quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Saiba quais práticas de marketing agradam ou irritam o cliente, segundo pesquisa

Pitney Bowes Software divulga relatório realizado com base em consumidores dos Estados Unidos e de países da Europa

Por Redação Administradores, http://www.administradores.com.br/
Um pesquisa realizada pela Pitney Bowes Software com consumidores da França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos deu origem a um relatório que indica as ações de marketing que mais aproximam os clientes da marca e as atividades que causam um efeito contrário.

Os consumidores são claros sobre o que querem de suas interações de negócios e muitas das iniciativas e técnicas que estão sendo implantadas simplesmente não têm o efeito pretendido. Pior que isso: comunicações inadequadas muitas vezes diminuem a opção pela marca por potenciais clientes e clientes alvo, que acabam optando por uma marca concorrente.

Pesquisas de satisfação do cliente são percebidas como perfeitamente aceitáveis para 75% dos pesquisados. Isso apresenta uma verdadeira oportunidade para as marcas conhecerem seus clientes. Com o discernimento aprendido, as empresas podem, então, criar uma personalização ou uma experiência com base nas preferências de cada consumidor, o que é uma prática muito aceitável para a maioria dos consumidores pesquisados. Identificando com mais precisão as preocupações e os desejos do cliente, as empresas reduzem bastante o número de comunicações fora do alvo e também salvam investimentos em marketing substanciais.

Pitney Bowes Software divulga relatório realizado com base em consumidores dos Estados Unidos e de países da Europa (Imagem: Thinkstock)

A tendência crescente de personalizar mensagens está trabalhando a favor das marcas. Em websites, 59% dos consumidores entrevistados dizem que apreciam personalização tais como "Bem vinda, Claudia". Para sites transacionais, especialmente onde compras estão sendo feitas, pode ser reconfortante para a Claudia saber que o site reconhece os detalhes da sua conta e tem um registro de suas interações.

Por outro lado, os consumidores apontam claramente para muitas ações irritantes. Estes esforços de sensibilização são destinados a serem convidativos, mas em vez disso, são irritantes para a maioria dos consumidores. Por exemplo, entre os negativos estão pedidos aos clientes para oferecer suporte para uma empresa fazer caridade ou preocupações éticas (84%); envio de ofertas de terceiros (83%) e incentivar a interação com outros consumidores através de uma comunidade online (81%).

O que fazer e o que não fazer para interagir com clientes:

Personalização
- Incrementar o nível de personalização na Web (59% positivo);
- Não deixar que seus atendentes de SAC fiquem muito amigos pelo telefone (70% negativo).

Pedir para o cliente agir
- Realizar feedback de pesquisas com clientes regularmente (75% positivo);
- Não convidar os consumidores para criar sua própria home page (69% negativo).

Frequência
- Fazer uma oferta especial a cada mês e enviar pelos Correios (74% positivo);
- Não enviar e-mails semanalmente (89% negativo).
Convidar para uma causa
- Manter fóruns de clientes com os esforços do serviço de atendimento ao cliente, e não do marketing (81% positivo);
- Não peça ao cliente para apoiar ações de caridade da empresa (84% negativo).

"Este estudo confirma que as empresas devem ouvir os consumidores antes do envio de suas comunicações," disse Ronaldo Oliveira, diretor da Pitney Bowes Software Brasil "cada interação deve honrar os interesses do cliente em primeiro lugar, só então será uma oferta ou um plano de ação aceitável para os consumidores. Cada conversação entre uma marca e um cliente é uma oportunidade de encantar ou de decepcionar. Estamos todos aprendendo a fazer mais do primeiro e menos do último". 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Orkut é passado: os números do Facebook no Brasil

País tem 37 milhões de usuários ativos e 51% dos brasileiros acessam a rede social todos os dias
14 de Fevereiro de 2012 | 17:09h

Reprodução
Não é de hoje que o Facebook tem mostrado a que veio no Brasil. A rede social de Mark Zuckerberg cresceu 300% entre os brasileiros se compararmos com os números de 2008, ano em que o site começou a crescer em todo o mundo.

Hoje, nosso país é a quarta nação em número de usuários ativos, totalizando mais de 37 milhões - perdemos apenas para os Estados Unidos (157 milhões) e para Indonésia e Índia (41 milhões cada) - primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente.

O pessoal do Facebook brasileiro criou um infográfico com dados bem interessantes sobre o crescimento da rede social no país, e o resultado não poderia ser outro: desbancou sites da Microsoft e do Google, inclusive o próprio Orkut, que um dia foi o site de relacionamentos mais acessado pelos brasileiros. Acompanhe as informações abaixo.

(clique na imagem para ampliar)


Audiência

- 37 milhões de usuários ativos, dos quais 12 milhões utilizam o Facebook por meio de dispositivos móveis
- 51% da população acessa o Facebook todos os dias
- A média de amigos por usuário é de 206 contatos
- 46% dos membros são do público masculino, contra 54% do feminino
- 33% dos usuários têm idade entre 18-24 anos, 29% entre 25-34, 14% entre 35-44, 13% entre 13-17, 7% entre 45-54 e 4% mais de 55 anos
Postagens mensais

- 996 vídeos colocados no site
- 2 milhões de check-ins feitos pelos usuários
- 160 milhões de mensagens nos Murais
- 339 milhões de atualizações de status
- 460 milhões de novas fotos colocadas na rede
- 715 milhões de mensagens enviadas entre os usuários
- 1,6 bilhão de comentários
- 1,6 bilhão de "curtir"
Tempo gasto mensalmente no Facebook e outros sites

- 06:57 horas são gastas e 997 páginas são vistas por cada usuário na rede social, todos os meses
- 04:41 horas são gastas e 203 sites da Microsoft são vistos no mesmo período
- 02:18 horas são gastas e 313 páginas do Google são vistas por mês
- 01:49 horas são gastas e 270 páginas do Orkut são vistas por cada usuário no mês


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Técnicas e dicas para melhorar seu negócio com e-mail marketing

Em entrevista exclusiva ao Administradores, o consultor Silvio Tanabe tira dúvidas sobre a ferramenta e ensina como transformá-la em uma boa estratégia para obter rentabilidade

Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br
Eles estão presentes em nosso dia-a-dia. Alguns nos chamam tanta atenção que clicamos direto, já outros escorrerem para lixeira sem mesmo serem abertos. Sim, estou falando dos e-mails que, de acordo com uma enquete feita pelo Administradores, a maioria dos internautas possuem pelo menos duas contas de uso frequente.
Com baixo investimento e oportunidades de bons retornos, muitas empresas estão aproveitando os e-mails como uma ferramenta de promoção e relacionamento com o seu público – o famoso e-mail marketing. No entanto, um mau uso na utilização desses e-mails pode manchar a imagem de uma organização.
Para falar sobre a utilização dessa ferramenta pelas empresas, o Administradores conversou com Sílvio Tanabe, empresário e consultor da Magoweb Marketing Digital. Tanabe ensinou alguns macetes e técnicas de como aproveitar melhor o e-mail marketing. Confira abaixo:
1 - Existe um volume exorbitante de e-mail que aparem em nossa caixa de entrada todos os dias. Como destacar um e-mail marketing, entre tantos spams, e-mails corporativos e envio de recados dos colegas?
Pela sua própria pergunta é possível perceber como é essencial que a mensagem na linha de assunto atraia a atenção do leitor e o incentive a abrir o e-mail entre tantas outras mensagens. É também o primeiro ponto que uma estratégia de campanha de e-mail marketing deve visar. A linha de assunto capaz de provocar a reação do leitor em abri-lo deve, essencialmente: 1. Resolver um problema. 2. Resolver um problema rapidamente. 3. Resolver um problema tendo em vista uma soma bastante razoável. 4. Ser intrigante.
Quanto mais conhecimento você tiver do seu público-alvo e quanto mais qualificada a sua base de dados, mais chances você terá de conhecer esse "problema" ou o motivo "intrigante" que fará o leitor abri-lo. É mais um tovido para as empresas investirem em bases de dados qualificadas.
A técnica que mais gosto, inclusive como leitor e "abridor de e-mails" é a que nos intriga. Muitas lojas de e-commerce tem utilizado esse recurso em suas mensagens: "20% de desconto para as ofertas deste e-mail", "ofertas secretas", "só hoje" são chamadas muito eficazes.
2 - Texto, imagem ou a mescla dos dois. Qual a forma de exibição que dá mais retorno por e-mail?
Sem dúvida, não só texto e imagem, mas hoje em dia até vídeos se complementam como mensagem. Entretanto, seu uso deve ser usado com base no perfil do público-alvo, objetivos e teor da mensagem a ser transmitida. No caso de produtos, imagens são fundamentais. No caso de uma empresa de serviços, o conteúdo em texto pode ser mais relevante.
As modernas técnicas de e-mail marketing utilizam a newsletter ou a mensagem em si como um chamariz, contendo links para o leitor entrar no site da empresa e obter mais detalhes. Cada vez mais, portanto, o e-mail marketing é uma isca para fisgar o potencial cliente a visitar o site, então o uso de textos e imagens deve ser direcionado nesse sentido.
3 - Os relatórios de mensuração são as melhores formas de verificar se o trabalho está sendo feito corretamente? O que deve ser mais observado nesses relatórios?
Sem dúvida. A melhor forma de mensurar as campanhas de e-mail marketing é integrar análises relativas aos disparos com o Google Analytics, que analisa as visitas ao site.
Como foi mencionado na questão anterior, o e-mail marketing funciona como um chamariz para o leitor e potencial cliente visitar o site da empresa e ser direcionado para uma ação (comprar, solicitar um orçamento, entrar em contato via e-mail, etc.). Os relatórios de disparo de e-mail marketing servem para avaliar se os e-mails estão sendo recebidos e abertos, o que indica se a estratégia de criar uma chamada atraente na linha de assunto está funcionando.
Uma segunda forma de mensuração é avaliar se as pessoas que abriram os e-mails também clicaram nos links para o site, indicando que também "morderam esta isca" e entraram no site da empresa para buscas mais detalhes.
A terceira etapa consiste em analisar o Google Analytics para monitorar as páginas que foram visitadas. É possível estabelecer metas de conversão (por exemplo, mensurando a quantidade de vezes que as pessoas clicam em um formulário de orçamento) para avaliar se as pessoas que receberam o e-mail, abriram-no, leram a mensagem inicial e pularam para o site se interessaram ao ponto de fechar o negócio.
4 - Quais são os maiores erros cometidos no e-mail marketing?
Existem alguns erros fundamentais e estão relacionados ao spam, que é uma mensagem que não interessa e enviada sem consentimento a um grande número de pessoas aleatoriamente.
O motivo é a ilusão do baixo custo (há listas com milhões de nomes vendidas por menos de R$ 100) e o raciocínio que, se cada disparo uma pequena percentagem desses milhões comprar o produto ou entrar em contato, o investimento valeu a pena. Só que o preço dessa "pequena percentagem" é uma grande percentagem de pessoas insatisfeitas com o lixo em suas caixas postais.
5 - Existe um limite de frequência de uso dessa ferramenta para não desinteressar o internauta? Qual é o número ideal de envio por mês?
A frequência depende do perfil do público, do segmento e da própria empresa. O ideal é começar com disparos mensais e avaliar a receptividade. A partir daí é possível definir se é possível reduzir ou aumentar a frequência.
6 - Que dicas você deixaria como as fundamentais para transformar o e-mail marketing em uma excelente ferramenta de divulgação?
1. Fuja da tentação fácil de comprar listas genéricas ou usar listas de terceiros. Enviar propaganda sem consentimento tem alto potencial de ser encarado como spam não só pelo destinatário como também pelos próprios gerenciadores como Gmail, Yahoo! e Hotmail, que irão direcioná-la direto para a lixeira da caixa postal.
2. Siga as determinações do código de autorregulamentação para prática de e-mail marketing (http://www.capem.org.br/), criado pelas associações e entidades relacionadas à gestão de internet, publicidade e marketing digital para definir as boas práticas no segmento.
3. Quanto mais informações e detalhes você pedir no cadastro para recebimento de e-mails, menor o interesse da pessoa em preenchê-lo. Portanto, de início limite-se aos dados essenciais (nome completo, e-mail, idade) e, à medida que o relacionamento com o cliente evoluir, solicite um complemento das informações oferecendo sempre algo em troca (desconto, brinde, etc.).
4. Além de segmentar de acordo com os interesses e características pessoais, crie campanhas diferenciadas e exclusivas para quem recebe os e-mails. Ao mesmo tempo em que você valoriza suas ofertas, faz a pessoa que as recebe se sentir especial.
5. Não perca a oportunidade de retomar contato com quem deixou de abrir seus e-mails. Ofereça um desconto ou um brinde para reativar o interesse.
6. Vale a pena investir tempo e esforços para identificar os motivos de descadastramento. Pode-se descobrir o que está gerando insatisfação e corrigir o problema e até mesmo reverter a situação. 

Internet e redes sociais: o mercado mundial para PME’s do futuro

Publicado por

Essa é a mensagem do novo comercial do HSBC  (abaixo), que reforça que pequenos e médios empresários serão empresas multinacionais no futuro. Como isso será possível? E como estar preparado para esse cenário de muitas possibilidades a todos?
A internet será uma das grandes alavancas para que tudo isso aconteça. Já percebemos de uma forma mais expressiva a presença de pequenas e médias empresas expondo seus produtos e serviços através da internet. Quando falamos de redes sociais, ainda há muito para desbravar por parte desses empresários, pois com elas, é possível levar uma empresa às alturas em minutos.
Outro ponto importante a se discutir é que as redes sociais possibilitarão cada vez mais a criação de grandes alianças empresariais no futuro, onde duas ou mais empresas independentes poderão cooperar entre si nas atividades empresariais. Essa cooperação pode ocorrer através da troca de bens ou informação, produtos ou recursos. As vantagens das alianças empresariais podem ser resumidas na divisão dos custos, tecnologia, transferências e na troca de informação. Para esses pequenos e médios empresários, a vantagem está no fortalecimento da empresa no mercado competidor uma vez que ela faz parte de uma aliança com outras empresas.
Segundo Kleber Pinto, especialista de internet e mídias sociais da midiaria.com, toda ação que é realizada nas redes sociais precisa sempre ser elaborada de forma estratégica e muito bem pensada, para que não se transforme em “obesidade de informação”, ou até mesmo em uma imagem negativa para a marca. Porém, esse é o grande caminho para pequenos e médios empresários investirem para o ganho de escala de imagem a nível mundial.
De uma forma geral, a internet poderá possibilitar ao empresário:
  • Direcionamento estratégico das empresas: a constituição de redes pode ajudar as empresas na definição de um foco estratégico mais adequado ao contexto competitivo. Esse fato tem impacto direto com a questão da falta de clientes. Pois muitos pequenos empreendedores por necessidade não entendem do negócio que atua, levando a empresa atuar em segmentos diferentes da necessidade dos clientes;
  • Competitividade: as redes de empresas podem ser alternativas na busca de vantagens competitivas. Estudos apontam que acordos coletivos podem levar a redução de custos, melhorias de qualidade, flexibilidade (mixe volume), entregas e inovações. Essas questões têm relação direta com a questão da concorrência e os custos elevados;
  • Redução de custos: dependendo da forma de estruturação da rede, é possível reduzir custos coletivos, como: aluguel, água, transporte, luz, logística, manutenção, insumos industriais, entre outros aspectos;
  • Poder de barganha: um dos grandes benefícios com as redes é o ganho de poder de barganha com os diversos atores participantes. A ação coletiva dos atores pode sustentar um poder de barganha com governos, instituições, fornecedores e até clientes, pelo seu grau de representatividade. Esse aspecto tem relação direta com a falta de crédito, concorrência, impostos, entre outros aspectos.
Um mundo inteiro está à disposição para você explorar sua pequena e média empresa. Já parou para pensar nessa possibilidade?

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Carnaval de Rua do Rio atrai o interesse das marcas

Antarctica e Itaú patrocinam os festejos na capital carioca, que contam com ações promocionais de empresas como Casas Bahia, Tim e Ipanema durante os blocos

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 17/02/2012

sylvia@mundodomarketing.com.br

carnaval,rio de janeiro,rua,blocos,antarctica,itaú,dream factoryResgatar o passado. Essa foi a receita de sucesso que o Rio de Janeiro encontrou para ganhar ainda mais destaque entre os destinos turísticos brasileiros durante o Carnaval. Há pelo menos três anos, os moradores e visitantes da cidade percebem que o famoso Carnaval de Rua voltou a ser sucesso na capital e veio somar-se a outras duas opções que também são a cara da cidade: os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí e os bailes fechados.

Apesar de ter sido um movimento espontâneo, iniciado pela própria população – como toda boa manifestação cultural, o Carnaval de Rua do Rio logo recebeu o apoio de gigantes como Antarctica e Itaú e tem atraído cada vez mais os investimentos de marcas que querem se associar ao festejo. Caso de empresas como Tim, Casas Bahia e Ipanema.

“A partir de 2007, o Carnaval de Rua do Rio vinha ganhando força com os blocos e a cidade não acompanhava com a infraestrutura devida para o público. A partir de 2010, a prefeitura entendeu que o ideal era passar a organização para uma produtora que tivesse o direito de explorar patrocínios, então fomos atrás da Ambev, com a marca Antarctica, que se tornou a patrocinadora no primeiro ano, enquanto o Itaú entrou como apoiador (hoje, o banco divide a segunda cota de patrocínio com a Antarctica)”, conta Duda Magalhães, Diretor da Dream Factory, empresa organizadora do Carnaval do Rio desde a edição de 2010, em entrevista ao Mundo do Marketing.

carnaval,rio de janeiro,rua,blocos,antarctica,itaú,dream factoryReforço na estrutura
Como patrocinadora oficial do evento nas últimas três edições, a Antarctica conta com uma plataforma de comunicação completa, que começa no digital e desemboca nas ruas onde os foliões fazem a festa. A marca de cerveja está estampada em boa parte dos materiais promocionais vistos durante os blocos e coloca seus produtos à venda por meio dos sete mil ambulantes devidamente credenciados, com colete de identificação e autorizados para transitar por áreas específicas durante os festejos este ano.

Os números desta edição são um dos destaques. Em 2012, a Dream Factory reforçou ainda mais a estrutura para receber cerca de quatro milhões de foliões durante os 425 blocos carnavalescos. Para se ter uma ideia, a multidão carioca supera a de festas tradicionais como o Carnaval de Salvador, que recebe aproximadamente três milhões a cada edição. Além das regras para ambulantes, a empresa coloca nas ruas 15 mil banheiros, um número infinitamente maior se comparado aos 900 disponibilizados em 2009, por exemplo, ou aos 6.400 de 2010.

A preocupação em melhorar a estrutura não é à toa. Estima-se que somente a organização do Carnaval de Rua do Rio movimente R$ 20 milhões, sem considerar o faturamento de setores como hoteleiro e varejista. De olho no público que passará pelas ruas da capital carioca – a expectativa da Riotur é que, apenas turistas, sejam 850 mil –, as marcas também se associam aos blocos.

A Casas Bahia marcará presença por meio Sá Ferreira. A varejista é a responsável pelo trio elétrico que conduzirá os participantes do bloco entre os postos 5 e 6 de Copacabana, a partir de amanhã, dia 18. Com a iniciativa, a rede espera aproximar a marca das mais de 10 mil pessoas que devem comparecer durante quatro dias de festa.

carnaval,rio de janeiro,rua,blocos,antarctica,itaú,dream factoryTim venderá chips durante bloco
A Tim se associou a outro bloco para estar junto dos consumidores no Carnaval. A operadora fechou uma parceria inusitada com o Monobloco e pretende vender TimChips do plano Infinity, além de recarga para celulares, durante o desfile que espera reunir 500 mil pessoas no próximo dia 26 em plena Avenida Rio Branco, no centro da cidade.

A empresa também é patrocinadora dos ensaios do Monobloco realizados em todas as sextas-feiras de fevereiro. Com foco no segmento pós-pago, quem habilitou um plano Tim Liberty nas lojas participantes durante o período ganhou um par de ingressos para o evento, promovido até hoje, dia 17.

Já a Ipanema resolveu cair na folia com modelos de sandálias exclusivos para os blocos Empolga as 9 e Mulheres de Chico. A marca distribuirá kits nos locais com um par da Ipanema Folia, máscara, sombrinha de frevo, apito, pandeiro e outros adereços. Os produtos também podem ser adquiridos na loja virtual da Ipanema.

No Facebook, os internautas têm ainda a chance de ganhar as sandálias exclusivas. Quem curtir a fan page e participar do concurso cultural concorre a um dos mil pares que serão entregues pela marca da Grendene. O Facebook também é a principal plataforma digital para a Antarctica este ano. Na página da cervejaria, os fãs encontram um aplicativo que traz a agenda de blocos, informações sobre cada um deles e permite ainda que o usuário monte sua própria programação e compartilhe com os amigos.

Outra ferramenta oferecida é o SMS da Boa. Acessando o canal, os internautas podem cadastrar o celular e escolher cinco blocos para receber novidades e notícias. A Antarctica criou ainda uma webserie sobre o Carnaval de Rua do Rio, que também pode ser acessada pelo Facebook.

Por que a Coca-Cola é a Coca-Cola?

Postado por Bruno Mello - 16/02/2012

Foco em pessoas e nas melhores estratégias de Marketing determinam o êxito da marca mais valiosa do mundo. Conheça os dois fatores preponderantes para o sucesso da marca ao longo de seus 125 anos
 
Esta semana, durante o Fórum de Comunicação Digital da ABA, a Coca-Cola “Mostrou porque é a Coca-Cola”, escreveu um dos participantes no Twitter. Jonathan Mildenhall, Vice-Presidente Global de Marketing Estratégico e Comunicação Criativa da marca, e Gian Martinez, Gerente de Excelência Criativa da Coca-Cola Brasil, detalharam o pensamento, estratégia e cases da companhia com foco em novas formas de comunicação.

Muitas agências e anunciantes ficaram admirados. A admiração, no entanto, deveria servir como inspiração. Como exemplo para a ação. Claro que não é fácil “Ser uma Coca-Cola”, mas também não é impossível - vide o exemplo Apple. Os profissionais que lá trabalham simplesmente pensam, e executam, o melhor do Marketing disponível.  É clássico no mercado o mito de que a companhia é uma escola de Marketing. Com méritos. Mas vamos aos fatos do porquê a Coca-Cola é a Coca-Cola.

Simplificando algo complexo, há dois fatores preponderantes para o sucesso da Coca-Cola ao longo de seus 125 anos: o foco em pessoas e em Marketing. Em pessoas porque há uma busca constante por propiciar engajamento interno. Somente tendo colaboradores felizes pode-se fazer consumidores felizes. Em Marketing porque se sabe que ele é o principal driver de diferenciação de produtos. E aqui está o nosso maior aprendizado.

A companhia estuda, e aplica, as melhores práticas de Marketing. Exemplo: enquanto muitas empresas sequer ouviram falar sobre Storytelling, a Coca-Cola já trabalha sob o conceito de Storytelling 2.0, a evolução do modelo de contar histórias. Mas, para saber e executar bem uma Storytelling, é preciso ter Propósito de Marca, outra prática raríssima no mercado que está no DNA da companhia.

A Coca-Cola não apenas tem o seu propósito desenvolvido - talvez muito antes do conceito ser formatado -, como o coloca em prática diariamente. “O papel de uma marca vai além de vender uma bebida”, afirma Gian Martinez. “A marca tem que ser importante para as pessoas. Mais do que construir uma marca poderosa, precisamos criar marcas que possam transformar o mundo”. Isso se traduz em todas as ações da empresa.

Acredite você ou não, é isso que a Coca-Cola busca e faz. Ela sabe que somente com estas estratégias será possível dobrar de tamanho, como é a sua aspiração. Sim, a gigante presente em mais de 200 países quer ser duas vezes maior do que já é. Fico com um vídeo que tangibiliza seu propósito e com a pergunta de Jonathan Mildenhall: “Você e sua marca querem mudar o mundo?”.

Pioneirismo do Orkut ajudou a alavancar o Facebook no Brasil

Rede social do Google teria estimulado a compra de computadores e a contratação de serviços melhores de internet, preparando o terreno para o Facebook.

AdNews

Parafraseando uma expressão popular aqui no Brasil, Mark Zuckerberg poderia exclamar "Graças ao Orkut!" ao ver os dados da comScore que, em janeiro, mostraram sua criação deixando a do Google para trás.

Acontece que, segundo especialistas, o Facebook só chegou ao ponto atual - com 36 milhões de usuários - porque o Orkut (que tem 34,4 milhões) preparou o terreno. Mais que isso, a rede social do Google teria estimulado a compra de computadores e a contratação de serviços melhores de internet.
"Até a chegada do Orkut, em 2004, o uso da internet no Brasil estava estagnado", disse à Reuters o analista José Calazans, da Ibope Nielsen. "Quando as pessoas aqui começaram a comprar computadores e ir a cibercafés, era especificamente para acessar o Orkut. Agora muitas delas estão se mudando para o Facebook."

A diferença entre as duas redes sociais é relativamente pequena e ainda há mais de 34 milhões de pessoas usando o Orkut. Mas exemplos mostram que o site do Google pode não durar muito.
"Se você pensar nos EUA, o Facebook e o Myspace eram muito competitivos por volta de 2009", disse à agência Andrew Lipsman, vice-presidente de análise da indústria da comScore. "Você pode coexistir por um tempo, mas o que tende a acontecer é as pessoas se consolidarem em torno de um ou outro".

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O IPO do Facebook em números

Entenda por que a operação - uma das mais aguardadas por investidores de todo o mundo - promete ser a maior já vista entre as empresas de tecnologia e internet


Recentemente, a rede social Facebook decidiu dar um passo estratégico em seus negócios e apresentou os documentos para sua oferta inicial de ações na bolsa (IPO, na sigla em inglês) junto à Comissão de Valores e Câmbio dos Estados Unidos - órgão regulador, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil.
A operação, uma das mais aguardadas por investidores e acionistas de todo o mundo, promete ser a maior já vista entre as empresas de tecnologia e internet, com uma expectativa de arrecadação inicial da ordem de US$ 5 bilhões. O IPO do Google, por exemplo, realizado em agosto de 2004, rendeu 1,6 bilhões à companhia.

As ações ainda não foram disponibilidades para compra e venda, mas o Facebook teve que revelar muitas informações que antes eram mantidas a sete chaves, como o número de usuários e suas atividades na rede.

Separamos no infográfico abaixo algumas das informações mais importantes sobre o IPO do Facebook.


IPO Facebook 

Como ser um executivo de marketing digital de sucesso

Consideradas um fenômeno consolidado no mundo, as mídias sociais vêm ganhando seu espaço nas empresas que estão se adaptando a essa nova realidade. E como identificar executivos que acreditem nesse grande projeto de negócio? Nesse processo, encontraremos os gestores que se dividem entre ansiosos, que acham que a empresa já devia ter criado seus perfis em todas as redes, e os conservadores, que acreditam que as mídias sociais são arriscadas, sem controle, e portanto preferem não participar.

Independentemente do tipo de executivo (ansioso ou conservador), quem irá decidir se a empresa estará nas mídias sociais ou não são seus consumidores, que optarão por utilizar delas para falar da empresa e de seus produtos/serviços.
O executivo que assumir a gestão da comunicação da empresa nas mídias sociais deverá ter em seu radar o acompanhamento:
  1. Gestão da comunicação empresarial: focada no mercado e nos stakeholders, estabelecendo a presença da empresa nas mídias sociais, com monitoramento, comunicação institucional e  gerenciamento de crises;
  2. Gestão do marketing digital: focada no consumidor, estabelecendo o relacionamento da marca com seus consumidores, criando fãs da marca, e um atendimento pessoal e diferenciado;
  3. Gestão da comunicação pessoal: focada nos colaboradores, nas questões éticas e de responsabilidade no trato com suas redes sociais pessoais, treinando as pessoas para que entendam seu papel nas mídias sociais, e sua capacidade de ajudar ou prejudicar a marca;
  4. Gestão do conhecimento: focada na circulação das informações e do conhecimento, mudando o paradigma da comunicação interna, saindo do foco na gestão de TI e no e-mail, e abrindo caminho para novas estratégias colaborativas, mais eficientes e inovadoras, baseadas em mídias sociais corporativas internas.
Em relação ao perfil de atuação, o executivo deverá:
  • ser imerso e ter uma mentalidade digital para traçar estratégias;
  • maximizar o valor das ferramentas de mídia social (Facebook, Twitter, Youtube, blogs, etc);
  • desenvolver uma estratégia de marketing digital que utiliza a mídia social com a publicidade tradicional e relações públicas para aumentar receita, construir marcas e incentivar inovação;
  • utilizar ferramentas para monitorar e avaliar resultados e ROI;
  • identificar oportunidades para desenvolver produtos e serviços rentáveis.
Você está preparado para assumir esse desafio?

Agência reivindica autoria da 1ª campanha com memes

Caso se trata de "mera coincidência criativa", afirma diretor da agência responsável pela campanha

Há duas semanas, a B1 Comunicação e Marketing mantém uma ação no Facebook da concessionária Orca Chevrolet, de Belo Horizonte, com memes da internet para divulgar ofertas da marca.
Na última sexta-feira (10) o Facebook da Fiat AutomóveisBrasil divulgou uma imagem semelhante a essa campanha, o que foi considerado mero acaso pela agência.
"Acreditamos se tratar de uma coincidência criativa, uma vez que os memes têm forte apelo junto aos internautas", afirma o diretor de planejamento da B1, Bira Miranda.
"Não temos por objetivo criar polêmica, mas acredito ser fundamental deixar claro para o mercado que a B1 Comunicação e Marketing foi a primeira a veicular a campanha para o seu cliente Orca Chevrolet, como comprovam notícias veiculadas em sites especializados de Minas Gerais e alguns nacionais", conclui.


meme
(imagem: campanha/divulgação)



Fonte: site Administradores.com.br

Antigo Marketing Vs. Novo Marketing

Nas duas últimas semanas realizamos uma pesquisa sobre as características mais importantes para um empreendedor de sucesso e tivemos como principal resposta o conhecimento técnico da execução do negócio.
Esse resultado é especialmente interessante, pois ele expõe uma crença ainda presente e provavelmente ultrapassada de marketing, principalmente se tratando de novas empresas. Por isso, irei apresentar nesse post um pouco da nossa visão sobre o assunto e como enxergamos as mudanças necessárias nas estratégias para empresas nascentes.
ANTIGO MARKETING
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O antigo marketing é o marketing tradicional desenvolvido, e admirado por todos realizado, pelas grandes empresas, em especial, as internacionais. São estratégias de massa de empresas mais maduras que já possuem extenso conhecimento do seu mercado e muita verba para investir. O quadro abaixo resume o cenário:
resumo antigo marketing
Quando eu falo de grandes empresas, estou falando especificamente do momento do estouro das mídias de massas a partir da década de 50 com a popularização de eletrodomésticos e a justificativa de libertação da mulher. Falo do momento lindamente retratado no seriado “Mad Men“.
Neste período da história mundial, as indústrias proliferavam com novos produtos e ditavam o que os consumidores teriam acesso ou não. Acontece que isso era uma negócio tão bom que muitas e muitas empresas surgiram tornando o mercado hipercompetitivo que resultou em um aumento substitancial do poder de escolha dos consumidores.
Por essa razão, hoje o marketing antigo já não consegue atender as demandas cada vez mais específicas e segmentadas do mercado. Um produto desenvolvido de “dentro para fora” acaba não achando um bom mercado e não respondendo aos mínimos desejos do cliente, que vai poder facilmente buscar um concorrente, seja local ou seja à 10.000 km de distância.

NOVO MARKETING
60 segundo na internet
O novo marketing é o marketing que precisa ser feito pelas empresas nesse novo século. Esse é o marketing da empatia, da identificação, da relevância de conteúdo útil para o cliente e engajamento acima de tudo. É um marketing feito “de fora para dentro”, através de exercícios de aproximação cada vez mais com o cliente. Marketing da web 3.0, da abertura e da colaboratividade.
novo marketing
No centro disso tudo, está a geração de conteúdo, preferencialmente, digital. E para isso ser bem feito, muita técnicas são utilizadas e tendências são percebidas (muitas já discutidas aqui no blog):
2. Modelos de Negócios Inovadores
3. Buying Persona e Mapa de Empatia
5. Mídias Sociais
Neste contexto, é relevante notarmos as conclusões das pesquisas de difusão da inovação (saindo do princípio que toda nova empresa deve trazer algum tipo de inovação):
  1. Inovações são aceitas ou rejeitadas através de contato interpessoal, não por mídias de massa
  2. É importante focar no público que vai ser pioneiro no seu produto/serviço e não pensar no mercado de massa logo de cara. Até porque, essa não necessariamente é a melhor opção.

CONCLUSÃO:
Neste novo cenário mercadológico os métodos de produção e as tecnologias ficam cada vez mais acessíveis e baratas. Apesar do antigo marketing ainda ter o seu lugar, ele é uma realidade longingua e em muitos casos muito distante para pequenas empresas.
As ferramentas e estratégias do novo marketing são mais bem adaptadas à empresas nascentes e os empreendedores precisam conseguir mudar a sua maneira de pensar trocando o ideal de ser uma grande empresa pelo fato de estarem gerindo pequenos negócios inovadores.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sua empresa pratica Sobrinho Marketing?

Por Gabriel Galvão no Ponto Marketing

Volta e meia em nossos cursos comentamos sobre o Sobrinho, uma entidade nefasta que assombra o mundo da TI e agora também do marketing. Por isso, não resisti ao ler esse artigo publicado pela super competente galera do Ponto Marketing e fiz questão de compartilhar aqui no Blog.
Todo empreendedor de pequena empresa que se preze tem “um sobrinho que faz sites” ou “um sobrinho que cuida do meu marketing“.
Sobrinho Marketing é a arte de se iludir delegando a pessoas leigas ou pouco experientes tarefas estratégicas e muito importantes para a micro e pequena empresa achando que o corte de custos ao deixar de contratar um profissional habilitado vai compensar a aplicação de estratégias mal feitas e trabalhos de baixa qualidade.
Ao pensar exclusivamente nos custos da contratação, por exemplo, dos serviços de uma consultoria, o gestor não leva em conta que pode estar comprando gato por lebre e, mesmo com investimentos menores, estar metendo os pés pelas mãos. Uma ação de marketing nas mídias sociais mal planejada e executada pode trazer danos à imagem da pequena empresa de forma tal que seriam fatais. Um site de e-commerce feito com instrumentos pouco confiáveis pelo sobrinho do dono pode até trazer danos judiciais por causa de compras não entregues ou enviadas com erro. Isso só para citar os casos mais típicos de estratégias de Sobrinho Marketing.

Como evitar o Sobrinho Marketing

Muito embora o Nefasto esteja solta pelo mercado, existem sim algumas formas bem eficientes de capacitação na área do marketing
Evite o Sobrinho Marketing:
  • Faça um curso de introdução ao marketing digital para se interar sobre as técnicas e recursos disponíveis;
  • Faça pesquisas detalhadas pelos serviços que sua empresa precisa. Com certeza encontrará o melhor custo-benefício;
  • Converse bastante com os possíveis consultores para sua empresa. Os melhores consultores não cobram por esse bate-papo e até pagam o café (pelo menos eu faço isso);
  • Peça vários orçamentos e faça comparações. Não contrate o primeiro terceirizado que aparece na sua frente.
Não jogue os investimentos da sua empresa no fundo do poço na falsa impressão de que está economizando. Pouco dinheiro investido de forma errada é grande prejuízo. Um bom valor investido da maneira certa compensa muito.

Que tal investir em marketing sem botar a mão no bolso? (Parte 1)

A utilização de leis de incentivo à cultura e ao esporte - através de renúncia fiscal - são excelentes ferramentas de comunicação que podem sair de graça à empresa
Este artigo será dividido em 3 partes, publicadas semanalmente aqui no www.administradores.com.br. A primeira parte abordará o lado mais pesado do tema: conceitos legais, números, trâmite e leis (será no início para que a parte boa fique para o final!). A segunda, objeto do título deste artigo, versará sobre os benefícios para a imagem da organização em investir em comunicação, ainda que sem gastar um tostão, associando sua marca a iniciativas de marketing com alto padrão de qualidade e, melhor ainda, com profundo reconhecimento da marca. E quem não quer ser reconhecido por algo bom?
Finalmente, a última porção do texto explicará (alguns) dos porquês das leis de incentivo à cultura, ao audiovisual e ao esporte ainda serem tão negligenciadas, mesmo a despeito do investimento ser fruto da renúncia fiscal, isto é, o patrocinador não precisa desembolsar um único centavo a mais do que já pagaria em tributos.
Comecemos pedindo desculpas pelo tamanho desta primeira parte, que vai se estender mais do que eu gostaria, dada a importância de algumas ideias que se confundem bastante. É importante que se diferencie conceitos para que, com os dados certos, façamos a melhor uso das informações:
Imagem: Thinkstock

1. Anistia fiscal: refere-se exclusivamente às infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando em vários casos, contudo. Nem vamos gastar mais tempo com isso, porque está claro que não é do nosso interesse para cá;
2. Benefício fiscal: todo incentivo é benefício, mas nem todo benefício é incentivo e resumo por quê – o primeiro estimula atividades econômicas em troca de contrapartidas de ordem social e o segundo concede anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos que correspondam a um tratamento diferenciado, sem necessariamente haver alguma contrapartida social. Geralmente é concedido à vista de um fato já consumado, que visa a amenizar uma situação gravosa do contribuinte, enquanto o incentivo "visa" ao "bem comum". É o caso que vamos passar a discutir aqui;
3. Imunidade tributária: é a retirada de um fato da área de incidência do tributo, ou seja, existe a concretização do fato gerador, mas não será cobrado o tributo devido – o contribuinte está dispensado do pagamento do um tributo devido. Na isenção fiscal, a obrigação de pagar o tributo existe, mas foi dispensada, e na imunidade tributária essa obrigação inexiste (embora tenha existido o fato gerador). São agraciados pela Constituição Federal com este favor fiscal entes federativos (patrimônio, renda e serviços), templos, partidos políticos (sempre...), sindicatos de trabalhadores, instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos, livros, jornais, periódicos (e papel destinado à sua impressão), produtos para o exterior (IPI), pequenas glebas de subsistências (ITR), bens e serviços para exportação (ICMS), entre outros. Logo, não é o nosso caso!;
4. Incentivo fiscal: alcançam as obrigações tributárias (ou seja, existe a necessidade do pagamento do imposto!), visam a reduzir a prestação tributária (o pagamento em si do tributo) objetivando fomento geral, regional ou setorial, mas sempre em busca do bem comum. Portanto, o incentivo fiscal - que é nossa história aqui - exige uma promoção do bem comum, ou seja, o contribuinte está obrigado junto ao Estado (com "e" maiúsculo mesmo!) a dar uma contrapartida em favor da sociedade (gerar empregos, ampliar a produção, o comércio internacional e a prestação de serviços, incentivar atividades sociais ou culturais etc.). Atribuído por Lei Ordinária, o incentivo fiscal libera o contribuinte de pagar parte ou totalmente um tributo devido. Alguns exemplos de incentivos fiscais: desenvolvimento da indústria petrolífera das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; licença-maternidade; exportações; TI; indústria automotiva; TV Digital; computadores para todos os alunos brasileiros; pesquisas científicas e tecnológicas; programas de ensino; fundos dos direitos da criança e do adolescente; da cultura, audiovisual e esportes, que é o que nos interesse nesse artigo.
5. Renúncia fiscal: é quando um agente com competência tributária (União, estado, DF ou município) renuncia, abre mão, de parte ou da totalidade de um tributo a que tem direito. Também é evidente que esse é o objeto de nossa reflexão neste texto!
O Estado fiscaliza, incentiva e planeja o domínio econômico, sempre limitado - teoricamente - pela livre iniciativa e pela não-intervenção estatal. É nesse sentido que a gente vê, toda hora, o governo federal aumentar (e, infelizmente, com bem menos frequência diminuir!!!) alguns tributos: IPI e IOF são os campeões, toda hora o governo mexe nesses impostos. Isso é incentivo fiscal na veia e garante à administração pública fomentar ou limitar um determinado segmento, sempre com vista a um benefício social, embora nem sempre seja tão fácil pra nós vermos ou compreendermos os benefícios, mas em geral há.
O que é, afinal, lei de incentivo à cultura, ao audiovisual e ao esporte através de renúncia fiscal? Ora, nada mais é do que a empresa pagar seus tributos normalmente, reservando, contudo, uma fração deste pagamento para uma iniciativa cultural ou esportiva com que se identifique. Ou seja, sem incentivo (e, consequentemente, SEM renúncia fiscal) a empresa vai, por exemplo, desembolsar R$100 de imposto de renda. Já no modelo utilizando o incentivo fiscal (e COM renúncia fiscal, portanto) a empresa continua desembolsando os mesmos R$100 reais, mas paga de tributo (ao Governo) R$96 e remaneja R$4 para gastar com um(ns) projeto(s) cultural(is), por exemplo. Pode parecer pouco, quando a gente reflete sobre cem reais. Mas imagina empresas que pagam milhões – e às vezes bilhões – em tributos...
Então pergunto por que raios as empresas não investem em suas marcas divulgando-as através de associações positivas junto aos seus públicos de interesse. E sabe o que é melhor, algumas leis ainda permitem outro tipo de apoio, que não por renúncia fiscal, mas cuja despesa não-operacional poderá ser abatida do tributo a pagar, ou seja, diminui o lucro, diminui o que se tem a pagar. Em tempo só pode fazer uso da Lei Rouanet (a principal lei de incentivo à cultura no país) a organização tributada pelo lucro real (a luta para incluir as empresas tributadas pelo lucro presumido é grande, mas ainda infrutífera).

Outras leis têm outras limitações ou exigências dependendo da competência tributária. Mas para cada caso, há uma possibilidade de investimento, como no caso do pé cansado e seu chinelo. Outro detalhe bastante relevante para os mais abastados é que (quase) tudo que se fala sobre leis de incentivo à cultura para pessoa jurídica, via renúncia fiscal, também vale (em uma medida ou em outra) para pessoa física. Ou seja, aquela tia viúva que não sabe o que fazer com a fortuna do de cujus, já tem bom destino a dar ao imposto que deve...
Então é um favor da Lei para artistas e desportistas? Não, não é um favor. Essa seria uma visão simplista. É a compreensão do Estado de que Ele mesmo não é capaz de atuar em todas as áreas sociais com eficiência e eficácia, dando assim à iniciativa privada a possibilidade de atuar em segmentos cujo próprio Estado é paquidérmico demais ou, ainda, não tem acurácia necessária para atuar com qualidade, global ou localmente.
Cada lei tem sua peculiaridade e não vamos discuti-las aqui. Não porque o tema seja árido, mas porque não interessa tanto ao patrocinador. Vou, entretanto, dismitificar 2 questões comuns a todas as leis. Muita gente diz que não investe em leis de fomento à cultura e ao esporte porque tem medo de o fiscal bater à sua porta para fazer uma devassa nas contas: MITO, balela, ignorância e até um quê de maldade. Primeiro porque quem usa leis de incentivo não paga menos ou mais tributos; depois porque o fiscal também vê a marca da organização no comercial de TV, no anúncio da revista, no spot de rádio e nas ações que a empresa investe em comunicação. E, finalmente, empresas estarão sempre na mira de fiscais e se não tiverem o que temer, não têm motivos para não abrir suas portas. Não é a exposição de sua marca num cartaz ou numa matéria de TV que vai fazer o fiscal sair correndo atrás dos seus livros contábeis.
O outro mito é que para utilizar as leis de incentivo é necessário saber muito sobre tributos, finanças, contabilidade etc. Essa é, talvez, a pior invenção: o patrocinador não tem o MENOR trabalho e não onera em NADA o seu esforço contábil. Muito superficialmente – mas nada distante da realidade – ele vai anexar um recibo (sim, um recibo!), fornecido pelo patrocinado, aos documentos que comprovam o pagamento do tributo devido.
E como faço para investir em cultura e esporte? Cada lei tem uma estrutura e uma sempre se diferencia da outra (sim, é um emaranhado de leis federais, estaduais e municipais - nada é perfeito!). Como regra geral, a excelente notícia é que o patrocinador não precisa fazer rigorosamente nada de diferente em sua rotina fiscal. Todo o ônus de prestação de conta e habilitação de um projeto para se tornar patrocinável é do agente cultural ou do agente desportista. Isto é, a companhia paga os R$96 para o fisco e R$4 para o proponente cultural, que lhe devolverá como contrapartida fiscal um Recibo de Mecenato, para ficar como exemplo apenas a Lei Rouanet (cujo tributo renunciado é o Imposto de Renda).

A empresa demonstra que pagou os R$100 que devia de impostos mostrando o comprovante do pagamento dos R$96 aos cofres públicos e o Recibo de Mecenato no valor de R$4, somando os R$100 devidos. Simples assim e sem dor. Repetindo bônus à companhia patrocinadora, ônus ao proponente patrocinado. (P. S. Como disse, não me preocupei aqui com as alíquotas das leis, os exemplos numéricos são puramente ilustrativos - há na Lei Rouanet diversas possibilidades de se restituir todo ou parte do que é renunciável, dependendo do que é patrocinado!).
Para habilitar um projeto à captação de recursos, o preposto deverá PRIMEIRO inscrevê-lo e aprová-lo no âmbito da lei que vai usufruir no Ministério da Cultura (para a Lei Rouanet), no Ministério dos Esportes (para a Lei de Incentivo aos Esportes), Ancine (para a Lei do Audiovisual), para a Secretaria Municipal de Cultura (para os municípios que incentivam sua cultura utilizando o ISS e/ou IPTU) e para a Secretaria Estadual de Cultura (para os estados que utilizam o ICMS como forma de fomentar a arte em suas praças). Em tempo: há mais uma pilha de leis de incentivo fiscal (ao Idoso, à Criança, ao Trabalhador etc. que também podem ser usadas como ferramentas de comunicação...).
A Lei do Audiovisual é um pouco diferente porque (além do incentivo fiscal) utiliza os Certificados de Investimento Audiovisual (cotas representativas de direitos de comercialização, de exibição, de distribuição e de infraestrutura técnica de obras audiovisuais emitidas, distribuídas e registradas na Comissão de Valores Mobiliários). O patrocinador vira sócio-investidor da iniciativa e ainda pode, até, lucrar com a ação (imagina quanto alguns filmes nacionais recordistas de bilheteria deram de lucro aos seus investidores, hem, Capitão Nascimento?); neste caso, a habilitação de um projeto se dá através da inscrição da proposta na Ancine (e CVM) pelo proponente. Agora você, leitor, imagine além de ter divulgação em massa de seus valores e da sua marca (através de renúncia fiscal, parcial ou integralmente), ainda recebe por isso caso o filme seja sucesso de público. Não custa reiterar todo o trâmite é feito pelo produtor. O ÔNUS É DELE, O BÔNUS, SEU, ADMINISTRADOR.
Voltando ao caso da Lei Rouanet (que pode ser utilizada para todo e qualquer tipo de ação cultural teatro, livro, restauração, curta-metragem, exposição etc.), o ordenamento jurídico ainda reza que 10% do produto cultural são do patrocinador. Quer dizer, ALÉM da empresa se beneficiar com a divulgação – voluntária e involuntária – de sua marca junto à ação, AINDA recebe 10% das apresentações da peça teatral (que poderá ser oferecida a clientes, fornecedores, colaboradores etc.), dos livros (brinde de luxo de fim de ano), DVDs (de um curta ou um documentário para oferecer como lembrança) e tudo mais que a criatividade permitir, sempre dentro dos limites legais, evidentemente (sim, porque tem uns espertinhos que oferecem projetos às empresas pensando exatamente nestes 10%, só que transformam 10% em 90%, ou seja, a empresa, também espertinha, beneficia-se da renúncia fiscal para uso próprio e não para o fomento da cultura para o cidadão – isso é ILEGAL, não caia nessa!). As outras leis também têm contrapartidas em favor do patrocinador. Para facilitar a vida do empresário, a Lei ainda exige um plano de mídia ao produtor – claro além da marca do patrocinador, o projeto também carrega a do governo! Ou seja, todo mundo ganha.
Caro administrador, o uso de leis de incentivo é bom para você administrador de marketing, que vê a marca da sua companhia divulgada através de associações de alta performance; para você administrador financeiro, que poderá dar uma finalidade particular à parte dos tributos pagos; para você administrador de recursos humanos, que verá seu público interno usufruir descontos e apresentações exclusivas e para você administrador-presidente, que engordará o valor de sua organização, beneficiando acionistas e demais públicos interessados. É bom para a sociedade, que recebe de volta benfeitorias em forma de iniciativas artísticas e de lazer (além da contrapartida social, assunto explorado na terceira parte deste artigo). É bom para o governo, que despende menos energia – e dinheiro – tendo de fomentar cultura e esporte. É bom para o DESENVOLVIMENTO do Brasil.
Qual organização não quer ver no cartaz de um espetáculo de sucesso na fachada de um shopping importante sua marca bem aplicada/exposta/divulgada? Qual empresa não vai sorrir com o jogador fazendo aquele golaço e ostentando o peito com seu logotipo? Ou qual companhia não vai registrar em seu balanço social que patrocinou uma equipe paraolímpica, catalisando o valor de suas ações, através da promoção social (vamos falar mais de balanço social na segunda parte deste artigo)?
Para finalizar com chave de ouro, vamos brincar com 2 números...
§  primeiro o que foi arrecadado de IR pelo lucro real em 2010 R$57,576 bilhões. Imaginemos que TODAS as empresas tributadas pelo lucro real patrocinassem uma ação cultural através da Lei Rouanet (estou excluindo esporte e demais leis para cultura só para fazer contas, ok?) teríamos a impressionante cifra de R$2.303.040.000 [4% do imposto devido, segundo o art. 18, da referida lei nº 8.313 (23/12/91), para projetos especiais (que englobam artes cênicas; livros; música erudita/instrumental; exposições; doações de acervos para bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos e cinematecas e treinamento de pessoal e aquisição de equipamentos para a manutenção desses acervos; produção de obras cinematográficas e videofonográficas de curta e média metragem e preservação e difusão do acervo audiovisual; preservação do patrimônio cultural e construção/manutenção de salas de cinema e teatro). É dinheiro pra badalar a sua marca durante as próximas 5 gerações de presidentes da sua empresa!]. Vamos lá, agora só mais um exercício de criatividade: que orçamento publicitário pode alcançar a quantia de mais de 2bi e 300mi?
§  o 2º número é tão cruel quanto esse: também em 2010, nosso país deixou de arrecadar 144 bilhões em benefícios fiscais (de toda sorte) e, na esfera federal, a renúncia fiscal em cultura foi de $1.438.165.327,05, traduzindo o economês, 0,99% do que foi incentivado no país foi para cultura (nível federal, repito). Se, apenas com o imposto de renda, pudéssemos estimular o empresariado a investir em cultura, essa renúncia poderia praticamente dobrar em favor da cultura!
Se você terminar esta parte do artigo achando que não tinha a menor ideia dessas possibilidades, não se envergonhe: faculdades de administração, direito, contabilidade, comunicação e marketing deveriam se preocupar, de fato, em formar profissionais que conhecessem o que a Lei pode fornecer como vantagens competitivas! Há muita coisa que podemos fazer pelas nossas organizações através do conhecimento das leis do nosso país.
Semana que vem responderemos à pergunta como esse negócio de incentivar a cultura e o esporte vai beneficiar a imagem da minha empresa. Até lá e obrigado por ter chegado até aqui.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

eBook gratuito ensina a vender seu negócio no LinkedIn

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Que redes sociais como o Facebook e o Twitter são grandes ferramentas do marketing digital todo mundo sabe. O que poucos descobriram é o potencial do LinkedIn para os negócios.

Um eBook disponível gratuitamente na web mostra que essa rede social, atualmente com 6,8 milhões de usuários no Brasil (dados de janeiro de 2012 do Socialbakers), pode ser uma arma e tanto para empresas e profissionais liberais atraírem parceiros e clientes, além de criar relacionamentos duradouros.
Learning LinkedIn from the Experts (aprendendo sobre o LinkedIn com os experts, em tradução livre) é uma publicação de 55 páginas da empresa de tecnologia Hubspot. O eBook está organizado em 5 capítulos sobre como construir uma forte presença para seu negócio nesta rede social por meio do marketing de atração.
Não sabe como montar seu perfil? O livro mostra um passo a passo, com direito a dicas de como encontrar contatos profissionais do mundo real, usar os melhores aplicativos e ainda angariar recomendações de pessoas conhecidas.
Além dos perfis profissionais, o eBook ensina como criar e atualizar a página de seu negócio da maneira mais atrativa (confira a página da midiaria no LinkedIn).

#video: como uma página no LinkedIn pode ajudar sua empresa

Criar grupos e planejar estrategicamente o engajamento dos participantes desses fóruns também pode render parcerias de sucesso.
Para os profissionais liberais, a dica é apostar na seção “Answers”, onde se pode responder aos questionamentos de empresas e profissionais, gerando contatos e até mesmo prospects.
No último capítulo, a obra discute as maneiras mais efetivas de mensurar o retorno de seus esforços no LinkedIn, desde a qualidade das interações dos grupos até a geração de leads e vendas.

Gostou? Faça o download gratuitamente deste eBook no site do Hubspot!
Leia também: 5 motivos para você apostar na rede profissional BranchOut