sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Futebol: quando o marketing fala mais alto

Foi o tempo em que Pelé e Ademir da Guia davam o tom das arquibancadas. Hoje, o marketing esportivo é a nova tônica do futebol brasileiro. Depois de perder durante anos os seus principais astros dos gramados para os estrangeiros, o Brasil sente o gostinho de repatriar suas estrelas e alegrar as arquibancadas. Por trás disso tudo está a profissionalização do marketing esportivo brasileiro, impulsionada pela ascensão da economia nacional e pelas dificuldades enfrentadas pelos demais países.


É certo que ainda não chegamos perto de grandes negociações como demonstrou o Barcelona na última semana. Depois de muito relutar por toda a sua existência pelo patrocínio remunerado em sua camisa, o time catalão deixou a tradição de lado e abriu uma exceção para a Qatar Foundation, pela módica quantia de R$ 68 milhões por ano, até 2016. É certo que ainda estamos distantes da realidade europeia, entretanto, já damos sinais de que chegaremos lá. O Palmeiras já é o 5º time no mundo que mais vende camisas da Adidas. Fato este que dará a oportunidade de renovação do contrato até 2014, com cerca de R$ 16 milhões por ano, colocando o clube palestrino em 2º lugar no ranking de valores pagos por fornecedores esportivos, perdendo apenas para o Flamengo, com R$ 20 milhões. Devemos ainda somar aos cofres do Palmeiras, os royalties mínimos de vendas de camisas, equivalentes a R$ 300 mil por mês.

Realmente o futebol brasileiro respira novos ares. Com o advento da Copa do Mundo de 2014, as possibilidades de investimentos em marketing crescem tanto quanto possa instigar a criatividades dos profissionais da área. Paulo Rosemberg, marqueteiro do Corinthians, abriu as portas para a contratação de jogadores tops com o pagamento de salários astronômicos por meio de patrocínios. O Palmeiras segue o mesmo caminho e já pavimenta a pista de pouso para a chegada de Ronaldinho Gaúcho. O São Paulo tido, outrora, como uma administração de ponta, também pega a carona dos rivais e promete apostar nesta nova rede de financiamento do futebol, e já está correndo atrás de parcerias para a contratação do seu próximo camisa dez.

Folheando a bíblia do marketing esportivo brasileiro, veremos que tudo começou com a parceria Palmeiras-Parmalat no começo da década de 90. Um modelo de gestão com apoio direto da empresa italiana trouxe muitos dividendos para o clube palestrino. Títulos regionais, nacionais e internacionais marcaram a cogestão ítalo-brasileira. Depois, tivemos a tentativa mal sucedida do Corinthians por duas vezes, primeiro com o falido Banco Excel Econômico; depois com a MSI, do iraniano Kia Joorabchian, que foi parar nas páginas policiais. Mas, a persistência é a mãe de todas as vitórias. Hoje, a chegada de Ronaldo deu novo fôlego para as ações de Paulo Rosemberg, e garantiu o status de marca mais valiosa do futebol brasileiro para o Corinthians.

Definitivamente estamos virando uma página do marketing esportivo, pois a chegada das Arenas multiuso, tomando o lugar dos desconfortáveis estádios brasileiros, será um atrativo para o show business, trazendo novas fontes de renda para os clubes brasileiros. Outra janela de fortalecimento dos patrocínios que será aberta nos próximos anos é o aumento da competição entre as emissoras de tevê, leia-se Globo x Record – a CBF e os Clube dos 13 assistem tudo de camarote.

É claro que ainda falta mais. O relacionamento com o torcedor, maior patrimônio do clube, ainda é deficitário. O Internacional (RS) é um dos que abriu os olhos e capitalizou uma carteira de 100 mil associados, chegando ao primeiro lugar do ranking. O rival Grêmio vem em segundo lugar com 53 mil. Analisando, os demais clubes estão distantes da realidade gaúcha, e muito mais da europeia, que tem na liderança o Benfica, de Portugal, com 171 mil associados, e no segundo posto o Barcelona, da Espanha, com 163 mil. Assim, sabemos que a estrada ainda é longa.

Muitas iniciativas devem ser adotadas pelos clubes brasileiros, porém postergadas, aguardam a ousadia de novos profissionais do marketing para agregar valores e propostas para o mundo do futebol. Uma das oportunidades é o estreitamento do relacionamento com os públicos do interior dos estados. Ainda é modesta a ação diante desse nicho. Outra porta ainda obscura para os desportos é a da fidelização de novos torcedores. Notamos que não há nenhuma estratégia contundente voltada para angariar novos torcedores, tudo acontece de forma natural, seja por incentivo ou imposição de pais, pela fama do clube na época de infância e adolescência, ou por afinidade com o futebol arte de algum atleta em específico – casos de Robinho, Neymar, Marcos, Rogério Ceni.

É preciso mais, muito mais. E se os clubes não perceberem que o marketing e a comunicação serão o futuro dos esportes, então não haverá futuro nenhum – pelo menos aquele que se espera.


Postado por Laércio Pimentel

Os maiores erros de Marketing de 2010

Autor do blog Erros de Marketing aponta deslizes de empresas neste ano


Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing


O Mundo do Marketing este ano, além de noticiar as principais e maiores estratégias e ações de Markerting no Brasil como de costume, inovou ao hospedar o blog Erros de Marketing. Como nem tudo são flores, o espaço apresentou erros de estratégia, planejamento e execução de projetos que poderiam dar certo, mas que por algum motivo explicitaram os equívocos em departamentos de Marketing.




A lista de erros é extensa e conta com nomes de peso do mercado internacional. Nestlé, Pão de Açúcar, Procter & Gamble, Toyota e Hyundai são os destaques. Como toda a história tem sempre um lado bom, os erros cometidos em 2010 podem ser um aprendizado para o ano que chega e, com ele, os desafios e decisões tomadas pelos profissionais de Marketing.



Uma das lições que fica é o poder que o boca a boca negativo tem para destruir a reputação, seja da marca que for. Outro erro recorrente este ano foi a falta de planejamento em ações como a chuva de Twix, que decepcionou grande parte dos consumidores do produto. Sem contar o desastre da P&G quando deixou cariocas em pânico com uma ação promocional durante um período de conflitos entre traficantes e policiais.



Como não fazer Marketing

De acordo o autor do blog Erros de Marketing, esse foi um ano cheio de aprendizados e também de afirmação de que o consumidor que se sente enganado pode espalhar sua insatisfação para milhares de pessoas. “O anúncio que "eliminou" o Brasil da Copa 2010 publicado pelo supermercado Extra na Folha de São Paulo nos ensinou também sobre a importância do cuidado com detalhes e revisões”, diz o autor, que tem sua identidade preservada porque é um profissional de Marketing de uma multinacional, em entrevista ao Mundo do Marketing.



Uma promoção da P&G colocou ainda mais medo na população do Rio de Janeiro no mês de novembro. No projeto "Caixas Misteriosas", relacionada à promoção Avião do Faustão, a empresa decidiu fazer uma ação de guerrilha espalhando caixas pela cidade, o que fez com que o esquadrão antibomba fosse acionado. “O resultado foi, literalmente, bombástico e saiu como algo negativo em quase todos os meios de comunicação”, escreveu o autor no blog.



Falando nos piores erros do ano, a propaganda do "tchó tchó" da Hyundai mostrou como não se deve usar eventos para “impor” novos hábitos. Patrocinadora oficial da Copa 2010, a montadora decidiu criar um "novo jeito de torcer" que não teve sucesso. Para piorar, a marca não mostra e nem cita nenhum de seus produtos ou benefícios durante o filme.



Errar para aprender

Apesar de parecer, erros como esses não ocorrem apenas com profissionais incompetentes ou despreparados. “Imagino que os supostos erros que postamos são exemplos de resultados obtidos por profissionais bem intencionados, que genuinamente queriam fazer algo de bom para as suas marcas. No mínimo eles nos ensinam que é preciso muito mais que boa intenção para gerar resultados positivos”, aponta o autor de Erros de Marketing.



Assim como a Mars ensinou como não fazer uma chuva de Twix. A primeira falha desta ação foi limitar o acesso para duas mil pessoas e deixar outras duas mil de fora, sem considerar nem mesmo os que haviam chegado ao local no horário recomendado. Outro erro foi que a empresa garatiu distribuir 16 mil unidades do chocolate durante dois minutos. Nos vídeos postados na internet percebe-se, porém, que a “chuva” também foi feita com papel picado junto ao produto.



Resta saber o que origina tais erros e o que os profissionais de marketing podem fazer para evitar isso. “Alguns erram por incompetência, outros por pressa e outros por pura falta de sorte. Em geral, essas parecem ser as principais causas do deslizes, mas não dá para negar que alguns desses erros vêm do risco que algum gestor decidiu tomar no passado ao querer inovar demais", acredita.



Dicas para evitar erros

O autor apresenta algumas dicas que podem ajudar os profissionais de Markerting a evitarem os erros. Primeiro é planejar bem. “Querer lançar as coisas sem dedicar um tempo de qualidade ao pensamento estratégico e ao planejamento aumenta as chances de fracasso. Depois, contrate profissionais experientes e qualificados, não o seu sobrinho só porque ele gosta de desenhar. Por fim, aprenda rápido com os erros para não repetí-los e aprenda com os erros dos outros”, ensina.



O propósito do blog Erros de Marketing não é apenas apontar os equívocos e nem diminuir o trabalho feito nas empresas. “O objetivo principal do blog não é o de atirar pedras nas campanhas, mas gerar ricas discussões sobre a efetividade de tudo o que fazemos. O Marketing não é uma ciência exata e não há apenas uma forma de fazê-lo bem”, explica.



Desta forma, ele acredita que não há como estabalecer o que é certo e o que é errado, mas, quanto mais questionamentos forem feitos quanto a ações criadas para o dia a dia, mais o profissional de Marketing desenvolverá o mercado. “Isto é o que nos ajudará a sermos mais criteriosos em nossas próprias idéias e execuções no futuro, o que pode aumentar nossas chances de sucesso”, completa.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O que os jovens profissionais de Marketing precisam saber?

Estudar em uma boa faculdade é o suficiente? Inglês fluente é um diferencial? Que cursos extracurriculares fazer? Experiência em estágio é essencial? Essas e outras questões rodeiam a cabeça dos profissionais que dão os seus primeiros passos no mercado. Porém, o que esses jovens devem ter em mente é que a vontade de aprender e contribuir com garra e idéias novas contam mais do que um currículo recheado na hora de conseguir o primeiro emprego.


O problema é que muitos jovens que entram no mercado de trabalho unem inexperiência com prepotência e preguiça, combinação fatal para qualquer carreira. “As pessoas devem entrar nas empresas com a manga erguida. Se elas chegarem com preguiça não vão se dar bem. Esse é um problema da geração Y, muitos querem ser gerentes sem antes executarem o que precisam para conquistar espaço”, afirma Adriana Cambiaghi, executiva da Robert Half, empresa de recrutamento.

Nesse início, o que deve importar para os profissionais é o aprendizado, não o dinheiro. Humildade para aprender é vista com bons olhos pelos gestores, bem mais do que ambições financeiras. “Quem está começando não pode pensar só no dinheiro. Ele tem que vir aberto para contribuir e aprender, independente do que vá fazer. As pessoas têm que estar mais abertas para se desenvolverem”, afirma Mariângela Cifelli, Gerente da Divisão de Talent da Page Personnel.

Universidade X Experiência profissional

Ter experiências profissionais anteriores é um fator muito importante. Mesmo que esses trabalhos não tenham sido estágios na área, eles servem para mostrar a vontade e o engajamento dos jovens. “Já ter trabalhado mostra que esse jovem é diferente dos outros que fogem do que é chato, que têm medo de começar de baixo. Mas se você não passar por isso não vai aprender a resolver coisas maiores no futuro”, afirma Amália Sina, CEO da Sina Cosméticos.

Em alguns casos a experiência profissional vale como diferencial, mesmo que a faculdade em que a pessoa tenha se formado não seja tão reconhecida. “Se o profissional fez uma faculdade de primeira linha e não teve experiências profissionais de realização e entrega de resultados, esse perfil tende a ser esquecido. Por outro lado, uma pessoa que corre atrás tende a se destacar”, afirma Adriana, da Robert Half.

Além do terceiro grau, para trabalhar na área de Marketing os cursos de línguas são praticamente obrigatórios. O inglês, antes considerado um diferencial, hoje é quase tão elementar quanto o português. “Dizer que fala e escreve bem o português e o inglês é a mesma coisa que dizer que é honesto”, comenta Amália Sina sobre o quanto essas características são elementares. “Também não vale dizer que é intermediário. Saber intermediário é a mesma coisa que nada. Não vale para o currículo”, completa Amália.

Comportamento do candidato

O conhecimento de qualquer idioma vale mais ainda quando vem acompanhado de uma experiência no exterior, seja com passeios, intercâmbios de trabalho ou estudantil. “Depois que ele já estiver trabalhando na área é bom se especializar com um curso de inglês para Business. No início não é essencial, mas depois pode ajudar bastante”, afirma Danielle Martins, Gerente da divisão de Vendas e Marketing da Page Personnel. Com a exigência do inglês, o espanhol passou a ser um diferencial, além de estritamente necessário quando a empresa almejada negocia com nossos vizinhos.

Outros cursos extracurriculares também são bem vindos, mas também não são essenciais. Eles podem servir como forma de mostrar aos estudantes áreas de possíveis atuações, mas também podem ser interessantes como forma de complementar sua atuação depois que eles já estiverem encaminhados em uma determinada área.

Mesmo com um currículo impecável, na hora da entrevista de emprego, a personalidade e o comportamento do candidato são os itens mais avaliados. Por isso, são válidos aqueles velhos conselhos como usar uma roupa bem arrumada, porém, simples e discreta, além do “seja você mesmo”, já que o perfil do candidato requisitado depende muito da necessidade de cada empresa. “O que os jovens devem ter em mente é que serão recrutados para agregar energia, trazer novas tendências, dar ideias fora da caixa”, afirma Adriana Cambiaghi.


Fonte: Mundo do Marketing

A importância da Layoutização no PDV

Parece difícil acreditar que uma simples mudança na altura de uma gôndola, ou nas cores utilizadas nas paredes da loja podem fazer a diferença no faturamento de uma perfumaria no final do mês. O consumidor pode até não prestar atenção nesses detalhes, mas o simples fato de ele se sentir bem e à vontade na sua loja, encontrando o que deseja sem dificuldade, fará com que ele se lembre da experiência vivenciada na sua loja ao decidir onde comprar em uma próxima oportunidade.


Hoje, os donos de perfumarias estão abrindo os olhos e enxergando essa realidade, buscando atualizar os seus pontos de acordo com uma nova realidade. Eles já sabem que investir no layout da loja é essencial para atrair consumidores e até estimulá-los a comprar mais. “Para o varejista, vale a pena investir na layoutização, porque o aumento nos lucros é garantido. Temos acompanhado a melhoria nos resultados das lojas que reformamos e esse aumento gira em torno de 40%”, afirma José Antônio da Silva, gerente da Picolo, empresa especializada há 15 anos em montagem de perfumarias e drogarias.

Régis Rodero, diretor da Metalfarma, completa: “Uma loja moderna, ampla, com ofertas e produtos bem expostos é cada vez mais valorizada pelo público. As grandes perfumarias atualizam os layouts das lojas, em média, a cada dois anos para atrair e fidelizar seus clientes. O conceito deve ser o mesmo para os menores” cita.

Entre as tendências que estão em alta na layoutização das perfumaria estão gôndolas mais baixas e corredores mais largos. Segundo a Apotheka, multinacional espanhola especializada na montagem de lojas de beleza, saúde e bem-estar, estudos demonstram que o que se vê, vende. Por isso, quando um cliente se depara com gôndolas altas e corredores estreitos, seu campo de visão sobre os demais produtos expostos na loja ficam limitados e, conseqüentemente diminuem as chances desse cliente comprar por impulso. Ou seja, o PDV sai perdendo. “As pessoas não conseguem andar olhando para os lados, do contrário, cairiam no chão e isso por si só explica o fato de que corredores amplos ou gôndolas dispostas em curva aumentam significativamente o giro das mercadorias”, explica Marcos Plana, diretor da empresa no Brasil.

Mais um detalhe apontado pelo executivo são as disputadas pontas de gôndolas. Naturalmente, elas já são o destino natural de fixação dos olhos. E por um motivo que exemplifica um dos grandes problemas o varejo especializado brasileiro: para não correr o risco de bater o corpo ao passar entre os corredores apertados. “As pontas de gôndola, por si só, já apresentam alto giro na venda de

produtos. Ao adequar o layout da loja, você potencializa a venda nas pontas de gôndolas, ao mesmo tempo em que “esquenta” outros setores da loja até então apagados”, complementa Marcos Plana.

A atenção a esses detalhes só tendem a trazer benefícios para o dono de uma perfumaria: maior giro, aumento das vendas e aumento no tempo que o cliente permanece dentro da loja, pois o ambiente fica mais agradável e, com a visibilidade melhor, ampliada, ele poderá controlar melhor os clientes e diminuir as perdas.

Segundo a POPAI Brasil, para conseguir fazer com que o consumidor volte uma segunda vez a sua loja, o lojista deve criar ambientes e cenários que remetam a este consumidor o momento de utilização do produto. “As pessoas não compram produto, a propaganda não vende produto. Vendem e compram a “emoção” de um momento. E para atrair o consumidor é preciso entender o que ele foi buscar e criar ambientes que façam ele desejar aquele produto, que desperte o interesse de compra e de necessidade”, opina Luciana Barreto, diretora executiva da entidade..

Além disso, traçar um perfil de quem é seu consumidor e o que ele busca em seu varejo também é ponto-chave para tal conquista. Observar, perguntar e acompanhar uma compra pode fazer toda a diferença: “É preciso estar atendo à mensagens que o consumidor deixa todos os dias em sua loja. Pois o consumidor de hoje busca a conveniência; produto e preço ele encontra em qualquer lugar. Então o diferencial deste varejista tem que estar em seu atendimento, em seu espaço aconchegante e no respeito ao ritmo deste consumidor” completa Luciana, e ainda segundo ela, isso fará com que ele volte e busque esta conveniência, este diferencial que talvez não tenha encontrado na porta ao lado.



Fonte: http://www.beautyfair.com.br/modules.phpop=modload&name=News&file=article&sid=917

sábado, 11 de dezembro de 2010

10 dicas para fazer uma boa e-newsletter

O e-mail trouxe uma ferramenta preciosa para a comunicação das empresas. Com custos próximos de zero e uma grande facilidade e rapidez de implementação, permite um contacto frequente, segmentado e flexível com os públicos-alvo. Permite também medir com precisão os resultados: é fácil saber quem abriu, quem leu, quem clicou, quem comprou.




Cada e-mail da Amazon é um manual de boas práticas. Neste o texto é muito breve, porque o que há para dizer diz-se em poucas linhas. Mas a chave aqui é a relevância da mensagem para quem a recebe: a Amazon faz uma oferta cirurgicamente dirigida a cada leitor, porque feita com base no que ele já comprou anteriormente. Por isso, a probabilidade de a oferta interessar é grande, dispensando o subject de ser muito “criativo”. Mesmo que a sua empresa não chegue ao refinamento da Amazon, conhecer os interesses do seu público-alvo é essencial.

Apesar de todas essas vantagens, mesmo as empresas que já descobriram o e-mail como ferramenta de marketing raramente tiram todo o partido da sua newsletter electrónica. Pelo menos a julgar pelas muitas que recebo, sem pedir, na minha caixa de correio, e que vão direitinhas para o caixote, parece que as newsletters das empresas têm que ser todas iguais.

Quase todas têm um cabeçalho onde se lê algo como “Nome da EmpresaNews”, um layout vagamente editorial e várias secções com o mesmo assunto: a própria empresa, os seus sucessos, os seus produtos, a opinião dos seus directores, o seu umbigo.

Mas a verdade é que não tem que ser assim. Também nisto das e-newsletters, há muitas maneiras de esfolar o pobre do coelho.

Para dar um cheirinho dessa variedade, lembrei-me de listar estas 10 maneiras de fazer uma newsletter electrónica para conquistar ou reter clientes, motivar colaboradores, gerar tráfego para o seu site, firmar a imagem da sua empresa ou para o que mais você quiser.

Aqui vão:

1. Seja breve

É um sinal de respeito pelo tempo das pessoas: se tem algo a dizer, diga-o de modo rápido, conciso, direito ao ponto.

É claro que, para o caso de o leitor ter em interesse em saber mais, a sua newsletter curtinha pode ter um link para um artigo mais desenvolvido no seu site ou blog. É assim que fazemos, muitas vezes, na newsletter da Hamlet. Mandamos um e-mail curtinho, para despertar a curiosidade pelo tema, com um link para um artigo mais extenso, caso o leitor esteja interessado. Se calhar você é um destes leitores que veio parar aqui através da nossa newsletter. Se é assim, já percebeu que funciona.

2. Seja longo

Há quem acredite que “hoje as pessoas já não lêem ”, e que por isso toda a comunicação, especialmente se tiver fins comerciais, deve ser telegráfica. Ledo engano.



Perry Marshall, provavelmente o maior especialista nos Adwords do Google e um exímiopraticante do e-mail marketing, não tem medo de mandar e-mails muito extensos. Ele sabe – pela adesão dos milhares de assinantes da sua newsletter – que tamanho aqui não conta. O que conta é o interesse e a relevância.

Na comunicação comercial como em qualquer outra, as pessoas lerão o que lhes interessar. Quem gosta a sério de carros não se importa de ler muitas e muitas linhas sobre carros – desde cada uma delas traga informação nova, útil ou simplesmente interessante.

Se conhece bem os interesses da sua audiência, e se tem algo a lhes dizer que de facto responde a esses interesses, não tenha receio do texto longo.

Aliás, se for um texto destinado a vender alguma coisa, quanto mais argumentos de venda contiver, melhor: testes e mais testes realizados pelos praticantes do marketing directo mostram que, ao contrário do que sugere o senso comum, textos de venda longos têm sistematicamente melhores taxas de resposta e melhores resultados do que os curtos.

3. Seja útil

Se a maior parte das newsletters electrónicas das empresas vão para o caixote sem sequer ser abertas, é porque quem as escreve não o faz a pensar no leitor, mas no próprio umbigo. Quer chamar a atenção para os seus serviços e vantagens, mas esquece que para isso tem que oferecer algo em troca: normalmente, conteúdo útil.

Podem ser dicas relacionadas com a especialidade da empresa e com algum problema que o cliente tem a resolver. Podem ser notícias sobre o mercado ou sobre o sector. Podem ser apresentações ou reflexões interessantes. E também podem ser, obviamente, notícias sobre produtos ou promoções da empresa. Só têm é que ser apresentadas de forma a ressaltar o interesse para quem lê, e não apenas para quem escreve.



Os emails de Drayton Bird são daqueles que se guardam para ler e reler. Ele leva muito a sério o marketing directo, mas nem tanto a si próprio. Por isso a sua newsletter, embora seja sempre útil e cheia de conteúdo, nunca deixa de ter uma nota, very british, de humor.

4. Seja agradável

Não misturar negócios com prazer é uma regra básica da vida profissional . Felizmente, é também uma regra que ninguém cumpre.

Imagine que nas reuniões com os seus clientes era proibido falar de futebol, da última fofoca, dos seus hobbies ou interesses comuns. Não só seria uma seca, como os negócios – que dependem de confiança e cumplicidade – se tornariam bem mais difíceis.

Numa conversa por e-mail (que é o que a sua newsletter deve ser) não é diferente. Não faz mal nenhum introduzir o tema com uma história divertida ou um assunto do momento. Se já conquistou a confiança da sua audiência, de vez em quando até pode enviar um e-mail sem qualquer conteúdo comercial ou profissional – simplesmente com algo interessante ou oportuno, de que sabe que os seus leitores vão gostar.

Uma newsletter electrónica serve para vender, para persuadir e para posicionar a sua empresa. Mas serve, em primeiro lugar, para criar uma relação de confiança entre as pessoas da sua empresa e as pessoas que estão lá fora.

5. Seja profissional

Se a sua empresa presta um serviço especializado, uma newsletter electrónica é um excelente meio para firmar a sua imagem como autoridade na matéria. Transforme tudo o que sabe em reflexões, dicas ou informação útil para os seus clientes e vá servindo esse conhecimento em doses regulares.

Mais uma vez, a chave é manter o foco no leitor. O objectivo final é melhorar a sua própria imagem, mas o meio para esse fim não é dizer bem de si mesmo: é ter uma newsletter que é, ela própria, um serviço.

Se é contabilista, envie sugestões para enfrentar o próximo pacote de impostos. Se produz materiais de construção, ensine aos seus clientes retalhistas como expor o produto na loja para aumentar as vendas. Eles vão agradecer. E, quando precisarem de renovar os stocks, de quem acha que se vão lembrar?

6. Seja pessoal

Uma das forças – mas também uma das dificuldades – do email está no facto de ser um suporte tão pessoal. A dificuldade é que tudo o que o leitor vê como uma intrusão no seu espaço privado vai rapidamente para o lixo – quando não, de forma automatizada, para a pasta do spam.



A newsletter de Ken McCarthy, um dos mais respeitados “gurus” da internet, em nada se distingue, na aparência, de um e-mail normal, que tivesse sido enviado por um amigo. O tom também é totalmente informal.

Uma das maneiras de atravessar essa barreira é justamente falar ao seu destinatário não como uma empresa, mas como uma pessoa.

Se for adequada à sua newsletter, essa abordagem implica não só um estilo de texto como um visual “sem layout”, o mais parecido possível com um email normal. A newsletter da Hamlet (que pode assinar aqui) é assim. O seu logo, se aparecer, tem que estar bem discreto.

Mas é por uma boa causa. Por um lado, a sua comunicação ficará menos parecida com um anúncio – e todos nós temos sensores cerebrais programados para diminuir imediatamente o interesse e a atenção quando reconhecemos uma mensagem publicitária. Depois, é mais fácil ignorar a mensagem de um ente abstracto, como uma empresa, do que a de uma pessoa real – desde que, naturalmente, essa pessoa real não se comporte como um robot e tenha algo interessante a dizer.

7. Seja informativo

Esta é fácil. Newsletter quer dizer, literalmente, uma carta com novidades. Convém, por isso, que a sua traga algo de novo para o leitor. Podem ser notícias sobre a própria empresa, os seus produtos ou promoções – desde que isso seja relevante para quem recebe. Ou qualquer outro tipo de informação útil.

Dizer que todos somos ávidos por informação de qualidade é um lugar comum – mas não menos verdade por isso.



Para a newsletter de um veículo editorial como a Meios e Publicidade faz todo o sentido ter um layout… editorial.

Se, pelas características da sua actividade, a sua empresa for capaz de produzir, com regularidade, conteúdo propriamente informativo – notícias, estatísticas, resultados de estudos… – provavelmente fará sentido adoptar um layout e uma estrutura de conteúdo semelhante ao de um órgão de comunicação social. Nesse caso, o aspecto institucional do email não será um obstáculo para o leitor, porque estará a criar as expectativas certas: informação de qualidade, em vez de simples auto-promoção disfarçada.

8. Seja inesperado

Mesmo sendo pessoal, informativa, eventualmente divertida e sempre relevante, a sua newsletter não tem que ocultar o que de facto é: um instrumento de marketing da sua empresa, quer se destine a gerar vendas, a motivar colaboradores ou simplesmente a promover a sua imagem.

O que não significa que o seu leitor a vai rejeitar – mas significa que tem que reconquistar, a cada envio, o privilégio da sua atenção e interesse.

Uma das formas de fazer isso é surpreender. A começar por um dos factores decisivos para que um email seja ou não lido: a escolha do assunto, ou subject. Como o headline de um anúncio ou os primeiros segundos de um spot de rádio ou TV, o subject pode agarrar a atenção e levar a abrir o email ou, ao contrário, decretar que nunca será lido. Um subject do tipo “Newsletter da Empresa X – edição 341” provavelmente está no segundo caso. Mas a Newsletter Hamlet, por exemplo, conseguiu a sua melhor taxa de abertura de emails com um subject que dizia: “A sua presença online é “esteticamente rápida” ou ‘estruturalmente lenta’”?



O objectivo da newsletter interna da CP Carga, desenvolvida pela Hamlet, é manter informados os colaboradores sobre o que se passa na empresa. Para esse objectivo, e tendo em conta que o interesse do target pelas notícias da sua própria empresa está garantido, um layout editorial também é adequado.

Criar curiosidade é um caminho, mas naturalmente não é o único. Se a newsletter da Apple me chegar com um Subject do género “iPad a 50 dólares – só hoje!” é certinho que eu vou abrir. Mas isso sou eu…

Se o subject inesperado conseguir que o seu email seja aberto, convém não decepcionar no próprio email. Faça com que tenha sempre qualquer coisa diferente – seja no conteúdo, seja na forma. É a sua garantia de que o seu leitor, mesmo depois de receber muitas das suas newsletters, continua a esperar pela próxima.

9. Seja esperado

Perto dos olhos, perto do coração. A sua newsletter electrónica é a ferramenta que permite renovar com frequência o contacto com as suas audiências, mantendo-se não só lembrado como bem visto – e bem-vindo.

Para isso, a frequência é importante. Envie a sua newsletter com tanta assiduidade quanto seja possível sem pôr em causa a qualidade do conteúdo. Se tiver algo interessante a dizer todas as semanas, diga. Se só tiver mensalmente, ok. Mas se só puder enviar uma newsletter por ano, provavelmente ela não fará muito efeito.

Uma das razões de ser de uma newsletter electrónica é o seu poder de fidelização. E fidelizar é essencial, quer se trate de clientes, de colaboradores ou mesmo de não-clientes.

Fidelizar não-clientes? Claro que sim. Aliás, será muito mais fácil conseguir a primeira venda, principalmente se se tratar de um produto ou serviço complexo, se o potencial cliente já for um fiel visitante do seu site, um fiel seguidor dos seus pontos de vista - ou um fiel assinante da sua newsletter.



10. Fale com a Hamlet.

Ajudar empresas a produzir conteúdo informativo, interessante e útil é o nosso dia a dia. Se precisar de uma mãozinha com a sua e-newsletter, fale connosco. E, já agora: já assinou a newsletter da Hamlet?

Jayme Kopke

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

4 Tipos de Profssionais

1. O profissional "galinha": aquele que tem medo de tudo – do chefe, do nível de emprego e desemprego noticiado pelos jornais, do aumento do dólar que vai gerar queda nas importações, na queda do dólar que vai gerar queda nas exportações, no boato de fusão com a empresa concorrente... O profissional "galinha" se preocupa tanto consigo próprio que esquece que está ali para trabalhar e não para ficar "ciscando" de um lado para outro. Ele acaba produzindo pouco, pois quer pouco. Ele é pouco motivado e pode eventualmente espalhar sua "gripe aviária" dentro da organização, desmotivando outros quadros da equipe. Sugestão: bote a galinha para correr, a não ser que você deseje fazer uma canja.




2. O profissional "papagaio": é aquele cara falante, ativo. Dá-se bem com quase todo nunca mundo e vive prometendo ajudar a todos resolverem seus problemas. Fala, fala e nada de resultados. Promete soluções que nunca vêm, mas sempre tem uma resposta na ponta da língua: "Sabe o que foi chefe – o fulano ficou de me ajudar a preparar o relatório, mas como eu pensei que ele já tivesse entregado ao senhor, eu não me preocupei". Reparem que o "papagaio", por falar demais, tende a envolver outras pessoas em suas "papagaiadas". Cuidado com esse "penoso". Sugestão: coloque-o em seu devido poleiro – os profissionais "papagaio", necessariamente, não são um problema para a organização, desde estejam sob a tutela de um líder experiente. Basicamente são sujeitos motivados, mas pouco focados em resultados. Precisam aprender a querer mais.



3. O profissional "urubu": ah... Quem não conhece esse tipo dentro da organização? Esse sujeito se caracteriza por sua natureza totalmente desmotivada. É aquele sujeito que acorda de manhã e logo reclama: "Mais um dia de trabalho naquela droga de empresa. Dai-me forças, Senhor". Só que o Senhor não vai dar forças para um cara desses. Aliás, nem o Senhor nem ninguém, porque simplesmente esse cara não quer!



Lembram da regra básica do querer? Querer é não ter medo, é buscar desafios, é enfrentar o desconhecido. O profissional "urubu", além de não buscar nada (porque, simplesmente, não quer), consegue impor ao ambiente um peso, um mal estar que se impregna no ambiente e nas relações interpessoais e, pior, com os próprios clientes da empresa. É aquela história da atendente que recebe a ligação do cliente assim: "Alô. Com quem deseja falar. O ramal está ocupado. Você vai esperar", no que o pobre cliente pergunta se ela poderá resolver seu problema e a moça, interrompendo sua pergunta, responde: "Olha senhor, meu serviço é atender as chamadas e encaminhá-las aos responsáveis. Não posso ajudá-lo. Se quiser, retorne sua ligação daqui há pouco. Nossa empresa agradece. Passar bem".

Imaginaram a cara do coitado? E aí todo aquele trabalho de conquista desse cliente foi por água abaixo, por conta do azedume do "urubuzão" que o atendeu.



A marca da empresa fica comprometida. Uma pesquisa realizada há algum tempo atrás apontou que os clientes sentem-se bem atendidos por uma empresa quando são recebidos com um sorriso. Segundo esse levantamento, apenas 5% da população ri, 35% mantém uma postura indiferente perante a vida e 60% tem uma postura de enfado, de tristeza, de "aporrinhação". Ou seja, 95% dos potenciais clientes de sua empresa chegam tristes ou indiferentes até você. Agora, já pensou se esses clientes de depararem com seu "urubuzão" logo no primeiro contato? Por isso é determinante o "querer" o estar motivado. Quanto ao "urubuzão", bem... Ou você o convence que existem coisas melhores do que a carniça à qual ele está habituado ou, então, mande-o voar para outros ares – deixe claro que em sua empresa, quem voa são as águias.



4. O profissional "águia": a águia é um pássaro emblemático. Desde o antigo Egito ela representa o elo entre o homem e o divino. É a rainha dos céus, o pássaro que voa mais alto e mais rápido. É inteligente, astuta e precisa em seus atos. Quem já viu uma águia pescando seu alimento não tem dúvidas quanto a isto. O profissional "águia" tem muito disso. Sua determinação e o foco de suas ações são facilmente percebidos. É um sujeito que quer atingir suas metas, seus objetivos, sem medo de pular no abismo desconhecido, igualmente ao que faz a águia. E aí vocês podem perguntar: "Mas um cara desses na empresa é um perigo –eu vou ser esmagado por ele".



O verdadeiro profissional "águia" traz consigo características peculiares, como as do próprio pássaro: ele valoriza o aprendizado que lhe foi dado, o apoio recebido para que pudesse dar o primeiro salto no abismo desconhecido. A história é assim: quando os filhotes da águia começam a crescer, eles deverão seguir sua natureza, que é a de voar e caçar. Mas como as águias fazem seus ninhos na beira de abismos ou no topo das montanhas, os filhotes têm medo de saltar. A mãe águia, aos poucos, vai retirando do ninho as penas macias que protegiam e aqueciam os filhotes, tornando o antigo recanto de conforto num ambiente extremamente desagradável ao filhote.



Os mais espertinhos quando percebem essas mudanças e começam a se espetar nos gravetos que eram a base do ninho, saltam no abismo para seu primeiro vôo. Mas sempre tem aquele que é mais "lerdinho" e precisa de um incentivo extra. Nesses casos, a mãe águia não hesita em empurra o filhote para fora do ninho. É uma questão de sobrevivência – ou ele aprende a voar, ou morrerá. E aí a pequena águia se desespera e vai caindo, caindo, caindo. Será a águia uma mãe desnaturada que deixará seu filhote morrer? Quando ela percebe que o filhote não consegue voar, dá um vôo rasante e o salva no último segundo.



Mas vocês acham que ela o leva de volta ao ninho? Não! Ela voa alto e o solta novamente, repetindo o processo até que ele aprenda a voar. E assim fecha-se o ciclo da vida. Essa história ilustra o aprendizado do profissional "águia" – ele somente completará seu ciclo quando iniciar outras águias em seus próprios vôos. Esse é o profissional que toda empresa gostaria de ter em seus quadros.