A publicidade digital na América Latina cresceu aproximadamente quatro vezes entre 2020 e 2022, passando de 7,92 bilhões para 34,7 bilhões, segundo dados do estudo The Largest Influencer Study in Latin America in 2023 – Influencity. O investimento total é pouco mais de um terço do que foi investido na Europa (89,4 bilhões) e oito vezes menor do que foi investido nos Estados Unidos (283 bilhões).
Esse crescimento está relacionado ao Marketing de Influência. À medida que as lojas se movem online, os consumidores estão recorrendo a outros meios para obter uma ideia da aparência de um produto que estão prestes a comprar. Os influenciadores podem ajudar a colocar produtos e serviços em contexto, e os usuários do Instagram com seguidores leais podem ter visto uma oportunidade de entrar na economia do criador.
Em 2020, os nanoinfluenciadores compunham a grande maioria de todos os perfis LATAM, com 95,6% enquadrados nessa categoria, segundo o estudo. Em segundo lugar ficaram os microinfluenciadores, representando 3,7% do bolo. Isso não é surpreendente, considerando os muitos benefícios de trabalhar com nano-influenciadores, especialmente em mercados emergentes.
Em 2023, no entanto, começamos a ver uma ligeira mudança nessa tendência, com os perfis nano caindo para 94,2% e os microinfluenciadores ganhando força (5,4%). Tal como acontece com o estudo europeu, isso pode ser devido não a uma queda na popularidade desses perfis, mas sim ao seu sucesso. À medida que o mercado de influenciadores LATAM cresce, os nanoinfluenciadores se tornam mais procurados e são lentamente promovidos ao status de microinfluenciadores.
Novos comportamentos
O Marketing de influenciadores na América Latina mostra claramente uma tendência ascendente. Embora o crescimento em toda a região nem sempre seja uniforme, o número de perfis do Instagram que atendem aos critérios de influenciadores estabelecidos neste estudo aumentou em todos os países pesquisados. Como tal, é expectável que os profissionais de Marketing procurem potenciar o seu potencial, colaborando com criadores de conteúdos que possam aproximar os seus produtos e serviços dos seus públicos-alvo.
Em 2020, a América Latina foi a região com maior percentual de nanoinfluenciadores (95,6%) das três regiões estudadas. No entanto, os resultados de 2023 mostraram uma ligeira diminuição nesses nanoperfis e um aumento no segundo nível, microinfluenciadores. Essa redistribuição é um indicador de um mercado de influenciadores saudável e crescente, já que muitos desses microperfis já foram nanoinfluenciadores cujos seguidores leais logo cresceram no território do microperfil. Se extrapolarmos essa tendência para um mercado maior, podemos prever que os perfis de todas as categorias continuarão crescendo e buscando formas de profissionalizar suas ofertas.
Essa mudança para colaborações profissionais provavelmente será vista no modelo de preços, bem como no relacionamento entre criadores de conteúdo e seus patrocinadores. Por exemplo, como as compras no aplicativo rapidamente se tornam a norma, os influenciadores se tornam responsáveis por todo o funil de marketing, garantindo uma redução em suas vendas, bem como em suas taxas típicas de patrocínio.
Quanto ao relacionamento com os profissionais de marketing, espera-se que os influenciadores tenham mais voz nas campanhas, pois as marcas contam com eles para produzir não apenas publicações, mas toda uma comunidade em torno de sua marca.
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