24 de maio de 2018 - 18:09
por: Afonso Bazolli
Por: Ricardo Cestari Jr
Recentemente, falamos neste artigo sobre a evolução do consumidor 3.0, e como ele assumiu o comando em suas relações com as empresas.
Mas o que define este consumidor?
Diferente de outras segmentações traçadas para consumidores em quaisquer tipos de negócio, o consumidor 3.0 não é definido por faixa etária, renda ou gênero. O consumidor 3.0 é qualquer usuário de internet que tenha algumas características básicas que determinam seu comportamento em relação ao consumo.
Hiperconectado, cheio de informação e ciente que pode escolher o melhor produto, o melhor serviço e o melhor atendimento. Esse é o consumidor 3.0 e, precisamos ser enfáticos quanto a isso: tentar virar a mesa de novo não é uma boa jogada. Que tal, então, jogar a favor dele?
Acho que é isso que ele espera faz um bom tempo. Mas foi preciso que ele conquistasse as ferramentas certas antes que as empresas se dessem conta disso.
Abaixo, você confere uma lista de 7 atributos do consumidor 3.0, essenciais para que você consiga identificá-lo.
1 – O consumidor 3.0 é altamente informado
O que é o poder do Google, não é mesmo? Qualquer usuário tem ao seu alcance todo tipo de informação, e ele não vai deixar de buscá-la quando se trata de pagar mais barato por um produto ou serviço melhor.
A chamada Era da Informação tem sido capitalizada pelo Consumidor 3.0 como nenhum outro perfil fez.
A chegada dos dispositivos móveis cada vez mais avançados impulsionou essa característica, atribuindo mais velocidade nas pesquisas do consumidor e permitindo que ele faça comparativos em tempo real quando vai comprar, seja online ou offline.
Alguns dados:
– 79% dos usuários de smartphone os usam para auxiliar em compras e 70% usam o telefone em lojas físicas; (IQMetrix)
– Estudo da Accenture identificou um crescimento de 73% nos últimos 3 anos de usuários que passaram a usar a Internet para pesquisar sobre suas compras. (Accenture)
2 – O consumidor 3.0 é socialmente conectado
As mídias sociais são um fenômeno absurdo.
O Facebook atingiu recentemente a marca de 1 bilhão de usuários. Se fosse um país, seria o terceiro maior do mundo. O Twitter tem mais de 500 milhões de usuários registrados que geraram mais de 340 milhões de tweets e administra mais de 1.6 bilhões de buscas por dia.
O consumidor 3.0 é ultraconectado e faz parte dessas estatísticas.
No entanto, essa é uma faca de dois gumes. As redes sociais se tornaram um espaço aberto para divulgação de insatisfações, reclamações e análises de atendimentos ruins, que tem o poder de alcançar mais pessoas de maneira incrivelmente rápida.
Alguns dados:
– O uso de mídias sociais continua crescendo, mas já é a principal atividade dos usuários de Internet, superando email, chat e até games; (Accenture)
– Segundo os próprios Twitter e Facebook, praticamente 80% dos usuários ativos da rede, diariamente, utilizam as redes via dispositivos móveis. (Social Media Today)
3 – O consumidor 3.0 é sensível a preços
Com a ascensão de modelos de promoção como “promoção do dia” e descontos sazonais em produtos, os próprios varejistas lançaram uma tendência em direção a sensibilidade dos preços.
Marcas que tentam se beneficiar na precificação correm o risco de afastar o consumidor 3.0, que dá ênfase também ao bolso na hora de escolher o que vão comprar.
O nome da marca, sozinho, sem agregar nenhum valor adicional e com preços pouco competitivos não é suficiente para o consumidor 3.0.
Alguns dados:
– Estudo da Loyalty Marketing indica que apenas 21% dos consumidores compram priorizando marca em relação ao preço. 64% vão demorar de 5 a 10 minutos procurando o melhor preço. (Loyalty Marketing);
4 – O consumidor 3.0 confia nas opiniões de outros usuários
A era digital proveu aos consumidores uma plataforma para compartilhar experiências pessoais em vários assuntos. A opinião social tem se transformado em algo extremamente importante para o Consumidor 3.0 que valoriza as experiências dentro de suas redes sociais mais do que as propagandas feitas pelas marcas.
Alguns dados:
– 70% dos consumidores globais confiam em mensagens globais – um aumento de 15% em quatro anos; (Nielsen).
– O TripAdvisor exemplifica como o consumidor 3.0 pode ser persuasivo: na plataforma, existem mais de 75 milhões de análises e opiniões dadas por usuários e mais de 62 milhões de usuários únicos por mês. (Forbes)
5 – O consumidor 3.0 gosta de se autopromover
O consumidor 3.0 busca validação através de autopromoção. Você vê isso todos os dias nas suas redes sociais, certo? As redes sociais são povoadas de pessoas mostrando suas aquisições (olha o consumo aí), conquistas pessoais e profissionais.
Seja em atualização de status, compartilhamento de fotos e vídeos, o consumidor 3.0 vai se promover com felicidade.
Alguns dados:
– O Facebook tem mais de um bilhão de usuários ativos.ao mês e mais de 2,5 bilhões de compartilhamentos de conteúdo por dia. (Facebook Reports)
6 – O consumidor 3.0 procura gratificação instantânea
Podemos descrever a geração dos consumidores 3.0 como “A Geração Imediatista”. Esperam produtos e serviços sendo entregues em um lugar, no tempo certo e que melhor se encaixem em suas necessidades.
Deixar de oferecer atendimento após horário comercial, por exemplo, é inaceitável.
A digitalização de produtos – desde passagens de avião, passando por música e livros – fortalece a necessidade de uma satisfação imediata.
Alguns dados:
– Até 57% dos consumidores nos Estados Unidos desistem de uma compra online se a resposta para uma pergunta não for instantaneamente satisfatória. (Forrester)
7 – O consumidor 3.0 é inconscientemente seguro
Quando as compras online surgiram, um grande problema de segurança afligia os consumidores. Era confiável ou não? Havia risco de fraude?
Talvez, como resultado de uma promoção supervalorizada, a nova geração vem criando uma apatia no que diz respeito a segurança na Internet, especialmente no espectro mais jovem.
Mesmo com um alto número de vírus e spam povoando a rede, os consumidores 3.0 tem subido para a web um volume absurdo de informação pessoal por vontade própria, levando-as a estarem disponíveis para qualquer um com acesso a uma conexão digital.
Estes novos usuários não estão só mais confiantes nas próprias redes, mas em suas próprias habilidades ao navegar em ambientes de risco, como bancos e transações online.
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