quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pare com tradicionais metas e regras e faça algo útil!



Embora seja muito fácil vir aqui no blog escrever teorias lindas e vender isso como o que há, acredito que seja mais importante ressaltar as armadilhas de se tentar aplicar métodos perfeitos e ferramentas infalíveis, pois isso nos pega de calças arreadas todos os dias e muitas vezes nem reparamos!


Em especial, hoje lidarei com as consequencias (e soluções) de se aplicar cegamente o que se lê e ouve em termos de convivência entre (também conhecido como “gerência de”) pessoas.

Quando há algum problema com pessoas numa empresa nós buscamos tipicamente duas saídas: regras e incentivos.


A justificativa é muito convincente!

Com as regras você baliza o comportamento e com incentivos, tipicamente metas, você direciona a ação.

Isso gera um sistema eficiente à prova de falhas e com pessoas engajadas, certo?!



Resposta errada!


A lenda do sistema perfeito


1. “Na teoria, a teoria e a prática são iguais, na prática, é bem diferente”




Não importa quanto tempo você dedica na construção do sistema perfeito, não importa que você esteja o “melhorando” há 20 anos, a prática sempre será diferente da teoria e tudo o que você poderá fazer com regras e incentivos é, num primeiro momento propor um jogo interessante para todos, mas depois apenas tapar buraco e solucionar cada probleminha pequeno que surgir. Normalmente o empreendedor fica maravilhado com algo e quer porque quer fazer com que a teoria vire prática. Acredite, não acontecerá. Na verdade você entrará numa…

2. Bola de neve



Sim, uma bola de neve que se torna uma avalanche. Quando acreditamos que regras e incentivos são as melhores ou únicas opções, apelamos para mais regras e mais incentivos quando a teoria não funciona. Isso começa a engessar a estrutura da sua empresa e, por consequencia, suas pessoas. É claro que isso minimiza as falhas e faz a roda girar, mas o problema é que também…

3. Garante a mediocridade




Se as pessoas que trabalham contigo seguem roteiros do início ao fim, você está minimizando as chances de erro, mas também está garantindo que elas se tornarão carneirinhos dependentes de roteiros. Existem inúmeros exemplos de pessoas que infelizmente tiveram que tomar a decisão errada sabendo o que era certo “porque as coisas tem que ser assim”.

Acredite, por mais inteligente que você seja, você nunca conseguirá prever e ser justo com cada uma das situações que surgirão no dia a dia! Longe disso!!

Ou seja, no final das contas sua empresa não tem mais profissionais que precisam saber algo, mas sim cachorros bem treinados que ganham mais dinheiro por agir como você manda. Não preciso nem dizer que isso gera uma completa

4. Perda no sentido de trabalhar



Lógico, se você sabe que ganhará mais se fizer um bom relatório, você não fará bem o relatório porque é para fazer bem e você gosta disso, mas porque ganhará mais.

Com o tempo, seus valores invertem e você não vai querer mais o relatório que agrega, mas o que você ganha mais. Esse é o início de uma relação estranha com o dinheiro, que já comentamos por aqui.

Diversas experiências já foram feitas e provaram que nós não nos motivamos por diversas variáveis, e normalmente a mais fácil de racionalizar (esse trabalho me dará R$ 1.000 a mais) é a que ganha.

Aonde isso está acontecendo?


Dois exemplos rápidos para tornar o negócio mais prático…

Governo




A maioria das pessoas com quem converso querem mais controles, mais fiscalização, mais tudo de regras e incentivos para os nossos governantes. Na minha opinião, isso só torna o “funcionamento do sistema” mais caro. Ou você acha mesmo que o conselho fiscal acima do atual conselho será mais honesto? O governo é um ótimo exemplo para mostrar que controle torna não só muitas vezes o negócio mais ineficiente, como aumentam as chances de corrupção, já que tem mais gente envolvida, mais níveis, mais grana.

Empresas “meritocráticas”




As empresas ditas “meritocráticas” também merecem sua devida atenção, pois estão chegando a um extremo de pasteurização do trabalho que é comparável a regimes de escravidão e outros parecidos. O único motivo pelo qual a pessoa trabalha 16 horas por dia e passa o seu colega para trás é grana. De novo, já escrevemos aqui sobre o perigo que é endeusar o dinheiro e resumir seus resultados em cifras é, na minha opinião, realmente deshumanizar o trabalho, que é um dos maiores, se não o maior, espaço de aprendizado e geração de valor que temos.

Qual a solução?


É claro que algumas regras são necessárias, mas seu árduo trabalho não é fazer o sistema perfeito, mas sim definir uma área vasta e de certa forma indefinida que será trabalhada por todos. Ou seja, o mínimo de regras e incentivos, que garantam apenas o norte e coerência das ações, até porque quanto mais você engessar (principalmente na questão das metas), menos adaptável será sua empresa para aproveitar oportunidades de ouro que você não foi capaz de prever.



Acredite, nós aqui executamos diariamente padrões, checklists, modelos e etc, mas o passo a passo não pode ser deshumanizador, mas sim orientador. A checklist não vai tirar a conclusão para mim, mas sim garantir que eu não deixei nada de fora.

Sim, confesso, é muito difícil encontrar esse balanço, e nós vivemos esse conflito diariamente, e é por isso que chego no último, e mais importante ponto:

A solução não é o sistema!!!

O sistema é trabalhado por pessoas, portanto tudo depende delas. Quanto mais regras e incentivos mais eles serão educados a tentarem burlar, já que você está mudando o sentido do trabalho para elas. Se eles estão ali pelos incentivos, não julgue quando eles aprenderem um corta caminho que não beneficia a empresa para conseguir mais bônus.


Na LUZ costumamos dizer que é possível medir a confiança que o gestor tem na sua equipe pela quantidade de controles gerados na empresa. Se você está controlando coisa demais repense sua equipe, não o sistema!!

Em última instância, a sua meta não é que o sistema seja perfeito, mas sim que o sistema seja inútil! O ideal é que você torne-se inútil também, não o tomador de decisões.

Resumindo:


1. Não acredite em tudo o que você lê pois quem escreveu está querendo vender seu peixe, portanto raramente a teoria consegue ser tão facilmente aplicável.
2. Não fique neurótico com seus controles. Se controlar sua empresa é um problema para você, repense as pessoas que nela trabalham! Ter em mãos os principais números, desdobrar metas simples e regras que garantem o bom senso já são mais do que o suficiente para empresas com pessoas sensatas terem espaço para criar e crescer.
3. Por fim e não menos importante não deposite toda sua esperança em um novo e infalível sistema. Vemos diariamente empreendedores dizendo que as coisas nunca funcionaram “mas agora, com esse NOVO processo/sistema/consultor/rotina, vai funcionar!” Muito provavelmente não! Se as coisas não funcionavam no sistema antigo, tire a culpa do sistema e entenda de fato o por que.

Resumindo de novo, regras e incentivos são como a maioria das coisas: até certo ponto fazem bem, mas em exagero trazem consequencias drásticas.

Obs: vale lembrar que tudo o que foi dito diz respeito a relações entre pessoas, portanto pode ser aplicado desde nível governamental a relacionamentos amorosos.

E você, anda se perguntando como fará para controlar o seu crescimento? Compartilhe conosco suas experiências!

Espero que tenham aproveitado o feriado, vamos fechar essa semana global do empreendedorismo com classe!!! Nos vemos por aí nos eventos ;)

Abraços!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Novos Facebooks e Googles surgirão e mídias sociais podem perder efetividade

A opinião é de Charlene Li, uma das 50 pessoas mais influentes do Vale do Silício


Por Fernanda Salem, do Mundo do Marketing | 30/09/2011
fernanda@mundodomarketing.com.br


Assim como a mídia tradicional perdeu sua hegemonia pelo poder das mídias sociais de serem pessoais em escala, novos modelos surgirão no futuro, em um meio que muda constantemente. É o que diz Charlene Li, considerada uma das 50 pessoas mais influentes do Vale do Silício, na Califórnia. Para a especialista, com o tempo, o Facebook pode decair e ser substituído, a exemplo do que já ocorreu com outros players, como o Friendster. “Posso garantir que haverá a próxima grande novidade e que ela começará a acontecer antes de realmente fazermos algo a respeito”.



Charlene é autora do livro “Groundswell: fenômenos sociais nos negócios – vença em um mundo transformado pelas redes sociais”, publicado em 2008, descrito como um dos mais importantes sobre o assunto por veículos como Fortune, BusinessWeek e Amazon.com. A profissional foi eleita ainda pela revista Fast Company uma das mentes mais criativas do planeta. Sua empresa, Altimer Group, ajuda companhias a criar e implementar estratégias digitais que complementem e fortaleçam os objetivos corporativos.

Em entrevista ao Mundo do Marketing, a especialista fala também sobre as transformações do mundo digital nos negócios e que ações as empresas devem - e não devem - fazer para obter sucesso nas redes sociais. “Não é tão importante ter uma conta no Twitter ou no Facebook, mas é importante que a empresa ouça e aprenda com o que as pessoas estão postando sobre ela”. Leia a entrevista na íntegra abaixo.

Mundo do Marketing: A mídia social já mudou bastante os negócios. O que mais será transformado?
Charlene Li: São muitas coisas em termos de Marketing, mas vemos ações dentro das organizações também. As pessoas estão se conectando mais frequentemente umas com as outras. Uma pesquisa que estou fazendo agora é de como as redes sociais funcionam dentro da empresa e como isso está mudando a maneira como nos conectamos e também como trabalhamos, as facilidades e o processo de transformação de toda a cultura dentro das organizações.

As mídias sociais impactam a maneira como as pessoas estão vivendo, externamente e internamente, o que pode trazer pontos positivos e negativos à empresa. No entanto, mais do que só uma ferramenta de comunicação, vemos pessoas se reunindo, se encontrando e compartilhando. Fundamentalmente, o que muda com as tecnologias sociais é que as pessoas estão compartilhando muito mais e sobre todos os aspectos de suas vidas. E, como resultado, quando compartilhamos, ficamos mais conectados e quando ficamos mais conectados temos contatos com coisas novas. Até o Twitter, que na verdade eu acho que não é bem uma rede social, é uma tecnologia muito social. Essa é a diferença.

Mundo do Marketing: Será que o Facebook terá o poder de criar uma internet paralela?

Charlene Li: Eu acho que não muito um mundo paralelo, mas um mundo conectado, com Facebook em todo lugar. O Facebook por si só não é tão poderoso quanto a rede conectada com o resto da internet e com tudo o que fazemos. Vejo um mundo onde o Facebook é muito poderoso em tudo que fazemos, mas não o vejo isolado.

Mundo do Marketing: É um lugar para compartilhar...
Charlene Li: Com certeza. O principal é a questão de compartilhar. O Facebook se importa com quantos pessoas estão lá, mas o mais importante é que os que estão lá compartilhem muito mais. O anúncio feito na semana passada pela empresa fala sobre compartilhar em um nível completamente novo. Será dividir tudo na sua vida, mas para você ficar confortável com isso, precisa confiar muito no Facebook.

Mundo do Marketing: Você acha que uma empresa que ainda não foca em mídia social pode continuar vendendo bem?

Charlene Li: Não acho que as empresas precisem focar. Elas precisam, no mínimo, ouvir o que os consumidores estão dizendo nas mídias sociais. Se não, é quase como dizer “Eu sei que as pessoas me ligam o tempo todo, mas não vou atender o telefone; sei que me enviam e-mails, mas não vou responder”. É a mesma coisa na mídia social. Elas são plataformas de comunicação, é assim que as pessoas se comunicam e compartilham. A diferença é que não estão te ligando diretamente, mas ainda assim estão falando sobre você. Em relação a negócios, não é tão importante ter uma conta no Twitter ou no Facebook, mas é importante que a empresa ouça e aprenda com o que as pessoas estão postando sobre ela.

Mundo do Marketing: Tudo hoje em dia parece ser guiado pela mídia social. Até que ponto isso é um acerto ou um erro para as companhias?

Charlene Li: É muito difícil, porque muda o tempo inteiro. Uma ação criada ontem, que parecia certa, já pode estar errada hoje. Tem coisas que você realmente não deve fazer, é preciso falar com voz humana, ser cooperativa, e não como um “press release”. Não existe uma maneira perfeita de agir. É quase como dizer qual é a maneira certa de fazer um comercial de TV. Há diversas maneiras de se fazer um comercial de televisão, mas qual a maneira correta? Nunca se sabe, não sabemos o que vai funcionar. É preciso testar, experimentar, ver o histórico do que funciona com a sua marca.

O ponto em relação às redes e mídias sociais é que não existe um histórico, elas mudam constantemente enquanto as tecnologias se desenvolvem. Fique longe do que é obviamente errado e todo o resto será baseado nas experiências que a empresa tem com seu cliente, seu relacionamento. E, mais do que tudo, é preciso estar preparado para cometer vários erros, para ver estratégias dando errado, do mesmo jeito que quando as pessoas começaram a fazer publicidade na televisão, elas não sabiam o que estavam fazendo, mas tiveram coragem de ir lá tentar e experimentar muitas coisas novas.

Mundo do Marketing: As mídias tradicionais hoje em dia perderam sua total efetividade e não são sociais. Há algum risco de isso acontecer com a própria mídia social?

Charlene Li: Com certeza. Não sei qual será a próxima grande novidade, mas sei que haverá algo. Isso é garantido. Do mesmo jeito que surgiu o jornal impresso, rádio, televisão, internet e a mídia social no topo da internet, haverá algo novo. Eu também queria saber o que é, mas o que posso garantir é que haverá e que ela começará a acontecer antes de realmente fazermos algo a respeito. Temos que esperar cerca de dois anos para uma inovação tornar-se tão “mainstream” que será necessário fazer algo em relação a ela.

O certo é que a empresa deve pensar no mix de mídia. O impresso nunca vai embora, ele se mantém poderoso. Vemos diversas conexões entre a mídia tradicional e a mídia social, elas se alimentam mutuamente muito bem. É importante trabalhar com todas as formas em conjunto.

Mundo do Marketing: Os canais normais perderam sua efetividade, entre outras razões, porque não são interativos, mas a mídia social pode se tornar tão massiva quanto as tradicionais até perder sua efetividade também?
Charlene Li: Acho que o motivo da mídia tradicional ter perdido sua efetividade é que o ponto em que ela era muito boa era a massa, poder enviar a mensagem a vários. Isso funcionou até termos diversos canais de TV, várias estações de rádio e jornais impressos. Agora, por ser tão distribuído, é difícil fazer o que desenhamos originalmente para uma grande massa. Eles perderam a efetividade por isso. É uma novidade poder ser interativo, mas agora podemos ser pessoais em escala. É uma evolução.

Mundo do Marketing: Hoje temos dois grandes players na internet, Google e Facebook. Você acha que podemos ter vários deles no futuro?
Charlene Li: Sim, mas a questão é que o Facebook está tentando usar os perfis como uma plataforma, criar coisas especializadas para nichos. Eu, por exemplo, tenho um filho vegetariano desde que ele tinha seis anos de idade. Esse é um nicho muito pequeno. Eu pertenço a grupos que falam sobre famílias que tem filhos vegetarianos quando os outros parentes não são. Isso nunca se tornará uma rede social, será um grupo que usa outras redes sociais.

O internauta tem uma reputação que tem uma leve conexão com Facebook, ou Google, ou Yahoo!. Existe uma identidade, e você provavelmente a mantém com um número pequeno de players. Sempre haverá um player dominante, mas com a necessidade de plataformas menores. Eu acho que eventualmente o Facebook vai decair, como já aconteceu com outras redes sociais antes dele, como o Friendster. E, mesmo assim, uma ferramenta não é a mais forte em todos os países. O Google, por exemplo, não é o mais forte na China.

Mundo do Marketing: Em que ponto as empresas mais erram na estratégia de mídia social?
Charlene Li: Mais do que pensar em uma estratégia para criar relacionamento com os clientes, é pensar no business. O maior problema para uma companhia é pensar na tecnologia em prioridade à parte de negócios. Se você não sabe qual será seu objetivo em uma prospecção de business, então não dá para saber o que fazer para atingir aquele objetivo. Alguns executivos vêm mostrar a página da empresa no Facebook e falo “Não me importo com essas coisas”. O motivo é que quero entender o negócio da companhia antes, se eu não puder entender seu objetivo, então não dá para ajudar com a estratégia. Esse é o maior erro, não pensar nos negócios antes.

Mundo do Marketing: Quais são os pontos-chave necessários para uma boa estratégia?
Charlene Li: Há quatro objetivos principais que você pode atingir com tecnologias sociais. É aprender com os consumidores, obter um diálogo e uma conversa com eles, apoiá-los e inovar com eles. Esses são pontos de partida, pensar no que você pode usar para cumprir seus objetivos de business. Além desses pontos, também deve-se pensar em que métricas usar. É preciso olhar para os diferentes cenários e tipos de objetivos e atingir uma métrica específica que funcione com a mídia social. Por último, é pensar no quanto a organização está preparada para conseguir executar a estratégia que deseja. É ótimo poder dizer “Eu quero ter um diálogo profundo ao invés de criar inovações”, mas se a empresa não tem os componentes necessários internamente para por isso em prática, ela vai falhar. É preciso um movimento dentro da organização para poder usar essas ferramentas e atingir a estratégia.

Mundo do Marketing: O primeiro passo é entender o comportamento das pessoas?

Charlene Li: Sim, a empresa tem o seu objetivo próprio, sabe o que quer atingir, mas não sabe qual é o objetivo dos consumidores. E esses objetivos precisam se encontrar. Se você não sabe o que passa na cabeça do consumidor, não vai atingi-lo.

Mundo do Marketing: O que a empresa pode fazer para entender o comportamento dos consumidores, além de ouvi-los?
Charlene Li: Eu acho que não é tanto ouvir, mas aprender como uma organização. Não é só fazer uma típica pesquisa de Marketing, mas entender como são os consumidores, o que realmente importa para eles. Só conseguir atingir isso já é um grande desafio. Por exemplo, uma empresa como a Dell tem uma maneira muito organizada e avançada para isso. Eles investiram, mais do que nada, em como ouvir e passar o conhecimento para toda a organização. A empresa treina seus funcionários sobre o que é a mídia social, como as pessoas usam, como a empresa usa, e tem um programa de certificação que 5.600 funcionários já fizeram para saber como usar a mídia social em beneficio da empresa. A maioria das companhias tem somente 50 pessoas aptas para usar mídia social e milhares de pessoas online. Pense na vantagem que a Dell tem sobre a HP, por exemplo, neste quesito.

Mundo do Marketing: Você acha que todo mundo na companhia deve usar a rede social?
Charlene Li: Eu acho que todos na empresa devem conhecer e entender as mídias sociais, para que quando alguém quiser interagir com eles pela rede, saibam responder. Nos Estados Unidos, 50% dos adultos estão online e usam mídias sociais. Parte das atividades que realizam, mesmo na vida pessoal, passam pela mídia. Assim, imagine que um amigo fale a um funcionário da Dell pelo Facebook “Estou pensando em comprar um computador Dell”. O que é preciso fazer? Responder ou não? O que dizer? Após o treinamento, aquele funcionário sabe que pode responder e o que falar.

Mundo do Marketing: Qual é o melhor caminho para as empresas participarem da conversa na mídia social?
Charlene Li: As empresas devem escolher seu foco, porque tem muita coisa no meio digital. Os internautas falam sobre tudo, até sobre as empresas b2b ou de manufatura. O principal é escolher um ou dois objetivos profissionais que a companhia quer atingir e aplicá-los na mídia social. Acredito que foco, disciplina e linhas-guias são essenciais. Não vai te levar muito longe ir tentando um monte de coisa diferente. É aceitável experimentar no começo, mas se a empresa quer usar a mídia social para propósitos comerciais, ela precisa dessas ferramentas.

Mundo do Marketing: Como medir o sucesso das estratégias?

Charlene Li: Vamos dizer que uma das coisas que você quer fazer como objetivo em business seja entrar em um novo mercado, por exemplo, para pessoas mais jovens. O que você pode fazer para medir é ver quantos deles usam o produto pelo mundo e usar esse resultado para avaliar todos os esforços. Usar um processo consistente de medida para tudo te dá o poder de tomar decisões. O ROI é importante, mas é relativo. É necessário comparar com outro resultado. Agora, o que é essa outra coisa? Costumo perguntar como as pessoas medem seus esforços em Marketing e a maioria diz que não usa métricas.

Mundo do Marketing: Você conhece algum caso de sucesso brasileiro nas mídias sociais?

Charlene Li: A L’oreal e a Oral-B do Brasil, além da Avianca, são muito ativas no Facebook e respondem imediatamente quando alguém faz uma pergunta. Eles têm pessoas dedicadas ao diálogo com os clientes, prontas para respondê-los. Essa estratégia vai longe em termos de criar relacionamento.

*Com reportagem de Bruno Mello

Qual o melhor momento para iniciar um Processo de Coaching?

Como dizem os versos de uma bela canção: " Todo dia é dia.Toda hora é hora."

Porém( há sempre um porém) nossa mente sendo altamente simbólica aprecia imensamente uma comunicação que se estabeleça nesta linguagem.

Estes tempos que antecedem a mudança de um ano para outro têm significado profundamente relacionado a mudanças. E como Coaching é mudança , tranformação , por excelência, dá-se que é um período muito bom mesmo para iniciar um processo e repaginar seu atual cenário.

Se você anda cozinhando a ideia de viver um Processo de Coaching em banho-maria, quem sabe as breves explicações abaixo, possam ajudá-lo a decidir-se.

No vocabulário inglês, o termo coach significa carruagem, que foi , por séculos, um meio de transporte essencial e bastante utilizado.

Atualmente, o Coaching é um processo planejado de aprendizagem que se caracteriza por uma orientação individual e sistemática, com o objetivo de estimular determinada pessoa (coachee) a desenvolver habilidades e competências,com vista a melhorar o seu desempenho de forma frequente e contínua. Ou seja, o Coaching é uma forma de estimular as pessoas a encontrarem o melhor desempenho possivel, de acordo com as suas aptidões e as funções exercidas na organização em que está inserida.

O Coaching é, hoje, apontado como um elemento essencial no contexto organizacional,pois, as suas atividades definem, identificam e geram competências e aptidões consideradas imprescindíveis para o sucesso.

No passado, Coaching era uma actividade restrita ao esporte, pela qual os atletas eram instruídos com a finalidade de melhorarem o seu desempenho.Entretanto, o conceito foi introduzido no contexto organizacional e, atualmente,apresenta-se como um elemento essencial para o sucesso de indivíduos e das organizações,pois, pessoas desempenham de uma forma melhor, correta e eficaz as suas funções se possuirem uma formação adequada e, se tiverem desenvolvido um olhar profundo e crítico sobre si mesmo.

O Coaching, auxiliando a gestao de competências e aptidões, assume um papel cada vez mais importante e abrangente dentro das organizações à medida que o desenvolvimento pessoal se torna um elemento indispensável para o sucesso.

Atualmente, identifa-se a uma preocupação crescente em identificar as necessidades de formação de cada individuo, de modo a permitir o desenvolvimento e o aperfeiçoamento do seu desempenho dentro da organização.

A importância assumida pelo Coaching no contexto organizacional é particularmente visível através das influências por si geradas. Deste modo, o Coaching é:

• Uma forma de estimular as pessoas a ter o melhor desempenho possível,tendo como base as aptidões de cada indivíduo e as funções desempenhadas na organização;

• Um processo pelo qual se identificam e usam as oportunidades, nas funções profissionais, como veiculo para a aprendizagem;

• Um meio para melhorar os conhecimentos e aptidões de modo formal e informal.



Assim, quando se fala de Coaching estamos fando de melhoria contínua, uma espécie de KAIZEN pessoal.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

4 jeitos inusitados de pedir demissão

Como não pedir demissão
A regra é clara: na hora de pedir demissão, é preciso ser o mais diplomático possível. Mas há quem, naquela de jogar tudo para o alto, se esqueça dessa lei máxima das boas relações profissionais e coloque a própria carreira em risco.
Dentro desse grupo, há pessoas que preferem colocar a criatividade em movimento como uma maneira de marcar esse momento decisivo para as próprias vidas. O resultado? Além de um chefe irritado do outro lado da mesa e a reputação profissional sob suspeita, a possibilidade de virar uma celebridade momentânea na internet. 
Isso mesmo. Há algumas semanas, um jovem americano colocou o vídeo do seu pedido de demissão inusitado no YouTube. Não deu outra. A gravação de pouco mais de três minutos virou um hit na internet.

Pensando nisso, selecionamos alguns casos recentes de pedidos de demissão que deram o que falar nas redes sociais.

Mas cuidado: os exemplos a seguir não devem ser seguidos sob a pena de implosão da própria carreira. Afinal de contas, como diriam muitas avós, a vida dá, sim, algumas voltas. E, mais cedo ou mais tarde, você pode topar com seu superior, colegas de trabalho ou empresa ao longo da trajetória profissional.
Demissão com trilha sonora
Após mais de três anos encarando longas jornadas de trabalho no hotel Renaissance Providence, em Rhode Island (EUA), Joey DeFrancesco decidiu deixar o emprego em alto estilo. Junto com seus colegas de banda (e vários instrumentos, incluindo um trompete), rumou para o hotel com a carta de demissão em mãos.
Ato contínuo: diante do chefe, disse: "Eu me demito", a banda começou a tocar, o chefe se recusou a pegar o documento, ele jogou no chão e saiu do hotel com pose de campeão.
Detalhe: tudo foi filmado e postado no YouTube. Na última sexta-feira, o vídeo contabilizava mais de 2,6 milhões de visualizações no site.
DeFrancesco, contudo, afirma já ter um outro emprego com condições muito melhores do que as oferecidas pelo anterior.
Bancar o alucinado
Steven Slater, um ex-comissário de bordo da companhia aérea americana JetBlue, virou celebridade após pedir demissão durante um voo da companhia em agosto do ano passado.

Após uma discussão com uma passageira, Slater pegou o alto-falante e dedicou uma enxurrada de palavrões para ela e finalizou: “A todos os que mostraram dignidade e respeito nos últimos 20 anos, obrigado”.

Por fim, Slater saiu de cena de maneira triunfal. Acionou o escorregador inflável da porta de emergência e desceu – com algumas cervejas debaixo do braço.

O espetáculo rendeu algumas horas na prisão. Ele foi solto após pagar uma fiança de 2,5 mil dólares. O caso rendeu inspiração até para frases de camisetas. O slogan? “Quit your job with style – team Slater”.
Carta de demissão em bolo
O americano Neil Berrett decidiu agradar a chefia com um jeito criativo (e saboroso) de demissão. Em vez de entregar, de cara, uma carta de demissão convencional, preferiu escrevê-la em um bolo com cobertura de chantily. É possível conferir a imagem no Flickr de Berret.
No texto,  ele admite ter vivido dias "empolgantes e alegres" na companhia. Mas, que por motivos de saúde, ele iria dedicar mais tempo para a família.

Em sua página no Flickr, ele afirma que precisou enviar uma carta de demissão convencional para o departamento pessoal da empresa. Afinal, seria impossível arquivar um bolo.
Video game para se demitir
O jogo da companhia australiana 2K foi feito tendo em vista chefes que gostam de video games. Com o cenário semelhante a versão tradicional do jogo do Super Mario Bros, o jogo propõe algumas tarefas para o gamer.

Ao terminá-las, aparece a frase: "I quit" (Eu me demito", em português).

Fonte: EXAME.com

3 Histórias de Fracasso Essenciais para o Sucesso de Grandes Empreendedores

Pode ser que você não saiba, mas o caminho para o sucesso muitas vezes vem acompanhado de diversas histórias de erros e fracassos. Parace um pouco óbvio, mas não é para muita gente. A gente tem tanto medo do que é incerto ou arriscado que parece muito mais legal ouvir (e idolatrar) quem está em alta no momento. Hoje não! Apesar de falar sobre uma galera que é muito conhecida hoje pelo seu sucesso, vamos focar em suas histórias de fracassos.

Foto de Placa de Sucesso e Fracasso - LUZ Loja de Consultoria

Ué, mas histórias de fracassos?! Eu sei que você deve estar mais acostumado a ouvir sobre aquele produto que deu muito certo, sobre aquela propaganda que é um barato ou sobre algum novo jogo social que está estourando a boca do balão. É bem verdade que a gente vive em uma sociedade que valoriza empreendedores que são bem suscedidos, mas como sucesso não é mágica e muitas vezes está muito associado a uma série de erros, vamos ver umas boas histórias (bem resumidas) de grandes empreendedores de épocas distintas:

1. Thomas Edison

Essa história é rápida (e antiga), mas o que você diria de um cara que foi expulso da escola primária porque seu professor afirmou que ele não tinha capacidade de aprender? Você deve conhecer ele pela invenção da lâmpada né? O que nem todo mundo sabe é que ele teve que errar umas 2 mil vezes para conseguir acertar e, quando questionado sobre suas tentativas, o que ele falava é que não havia errado uma única vez, apenas havia descoberto 2000 maneiras de não fazer uma lâmpada”!

Foto de Thomas Edson - LUZ Loja de Consultoria

2. Steve Jobs


Quando falamos de fracasso, em um primeiro momento não é o nome do Steve Jobs que vem à nossa cabeça né? Afinal, ele foi uma das mentes mais brilhantes de nosso tempo e responsável direto por diversos produtos extremamente inovadores e desejadíssimos por qualquer um (desde o iPod e o iPhone até o grande sucesso dos iPads).
Ainda assim, apesar de todo esse sucesso, ele já conviveu com o o fato de ter sido expulso de sua própria companhia e de ter lançado diversos produtos fracassados (como o Cube, o iPod Hi-Fi e a rede social Ping). Outra característica bem maneira da vida do Jobs foi o fato de ele ter abandonado a faculdade e mesmo assim ter seguido um caminho vencedor.

Imagem de Tributo a Steve Jobs - LUZ Loja de Consultoria

3. Eric Ries

Para quem não conhece, Ries é um (ex)programador conhecido por falar sobre a sua metodologia Lean Startup (que lhe rendeu um grande livro) e pelo seu blog.  Resumindo bastante, ele foi um dos fundadores e o principal programador de uma empresa que passou 6 meses desenvolvendo um produto que ninguém queria usar. Péssimo né?! Não para ele, que utilizou essa experiência para aprender e fazer algo totalmente novo e que vem revolucionando a forma como novas empresas se colocam no mercado!

Imagem Revista INC sobre Lean Startup com Eric Ries - LUZ Loja de Consultoria

E o que a gente consegue tirar desses casos?


1 – O sucesso é 1% de inspiração e 99% de transpiração, por isso deixe de preguiça e vai trabalhar! E nada de vergonha também, pois você já deve ter ouvido aqueles dizeres “Você erra 100% dos chutes que não dá”.
2 – Se você quer mandar muito bem, tem que ser perseverante também. De nada adianta desistir na primeira porradinha que você leva. Imagina se o Jobs desistisse da Apple depois de lançar algum produto que não fez sucesso? Lembre-se que o fracasso faz parte da vida, quanto antes você aceitar, mais sucesso poderá ter.

3 – Erros são grandes oportunidades de aprendizado. Muitos empreendedores acham que tudo vai acontecer exatamente como planejaram, quando na realidade o mais importante é saber que você se programa para tudo que vai acontecer de forma diferente do que você planejou!

No final das contas, o mais certo é que tudo no mundo é incerto. Se pararmos de viver uma cultura onde o fracasso é super mal entendido e indesejado, talvez a gente consiga um real aprendizado por meio de experiências  e erros.

Se você já tentou empreender e não deu certo ou se conhece outros empreendedores com histórias parecidas, não deixe de compartilhar os seus aprendizados com a gente!  Grande abraço!

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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

3 Formas de Inovar em Setores Sociais


Posted on by Business Life Management - Global Leadership Expertise

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O que é diferencial competitivo?

Diferencial competitivo são atributos que tornam a empresa única e superior aos seus principais concorrentes. Tratam-se das vantagens e benefícios exclusivos que a empresa proporciona à sua clientela e que a concorrência ainda não conseguiu oferecer.


Por Diego A. Jacob*



Você deve atacar o inimigo exatamente em seu ponto fraco (Sun Tsu, em A Arte da Guerra).




Seus clientes são fiéis? São leais à sua marca? Sempre comprarão de você? Na maior parte das vezes, as respostas desses questionamentos são não.



Administrar o relacionamento com o cliente serve para que a empresa adquira diferencial competitivo e se destaque diante da concorrência, mas não é uma tarefa fácil.



Então, qual é a razão para quais os clientes deverão comprar de você? Difícil, não? Por isso, o diferencial competitivo é tudo aquilo que torna a sua empresa única aos olhos do cliente e deve está claro nas mentes dos clientes.



Para saber a real necessidade e/ou desejo, primeiramente precisamos identificá-los, porque não se estabelece uma relação com quem não se conhece. A partir daí, aprender sobre eles, suas necessidades e seus desejos, utilizando essas informações para estreitar o relacionamento e conhecê-los cada vez mais. Seguindo esses passos possibilita a empresa um diferencial e criar barreiras de confiança, tornando inconveniente a migração para um concorrente.



O SEBRAE definiu o diferencial competitivo como atributos que tornam a empresa única e superior aos seus principais concorrentes. Tratam-se das vantagens e benefícios exclusivos que a empresa proporciona à sua clientela e que a concorrência ainda não conseguiu oferecer.



Já o consultor de marketing, Gabriel Galvão, conceitua como característica ou aspecto positivo que serve para destacar o produto, serviço, pessoa ou ideia das demais existentes. Assim, em meio a tantos outros produtos muito parecidos, quem usar um diferencial poderá ser mais bem reconhecido pelo consumidor como sendo único com relação ao seu nicho.



O CEO, Rubens Gustavo Gurevich, da Your Life do Brasil, cita que o diferencial para o desenvolvimento de qualquer profissional não é está baseado somente nas competências técnicas, mas na combinação do técnico com o comportamental (autoconhecimento, da identificação de seus motivadores, seus medos básicos e como neutralizá-los, seus pontos fortes, seus limitadores e identificação de pontos de desenvolvimento). Pois todo profissional tem por no mínimo a obrigação do conhecimento técnico.



Diferenciais competitivos somente tem valor, quando o mercado consumidor percebe estas vantagens. Por isso, além de possuir estes diferenciais, a empresa também precisa divulgá-los de forma adequada. Diferenciais não divulgados tornam-se desconhecidos nas mentes dos consumidores.



A criação de um diferencial competitivo pode funcionar também como excelente ferramenta de marketing uma vez que as pessoas tendem a comentar as atitudes das empresas que se destacam em algum detalhe como, por exemplo, a facilidade de efetuar a compra ou um ótimo trabalho de pós-venda. São nestes pequenos detalhes que surge o boca-a-boca que promove sua empresa no mundo virtual, principalmente na era das redes sociais onde todos compartilham suas experiências.



O que importa não é ter um monte de diferenciais (embalagem, cor, diversidade de formas de pagamento, preços mais competitivos, política de frete grátis e política de pós-venda) que só são percebidos por qualquer um, mas sim um diferencial que os clientes percebam e/ou considera-o importante as suas vantagens, do contrário, possuí-lo não aumentarão suas vendas.



Existem alguns métodos para diferenciar e se destacar. Isso vai de acordo com as características da empresa e como ela pretende conduzi-lá no mercado. Mas para isso devem ser feitas algumas perguntas antes:



■O que o meu produto tem de melhor?

■Como eu quero que meu consumidor reconheça meu produto?

■O que não está sendo feito pela concorrência que poderia ser aplicado ao meu produto?

■O que está sendo feito pela concorrência que está saindo de moda?

■O meu produto é realmente inovador?

■O meu produto segue as tendências de mercado mais atuais?

Competir através de diferenciais significa basicamente duas coisas: foco no seu alvo (seu cliente) e foco na divulgação deste diferencial. A empresa deve ter em mente aquilo que é importante para quem vai comprar o seu produto ou serviço e deve ser muito competente na hora de divulgar o seu diferencial (é aqui que entra o bom trabalho de comunicação do marketing).



Conforme Ronilço Guerreiro (2008), a sua orientação para começar a competir deve ser sempre a seguinte: ''Entre na cabeça das pessoas! Perceba o que é importante para elas e invista pesado em descobrir formas de como ser notado´´ .



A partir dessa investigação, tem-se uma boa base para escolher o diferencial mais apropriado. Então, deve-se aplicá-lo e fazer que ele conste no planejamento de marketing.



* Professor universitário, mestrando e'm desenvolvimento regional (mídias sociais) e especialista em marketing e recursos humanos.