sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Como melhorar o relacionamento entre equipes de diferentes gerações na era digital?


Gerenciar pessoas é uma tarefa difícil, principalmente na era digital. O motivo é a existência de diversas gerações com perfis e valores muito diversos. Veja como melhorar o relacionamento entre equipes de diferentes gerações na era digital

Sandra Turchi
iStock
Gerenciar pessoas nunca foi tarefa fácil, mas está se tornando cada vez mais difícil para as organizações e gestores na era digital. O motivo é a existência de diversas gerações com perfis e valores muito diversos, o que gera conflitos e muitas vezes dificulta a boa convivência interpessoal dos colaboradores, colocando em xeque os objetivos, valores e missão da empresa.
Atualmente três grupos com identidades e características bem definidas convivem no mercado de trabalho: as gerações X, Y e Z. Cada uma delas é composta por indivíduos que se distinguem uns dos outros não apenas pela faixa etária, mas por seus anseios e objetivos. Enquanto a população X nasceu em meados de 1965 até o ano de 1979 (ou seja, tem hoje entre 35 e 49 anos), a população Y engloba os anos seguintes até 2000 (idades entre 20 a 29 anos). A geração Z inclui a população entre 12 a 19 anos atualmente.
Enquanto a geração Z é altamente conectada, multitarefa e alheia a regras, a geração X é movida por normas preestabelecidas, prefere a rotina à mudança e mescla um perfil off-line com online no ambiente profissional. No meio desta dicotomia encontra-se a geração Y, que compartilha com a geração Z o uso desenfreado das tecnologias, mas está em busca de um equilíbrio entre o pessoal e o profissional.
Diante dessa turbulência de características, desejos e anseios de cada grupo, as empresas buscam equilibrar a convivência no ambiente de trabalho para diminuir o ruído que existe entre essas gerações, buscando uma sinergia entre as equipes para que os resultados organizacionais possam ser obtidos com maior eficácia e harmonia. Nesta busca, não há como fugir dos relacionamentos, por isso é preciso estabelecer novas formas de interação e convivência entre as partes envolvidas.
Estrutura hierárquica
A geração X lida muito bem com as estruturas hierárquicas verticalizadas, contudo, o mesmo não se aplica às gerações Y e Z. Com o acesso ao conhecimento cada vez mais facilitado, as duas últimas gerações se sentem tão capacitadas quanto qualquer outro profissional mais experiente e maduro, exigindo um relacionamento de igual para igual no trabalho, esquecendo-se, às vezes, da importância da experiência. Para que todos se sintam mais à vontade para contribuir com os resultados da empresa, é preciso construir estruturas hierárquicas “horizontais”, portanto mais democráticas e “livres” na coordenação das equipes.
Gestão participativa
A falta de reconhecimento e valorização do profissional das gerações Y e Z, seja pela idade ou por pouca experiência prática, o torna um profissional volátil, instável, sempre à procura de novas oportunidades de trabalho, onde ele possa demonstrar o seu verdadeiro potencial. Ao implantar uma gestão mais participativa, a voz é dada a todos, que podem compartilhar seus conhecimentos e experiências no dia a dia da empresa e assim identificar soluções para os problemas específicos da organização.
Flexibilidade
Para os profissionais das gerações Y e Z a flexibilidade dos horários e uma maior autonomia na execução de suas atividades são pré-requisitos cruciais na hora de escolher um emprego. Esses desejos e valores, assim como a informalidade no tratamento e relacionamento para com clientes e fornecedores deixam a geração X apreensiva, ainda mais quando ela está em posição de liderança. Ao implantar outras formas de gestão, como a gestão por projetos, a empresa dá a todos os envolvidos a oportunidade de trabalhar de uma forma diferenciada, equilibrando os ânimos e tornando as relações menos conflitantes no ambiente de trabalho.
Treinamento e capacitação
Por fim, de nada adianta implementar formas inovadoras de gestão se o pensamento e o modo de agir das pessoas envolvidas não mudarem também. Portanto, investir em treinamentos e capacitações em que as pessoas possam expressar suas dúvidas e anseios, aprendendo a lidar com a diversidade e aceitar os colegas de trabalho com suas virtudes e defeitos, é algo que não pode ser deixado de lado.
As gerações são formadas de acordo com o contexto político, social, econômico, cultural e tecnológico em que vivem, mas não existe um fator que defina exatamente um grupo de pessoas. Cada pessoa é única e deve trabalhar suas competências comportamentais individualmente, buscando sempre a melhoria contínua. Desta forma, cabe às empresas investir em novas formas de interação entre as gerações, mas cabe ainda mais a elas refletirem seus papéis e transformarem sua maneira de perceberem e valorizarem os demais.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

8 maneiras de causar a melhor primeira impressão possível

Escrito por
Gustavo Paulillo

Veja como você pode causar uma excelente primeira impressão e impressionar seus clientes

Todo mundo está familiarizado com o ditado “uma imagem valem mais do que mil palavras”. É verdade também o caso da primeira impressão, que falam mais do que mil palavras.
A realidade é que todos nós fazemos julgamentos muito rápidos, mesmo com as ideias de “não julgar um livro pela capa” em mente, acabamos julgando muitas pessoas pelo que aparentam – antes de conhecermos o que elas são.
Essas rápidas decisões que tomamos inspirou Malcom Gladwell a escrever um livro inteiro ao assunto em Blink – a decisão num piscar de olhos.
Um dos casos mais fascinantes que ele aborda no livro envolve grupos de alunos que são convidados a fazer uma avaliação sobre um professor.
Um grupo fez a avaliação após 1 semestre inteiro de aulas com o professor, enquanto o outro grupo apenas assistiu a um vídeo de 1 hora com o professor. Nesse segundo grupo, uma parte viu meia hora de vídeo, enquanto outra parte viu apenas 2 segundos sem som.
Você consegue adivinhar os resultados?
O último grupo, que assistiu apenas 2 segundos do vídeo sem nenhum som deu as mesmas avaliações dos alunos que ficaram o semestre todo na sala de aula com o professor.
Nossos julgamentos e nossa primeira impressão são muito precisos. Muitos psicólogos também notam que, em entrevistas de emprego, decisões de contratação são inconscientemente feitas dentro dos primeiros 2 segundos.
Por isso, podemos chegar à conclusão de que a primeira impressão é absolutamente crucial e, assim, aqui estão 8 maneiras de você causar a melhor primeira impressão possível.
A primeira impressão é a que fica: maneiras de causar uma ótima primeira impressão
A primeira impressão é a que fica: maneiras de causar uma ótima primeira impressão

#1. Sorria

A dra. Vivian Diller é uma psicóloga que estuda o papel da beleza na cultura contemporânea e apontou que, de todas as características faciais humanas, é o sorriso de uma pessoa que provoca a reação mais positiva e imediata dos outros.
Sempre que você estiver em público, e especialmente se você tiver uma reunião com cliente, certifique-se que você está com seus dentes brancos e brilhantes prontos para sorrir.
O sorriso vai te ajudar a causar uma boa primeira impressão com seus clientes.
O sorriso vai te ajudar a causar uma boa primeira impressão com seus clientes.

#2. Cuide da sua linguagem corporal

Amy Cuddy, em seu TED intitulado de “suas formas de linguagem corporal dizem quem você é”, com mais de 10 milhões de visualizações, descobriu arelação fascinante entre nossas posturas corporais e como ela influencia nossos sentimentos e percepções, e também como elas influenciam a percepção dos outros sobre nós.
Fique ereto e ande de cabeça erguida. Você não apenas vai se sentir mais capaz, mas a pessoa que você está prestes a conhecer também se sentirá assim.

#3. Veja e acredite

O poder da visualização recebeu imensa credibilidade à luz dos recentes desenvolvimentos no campo a neuropsicologia.
Tem sido demonstrado que o cérebro não diferencia uma imagem imaginada na mente e uma que realmente acontece. Isso explica porque muitos atletas são treinados para ensaiar mentalmente antes de se envolver fisicamente nela.
Antes de sua reunião, despeje uma reunião bem sucedida em sua mente: se você se ver como uma pessoa confiante e sorridente, isso vai funcionar durante a sua reunião.
Faça como os atletas: visualize o que você quer alcançar em sua mente.
Faça como os atletas: visualize o que você quer alcançar em sua mente.

#4. Fale para si mesmo

A fala positiva já existe há muito tempo e tem sido utilizada e defendida por muitas pessoas bem sucedidas em todo o mundo.
Assim como um treinador gritando para encorajar seu time do lado de fora, podemos fazer a mesma coisa para nós mesmos. Diga a si mesmo que você é uma pessoa incrivelmente confiante com um sorriso incrível que deixa uma impressão extremamente positiva em todos que você encontrar.
Faça disso o seu próprio mantra e repita isso para si mesmo antes da sua próxima reunião com clientes.

#5. Converse consigo mesmo

Isso é importante em situações de grupo. Embora seja bom ter uma outra pessoa fazendo a introdução inicial com o seu nome, ele não deve ir muito mais longe do que isso.
Por isso, uma pessoa confiante inicia a conversa, faz perguntas e se envolve com as pessoas que estão falando para não ser apenas um espectador.

#6. Vista para impressionar

Saia com uma boa roupa. Jennifer Baumgartner, uma psicóloga e autora observa a correlação entre o seu estado de espírito e seu equipamento. Se você não pode impressionar pela maneira em que está vestido, então você não será impressionante.
Mais importante, as pessoas que se encontram não vão se sentir muito impressionados também.
Estar bem vestido vai ajudá-lo a impressionar.
Estar bem vestido vai ajudá-lo a impressionar.

#7. Todo mundo tem um bilhete de ouro

Seus pensamentos se tornarão evidentes em sua atitude e a forma como você vai se transmitir.
Se você acha que a pessoa que você está falando é apenas um desperdício de tempo, então você irá trata-los dessa maneira. A verdade é que nós não temos nenhuma ideia do que qualquer um tem capacidade de fazer.
Essas pessoas, pessoalmente podem não ter a capacidade de abrir uma enorme porta para nós, mas o melhor amigo dela pode ser o CEO da empresa que estamos tentando prospectar há mais de 6 meses.
Trate todas as pessoas como se elas tivessem o potencial para mudar o seu destino.

#8. O discurso de elevador

E se você tiver apenas 30 segundos para convencer alguém a não te matar? Com sorte, você nunca vai viver essa situação, mas ela é definitivamente uma ótima maneira para você pensar sobre como montar uma ótima introdução sobre si mesmo.
Um ponto importante ao se encontrar com novas pessoas é tentar não dominar a conversa. Faça a sua introdução sucinta o suficiente para dar uma ideia de quem você é, mas não se esqueça de pedir para as pessoas falarem sobre si mesmas.
Faça a outra pessoa se sentir importante por você estar interessado nela, e você vai se surpreender com a forma como ela se torna interessada em você.

Pratique a partir de agora

Um vendedor encontra novas pessoas diariamente. Portanto, você provavelmente encontrará uma pessoa nova hoje, seja em uma ligação de vendas, seja em uma reunião com clientes ou em um evento de networking.
Certifique-se de que todos os 8 itens desse checklist estejam claros para você e, ao seguir esse passo-a-passo você, sem dúvidas vai deixar as pessoas ao seu redor com uma grande primeira impressão a seu respeito.
Funil de Vendas do AgendorColoque em prática ess

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Aplicativo resolve contas através da câmera do celular


Criado para auxiliar nos estudos, é fácil imaginar o programa sendo usado de outras maneiras

Redação, Administradores.com, 
Reprodução/Vimeo
De acordo com a MicroBlink, o app foi desenvolvido para ajudar nos estudos, principalmente das pessoas que não tem acesso a um professor e precisa de reforço: até aí, é uma intenção nobre. Porém, é fácil imaginar o aplicativo sendo usado de outras maneiras. Ele pode ser utilizado pra fazer rapidamente a lição de casa, ou, caso o aluno seja discreto o suficiente, usar como cola na prova.
Geralmente, para pegar os que colam, os professores exigem que a equação contenha não só seu resultado, mas também todo o cálculo para chegar até ele. O PhotoMath também faz isso: não só resolve em instantes, como também mostra passo a passo o processo. Apesar de ser uma ferramenta a mais para os estudantes interessados, pais e professores provavelmente terão que ter uma atenção extra no uso do serviço e dos celulares em sala de aula.
O PhotoMath já está disponível na App Store e Windows Phone Store, com a versão para Android agendada para lançamento no início de 2015. Confira o vídeo:

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Sobrevivência das empresas depende da colaboração entre Marketing e TI


Descompasso: 74% dos executivos dizem que não atuam como parceiros estratégicos do departamento de tecnologia em suas companhias, segundo pesquisa da Teradata

Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 20/10/2014

renata.leite@mundodomarketing.com.br



Na era dos negócios digitais, capazes de balançar grandes corporações com ofertas disruptivas, os departamentos de Marketing e TI não podem mais continuar separados e disputando orçamento e prazos entre si. A tecnologia se tornou imprescindível para a atuação dos profissionais que planejam o posicionamento, a segmentação e a comunicação para produtos e serviços de uma companhia.
Não importa se a gestão do Marketing acontece em uma organização sem fins lucrativos, em uma pequena empresa ou numa das marcas listadas pela Fortune entre as 500 maiores do mundo: a função desse líder é a de um maestro, que deve garantir a afinação entre cada integrante da orquestra. Para garantir que todos trabalhem juntos, CMOs devem evitar a formação de silos dentro da companhia.
Esse trabalho, entretanto, pode não estar sendo bem executado. Um sinal disso é que 74% dos profissionais de Marketing disseram que a área e o TI não atuam como parceiros estratégicos em suas companhias, segundo pesquisa da Teradata. “A dobradinha entre Marketing e TI precisa avançar diante da necessidade frequente por inovação. O trabalho dessas duas áreas deve ser colaborativo, porque só assim ideias realmente novas surgem. Não existe mais a figura do gênio que se tranca numa sala e só sai dela quando tiver o projeto em mãos”, diz Cassio Dreyfuss, Vice-Presidente e Líder de Pesquisas do Gartner para o Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.
TI precisa entender do negócio
Existe, hoje, um movimento de inserção cada vez maior de máquinas no dia a dia das pessoas, ferramentas essas de construção de experiências, como os smartphones e os objetos inteligentes. Concomitantemente, o Big Data se torna imprescindível para o trabalho diário dos profissionais de Marketing. A compra da tecnologia nos fornecedores mais adequados é estratégica nesse novo cenário e exige parceria entre a área e quem entende de softwares.
O desafio é fazer com que os departamentos desenvolvam conhecimento um sobre o outro. “Durante 40 anos, dissemos que o CIO de sucesso tinha que dominar a tecnologia, ser um maquineiro. Hoje, entretanto, ele precisa mesmo é entender de negócios. O Marketing percebe as oportunidades, mas a área de TI é que entende de segurança, nível de serviço e quanto valem as ferramentas digitais”, afirma Dreyfuss, que é Diretor e Palestrante do Symposium/ITxpo 2014, que acontece entre os dias 27 e 30 de outubro, em São Paulo.
A grande dificuldade nesse percurso é quebrar os silos dentro da própria empresa. Uma parte da verba de TI está migrando para a área de Marketing, o que costuma a levar a disputas por orçamento. Segundo uma pesquisa da Avanade, 37% dos gastos com tecnologia já acontecem hoje fora do departamento, que precisa assumir um novo papel na organização. Entre os executivos brasileiros entrevistados, 76% dizem que podem tomar decisões mais rápidas e melhores sem o envolvimento do TI, o que demonstra a urgência desses esforços de reinvenção.
CMOs gastarão mais com TI do que CIOs
Os profissionais precisam atualizar seus conhecimentos para poderem cumprir seu novo papel nas companhias. Notando essa demanda, a ESPM lançou o curso de graduação em Sistemas de Informação em Comunicação e Gestão, em São Paulo, que alia justamente essa visão estratégica de negócio à de tecnologia. O objetivo é que haja um trabalho colaborativo entre os departamentos.
A expectativa é de que, até 2017, CMOs gastem mais com TI do que CIOs, segundo o Gartner. “Nem todos os líderes de tecnologia estão conseguindo se atualizar a tempo. Como resposta às deformações, estamos vendo aumentar o número de pessoas de tecnologia sendo contratadas pelas áreas de Marketing, o que não é a solução ideal. O melhor seria chegar a uma atuação colaborativa entre os dois departamentos”, diz Vice-Presidente e Líder de Pesquisas do Gartner.
Os silos não são apenas um problema interno, que fica restrito à cultura da companhia. Eles podem ter um grande impacto na experiência do consumidor. Quando essas divisões se solidificam, a empresa começa a aparecer desconectada para o cliente final. Os gestores também dependem da tecnologia para medir o retorno sobre o investimento (ROI) e apresentá-lo aos investidores. A satisfação de todos os stakeholders depende dessa colaboração entre os departamentos.
“Comitê de TI” é multidisciplinar
As companhias fornecedoras de softwares já perceberam que o “comitê de TI”, denominação para o grupo responsável pela decisão de compra das soluções de tecnologia, já não são mais apenas os profissionais especializados na área. Participam desse processo os departamentos de Marketing, vendas e finanças, ou seja, um time multifuncional. Com a isso, a criação de conteúdo nesse setor vem crescendo, como meio de dar informação e educar o novo público-alvo.
Segundo uma pesquisa do Linkedin, 58% do comitê trabalha fora do departamento de TI, 47% são gerentes ou funcionários que não têm cargos de gestão e 49% controlam parte ou todo o orçamento de TI. O levantamento da rede social profissional aponta que nove em cada 10 integrantes do comitê de TI estão à procura de uma ferramenta de tecnologia para aquisição nos próximos 12 meses. Os três principais produtos e serviços prospectados são hardware, consultoria e outsourcing e software.
No passado, os sites de notícias e do setor eram as principais fontes de informação da área, mas, hoje, as redes sociais ganharam relevância. Ainda de acordo com a pesquisa, 92% dos responsáveis pela tomada de decisão utilizam esse canal para ficarem atualizados em relação às novidades, sendo que 85% recorrem ao Linkedin. Isso demonstra a importância da experiência e da indicação de outros profissionais para a opção de compra de uma nova ferramenta.
Profissionais em busca de conhecimento
A maioria (84%) do “comitê de TI” reconhece que necessita de instrução para manter ou alterar o ecossistema tecnológico da empresa, o que demonstra que os fornecedores devem estar focados em ajudar e ensinar, mas do que em vender. E 57% têm maior probabilidade de considerar um fornecedor de TI que os eduque em cada etapa do processo de decisão. Isso porque as pessoas que usam as soluções de tecnologia querem ter um lugar à mesa de negociação para a decisão final, já que serão os mais impactados pelos hardwares, softwares, databases e demais ferramentas.
O processo de decisão de compra é longo, caro e não é feito por impulso. “As empresas esperam que os parceiros estejam presentes durante todo esse ciclo de forma mais orgânica, ajudando na educação, antes mesmo de pedirem o preenchimento de um formulário. Em média, as pessoas precisam consumir cinco tipos de conteúdo antes de estarem prontas para a compra. E esse conteúdo pode ser um artigo técnico, uma pesquisa, um vídeo e outras formas”, resume Ligia Ishida, Gerente Sênior Global de Marketing no Linkedin, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Neuromarketing e a margem de erro da pesquisa eleitoral


Postado por Pedro Camargo - 20/10/2014
Aumentar FonteReduzir Fonte
A dita margem de erro nas pesquisas eleitorais virou um barranco, pois os dois pontos percentuais para cima e dois pontos percentuais para baixo na intenção de voto, viraram 14 para cima e 23 para baixo; 34 para cima e 18 para baixo para os cargos de governador, deputado federal, estadual e também presidente. O exemplo é de um dos candidatos a presidente nas pesquisas apresentadas tinha 24 % de intenção de voto e foi para o segundo turno com 33,55% de votos efetivos e dai eu pergunto: cadê a margem de erro de + ou – 2%? A pesquisa foi feita corretamente segundo métodos tradicionais, o problema é que eles já não são suficientes, pois não dão as respostas exatas.
Mas porque isso aconteceu? Porque a pesquisa de comportamento com perguntas da intenção de voto, com os eleitores é mais furada que escorredor de macarrão. Tem uma frase que diz: “Estatística é como biquíni mostra um monte de coisas, mas esconde o mais importante”. E o que é o mais importante? O real sentimento das pessoas. Precisamos avançar nesta área mais rapidamente, sob pena de vermos o que vimos no domingo à noite. E os novos métodos da neurociência podem contribuir e muito para tal feito.
A neurociência já tem mostrado que 95% das informações que temos armazenadas em nosso cérebro estão estocadas de maneira inconsciente e, por isso, o eleitor não sabe dizer o que está sentido. A pesquisa tradicional não consegue captar o verdadeiro sentimento das pessoas, o que a pesquisa de neuromarketing, com uso de equipamentos de diagnóstico por imagem, pode fazer essa tarefa tranquilamente.
As novas ciências comportamentais também podem informar o marketing eleitoral, mostrando que existem vieses cognitivos no momento da escolha. Vieses cognitivos ou erros de pensamento são tendências psicológicas que nos fazem tirar conclusões incorretas e gerar comportamentos distorcidos ou não racionais e nem lógicos, a princípio, mas que têm uma explicação biológica e evolutiva. São atalhos cognitivos estudados pela neurociência e são também objetos de novas ciências como a economia comportamental, finanças comportamentais e neuromarketing. Nestas últimas, o objetivo é demonstrar mediante experiências, como os julgamentos e decisões se distanciam da teoria racional da escolha.
Um destes comportamentos que afetam significativamente a pesquisa de intenção de voto é o herd behavior ou comportamento de bando. As pessoas agem com o grupo e, portanto na hora “H” votam por influencia do bando e em pessoas que não queriam votar, mas o fazem para “não perder o voto” ou para entrar em conformidade com o bando (o pessoal que vai no churrasco depois de votar). Uma coisa é o que dizemos, outra é o que sentidos e realmente fazemos e a pesquisa tradicional só capta o que dizemos.
Chamado também de Efeito Bandwagon este erro de pensamento pode induzir a resultados equivocados em pesquisa de comportamento futuro, como a intenção de voto. Este viés acontece quando as pessoas têm uma tendência de seguir as ações ou ideias preconcebidas de outras sem sobre elas refletir ou mesmo sem saber se é bom ou não para si.
Na biologia tem nome de comportamento de manada, que um age em função do grupo a que pertence ou quer pertencer e isso acontece porque nosso cérebro ancestral registrou desde a savana africana que é caro para o indivíduo viver sozinho e que esse ato pode levá-lo á morte. Assim, não pensamos no ato ou no que devemos acreditar, somente agimos conforme o bando, como faz uma zebra que não sabe de onde vem o leão, só sabe que deve correr com o bando.
Quando um sujeito faz escolhas baseadas na informação de outras pessoas significa que está ignorando suas próprias informações. Em política, mais especificamente em eleições, esse fenômeno cognitivo gera comportamentos dos mais inexplicáveis como alguém votar em um candidato que não é de sua preferência, nem do seu partido predileto, só porque se espalhou que ele irá ganhar. Algo que não faz sentido à luz das ciências sociais, mas é perfeitamente cabível e lógico nas ciências biológicas.
E ainda tem: O viés da confirmação - A pessoa tende a perceber e procurar informações que confirmem nossas crenças existentes, ao mesmo tempo ignorando tudo o que contradiz as crenças. É um tipo de pensamento seletivo; Te a aversão à perda- As pessoas estão mais motivadas pelo medo de uma perda de esperança de um ganho, portanto, acabam trocando seu candidato no momento com o medo de “perder o voto”.
Eu poderia aqui ficar horas e horas citando todos os vieses, e que não são poucos. Mas a intenção é mostrar que a pesquisa eleitoral precisa avançar no sentido de apurar sentimentos dos eleitores. O problema estrutural é que a pesquisa de comportamento de intenção voto é quantitativa e não qualitativa. Mas a resposta para o que se procura - saber exatamente em quem se votará - não pode ser somente quanti, pois muitas vezes ela quantifica o engodo, o erro.
O neuromarketing, a bem da verdade, busca as instâncias falsificadoras e não as confirmatórias e, por isso, é um método que deve ser acrescentado nas pesquisas de intenção e comportamento do eleitor. Teremos melhores resultados com estes novos métodos, porque a corroboração para a criação de padrões que nos façam sentido está enraizada em nossos hábitos diários de ação e de pensamento. São marcas do nosso passado e aprendizado filogenético que deixou traços ou padrões de ações antigos, num mundo moderno.