sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Análise: segmentação é a tendência das redes sociais

 

A possibilidade de voltar a ter um contato mais próximo pessoas que estavam distantes animava os usuários. Mas ao mesmo tempo em que aproximou quem estava longe, as redes sociais distanciaram quem está perto no mundo real

Por Marcelo Spinassé, Administradores.com
 
O sucesso das redes sociais não é mais novidade. Você conhece alguém que não participe de alguma rede social? Acho que não. Elas se popularizaram nos anos 2000 e hoje não conseguimos imaginar nossas vidas sem esta forma de interação social. Como tudo se transforma e na internet não demora muito para que isso aconteça, as redes sociais também já sofreram diversas mudanças e agora estão na fase da segmentação. Será que a moda vai pegar?
Quando as redes sociais se popularizaram a ideia era reunir todos os amigos e conhecidos em um único lugar. A possibilidade de voltar a ter um contato mais próximo pessoas que estavam distantes animava os usuários. Mas ao mesmo tempo em que aproximou quem estava longe, as redes sociais distanciaram quem está perto no mundo real.
Nas redes segmentadas a história muda. Todos os participantes estão interessados em um mesmo assunto. Além dos amigos do mundo 'real', os usuários destas redes têm a possibilidade de conhecer novas pessoas com interesses semelhantes e trazer esta amizade para fora do mundo virtual. As redes sociais segmentadas aproximam quem está longe e ainda criam a possibilidade de conhecer novas pessoas.
Acredito que o futuro das redes sociais é a segmentação porque chegamos ao limite das redes de massa. Primeiro, a novidade atraiu milhões de usuários, agora as pessoas estão se saturando e buscando uma 'nova' forma de se relacionar. O que não exclui as redes sociais, porque elas são inerentes a nossa sociedade.
O Brasil é o quarto país do mundo com mais usuários de internet em redes sociais. Cerca de 97% dos internautas brasileiros acessam sites como Facebook e Twitter, segundo estudo da comScore. O Facebook, com certeza, é a rede social mais popular. Neste ano, atingiu um índice de 54,99% de participação no Brasil, frente os 18,24% registrados em 2011, um crescimento de 36,75 pontos percentuais.
Mas o crescimento da rede criada por Mark Zuckerberg não intimida as redes sociais segmentadas. Afinal, ser segmentada não significa ter poucos usuários e sim atrair um público específico. Rede social corporativa, de moda, de troca de serviços, para relacionamentos, para médicos, profissionais de RH, universitários e recém-formados. Já existem redes sociais específicas para todos esses públicos e muitos outros.
As redes sociais segmentadas são para troca de informações e ideias entre pessoas interessadas em um determinado tema. Em uma rede só para profissionais de recursos humanos, por exemplo, os usuários podem compartilhar as dificuldades da profissão, trocar experiências e encontrar novas ideias através do conhecimento de pessoas que também têm aquela dificuldade. É possível usar uma linguagem mais técnica, por exemplo, e ter certeza que todos estão entendendo do que se trata.
Mesmo sem os números grandiosos do Facebook essas redes específicas podem sim ter sucesso. A rede social é antes de qualquer coisa um local (mesmo que seja virtual) de troca, um relacionamento horizontal, no qual todos são iguais e o conhecimento de um pode ser muito útil para o outro. Se as pessoas conseguem aproveitar o conteúdo disponível a rede social já cumpriu a sua função e é sim um sucesso.
Marcelo Spinassé, idealizador da rede social de troca de serviços WinWe.

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