sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Business Intelligence: o que é, como funciona e a importância de pôr em prática

 Escrito por Rakky Curvelo 

homem segura tablet a sua frente - ilustração em cima da foto mostra gráficos com modelo de crescimento saindo da tela - ideia é demostrar a praticidade de aplicar metodologias de Business Intelligence na empresa


á pensou em contar com uma ferramenta capaz de agilizar a análise de dados do seu negócio, levando em conta valores históricos e atuais, para projetar os melhores insights para o futuro? Esse recurso já existe e pode estar bem mais próximo da sua empresa do que você imagina. Está na hora de conhecer o Business Intelligence.

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Você vai descobrir o quanto ele pode facilitar o levantamento de informações relevantes e, o melhor, tudo isso de uma forma acessível e de fácil entendimento. Gostou da ideia? Então, é melhor adentrarmos um pouco mais no assunto. Aproveite!

 

O que é Business Intelligence?

O Business Intelligence é, basicamente, a análise de dados e de geração de informações valiosas para o processo de tomada de decisão estratégica. Ele ajuda gestores e executivos a obter uma perspectiva mais abrangente sobre os cenários, fazendo escolhas mais inteligentes.

É claro que, para dar conta disso, são empregadas várias ferramentas e metodologias, que contribuem não só para a coleta de dados em sistemas internos e externos, mas também facilitam o tratamento e o processamento desse material. Diversos aplicativos e softwares também simplificam a consulta às informações geradas, como o acompanhamento de uma taxa de conversão e suas possíveis razões.

O grande pulo do gato desse recurso está na facilidade que ele proporciona, transformando dados brutos em resumos compreensíveis da situação de mercado ou da própria empresa. Isso pode ser apresentado por meio de relatórios, gráficos, mapas e indicadores, proporcionando um maior detalhamento do status do empreendimento.

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Como funciona o Business Intelligence?

Apesar de ser muito funcional e útil,  você o BI não vai dizer aque fazer. Na verdade, ele vai apontar o que possivelmente acontecerá, caso você opte por seguir um determinado caminho. A grande diferença é que ele fará essa sugestão com base em análises bem mais aprofundadas, capazes de apontar tendências para o seu mercado.

É possível atribuir diversas aplicabilidades para esse tipo de serviço, desde identificar quais são os seus produtos mais eficientes até otimizar a sua relação com fornecedores, por exemplo. O BI pode ser aplicado na gestão de pessoas, na melhoria financeira, na análise de riscos e em investimentos. As possibilidades são bem variadas.

O trabalho é feito a partir da captação de dados brutos de um sistema, seja interno, seja externo. Na verdade, quanto mais fontes, melhor. Depois, esses insumos são remodelados e armazenados em aplicativos que vão contribuir para a sua análise e consulta.

O próximo passo é dado a partir da descoberta de informações obtidas nos dados, geralmente apontadas por meio de padrões. Esses padrões são identificados pela modelagem e análise de dados, que provam tendências e ainda promovem algumas recomendações com base nelas.

Com os relatórios em mãos, fica mais fácil de entender essas informações, apresentando cada uma delas como justificativa para as decisões tomadas. Desse modo, você pode ajustar suas decisões o tempo todo com base em novos insights, que vão se alterando em tempo real conforme os dados que entram na base de dados, sejam alterações no mercado, sejam novas exigências dos clientes.

Por que o Business Intelligence é importante para as empresas?

Se você ainda está se perguntando como essa ferramenta pode contribuir para o seu negócio, saiba que seus benefícios são mesmo muito abrangentes. No entanto, podemos mencionar alguns daqueles que mais fazem a diferença no dia a dia da empresa. Fique de olho!

1 - Competitividade

O Business Intelligence cria um diferencial competitivo para o seu negócio, porque ele muda o seu tempo de resposta às principais oscilações do mercado e impacta diretamente a forma como os seus clientes percebem a marca, justamente por isso. Se você está sempre acompanhando as principais tendências, então, os clientes querem acompanhar você.

Além disso, se torna muito mais fácil prever os movimentos do mercado, incluindo consumidores, concorrentes e fornecedores. Isso coloca você sempre um passo à frente, o que pode ser uma característica bem atrativa para captar a atenção dos investidores.

2 - Melhoria na tomada de decisões

Se o seu processo de decisão ainda é baseado em dados passados, você provavelmente está gerindo a empresa de uma maneira obsoleta. O que funcionou antes já não é mais uma prerrogativa para o sucesso futuro. É preciso comparar dados e olhar para frente, para o que está por vir, se você quiser amentar sua taxa de conversão.

Isso só é possível por meio da identificação dos padrões históricos do negócio e de mercado e da projeção de padrões futuros. Felizmente, isso pode ser perfeitamente atendido com o BI, que facilita a visualização desses cenários que estão por vir, tornando tanto os riscos quanto as oportunidades mais previsíveis.

3 - Prevenção de problemas

Se você pode olhar para um cenário futuro e prever o que vai acontecer e a probabilidade de isso se concretizar, fica mais fácil tomar decisões que contornem os principais problemas e falhas, não é mesmo? Por isso, o BI também é um ótimo recurso de prevenção.

Ele pode melhorar sua produção, otimizar sua rotina, preparar seus times de trabalho e até aprimorar os processos. Isso vai possibilitar um funcionamento mais eficiente no dia a dia e tornar a empresa mais enxuta e ágil para responder a quaisquer circunstâncias.

Como aplicar o Business Intelligence?

Você já deve ter entendido que o BI pode mesmo ser aplicado a, praticamente, qualquer setor, departamento e finalidade, não é mesmo? Sua principal função está relacionada a acessar a maior quantidade possível de conhecimento com determinado conjunto de dados. Por isso, ele pode ser direcionado a finalidades como:

  • Vendas — na segmentação de clientes, personalização de ofertas e análise do comportamento do consumidor;
  • Atendimento — na oferta de experiências personalizadas, compreensão das necessidades do clientes e relacionamento pós-vendas;
  • Marketing — nas campanhas de atração de público, sugestão de conteúdos de valor para leads, acompanhamento de métricas etc.

Para tanto, é importante seguir alguns passos, especialmente para garantir que ele esteja alinhado com as estratégias do negócio. Quer saber como atribuir mais inteligência à sua tomada de decisão com o auxílio do BI? Você vai precisar:

  1. Determinar as suas metas, tanto de curto quanto de médio prazo;
  2. Estipular quais informações deverão ser coletadas e quais os métodos que serão empregados para isso;
  3. Prever e relacionar todos os possíveis riscos e custos para a implementação do BI;
  4. Listar quem será beneficiado por essa nova estratégia (como clientes, fornecedores e investidores);
  5. Escolher as métricas que indicarão os parâmetros para uma decisão;
  6. Delegar as responsabilidades de monitoramento e testagem dos resultados.

Com isso, o BI se tornará rapidamente uma ferramenta de eficiência e precisão empresarial, bem como um diferencial competitivo relevante para as suas decisões. E você terá em mãos uma das principais tendências para criar negócios inteligentes em um futuro bem próximo.


Entenda a estratégia do Oceano Azul e como ela pode impactar sua empresa

 

O que é a estratégia do Oceano Azul? - Imagem mostra um globo terrestre posicionado em frente a uma lupa - idéia transmitida pela imagem é a de visualizar soluções focando em áreas não exploradas pela concorrência


Não é difícil convir que o mundo dos negócios é mesmo disputado. Diferenciar-se em meio a uma enorme quantidade de empresas fazendo "o mais do mesmo" exige criatividade e, em alguns casos, métodos inovadores, como a estratégia do Oceano Azul. Você já a conhece?

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A Blue Ocean Strategy, como é originalmente conhecida, é uma metodologia por meio da qual alguns empreendedores conseguiram encontrar uma maneira saudável e relativamente calma para estarem inseridos e competitivos nesse cenário. Então, que tal conhecê-la um pouco mais de perto?

Neste post completo, você vai descobrir o que é a estratégia do Oceano Azul, no que ela está baseada, quais são as suas principais vantagens e, finalmente, como você pode aplicar esse método na sua empresa. Ficou curioso? Então, vamos ao que interessa!

O que é a estratégia do Oceano Azul?

A estratégia do Oceano Azul é um método de orientação para que os gestores sejam capazes de encontrar mercados sem concorrentes diretos, alcançando um desempenho otimizado e entregando valor para todos os envolvidos. É uma alternativa para fugir de mercados saturados.

Para ter mais clareza sobre o conceito, vamos usar a explicação de W. Chan Kim e Renée Mauborgne, que publicaram um livro sobre esse assunto, ainda em 2005, chamado "A Estratégia do Oceano Azul".

Para os pesquisadores, o mercado competitivo e acirrado com o qual estamos acostumados é um sangrento mar vermelho, em que cada movimento de sobrevivência também afeta negativamente os concorrentes. Ele está saturado e é ameaçador. Por outro lado, existe um brando Oceano Azul a ser desbravado, onde estão todas as vertentes ainda inexploradas e é possível navegar com calmaria e sem competição.

Para ilustrar com maestria a metáfora, os autores utilizam o exemplo do Cirque du Soleil, que ingressou com uma estratégia até então impensada, justamente quando os circos estavam em franco declínio. Sem usar os animais e com uma proposta de espetáculo voltado também para adultos, o Cirque se lançou em um Oceano Azul sem concorrentes, simplesmente porque ninguém fazia o que eles faziam.

A parte mais interessante é que, para entrar nesse "mercado inexplorado", não é necessário reinventar a roda. Na realidade, existem vários caminhos para entregar algo com o que os consumidores não estão acostumados, como diferenciais de atendimento, o valor intrínseco à marca, a experiência de consumo e assim por diante.

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Conte-nos um pouco sobre você para acessar o conteúdoQuais são os fundamentos da estratégia do Oceano Azul?

Para chegar a esse tipo de resultado, a estratégia do Oceano Azul se apoia em alguns princípios fundamentais.

1 - Incorpore dados para embasar sua estratégia

O primeiro passo é construir uma boa base de dados para as suas decisões. Na verdade, nessa primeira fase, elas servirão como uma fonte de insights que podem ou não se tornar valiosos, de acordo com o que vem a seguir.

Trocando em miúdos, para você ter boas ideias, é importante buscar inspiração. Para que essa inspiração não seja irrealista, é preciso que ela tenha boas referências. Nos últimos anos, por exemplo, muitas empresas tiveram resultados expressivos com mercados inexplorados — streaming, clubes de assinatura, serviços financeiros etc. Mas quantas dessas empresas conseguiram se manter competitivas e consolidar seu resultado?

Para essas que mantiveram um bom resultado, mesmo após o boom de lançamento, quais foram os fatores mais relevantes para o seu sucesso? Atendimento ao cliente, tecnologia, automação de marketing digital, gestão ágil? Entender o que funcionou de melhor nesses negócios dará a você um bom ponto de partida, algo no que se concentrar, independentemente da solução que você pretenda implementar.

2 - Reúna as estratégias de diferenciação e baixo custo

Existe um equívoco muito grande na ideia de que a diferenciação vem acompanhada de custos altos, principalmente de preços altos para o cliente. Na realidade, se você realmente conseguir ser eficiente na implementação de uma estratégia, provavelmente terá condições de otimizá-la ao longo do tempo, inclusive baixando seu custo.

E mesmo para aqueles negócios que querem atender a essa fatia de mercado de "baixo custo", ainda é possível investir na diferenciação como modo de se tornar mais competitivo. Para tanto, é preciso parar de tentar acompanhar a concorrência e focar nos seus próprios valores.

Uma boa dica para isso é observar o que realmente pesa na decisão de compra do seu cliente. Faça um ranking dos fatores mais relevantes e vá entendendo quais alterações chamariam mais a atenção do seu público, convertendo mais vendas.

3- Aproveite as brechas do mercado

Se você quiser parar de competir em um mar sangrento e saturado, é preciso olhar através das fronteiras. Isso quer dizer que você precisa se abrir à possibilidade de expandir a variedade de soluções com as quais você trabalha, por exemplo, incorporando novos produtos ou serviços.

O mesmo vale para a sua abordagem. Por mais sucesso que a sua marca faça com um público, é interessante ter atenção às oportunidades de abrir possibilidades para outros grupos de consumidores. Você não precisa criar algo totalmente novo; só precisa focar em solucionar uma demanda que ainda não está sendo solucionada.

4 - Use ferramentas para identificar oportunidades

Que tal contar com ferramentas que facilitem a identificação de oportunidades e a tomada de decisão quando se trata de inovação, como os 8Ps do marketing digital? Com elas, você usa os padrões que já funcionaram no passado para tentar encontrar novas brechas.

No site do Blue Ocean, existem várias delas disponíveis. São frameworks, modelos, guias e muito mais, prontos para serem aplicados. Com eles, você vai ter a oportunidade de criar mais valor para o seu público, entender melhor as demandas de mercado, preparar o seu time de líderes e descobrir vários outros benefícios.

5 - Seja fiel às etapas de desenvolvimento da estratégia

O próximo fundamento da estratégia do Oceano Azul diz respeito a seguir as etapas propostas até a implementação integral da sua nova estrutura. É uma espécie de disciplina à qual os times devem se propor, aumentando as chances de sucesso.

Entre as ferramentas do Blue Ocean, por exemplo, há um framework que sugere 6 passos para migrar do red ocean para o blue ocean. São eles:

  1. Identificar mercados naquelas indústrias alternativas, de acordo com os nichos de mercado;
  2. Examinar setores estratégicos que podem ter suas vantagens competitivas integradas;
  3. Observar toda a cadeia de compradores e procurar demandas que não foram atendidas;
  4. Avaliar as ofertas que podem ser feitas de maneira complementar para resolver problemas pontuais;
  5. Considerar o equilíbrio entre o apelo emocional e a funcionalidade da oferta;
  6. Moldar as tendências em vez de segui-las.

6 - Maximize as oportunidades e minimize os riscos

Qualquer estratégia envolve alguns riscos. No entanto, de acordo com a do Oceano Azul, sempre é possível mitigar essas ameaças e melhorar as oportunidades. Para tanto, é importante que você passe, obrigatoriamente, por quatro perguntas fundamentais:

  1. Existe algo realmente indiscutível ou excepcional na sua ideia?
  2. O preço é acessível para o público que você pretende alcançar?
  3. É viável manter o custo necessário para que a sua lucratividade seja atrativa?
  4. Quais são os empecilhos para a implementação das mudanças e como superá-los?

7 - Transforme a execução em estratégia

O sétimo fundamento também é uma vantagem importante da estratégia do Oceano Azul: você pode incorporar as mudanças enquanto os seus processos estão fluindo na empresa. Não é necessário interromper tudo e reiniciar as operações, pois você pode simplesmente incorporar as mudanças.

Como as ferramentas são simples e, em sua grande maioria, intuitivas, elas pode ser adaptadas ao trabalho em andamento. Dessa maneira, você vai explicando as mudanças e alinhando a equipe, tomando decisões importantes e executando as mudanças, tudo de maneira simultânea.

8 - Concretize resultados sustentáveis

Para que um resultado seja mesmo sustentável, é crucial que ele seja um "ganha-ganha". As entregas feitas para o usuário devem ser inovadoras e, ao mesmo tempo, satisfazer as pessoas da equipe interna e gerar lucro para o empreendimento. Assim, o negócio, os clientes e os colaboradores saem felizes.

Com soluções criativas é possível fazer com que a equipe trabalhe livremente e sem se preocupar com a concorrência acirrada, típica do red ocean. Isso, é claro, adotando métricas claras para acompanhar o seu desempenho.

Quais são as vantagens dessa estratégia?

A estratégia do Oceano Azul é capaz de proporcionar vários benefícios. É justamente por isso que ela se torna tão atrativa no cenário atual, em que a competitividade é tão grande entre uma enorme quantidade de empreendimentos que se propõem a solucionar as demandas de mercado.

Mais oportunidades

Em mercados de alta competitividade, é difícil corresponder às expectativas do consumidor sem elevar consideravelmente os custos com a contratação de serviços ou com a compra de produtos. Quem quer oferecer soluções de qualidade nesse cenário precisa estar disposto a estreitar sua margem de lucro e padronizar sua qualidade de entrega.

No Oceano Azul, por outro lado, é possível velejar ao seu próprio ritmo. Isso não significa que não é preciso atentar para os custos ou preços exercidos no mercado, mas a margem é bem maior. Se você entrega uma solução que nenhum concorrente é capaz de proporcionar, o preço do seu produto ou serviço não é exatamente um fator limitante.

Menos riscos

Delimitar um público e uma estratégia competitiva é muito importante quando você está no red ocean. Esses fatores podem garantir a sua sobrevivência no mercado e, por isso, seu valor não deve ser ignorado. No entanto, existem outras possibilidades para além disso.

Trabalhando com base nos dados do mercado e estudando com atenção as oportunidades existentes, é possível oferecer vantagens, inovar em detalhes e aperfeiçoar a sua entrega até que ela alcance um nível de diferenciação impossível de replicar.

Isso não quer dizer que você precisa criar algo novo, apenas explorar nichos que ainda não foram atendidos. E, assim, seus riscos diminuem.

Marca mais forte

Quando você é a única fornecedora de uma solução ou consegue entregá-la com maestria, fortalecer sua marca deixa de ser um desafio e se torna algo natural. Sua empresa tende a ser reconhecida como inovadora e disruptiva, sem que você tenha que fazer qualquer esforço extra para tanto.

Quando você já atua em um mercado tradicional, por exemplo, com um público já existente, fazer a transição para o Oceano Azul e promover soluções diferenciadas é uma forma de alavancar os resultados. A partir daí, fidelizar os clientes se torna bem mais simples, e captar a atenção de outros consumidores, também.

Concorrência irrelevante

O grande objetivo da estratégia do Oceano Azul é entregar um produto ou solução únicos, algo que atenda perfeitamente à necessidade do consumidor e, principalmente, que ninguém consiga replicar. Nesse caso, a concorrência perde o sentido.

Não há motivo para se preocupar em colocar um preço competitivo, porque não há ninguém oferecendo o mesmo que você. Não há necessidade de ficar tentando convencer o consumidor das suas vantagens, porque ele percebe imediatamente os benefícios. Seu produto ou serviço se vendem praticamente sozinhos.

Referência de mercado

Quando a Netflix surgiu no serviço de streaming, ninguém fazia algo parecido. Não era preciso explicar por que o serviço era bom ou o quanto a marca era relevante. Ela era a única fornecedora da solução, com total domínio do seu mercado, exercendo os preços que queria, sem condições para concorrer com isso.

Quando outras empresas resolveram atentar para esse nicho, procuraram na Netflix a referência de que precisavam para desenvolver suas próprias soluções. A própria marca determinava as tendências do seu mercado, sem ter que se preocupar com a competição.

Mesmo hoje, quando já existem vários outros serviços de streaming, ela conta com as produções próprias, fazendo com que quem queira ter acesso à qualidade dos seus produtos tenha que consumir exclusivamente dela.

Como aplicar a estratégia do Oceano Azul?

No livro escrito por Kim e Mauborgne, foram listadas algumas dicas para a implementação da estratégia do Oceano Azul em qualquer empresa. Elas facilitam essa migração de cenário e podem servir para mudar os rumos do seu negócio também. Vamos conferir?

Passo 1: despertar visual

O primeiro passo diz respeito a despertar a sua atenção para a posição que a sua empresa está ocupando atualmente. É olhar para o empreendimento e entender melhor como ele está criando valor para o público. Para tanto, é recomendado o uso da matriz de avaliação de valor.

O resultado é a criação de um gráfico que ilustra tanto a competitividade do mercado quanto o nível de valor que você está entregando. A partir dele, é possível traçar uma nova curva, comparando o seu desempenho com outros concorrentes dentro do mesmo mercado.

Esse é o primeiro estalo para a mudança; é o ponto em que você vai descobrir onde é possível criar uma diferenciação real. Você vai olhar para os pontos-chave em que será preciso focar para migrar para o Oceano Azul.

Passo 2: exploração visual

Depois do processo de despertar para essas novas oportunidades, é chegada a hora de explorar os caminhos que vão tirar você do red ocean em busca de novos ares, ou melhor, novas águas. Você deve partir de uma análise aprofundada tanto das características quanto das vantagens desse novo mercado.

A partir disso, você já terá uma boa ideia do que precisa ser feito para tirar a empresa do ponto atual e levá-la até essa área ainda não desbravada, mas potencialmente próspera, além de entender melhor os resultados que podem ser esperados quando você chegar lá.

Passo 3: apresentação da estratégia visual

Com os dados em mãos e esse caminho mentalmente traçado até onde você quer chegar, é hora de começar a elaborar as estratégias que tornarão os passos mais reais. Para tanto, você vai pegar todos os insights obtidos dos dados levantados e transformá-los em um plano executável.

É preciso listar o que vai, de fato, diferenciar o seu produto, quais são os meios para reduzir os custos e quais serão as abordagens para alcançar os novos públicos. É uma boa ideia inserir algumas pesquisas de mercado nessa etapa para entender a perspectiva do cliente sobre o que você pretende fazer.

Passo 4: comunicação visual

Por fim, mas não menos importante, você vai fazer uma breve apresentação do plano elaborado e o que deve ser executado pela equipe. É crucial tornar esse novo planejamento de conhecimento de todos, comunicando as vantagens dele em relação ao anterior.

Assim, comparando sua empresa com ela mesma, é possível visualizar os pontos mais frágeis e as oportunidades de melhoria. Isso vai apontar os eventuais gargalos criados no seu mercado para que você os preencha antes que outros empreendimentos os percebam.

Quais são as marcas que usaram a estratégia do Oceano Azul?

Essa comparação toda entre um oceano vermelho e o Oceano Azul pode parecer um pouco utópica e, talvez, até difícil para entender a transição na prática de um negócio "convencional" para outro totalmente disruptivo. Mas, para ilustrar melhor essa mudança, que tal conferir alguns exemplos de empresas que migraram com êxito entre os cenários?

Cirque du Soleil

Como você viu, o Cirque du Soleil foi um dos principais exemplos dessa estratégia do Oceano Azul. A companhia criou uma maneira totalmente nova de proporcionar entretenimento ao público, mesmo em um segmento tradicional e saturado como o dos circos.

Para tanto, a companhia criou espetáculos repletos de magia, combinando atrações de circo, dança e teatro. Foi além do público visado pelos circos tradicionais — as crianças — e mirou em jovens e adultos, revolucionando o seu nicho de atuação.

Hering

Entre as marcas brasileiras com destaque no Oceano Azul está a Hering. Diferentemente das outras marcas da indústria têxtil, a varejista resolveu inovar criando uma rede de franquias e fortalecendo seu branding. O objetivo é, sobretudo, poder diferenciar seu produto sem abrir mão de itens acessíveis.

E para tornar tudo ainda mais universalizado, a Hering ainda aposta nas estratégias omnichannel e no marketing digital para gerar mais interação com o público e aproximar realmente os clientes. Nesse caso, a modernização é um bônus dentro da tática geral de atuação.

Apple

A Apple também é uma das marcas já há bastante tempo no Oceano Azul. Desde o seu surgimento, a empresa já atuava em uma indústria pouco movimentada e com um posicionamento diferenciado. No entanto, ela apostou na própria criatividade para desenvolver soluções como o iPod, o iTunes, o iPhone e o iPad.

A companhia deixou de lado o que a concorrência estava fazendo para criar novas tendências e dar início a uma sequência de produtos difíceis de bater. Até hoje a marca não conta com concorrentes diretos, graças à sua combinação de intensa inovação e resolução de gargalos.

Havaianas

A Havaianas também está entre os melhores exemplos do mercado do Oceano Azul. A marca é forte e consolidada no mercado, um dos maiores sucessos e referências do seu nicho. O volume de vendas das sandálias é altíssimo, chegando a bater muitos produtos populares de grandes fabricantes, como os da China.

Com o seu reconhecimento mundial, ela ofereceu uma nova perspectiva para outras empresas brasileiras. Aproveitando essa oportunidade, marcas como a Alpargata também conseguiram se consolidar fora do red ocean e navegar por mares bem mais calmos.

Netflix

A Netflix também está entre os desbravadores de mercados desconhecidos, tendo dado o pontapé inicial para o universo de streaming, que fez sucesso no compartilhamento de conteúdos multimídia. O sucesso foi tão grande, que ela não só puxou novos concorrentes para seguirem pelo mesmo caminho, como continuou inovando e criando soluções únicas.

O que muitos não imaginam é que a Netflix iniciou como uma empresa que prestava serviço de locação de filmes online e que, na época, seu grande diferencial era não cobrar taxas, caso o cliente atrasasse para devolver o material. Depois, ela lançou um sistema de assinatura para a locação, em que o cliente pagava por mês e podia locar quantos filmes quisesse.

Por fim, esse sistema se transformou no maior serviço de streaming do mundo, colocando a empresa entre as mais bem-sucedidas do mundo. Hoje, a Netflix conta até mesmo com as suas próprias produções, com exclusividade na reprodução.

Nubank

É impossível falar em Oceano Azul sem mencionar o unicórnio que revolucionou o modo como os brasileiros se relacionam com o dinheiro. Entre as opções do mercado, a Nubank foi a única startup que se dispôs a oferecer serviços financeiros com baixíssimo custo, quando ainda era comum cobrar taxas exorbitantes por serviços bancários.

Depois disso, surgiram o autoatendimento diretamente pelo aplicativo, a anuidade grátis no cartão e várias outras funcionalidades online. Sem uma agência sequer, a Nubank conquistou a confiança do cliente e deixou toda a burocracia para trás.

Como você viu, é preciso ótimas ideias, mas não é impossível estar entre as empresas mais criativas e gerar soluções realmente valiosas para o seu cliente. Na verdade, é necessário de um pouco de dedicação e atenção para entender quais são as dores do seu público que não estão sendo atendidas.

blue ocean é exatamente sobre isto: entregar para o cliente o que ninguém mais está entregando. E, eventualmente, conseguir conquistar um mercado, bem como uma posição que nenhum concorrente vai conseguir copiar.

Com as dicas que você conferiu, você também pode dar as próprias braçadas em direção ao Oceano Azul. Agora, que tal conhecer uma plataforma integrada, com várias ferramentas para comercializar, vender e se comunicar com seus clientes?

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Heineken cria o “Heinekicks”, um tênis com sola cheia de cerveja

 


Produto criado por "mago dos calçados" é voltado à Geração Z e terá apenas 32 unidades disponibilizadas em todo mundo

Por Redação - 02/08/2022

A coleção é voltada e inspirada na Geração Z, com o desejo de escapar de situações estressantes e restritivas para navegar por sua própria diversão. O objetivo é fazer com que esse consumidor, uma vez na vida, experimentem a sensação de "surfar na cerveja" que é "leve, mas ousada".  

Dolf van den Brink, CEO e Presidente do Conselho Executivo da Heineken , comentou que a inovação nem sempre acontece dentro das garrafas e o Heinekicks traz essa exclusividade de ser um sapato único e personalizado, feito por um artista renomado da indústria de calçados mundial.

Dominic Ciambrone também é conhecido como “o mago da criação de calçados” e seus trabalhos estão sempre "presentes" em eventos ou passarelas de moda internacionais. Esta é a primeira vez que a Heineken Silver colabora com uma marca de moda internacional para criar um produto super limitado e exclusivamente para os jovens. 

eKoin Arena – um lugar onde convergem superprodutos únicos, agitando a diversão do sistema Z .

Para adquirir um dos pares é preciso estar no Top 100 da eKoin Arena Leaderboard. Uma ferramenta criada pela companhia que envolve gamificação. O eKoin são pontos de recompensa exclusivos para resgatar presentes de qualidade e experiências exclusivas. Os jovens "caçam" eKoin para possuir consoles de jogos PlayStation 5, alto-falantes Marshall e, agora, o novo Heinekicks. Em todo o mundo, foram disponibilizados 32 unidades do calçado, ou seja, é ultraexclusivo.