quais empresas concorrentes que melhor oferecem os FCS que foram identificados. Certamente o seu cliente vai lembrar espontaneamente das principais empresas. Essa lista – short list – corresponde as empresas que tem maior reconhecimento da marca. Sua empresa pode, ou não, estar no short list. A missão aqui é construir programas que reforcem o reconhecimento da marca – awareness - que por definição é volátil. Ou seja, se você parar com a campanha, o cliente vai esquecer da sua empresa.
  3. Pergunte, de forma comparativa e utilizando os mesmos FCS como referência, sobre como sua empresa atende os FCS versus seus concorrentes. Seu cliente vai ilustrar a distância entre o que ele deseja e o que sua empresa efetivamente entrega como produto e/ou serviço.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O storytelling da Montblanc

O storytelling da Montblanc

 

Em tempos de questionamentos  sobre a integridade da história que as empresas contam a respeito de si mesmas, gosto de usar a Montblanc como exemplo de storytelling e, principalmente, do impacto que ela consegue causar no público potencial.
Por se tratar de uma marca de luxo, sua comunicação precisa seguir as características do segmento onde se encontra. Pode parecer banal ou até ilógico justificar os valores de produtos clássicos da marca como a linha de canetas – mesmo as tradicionais beiram na casa dos quatro dígitos, mas a diferença está em, justamente, representar os valores do produto na mensagem que deseja passar.
Tanto a linha tradicional de produtos quanto as especiais e limitadas (como as canetas que homenageiam grandes personalidades da história) sempre valorizam os detalhes de forma sutil e, ainda assim, direto ao ponto. Apesar da qualidade, ainda assim são anúncios que podemos considerar comuns se compararmos com outras empresas do mesmo segmento.
Agora vamos para o Natal, o final de ano e esse período festivo. A maioria das empresas mudou sua comunicação para vermelho e branco, está utilizando os elementos clássicos como árvore de natal, duendes, renas, presentes, neve, luzes piscantes e, claro, o próprio Papai Noel, e não estão erradas. Acho.
Enfim, voltamos para a Montblanc. Ela poderia fazer uma campanha com o Papai Noel respondendo as cartas das crianças com uma caneta da empresa, ela poderia ter utilizado as cores festivas da época, mas não. Não mesmo. Eles desenvolveram uma minissérie na Internet chamada A Parisian Wintertale, escrito por Tatiana de Rosnay.
A história é sobre Élise, uma mulher de 25 anos com um relacionamento terminado recentemente, refletindo sobre se ficaria sozinha pelo resto de sua vida – e ela não queria isso. Um dia, andando na rua, ela encontra uma carteira perdida, e a partir daí eu não conto mais nada – ainda não saiu o final da história, vocês podem acompanhar no site oficial clicando aqui. Por ora, assistam abaixo os vídeos que já saíram:




Simples, não? O mais interessante é que os elementos que aparecem na animação são da Montblanc e o destaque acontece pelas cores, pois as animações são praticamente brancas e com tonalidades de sombras, enquanto os elementos da empresa são da cor preta.
Claro que temos elementos clássicos, porém pouco perceptíveis como a tonalidade das notas que compõe a trilha, até detalhes simples como alguns flocos de neve (apesar da história se passar em uma região que tenha neve, o que não significa necessariamente uma referência natalina), mas o principal é ver como a propaganda é feita através de uma encantadora história e dentro de uma época conveniente: o Natal.
Certamente não existe um mestre artesão que desenvolve, sozinho, todas as canetas da Montblanc (apesar delas serem, sim, produzidas artesanalmente, mas por diversas pessoas), mas ele representa o valor da empresa em relação ao seu produto – seria errado comunicar desta forma? Até onde vão os limites da personificação dos valores de uma empresa na construção de uma história, independente dela ser sazonal ou institucional? Essa discussão surgiu recentemente e, pelo visto, não terminará tão cedo.
E isso é bom

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Top 10 dos livros de Marketing mais vendidos em 2014


Marketing 3.0, de Philip Kotler, se mantém na liderança do ranking exclusivo do Mundo do Marketing. Ano marca a volta de A Calda Longa entre os best sellers

Por Bruno Mello, do Mundo do Marketing | 23/12/2014

bruno@mundodomarketing.com.br

Pelo quarto ano consecutivo, o livro Marketing 3.0 é o mais vendido entre os títulos de Marketing no Brasil. A obra de Philip Kotler mantém o autor como o mais lido entre os profissionais na área pelo sétimo ano consecutivo e desde que o Mundo do Marketing passou a realizar o levantamento exclusivo dos livros mais vendidos do ano. Somente em 2008 o título não aparece na listagem, porque ainda não havia sido lançado.
Um livro que nunca saiu dos Top 10 é Administração de Marketing, também de Kotler. Depois de ter sido o mais lido durante três anos, a publicação caiu do segundo para o quinto lugar em 2014. O ranking deste ano não traz nenhuma obra nova. Pelo contrário. Marca a volta do best seller A cauda longa, de Chris Anderson, na terceira colocação. O segundo lugar entre os mais vendidos também é de um velho conhecido: A Estratégia do Oceano Azul, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne.
As demais posições do ranking seguem como uma dança cadeiras, pois todos já estavam na listagem em 2013. Os brasileiros A Menina do Vale e O Segredo de Luisa, dois títulos sobre empreendedorismo, subiram uma posição cada, em sexto e sétimo, respectivamente, enquanto Os 8 Ps do Marketing Digital caiu duas e está em oitavo lugar.
Conheça o levantamento completo a seguir.


Título
Autor
Editora
1
Marketing 3.0 - As Forças que Estão Definindo o Novo Marketing Centrado no Ser Humano
Philip Kotler, Hermawan Kartajaya, Iwan Setiawan
Campus
2
A Estratégia do Oceano Azul - Como Criar Novos Mercados e Tornar a Concorrência Irrelevante
W. Chan Kim, Renée Mauborgne
Campus
3
A cauda longa - A nova dinâmica de marketing e vendas
Chris Anderson
Campus
4
Marketing de A a Z - 80 Conceitos que Todo Profissional Precisa Saber
Philip Kotler
Campus Elsevier
5
Administração de Marketing  - 14º Edição
 Philip Kotler, Kevin KellerPearson
6
A Menina do Vale - Como o empreendedorismo pode mudar sua vida
Bel PesceCasa da Palavra
7
O Segredo de Luísa - Uma ideia, uma paixão e um plano de negócios
Fernando DolabelaSextante
8
Os 8 Ps do Marketing Digital - O Seu Guia Estratégico de Marketing Digital
Conrado Adolpho VazNovatec
9
Marketing de Crescimento - 8 Estratégias para conquistar mercados
Philip Kotler, Milton Kotler
Elsevier
10
A Lógica do Consumo - Verdades e Mentiras sobre por que compramos
Martin LindstromAgir
Fonte: Mundo do Marketing, Fnac, Cultura, Submarino, Americanas.com e La Selv

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

7 estratégias de Marketing que se consolidaram em 2014


Ano foi marcado pelo desenvolvimento da expertise em ações de Marketing esportivo, Real Time, Design Thinking, inbound e mídia programática. Drones e food trucks se multiplicaram

Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 22/12/2014

renata.leite@mundodomarketing.com.br



Na Era da internet, tudo muda muito rapidamente: o comportamento e as prioridades dos consumidores e, consequentemente, os desafios que surgem diante das empresas. Algumas estratégias tornaram-se peças chave para marcas inovarem na forma como lidam com seus clientes ao longo de 2014.  As ferramentas não são novas, mas se consolidaram, alcançando um número maior de companhias neste ano.
Os food trucks e drones rapidamente se espalharam por diversas cidades, dando mobilidade ao serviço de restaurantes e à entrega de produtos. Já a Copa do Mundo favoreceu os investimentos em Marketing esportivo. Durante o evento, as ações de Real Time Marketing, que comentavam os acontecimentos e os resultados dos jogos nas redes sociais, também ganharam força. Conheça mais dessas e de outras estratégias que ganharam corpo ao longo do ano, descritas em ordem aleatória.
Design Thinking
Nenhuma marca mais tem dúvida do poder que está nas mãos de consumidores, que não hesitam em ir ao Reclame Aqui e às redes sociais contar experiências ruins com produtos e serviços. Eles também já não estão mais satisfeitos em aceitar as ofertas de modo passivo, querem ter voz e poder de influência naquilo que compram. Muitas companhias perceberam na metodologia do Design Thinking um modo de tirar suas próprias verdades e demandas do centro para colocar o cliente nessa posição privilegiada.
Esse novo modelo mental de solução de problemas busca desconstruir todas as respostas que o mercado já dá aos desafios diários, vai a campo vivenciar o que realmente falta à experiência das pessoas e escolhe alternativas, que são prototipadas e testadas a todo o momento, para minimizar riscos. Todas as fases favorecem que o pensamento criativo aflore entre aqueles que foram escolhidos para desenvolverem o projeto, equipes essas que costumam e devem ser multidisciplinares. Positivo, Natura e Coca-Cola são algumas das empresas que já adotaram a metodologia em seus projetos.
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Marketing esportivo
O país do futebol sempre deixou muito a desejar quando o assunto é Marketing esportivo. Os investimentos ainda ficavam restritos à visibilidade da marca na camisa dos atletas e nas arenas esportivas. Mesmo com o pessimismo gerado pelo movimento do “não vai ter copa” surgido durante as manifestações de 2013, a realização do mundial no Brasil serviu de aprendizado para as empresas, tanto com ações que deram certo, quanto com outras que não se saíram tão bem assim.
No ranking das marcas mais associadas ao campeonato, organizado pela Hello Research, a Coca-Cola ocupou a liderança, seguida pela Nike, que não é patrocinadora do evento, mas da Seleção Brasileira. A marca de refrigerantes montou um ambiente com experiência sensorial a poucos metros de um dos portões do Maracanã, estádio do Rio de Janeiro, com imagens, essências e sons que remetiam ao torneio de futebol. A criação do espaço é da Plusmedia.
A Nike também investiu em um ambiente voltado para os amantes do futebol, a Casa Fenomenal. Os visitantes tinham a oportunidade de vivenciar experiências como calçar as recém-lançadas chuteiras de cano médio Magista e Mercurial Superfly, sendo desafiados por um painel digital a completar exercícios. Para demonstrar seu apoio à equipe, os visitantes tinham à disposição um estúdio fotográfico e a camisa canarinho, para que cada um pudesse tirar sua foto. O registro era enviado ao time de Felipão como forma de motivação.
Um ponto fraco das marcas em geral foi a lenta resposta, nas redes sociais, à derrota da Seleção para a Alemanha, por sete a um. Os aprendizados devem ser aplicados em 2016, quando as companhias voltarão a aproveitar o momento esportivo durante as Olimpíadas. Segundo especialistas, as patrocinadoras já deveriam ter iniciado as ações ainda este ano, logo após o fim da Copa, mas pouco ainda é visto no mercado.

Real Time Marketing
A Copa do Mundo favoreceu também os investimentos em Real Time Marketing. A Coca-Cola e o Itaú foram dois dos patrocinadores que montaram estruturas voltadas para as respostas rápidas e conversas nas redes sociais. Essas equipes precisaram lançar mão do improviso e da criatividade para aproveitar o timing dos comentários e o hábito multitela dos espectadores dos jogos.
A bola fora do jogador uruguaio Luís Suarez, que mordeu o zagueiro italiano Giorgio Chiellini durante o mundial, foi um prato cheio para marcas ao redor do mundo explorarem ações em tempo real, mesmo as que não tinham qualquer relação com o evento. A Negresco enviou uma caixa com várias unidades do biscoito para o jogador. O propósito era dar ao atleta outra opção mais gostosa para que ele pudesse morder nos quatro meses em que ficaria suspenso. Um vídeo elaborado pela Publicis Brasil mostrou o preparo de envio. Assista:


Drones
As pequenas aeronaves não tripuladas também se tornaram ferramentas de Marketing, sob controle de empresas, durante o ano de 2014. O termo drone, usualmente mencionado em discursos militares, foi parar no vocabulário corporativo. A Skol aproveitou a tecnologia para mostrar ao público imagens do carnaval registradas de um novo ângulo. A empresa utilizou o aviãozinho para captar momentos dos seis dias de folia em diversas cidades brasileiras.
Já a Tecnisa incluiu o uso de drones em suas obras para registrar o andamento das construções e oferecer aos clientes a possibilidade de acompanhar os trabalhos por meio de fotos e vídeos aéreos. A franquia de padaria drive-thru Pão To Go começou a testá-los no seu serviço de entrega. O pão francês e outros produtos chegaram à casa dos clientes por meio de aviões não tripulados comandados por controle remoto.
camisaria Colombo, por sua vez, levou manequins para as alturas para divulgar as promoções da Black Friday. A marca promoveu um verdadeiro desfile de moda aéreo na Vila Olímpia, em São Paulo. Tanta adesão acabou chamando a atenção da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que é responsável por controlar o espaço aéreo. Ainda são poucos os drones que têm licença para voar e falta regulamentação para o uso das aeronaves. Assista ao resultado da ação da Colombo.


Food Truck
Já os food trucks receberam liberação para rodarem em São Paulo este ano e já tomaram a cidade com pratos gourmet. A nova legislação abriu caminho para as marcas apostarem nos restaurantes sobre rodas. Eles se assemelham à tradicional comida de rua apenas em sua localização. O cardápio reúne ingredientes premium e refeições reconhecidas da gastronomia de diversos países, indo do tradicional ceviche peruano, aos hambúrgueres gourmet, paellas e sanduíches espanhóis com ramón (presunto).
No Rio de Janeiro, ainda sem regulamentação específica, permanecem restritos a eventos especializados, localizados em áreas privadas, como o Planetário e estacionamentos de supermercados. Para impactar o público e atrair para a experimentação ainda no primeiro contato, os empreendedores adotam identidades visuais chamativas, inusitadas e alinhadas com os produtos vendidos. A ideia é que o carro, principal ativo da empresa, já sirva de divulgação por si só.

Inbound
Os investimentos em inbound Marketing também se consolidaram ao longo de 2014. A estratégia utiliza conteúdos explicativos e várias vezes didáticos para qualificar futuros clientes e identificar a melhor maneira de atingir cada público relacionado à empresa. Essa personalização da informação começa a substituir a abordagem conhecida como outbound Marketing, que foca em comunicação massiva.
Especialmente as pequenas e médias empresas, mas não só elas, enfrentam dificuldades na hora de prospectar clientes, buscando primordialmente as pessoas conhecidas – o que pode não ser suficiente para assegurar um projeto de expansão sólido. Há formas, entretanto, de atrair interessados nos produtos e serviços ofertados por meio da geração de conteúdo estratégico.
Samba Tech, plataforma de gestão profissional de vídeos, reformulou seu processo de vendas no início deste ano e alcançou um crescimento de 80% na base de clientes e 40% na receita no primeiro semestre, se comparado ao mesmo período de 2013. A empresa trabalha agora para atrair leads qualificados e aumentar as conversões finais.

Mídia programática
Ao colocar relevância e performance em posição de destaque, a mídia programática deslanchou, ao longo de 2014, ao fazer com que peças apareçam no momento certo para o consumidor certo. O leilão de espaços publicitários virtuais já é conhecido tanto por anunciantes quanto agências e mostra-se atrativa na busca incessante por retorno sobre investimento (ROI).
A compra pautada em métricas permite às marcas alcançar os perfis mais suscetíveis às ofertas. Com a prática, surgiram novas siglas no vocabulário da área, como RTB, DSP e DMP. O primeiro, real-time bidding, ou compra em tempo real, denomina essa forma de adquirir os espaços nos leilões. Já demand-size platform (DSP) nomeia a plataforma que permite as compras por perfil e comportamento de usuário. E o data management platform (DMP) é responsável por reunir os dados de páginas e de audiências.
Essa venda programática ajudou a simplificar o operacional do digital, que sempre foi muito complexo. Numa única plataforma, passou a ser possível comprar e vender. Segundo previsão da empresa de pesquisa eMarketer, a adesão deve movimentar US$ 70 milhões até 2017.

10 melhores ações internacionais de 2014


Iniciativas de conscientização social e ambiental e campanhas emotivas se destacaram ao redor do mundo. Marcas como Nescafé, Coca-Cola e Ikea tiveram bons resultados

Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 19/12/2014

priscilla@mundodomarketing.com.br

Ao longo de 2014, iniciativas de Marketing ao redor do mundo adotaram diferentes estratégias para aumentar as vendas ou mesmo tornar as empresas inesquecíveis para o público em geral. Algumas marcas, antenadas à tendência global de sustentabilidade, apostaram na conscientização social e ambiental e obtiveram uma resposta positiva dos consumidores. Foi o caso da campanha da Honda, da Ucrânia, que desenvolveu vídeos falando sobre o perigo de se maquiar ao volante.
Já a Coca-Cola criou, no Vietnã, tampas de garrafas que as transformavam as embalagens em outros objetos, reduzindo, assim, o descarte. A companhia também foi responsável por um dos lançamentos mais comentados do ano: a versão verde de seu refrigerante com uma combinação de açúcar e stevia, sabor também posto à venda pela concorrente Pepsi. Esta, por sua vez, impactou pessoas que aguardavam o transporte em pontos de ônibus por meio de uma ação out-of-home de realidade aumentada.
O banco TD emocionou a todos ao transformar seus caixas eletrônicos em máquinas de agradecimentos, no Canadá. Outras marcas que surpreenderam os clientes foram a Ikea, a Nescafé e a Essential Waitrose, embora nenhuma ação tenha sido tão comentada quanto o desafio do balde de gelo, criado pelo fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, com o propósito de ajudar uma instituição social.
Balde de gelo
Zuckerberg iniciou o desafio do balde de gelo convidando alguns empresários a tomarem um banho de água gelada ou doarem uma quantia para a ONG ALS Foundation - ou fazerem ambas as ações. Muitos embarcaram na brincadeira, como artistas e marcas de todas as partes do mundo.
Como resultado, mais de US$ 15 milhões foram enviados para a empresa do terceiro setor especializada no combate à Esclerose Lateral Amiotrófica. No mesmo período de 2013, a entidade havia recolhido US$ 1,8 milhão. Entre as empresas que aderiram, estão bolinho Ana Maria, Netflix, Oreo, Peixe Urbano e Pontofrio.com.
Nescafé anúncio
A Nescafé da França transformou um anúncio de jornal em um par de xícaras para promover o então novo slogan global “Tudo começa com um Nescafé”. A peça presa ao veículo transformava-se nas canecas após ser dobrada. A campanha também incluía o pó do café para ser consumido com a adição de água quente. A segurança do objeto pop-up foi garantida pela empresa, que ainda propôs aos leitores dividirem a bebida com um amigo.
Assista abaixo como funcionou a ação:
Rótulo feito por criança
A empresa Essential Waitrose, do Reino Unido, adotou o rótulo criado por uma criança em suas embalagens. O jovem Harry Deverill acreditava que os desenhos presentes nos potes dos molhos da companhia eram pouco atraentes e decidiu enviar uma sugestão de troca pelo correio para a fabricante. A carta propondo a mudança foi bem recebida e o resultado foi uma série especial de molhos temperados com o invólucro feito pelo menino de seis anos.
Restaurante Bob Esponja
Um grupo de investidores da Palestina inaugurou uma unidade temática do restaurante do desenho Bob Esponjano país. O cenário escolhido foi o local de trabalho do Siri Cascudo, que possui o próprio "Seu Sirigueijo" para recepcionar os clientes, na animação. A inauguração do Salta Burger ocorreu em agosto e atrai diversos curiosos e crianças para realizar festas de aniversário no espaço, que conta com uma fanpage no Facebook.
Ikea e Airbnb – hospedagem
A loja de departamento Ikea, em Sidney, realizou uma parceria com o site de hospedagens Airbnb para levar consumidores a passarem uma noite dentro da loja. O pacote da oferta de hospedagem inusitada dava direito a jantar e a levar para casa os lençóis utilizados durante o período passado na unidade. O valor do pernoite também era bem atrativo: apenas US$ 12,00.
Honda perigo de se maquiar no trânsito
A Honda criou uma ação na Ucrânia para conscientizar as motoristas que costumam se maquiar enquanto dirigem em relação aos riscos que correm. A campanha buscou chamar atenção para como essa distração causa acidentes de trânsito. Os anúncios criados pela Geometry Global transformaram uma paleta de sombras em uma calçada quebrada, o rímel em poste amassado, o batom em um farol vermelho e um pó compacto em um airbag cheio.
Máquina de saque nos bancos
O banco TD, no Canadá, transformou um caixa eletrônico comum em uma ferramenta de agradecimento aos clientes. A agência escolheu alguns correntistas para premiá-los de forma personalizada, muitas vezes utilizando informações da vida pessoal deles. A ação deu passagens aéreas para uma senhora visitar a filha que tem câncer e mora em Trinidad. Outra mãe recebeu um cheque para custear a educação das crianças. Sabendo que os pequenos não iriam curtir tanto, o banco também ofereceu ingressos para os parques da Disney. Já um rapaz ganhou o uniforme do time de beisebol favorito, Toronto Blue Jays, e teve a chance de lançar uma bola durante uma partida. Outros clientes ganharam flores e dinheiro em espécie.
Todas as reações foram gravadas pela agência Leo Burnett Toronto, também idealizadora do projeto. O resultado emocionante pode ser conferido no vídeo abaixo:
Ação da Pepsi em ponto de ônibus
A Pepsi também surpreendeu os pedestres de uma rua de Londres. A empresa transformou um painel destinado a campanhas publicitárias do ponto de ônibus em uma tela de projeção de realidade aumentada. Esperando a chegada do veículo, eles tomavam um susto ao se verem diante de um tigre de bengala ou uma invasão alienígena.
Nesta ação, as pessoas eram levadas a acreditar que viam através de um vidro, mas as cenas inacreditáveis e inesperadas aconteciam ali na tela. As reações foram registradas e podem ser vistas no vídeo abaixo:
Coca-Cola transforma garrafas pet em produtos
Criada como uma ação de uso consciente, a Coca-Cola elaborou 16 tampas diferentes das que costumamos encontrar em suas garrafas para dar novas utilidades às PETs, após o consumo do refrigerante. A ação inovadora, chamada de “2nd Lives” (Segundas Vidas, em tradução livre), foi lançada no Vietnã e distribuída gratuitamente a moradores. Com o acessório, as embalagens se tornam brinquedos, canetas iluminadoras, borrifadores de jardim e apontadores de lápis.
Coca e Pepsi com refrigerantes verdes
As concorrentes Coca-Cola e Pepsi levaram aos Estados Unidos, este ano, as versões verdes de seus refrigerantes. Nas duas bebidas, parte do açúcar é substituído pelo adoçante natural stevia. Tanto a Coca-Cola Life quanto a Pepsi True, como são chamadas, possuem embalagem na cor verde, para indicar que são alternativas mais saudáveis.
A Coca-Cola Life não é diet nem light, mas possui menos calorias do que a opção vermelha, e já está presente também em outros países, como Argentina, Chile e Grã Bretanha. A vinda do produto para o Brasil foi vetada, por conta de regulamentações locais.