Neste mês (janeiro) aconteceu a edição anual da NRF – Retail’s Big Show em New York, o maior evento de varejo do mundo, que reúne os melhores e maiores players do mercado e define os próximos passos do varejo mundial. O objetivo do encontro é apresentar e discutir sobre as maiores tendências, novidades e gestão do setor. Confira abaixo 5 tendência e destaques que encontramos nesta edição no NRF e que podem ajudar o seu varejo a decolar e sair na frente dos concorrentes:
Índice
Novos modelos de negócios baseados no ESG
É possível fazer mais pelo nosso planeta! É com esse pensamento que se falou sobre ESG na NRF 2023, uma estratégia para tornar os negócios mais sustentáveis – e também bem vistos pelos clientes. Numa realidade pós pandêmica, o tema sustentabilidade foi inserido diretamente no DNA das empresas, que estão cada vez mais repensando os modelos de negócio e de olho em descentralizar o supply chain.
Andrea Bell, VP de consumer insights da WGSN, enfatizou o tema: “A natureza torna-se parte efetiva do board das empresas. Não dá mais para não pensar em sustentabilidade e isso tem que ser parte vital da estratégia dos negócios”.
Garantia de execução omnichannel no varejo
O omnichannel é um assunto já recorrente na NRF e uma realidade para a maioria dos varejistas, mas mesmo o assunto se repetindo nos últimos anos de evento, o foco muda: neste ano, o objetivo era garantir a plena execução da estratégia. Antes, pensava-se no enfraquecimento da loja física diante do e-commerce, hoje se vê a loja física como uma aliada de todos os canais, servindo como um ponto de encantamento e de contato com o cliente, quase como a ideia de um show room.
“Menos tráfego e mais transações omnicanal são reflexos da pandemia que obrigou as redes varejistas a otimizar seu portfólio de lojas. Com mais vendas digitais, a loja que permanece aberta precisa oferecer uma experiência superior para justificar o espaço”, comenta Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail.
Adaptação das lojas ao metaverso
O assunto mais bombado da NRF 2022 com certeza foi o metaverso e ainda rendeu muito assunto na edição de 2023!
A grande novidade deste ano em relação ao ano passado foram os expositores de metaverso e em como as lojas podem se adaptar para este modelo totalmente imersivo. As principais empresas que estiveram no evento foram ByondXR, Rooom, BigThinx e ReadySet. A ByondXR, por exemplo, é uma companhia de retail-tech que desenvolveu uma plataforma de e-commerce imersiva. O objetivo da empresa é auxiliar marcas, varejistas e atacadistas a criarem lojas virtuais e showrooms no metaverso.
Já a ReadySet foi a primeira a ter um software de realidade virtual 3D imersivo projetado para varejistas e pesquisadores.
O ambiente virtual, como o dos games, gera uma identidade digital com os consumidores e deve continuar a ser desenvolvido e discutido no universo do varejo.
Geração Z preza por sustentabilidade
O mundo mudou e, com ele, o perfil dos consumidores também. Precisamos estar atentos à geração que é rápida, sofisticada, exigente e preocupada com sustentabilidade, meio ambiente e causas sociais! Essa é a Gen Z, composta por quem nasceu entre 1996 e 2010, e considerada a “primeira tribo de nativos digitais”, segundo a agência de publicidade Sparks & Honey.
Um dos pontos discutidos no painel da Gen Z foi de que temos uma geração repleta de contradições. Esse é um ponto-chave para compreender a dinâmica e o comportamento fluido dessa geração que busca tecnologia constantemente. Um dado interessante mostrado pela AdWeek mostrou em pesquisa que 50% dos jovens da Geração Z declararam que pensam em fazer suas próprias roupas, enquanto mais de 25% declararam serem muito parcimoniosos com o consumo de moda. Tentam conciliar a auto expressão com o repúdio ao descarte e ao altamente perecível. Podemos visualizar uma ponta de sustentabilidade e consciência no consumo, certo?
Personalização na jornada do cliente
Cada vez mais os consumidores querem se sentir especiais e valorizados pelas marcas. Se trata de conectar-se com seu cliente e atender suas necessidades mesmo que elas mudem com o passar do tempo. E tudo isso precisa estar ligado à jornada do cliente!
Independente do mercado, as empresas precisam entregar mais do que “apenas” um produto. Os consumidores querem experiências inesquecíveis para que se sintam fidelizados a uma marca. Paige Thomas, da Saks, falou sobre tirar, cada vez mais, os pontos de fricção de uma jornada de compra para que o processo seja multicanal e voltado à experiência. Ela estima que tenha investido cerca de US$ 200 milhões nestes processos. E tudo para favorecer a jornada do cliente. Atualmente, parece algo extremamente complexo “só” vender. E é inegável que poucas pessoas ainda queiram “só” comprar. A valorização da experiência, da personalização, do encantamento precisa fazer parte.
Já Jeff Gennette, CEO da Macy’s, outra loja de luxo e presente em pontos relevantes da cidade de New York, trouxe alguns conceitos conhecidos por aqui como o demand forecasting, que é, basicamente, o entendimento que o cliente quer mais do que o produto. Quer o transformacional. A Nike, por exemplo, está oferecendo este “algo a mais” em uma loja da 5ª Avenida, onde oferece uma quadra de basquete totalmente interativa para os seus consumidores testarem os tênis.
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Fonte: https://smarket.com.br/5-tendencias-da-nrf-2023-para-aplicar-no-seu-negocio/?utm_campaign=nova_news_-_fevereiro_1&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
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