O reabastecimento de prateleiras do Walmart por humanos era uma tarefa quase obsoleta — afinal, uma sofisticada frota de robôs havia sido contratada para isso. Mas os funcionários deram o troco.
Depois de uma parceria de cinco anos, o Walmart anunciou na segunda-feira (2) que havia rescindido seu contrato com Bossa Nova Robotics Inc. A Bossa Nova é uma empresa de robótica financiada por capital de risco que ajudou a implantar uma tecnologia inteligente de varredura de inventário em cerca de 500 lojas da gigante do varejo nos Estados Unidos. O objetivo era aumentar a produtividade e reduzir os custos trabalhistas.
Mas, em uma reviravolta inesperada, os executivos das lojas chegaram à conclusão de que os trabalhadores humanos estavam fazendo seu trabalho mais ou menos na mesma velocidade que os robôs — com a diferença de que os robôs de 1,82 metro de altura talvez assustassem alguns clientes.
Em um comunicado, um porta-voz não identificado do Walmart disse ao Wall Street Journal que a varejista não abandonou completamente os planos futuros para uma força de trabalho automatizada e “continuará testando novas tecnologias e investindo em nossos próprios processos e aplicativos para melhor compreender e rastrear nosso estoque e ajudar a colocar os produtos em nossas prateleiras o mais rápido possível”.
Robôs de estoque podem ajudar a criar uma imagem mais precisa de quais produtos estão armazenados, facilitando as compras online. Embora eles tenham sido descartados por enquanto, o Walmart ainda planeja utilizar a automação nas lojas de outras maneiras, inclusive nos caixas e nos serviços de limpeza.
A rescisão do contrato marca um golpe ironicamente devastador para a Bossa Nova: a empresa será forçada a demitir cerca de 50% de sua força de trabalho humana como resultado da decisão do Walmart. Mas para os trabalhadores robôs desativados, deixados para trás pelas implacáveis transformações de otimização e da indústria, nós dizemos: Aprenda a programar.
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