terça-feira, 10 de abril de 2018

Consumidor brasileiro está otimista e mais propenso a compras via mobile, revela PwC

Pesquisa anual sobre varejo mostra que sete em cada 10 entrevistados esperam comprar mais em 2018; lojas físicas também ganham fôlego

Os consumidores brasileiros estão otimistas em relação aos seus gastos pessoais para 2018. No país, 71% dos entrevistados pela PwC Brasil esperam aumentar ou manter as despesas com compras nos próximos 12 meses. Boa parte desse consumo deve ser realizado via dispositivos móveis: 41% dos consumidores já realizam compras via smartphones e 30% por tablets. Um crescimento considerável se olharmos para cinco anos atrás, quando apenas 15% e 20% dos consumidores, respectivamente, afirmaram utilizar estes canais para compras.
Os dados foram revelados pela Global Consumer Insights 2018, pesquisa da PwC que ouviu 22 mil pessoas em 27 países, sendo 1.000 delas no Brasil. Os resultados mostram um crescimento no consumo online em diferentes categorias de produtos entre 2014 e 2018. Nos equipamentos eletrônicos, por exemplo, as compras online cresceram de 12% para 27% do total comercializado. O consumo ligado ao entretenimento (livros, músicas, filmes e videogames) cresceu dezesseis pontos percentuais, saindo de 18% para 34% no mesmo período.
A pesquisa apresenta também setores com grande potencial para o varejo online global, como o de alimentação. Mais da metade dos entrevistados (58%) pela PwC no Brasil tem a intenção de comprar alimentos online nos próximos 12 meses, contra 48% globalmente. Dos brasileiros ouvidos, 37% afirmam já ter realizado alguma compraonline de alimentos no último ano. A pesquisa mostra ainda que a venda online destes produtos é uma tendência global: na China (59%) e no Vietnã (54%) os entrevistados afirmam ser grande a possibilidade de comprar alimentos online em 2018.
O Brasil apresenta grande potencial para as compras online também de produtos básicos. Dos consumidores entre 25 e 34 anos, 27% já realizam compras de produtos como café, detergentes e fraldas online e 45% afirmam que pretendem comprar esse tipo de produto online.
“As tecnologias oferecem ao consumidor mais possibilidades de consumo personalizado, principalmente no comércio eletrônico. O varejo brasileiro tem muito potencial para crescimento e as empresas que apostarem em tecnologias disruptivas, como inteligência artificial, estarão à frente das demais na oferta de produtos e experiências customizadas”, explica Ricardo Neves, sócio da PwC Brasil.

Meio de pagamentos e experiência digital
Globalmente (59%), o consumo dos entrevistados tende a ser maior quando o meio de pagamento é um dispositivo móvel, embora 60% sintam-se preocupados com a
segurança de seus dados quando pagam suas compras utilizando esse método.
A preocupação, no entanto, não é um limitador para as vendas nesse segmento, já que 45% dos entrevistados (30% no Brasil) afirmam ser esse o provável meio de pagamento para suas compras no dia a dia e 59% no mundo garantem ser mais provável comprar de um varejista que ofereça métodos para pagamento em dispositivos móveis.
A pesquisa da PwC revela ainda que a experiência digital é importante para a jornada de compra do consumidor. Para 46% dos ouvidos, as redes sociais são a fonte de inspiração mais influente na decisão de consumo. A maior parte dos consumidores brasileiros não se preocupa muito com o uso de dados e localização para ofertas personalizadas via dispositivos móveis: 56% ficam satisfeitos quando são abordados pelos varejistas desta maneira e 57% não se importam com o monitoramento de padrões e históricos de compras, desde que o resultado seja a oferta de produtos e serviços personalizados.

Experiência vs. Produtos
O consumo dos brasileiros está igualmente dividido entre produtos e experiências (50%), embora as prioridades na hora dos gastos mostrem uma tendência a um way of life direcionado as vivências pessoais. Entre os consumidores ouvidos, as prioridades são: gasto individual (37%), tempo gasto com amigos e familiares (35%) e mudanças de prioridades para aproveitar mais a vida (35%). As experiências preferidas são viagens (56%), restaurantes (50%), melhorias pessoais/educacionais (37%) e entretenimento (32%).
Os consumidores no Brasil estão mais abertos ao consumo compartilhado de alguns produtos, como carros (47%) e outras formas de transporte (38%), além de equipamentos esportivos ou de uso ao ar livre (40%). Dos entrevistados globalmente, os brasileiros são ainda os que mais desejam comprar assistentes virtuais (59%), seguidos pelos chineses (52%) e vietnamitas (45%).
Em relação à entrega de produtos, 37% dos brasileiros aceitariam pagar um custo extra para receber suas compras no mesmo dia, contra 8% globalmente. Os drones são uma opção de entrega considerável para 50% dos entrevistados no Brasil.

Varejo físico
Os dados coletados pela PwC mostram ainda um crescimento também nas vendas das lojas físicas – a primeira reação desde 2013 – com 61% dos entrevistados afirmando realizar compras presencialmente. Em 2017, a modalidade foi utilizada por 55% dos consumidores.
O crescimento do consumo pode ser explicado pela mudança no perfil das lojas, com mais ênfase na experiência do consumidor. Dos entrevistados brasileiros, 64% estão satisfeitos com a capacidade de percorrer os corredores de lojas de forma rápida e conveniente, 62% afirmam encontrar vendedores com nível profundo de conhecimento e 61% sentem-se satisfeitos com logins rápidos e simples no Wi-Fi das lojas físicas.

Sobre a PwC
Na PwC, o nosso propósito é construir confiança na sociedade e resolver problemas importantes. Somos um Network de firmas presente em 158 países, com mais de 236.000 profissionais dedicados à prestação de serviços de qualidade em auditoria e asseguração, consultoria tributária e societária, consultoria de negócios e assessoria em transações. Saiba mais sobre a PwC e nos diga o que é importante para sua empresa ou carreira, visitando nosso site: www.pwc.com

Fonte: www.pwc.com

MERCADO DE IDENTIDADES E O REAL VALOR DOS MICRO-INFLUENCIADORES


Em pequenas comunidades virtuais, o que importa não é a quantidade, mas a afinidade e o prazer — espaços virtuais onde é possível fazer trocas significativas com pessoas
por Valdir de Oliveira Jr.capa Christina Quarles
Acredito que este não seja o primeiro texto que você lê falando sobre as redes sociais, seus efeitos e o futuro das mesmas, provavelmente não será o último também. Chegamos a um ponto onde todos já lemos sobre o quão nociva e irreal a experiência nas grandes comunidades da internet como Facebook e Instagram podem ser, todos já compartilhamos, consumimos, conseguimos likes e esquecemos. Essa é a lógica. A frase “falem bem, falem mal, mas falem de mim” faz sentido como nunca. E, quanto mais discutimos as redes, parece que mais elas crescem e mais nocivas à nossa qualidade de vida elas se tornam.
Mas aqui o foco será algo mais específico, a memória. E a primeira incitação que cabe é: me conte sobre você! Para responder isso, será preciso, sem dúvidas, acessar nossas memórias — o que fizemos, sentimos, comemos, vimos, ouvimos, fomos, vivemos. O problema é que para isso provavelmente teremos que recorrer às redes. Em vez de nos lembrarmos do cheiro do restaurante, teremos que lembrar se a decoração foi interessante o suficiente para tirarmos várias fotos. Para lembrar de uma viagem, teremos que pensar nas horas de caminhada em busca do local perfeito, com a cor perfeita, para a foto perfeita. Para lembrar de uma pessoa, teremos que olhar para as fotos taggeadas com o rosto dela. Deixamos de viver o momento para viver a busca pelo registro perfeito do momento.
“Nas condições da alta modernidade, não só seguimos estilos de vida, mas num importante sentido somos obrigados a fazê-lo — não temos escolha senão escolher.” — Anthony Giddens

A memória digitalizada

Hoje, nossa memória é atrelada ao uso de redes sociais. Nelas conseguimos mostrar quem somos, como vivemos, o que pensamos, lemos, como e com quem socializamos. O problema é que essas memórias são falsas. Logo, quem somos não passa de um registro digital. Todos sabem que o que compartilhamos na internet são versões editadas, curadas e filtradas de nós mesmos. Versões idealizadas. Viramos uma ideia, e com isso perdemos a capacidade de lembrar o que vivemos, pois tudo acontece através da tela e da câmera.
Guillaume Kurkdjian
Buscando preencher a solidão que atinge boa parte das últimas gerações, idealiza-se uma versão de como se deveria ser, para que sejamos amados, venerados, invejados e desejados. O problema é que, muitas vezes, essa versão sequer é quem gostaríamos realmente de ser, e sim quem imaginamos que nossos seguidores gostariam que fôssemos. Adaptamo-nos de acordo com a platéia, animais de circo treinados a não ter vontade própria e a dançar conforme a música. Sentimo-nos mal se não provocamos muitas palmas para a nossa performance.
“O mundo construído de objetos duráveis foi substituído pelo de produtos disponíveis projetados para a imediata obsolescência. Num mundo como esse, as identidades podem ser adotadas e descartadas como uma troca de roupa.” — Zygmunt Bauman
Dos dois lados o comportamento se torna sem meio, apenas com o fim de desejar e ser desejado. Quando tiramos fotos de algo para as redes sociais, não queremos compartilhar a experiência de fato, mas sim o privilégio em poder ter, fazer, ou supostamente ser. Assim, quando vemos a mesma foto em nossos feeds, não desejamos ter o prazer daquilo, mas sim ser a pessoa que está tendo esse prazer. O momento, quando se torna um fim para as redes, perde seu propósito para se tornar algo meramente estético. A memória passa a vir da imagem digitalizada, e não das nossas experiências e tudo que está atrelado a ela.
Ditch the Label

Vida para ser vista ou vivida?

Tudo isso faz com que as pessoas sejam obcecadas pela ideia de levar uma vida supostamente interessante, uma vida que possa gerar desejo, seguidores, likes e comentários. Isso significa deixar de aproveitar para poder registrar. E, sendo assim, não estamos refletindo quem somos, estamos distorcendo. Essa distorção, no entanto, é perfeita para o que chamamos de personal branding, ou seja, se transformar numa marca, editada e photoshopada a fim de conseguir o maior número de compradores possíveis.
Eliza Douglas
Nas redes é sempre possível parecer inteligente e interessante, adequado aos padrões de beleza e símbolos de desejo — os filtros e ferramentas são diversos. Porém a vida real das pessoas não é assim. Numa conversa cara a cara é impossível apagar infinitas vezes o que dizer antes de enviar a melhor versão; é impossível que editemos a nós mesmos, com as pontas dos dedos, ao acordar, antes da pessoa ao seu lado abrir os olhos. É impossível não ser você para ser ideal o tempo todo.
Nesse esforço, nos perdemos, desgastamos e, principalmente, esquecemos de como existimos. A partir do momento em que ser objeto de propaganda e imagem é mais importante que ser e vivenciar, apagamos da memória quem somos para nos tornar o que vendemos.
Identidade passa a ser commodity, produto para consumo massivo.
Marco Melgrati
Cria-se, a partir das redes, um mercado de identidades, onde em vez de compartilharmos quem somos, vendemos quem somos. Um dia já pensamos na internet como um local virtual que poderia permitir troca de experiências, gostos e anseios, que poderia criar uma comunidade global através da identificação coletiva. Mas hoje a internet é um grande negócio. O que era diversão tornou-se obrigação, a paranóia de se vender de algum jeito não permite que se aproveite as infinitas possibilidades de troca que existem na palma de nossas mãos. A própria identidade, algo tão singular, se tornou fragmentada, adaptada e moldada de acordo com o público-alvo e não de acordo com nossas vivências.
“Selecionar os meios necessários para conseguir uma identidade alternativa da sua escolha não é mais um problema (isto é, se você tem dinheiro suficiente para adquirir a parafernalha obrigatória). Está à sua espera nas lojas um traje que vai transformá-lo imediatamente no personagem que você quer ser, quer ser visto e quer ser reconhecido como tal.” — Zygmunt Bauman

Criado para millennials, rejeitado pela nova geração

No entanto, os maiores vendedores e compradores desse mercado de identidades acabaram sendo os millennials. Tendo nascido com um pé no analógico e outro no digital, eles acabam comprando a ideia do futuro, seja como for. Ficam, então, perdidos num mar de informações, onde tudo o que se faz e vive é matéria digna de ser anunciada. Millennials são, talvez, o grande pôster do poder da tecnologia e da transformação, anúncios ambulantes do que foi e do que pode ser. Seu papel é fazer com que os mais velhos sintam-se obsoletos e que os mais novos desejem ser como eles.
“Quanto mais a vida social se torna medida pelo mercado global de estilos, lugares e imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens da mídia e pelos sistemas de comunicação globalmente interligados, mais identidades se tornam desvinculadas — desalojadas — de tempos, lugares, histórias e tradições específicos e parecem ‘flutuar livremente’.” — Stuart Hall
Porém a história muda um pouco com a geração Z, uma vez que as falhas das vidas editadas são cada vez mais claras de se ver. Os que começam a chegar ao mundo hoje, já completamente imersos no mundo digital, conseguem enxergar através dos sorrisos em frente a paredes especialmente colorida para fotos. Vêem a solidão, o desejo de pertencimento, a superficialidade, e vêem também que, muitas vezes, não se é feliz como se vende. Vêem, também, que a grande comunidade da internet foi transformada em um grande mercado. E isso eles não vão comprar. Desenvolveram um ceticismo único, pois não acreditam na realidade super editada que é vendida mundo afora. Para muitos, a verdade hoje é tão alternativa que deixou de existir.
Andrey Kasay
Entretanto, a solução para tudo isso pode estar na própria internet. Afinal ela também é parte da vida real, com o melhor e pior que ela tem a oferecer. Assim nascem pequenas comunidades virtuais, em que o que importa não é a quantidade, mas a afinidade e o prazer. Espaços virtuais onde é possível fazer trocas significativas com pessoas que realmente se importam com o que se tem a dizer, que não querem apenas verem e serem vistos.
Jovens poetas e escritores mandam seus textos para listas de e-mail em que apenas interessados apreciarão suas palavras. Ilustradores, artistas e designers procuram pequenos nichos online em que o que importa não é a quantidade de likes que suas obras recebem, mas sim o quão significativo aquilo pode ser para quem vê.
Muitos, então, percebem que não precisam ser estrelas da internet para encontrar validação para o seu trabalho ou vida. Precisam apenas de um fiel e pequeno grupo, em que a identidade não é vendida, mas compartilhada.
Ainda assim é possível vender e monetizar seu trabalho com ferramentas como Patreon e Drip, porém de maneira real e orgânica.

A geração Z e o internet microstar

Este pode ser o futuro: pequenas comunidades onlines em que o alcance das grandes corporações é limitado, em que não é preciso trocar informações pela oportunidade de mostrar nosso estilo de vida, em que nem tudo é patrocinado. Comunidades em que o valor não está na possibilidade de se tornar uma marca, mas na possibilidade de se tornar real. É preciso que nossos estilos de vida existam para nos agradar, não que existamos para consumí-lo.
Trata-se, porém, de um exercício de desapego da validação online em massa — o que pode ser muito difícil. Muitos acreditam que a solidão sentida ao transformar suas vidas em um reality show será intensificada sem as redes. Porém, ao perder a tela, ganha-se tudo que está a sua volta. Ao ser obrigado a perceber as coisas, as pessoas, os lugares, os cheiros e os prazeres ao redor, perceberemos que nunca estivemos sozinhos. A memória é algo único, é a partir dela que se consegue criar, reinventar e aprender. Com ela, tornamo-nos mais que seres, tornamo-nos donos de uma identidade única. É por isso ela deve estar na nossa cabeça, não na nuvem digital.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Os 10 erros de português mais cometidos pelos brasileiros



Pessoa escrevendoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image caption'Abismo entre o que falamos e escrevemos' pode estar na raiz de muitos erros de português, diz linguista

"Vi no Facebook uma mulher dizendo que casaria com o primeiro homem que soubesse usar crase, mas não são só os homens que não sabem usar. As mulheres também!", alerta a linguista Camila Rocha Irmer, uma das encarregadas de avaliar os erros de português no Babbel, um dos maiores aplicativos de ensino de idiomas no mundo.
Ela se refere a um dos erros mais comuns entre falantes de português brasileiro - quando usar a crase? -, juntamente com as dúvidas sobre os "por ques" e outras.
"É algo difícil de explicar. Acho que esses erros acontecem porque há um abismo entre o que escrevemos e o que falamos", diz à BBC Brasil.
"Quem não lida com a escrita diariamente não se lembra das regras da norma culta. E, mesmo que as pessoas estejam dando mais opiniões nas redes sociais, é uma escrita rápida. Você não tem muito tempo para pensar sobre como escrever."
Há os "erros de sempre", mas Irmer afirma que existem também as questões que aumentam ou diminuem a cada ano. Em 2017, por exemplo, a dúvida sobre quando usar "há" e "a" apareceu mais vezes no aplicativo do que no ano anterior.
"Agora, estamos alcançando um público de menor escolaridade que não quer só aprender idiomas estrangeiros, mas tem problemas com português mesmo. E recebemos muitos recados, pelo aplicativo, de pessoas que estão aprendendo português ao estudar outra língua."
"A língua está mudando. Até tomamos cuidado de falar que esses são erros de escrita, para não termos um preconceito do tipo 'falar assim é errado'", alerta a linguista.
"Fala-se de diversas formas regionalmente, e isso é normal, mas quando chegamos na escrita, a preocupação é com a norma culta."
A pedido da BBC Brasil, a equipe de linguistas e educadores do Babbel fez um levantamento dos equívocos mais recorrentes entre os falantes de língua portuguesa no ano de 2017. Veja a lista:

1. "Entre eu e você"

O correto, segundo os especialistas, é usar "entre mim e você" ou "entre mim e ti". Depois de preposição, deve-se usar "mim" ou "ti".
Por exemplo: Entre mim e você não há segredos.

2. "Mal" ou "mau"

"Mal" é o oposto de "bem", enquanto que "mau" é o contrário de "bom". Na dúvida sobre qual usar? Os especialistas recomendam substituir o advérbio pelo seu oposto na frase e ver qual faz mais sentido.
Por exemplo: Ela acordou de bom humor; Ela acordou de mau humor.

3. "Há ou "a"

"Há", do verbo haver, indica passado e pode ser substituído por "faz".
Por exemplo: Nos conhecemos há dez anos; Nos conhecemos faz dez anos.
Mas o "a" faz referência à distância ou a um momento no futuro.
Por exemplo: O hospital mais próximo fica a 15 quilômetros; As eleições presidenciais acontecerão daqui a alguns meses.

4. "Há muitos anos", "muitos anos atrás" ou "há muitos anos atrás"

Usar "Há" e "atrás" na mesma frase é uma redundância, já que ambas indicam passado. O correto é usar um ou outro.
Por exemplo: A erosão da encosta começou há muito tempo; O romance começou muito tempo atrás.
Sim, isso quer dizer que a música Eu nasci há dez mil anos atrás, de Raul Seixas, está incorreta.

Ilustração

5. "Tem" ou "têm"

Tanto "tem" como "têm" fazem parte da conjugação do verbo "ter" no presente. Mas o primeiro é usado no singular, e o segundo no plural.
Por exemplo: Você tem medo de mudança; Eles têm medo de mudança.

6. "Para mim" ou "para eu"

Os dois podem estar certos, mas, se você vai continuar a frase com um verbo, deve usar "para eu".
Por exemplo: Mariana trouxe bolo para mim; Caio pediu para eu curtir as fotos dele.

7. "Impresso" ou "imprimido"

A regra é simples: com os verbos "ser" e "estar", use "impresso".
Por exemplo: Camisetas com o slogan do grupo foram impressas para a manifestação.
Mas com os verbos "ter" e "haver", pode usar "imprimido".
Por exemplo: Só quando cheguei ao trabalho percebi que tinha imprimido o documento errado.

8. "Vir", "Ver" e "Vier"

A conjugação desses verbos pode causar confusão em algumas situações, como por exemplo no futuro do subjuntivo. O correto é, por exemplo, "quando você o vir", e não "quando você o ver".
Já no caso do verbo "ir", a conjugação correta deste tempo verbal é "quando eu vier", e não "quando eu vir".

9. "Aquele" com ou sem crase

Em vez de escrever "a aquele", "a aqueles", "a aquela", "a aquelas" e "a aquilo", use "àquele", "àqueles", "àquela", "àquelas" e "àquilo".
Por exemplo: Maíra deu o número de telefone dela àquele rapaz

10. "Ao invés de" ou "em vez de"

"Ao invés de" significa "ao contrário" e deve ser usado apenas para expressar oposição.
Por exemplo: Ao invés de virar à direita, virei à esquerda.
Já "em vez de" tem um significado mais abrangente e é usado principalmente como a expressão "no lugar de". Mas ele também pode ser usado para exprimir oposição. Por isso, os linguistas recomendam usar "em vez de" caso esteja na dúvida.
Por exemplo: Em vez de ir de ônibus para a escola, fui de bicicleta.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Como sua embalagem é percebida pelo consumidor?


No último texto da Nathalie aqui para o blog, “Como saber o que o consumidor associa a sua marca? ”, ela explicou de maneira detalhada como funciona uma das técnicas comportamentais mais sensíveis e simples para acessar o inconsciente do consumidor: O Teste Implícito de Associação, também conhecido como TIA.
Hoje nós vamos conversar um pouco mais sobre uma das diversas aplicações que essa metodologia pode ter para as marcas: a avaliação e o teste de produtos!
A aplicabilidade do TIA para testar estímulos mais subjetivos, tais como logomarcas, já é bastante reconhecida. Essa abordagem permite analisar de uma maneira geral quais são os conceitos e atributos que são mais fortemente associados a marca no inconsciente do consumidor (revelando parte daquilo que conhecemos como rede associativa, se lembra?)
Mas você pode estar se perguntando: os resultados vindos do TIA são capazes de avaliar estímulos mais palpáveis, mais objetivos, como por exemplo… uma embalagem? A resposta para essa questão é: Sim!
Muitas marcas e empresas passam por situações de reposicionamento de conceito, ou uma repaginação de suas embalagens, e esse processo costuma envolver um alto investimento e uma boa dose de risco. É justamente na avaliação dos prós e contras desse alto investimento que entra a importância do TIA!
Lembrando: o TIA é um teste que mede o tempo de reação do consumidor, de maneira que se o estímulo testado (embalagem) estiver associado ao atributo apresentado no teste (atributo relacionado a embalagem, exemplo: “prático”), o consumidor conseguirá identifica-lo mais rápido, apresentando menor tempo de reação.
No caso de um teste de uma versão nova de embalagem, é possível ainda fazer uma apresentação prévia desta embalagem para o consumidor, para que o mesmo possa criar sua primeira impressão a respeito do novo design/produto. Após este primeiro contato (que pode ser presencial ou mesmo virtual, dependendo do caso) o consumidor realiza o TIA, permitindo que se avalie sua percepção implícita em relação ao objeto testado.
Através dessa técnica a marca consegue entender de maneira profunda se as mudanças ou a nova proposta de uma embalagem ou produto estão associadas ao conceito que a marca gostaria de transmitir. O TIA possibilita ainda a avaliação de quão fortemente associada está essa embalagem ou produto a conceitos de intenção de compra!
Num mundo de grande diversidade de produtos e alta concorrência, o Teste Implícito de Associação pode ser um precioso aliado na hora de direcionar os seus investimentos e entender melhor como você e seus produtos são realmente percebidos pelo consumidor!

Como os conceitos do omnichannel estão mudando o comportamento dos consumidores

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Por: Samuel Gonsales
É impressionante como os consumidores estão tornando-se ativos nos processos de compra, recomendação e colaboração com as empresas e marcas nos últimos tempos. O advento da internet, da mobilidade e das mídias sociais aumentou consideravelmente as interações entre empresas e consumidores que passaram a colaborar através da geração de conteúdos –  recomendações, críticas e sugestões, por exemplo.
Nesse novo momento, a Omniera, as compras tornaram-se mais simples. Hoje os consumidores conseguem comprar de qualquer lugar e a qualquer hora. Compram durante a jornada de trabalho no escritório usando o computador da empresa ou o smartphone; compram no conforto de seus sofás usando o computador pessoal, o smartphone, o tablet ou as TV Stores usando o controle remota de suas Smart TVs onde compram ou alugam filmes e seriados.
As empresas vivem, por outro lado, um momento de convergência de tecnologias e precisam marcar presença no e-commerce, no Mobile, nos Marketplaces e nas Redes Sociais – criam estratégias digitais. Usam dados coletados de seu planejamento e gestão (Sistemas ERP), do relacionamento com o cliente (CRM e Big Data), do relacionamento com seus fornecedores, da reputação que estão construindo na Internet (Redes Sociais), das campanhas que realizam no Facebook e no Google, etc, e assim interagem mais com seus consumidores.
Os gestores das empresas não podem mais se concentrar unicamente em seus DRE´s (Demonstrativos de Resultado do Exercício), que ainda continuam sendo extremamente importantes, mas agora dividem espaço com outras analises disruptivas que auxiliam as empresas na missão de manter o crescimento e a perenidade.
Nesse contexto o comportamento de compra dos consumidores está mudando e as empresas precisam estar atentas e investir em inovações.
Dentre as experiências que estão mudando o comportamento de compra dos consumidores, destacamos abaixo algumas situações que já estão se tornando comuns no Brasil:
Compre pelo smartphone e retire as mercadorias na loja física.
Imagine uma pessoa que está no escritório e lembra que precisa passar no supermercado antes de chegar em casa. Trata-se de uma situação bastante comum e por isso usar tecnologia para facilitar essa venda é uma excelente opção.
Os consumidores usam o e-commerce dos supermercados para realizar compras e pagar por suas mercadorias. O consumidor ainda pode optar por retirar as compras em uma loja que esteja no caminho de casa, gerando uma experiência de compra excepcional uma vez que otimiza o tempo do consumidor. O mesmo já ocorre também em lojas de departamento, lojas de materiais para construção e lojas de eletrodomésticos.
Nos casos mencionados acima a loja une os estoques das lojas físicas e do e-commerce e mostra a disponibilidade de acordo com a conveniência do consumidor. Quando o consumidor compra, o sistema ERP da empresa já demanda a separação, conferência e emissão da NF-e, de forma que a loja esteja preparada para entregar a mercadoria ao consumidor quando ele passar na loja para retirar.
Compre produtos e serviços com agendamento online.
Nesse modelo de negócio os consumidores podem comprar e pagar por produtos e serviços através da loja virtual ou televendas, usando o computador, o tablet ou o smartphone para agendar as entregas das mercadorias e/ou a realização dos serviços.
Um bom exemplo, é a compra de um presente que deve ser entregue no dia do aniversário, com horário marcado. Existem floriculturas online que já realizam esse tipo de agendamento.
Há também lojas de serviços automotivos que facilitam a vida dos consumidores que compram peças e serviços online, agendam um dia e horário para a realização dos serviços em uma das unidades dessas empresas, podendo escolher a unidade mais conveniente.
O mesmo ocorre com academias onde os consumidores podem contratar apenas uma aula e ainda escolher em qual bicicleta querem treinar, com o agendamento e pagamento online em uma das unidades da academia, aquela que for mais conveniente para o consumidor.
Em todos os casos acima as empresas disponibilizam online as agendas de suas unidades físicas e permitem que os consumidores contratem os serviços e produtos de forma simples, mudando o comportamento de compra usual, por exemplo, invés de pagar a academia mensalmente os consumidores agora pagam apenas aquela aula que reservaram, por outro lado as academias maximizam a frequência das aulas e reduzem seus custos.
Compre online e troque em qualquer loja física.
Apesar das compras online serem extremamente práticas, quando um consumidor precisa realizar uma troca nem sempre as coisas são tão simples. Ele precisa abrir um chamado no SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor/Cliente) através do site, chat ou telefone, precisa empacotar o produto que será trocado e leva-lo até os Correios para despachar, precisa aguardar que essa mercadoria seja recebida e conferida, precisa aguardar que seu crédito seja liberado para a troca, precisa aguardar um novo faturamento e transporte da nova mercadoria. Em alguns casos esse tramite pode demorar até duas semanas.
Há, no entanto, empresas que permitem que os consumidores comprem online e recebam em casa, mas se precisarem trocar as mercadorias possam fazê-lo também em uma loja física. Isso já ocorre com frequência nas lojas de departamentos, de esportes e de moda e nessa situação as coisas tendem a se resolver no mesmo dia e ainda criam a oportunidade do consumidor passar a frequentar a loja física.
Compre na loja itinerante (PDV Móvel) e receba onde for mais conveniente.
Há pouco mais de um ano algumas empresas de moda que já atuavam online decidiram abrir lojas físicas e quiosques. A proposta, no entanto, era um pouco diferente. Os consumidores vão até a loja, provam as mercadorias e compram. Levam as peças que eventualmente estejam disponíveis na loja e recebem outras mercadorias em casa. As mercadorias que serão entregues sairão do Centro de Distribuição.
A parte mais interessante do conceito é o fato de que as lojas físicas e quiosques não precisam ter todo o inventário de produtos disponível em todas as lojas e com isso a empresa otimiza os custos de produção, transporte e distribuição. Quando um consumidor compra, o sistema da loja (PDV – Sistema do Ponto de Venda) avisa o Centro de Distribuição e é de lá que as mercadorias sairão para o endereço do consumidor.
Outra oportunidade que surgiu desse modelo foi a possibilidade de realizar vendas itinerantes utilizando um PDV Móvel. Num exemplo prático uma consultora de moda poderia ir até um salão de cabeleireiros e lá realizar vendas usando um PDV Móvel. Ela poderia, inclusive, usar essas novas maquininhas de cartão (estilo Moderninha do PagSeguro, Cielo Mobile ou Stone Mobile, dentre outras) para receber os valores das vendas. As mercadorias podem ser entregues nas casas das consumidoras ou até mesmo no próprio salão de beleza enquanto as clientes terminam de fazer as unhas ou o cabelo.
Esse modelo se estende, ainda, para vendas realizadas nas empresas onde o RH permite que a consultora de moda faça uma reunião e realize vendas através do PDV Móvel para as funcionárias da empresa.
Além das empresas de moda já existem empresas de Material de Construção e de vendas de Suplementos usando PDV Móvel para melhor a experiência de venda dos consumidores. No caso de material de construção o vendedor da loja atende os clientes com o PDV Móvel otimizando o tempo dos consumidores dentro da loja. No caso de suplementos, um funcionário vai até as academias e vende usando o PDV Móvel e os consumidores recebem as mercadorias em casa ou na própria academia, conforme sua conveniência. Tudo online, consultando a disponibilidade de estoques do Centro de Distribuição e eliminando a possibilidade de rupturas de estoque.
Outra característica importante do PDV Móvel é o fato dele absorver características de Cross Selling e Up Selling para melhorar a experiência do consumidor e aumentar o tíquete médio das transações.
Experimente novos produtos através de Realidade aumentada
Quando um consumidor precisa comprar um móvel, precisará calcular e imaginar como aquele móvel ficará no local desejado. O mesmo ocorre com artigos de decoração, obras de arte e até mesmo óculos. Muitas pessoas não compram óculos online, por não saber se os óculos escolhidos ficarão bem.
Com o advento da realidade aumentada os consumidores agora conseguem ver na loja virtual como os óculos ficarão em seu rosto. O processo é bem simples. O consumidor escolhe um modelo de óculos e utiliza o provedor virtual para verificar como aqueles óculos ficarão em seu rosto. O mesmo já ocorre com provadores virtuais para artigos de moda.
No caso de móveis, as empresas disponibilizam aplicativos de realidade aumentada que permite aos consumidores verificar como determinado móvel ficará no local onde eles desejam colocá-lo, facilitando a decisão de compra e incentivando mais compras de móveis nas lojas virtuais.
Os cinco exemplos acima demonstram situações em que as empresas pensaram em formas para melhorar as experiências de seus consumidores e empenharam esforços para que seu sistema ERP possa integrar todas as funções necessárias para disponibilizar as visões de estoques e disponibilidades de agenda em todos os canais, permitir trocas que independam do canal, ir até o cliente e utilizando um PDV Móvel realizar as vendas.
Sistemas ERP tradicionais não estão preparados para a Omniera e impedem que todos os canais sejam gerenciados de forma simples e consistente, mas já existem opções de sistemas ERP Omni-Channel que contemplam todas as funções necessárias para tornar realidade os quatro exemplos desse artigo.