quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

5 franquias internacionais que deram errado no Brasil

Marcas deslizaram na estratégia de marketing, comunicação com o mercado ou modelo de expansão. A maioria conseguiu voltar com novas estratégias

Na semana passada, a rede de hamburguerias Wendy’s oficializou a saída do Brasil depois de mais de três anos de atuação. Em resposta ao questionamento de PEGN, a assessoria norte-americana da companhia afirmou que o Brasil é um mercado muito importante e que espera voltar com a estratégia certa no futuro.
A razão para a saída não foi revelada, mas existem algumas hipóteses. “Pode ter sido a entrada com o grupo errado. Eram quatro sócios, depende do conhecimento que têm do mercado de alimentação em rede no Brasil. Pelo número de unidades, o investimento feito não era exorbitante. Depende das regras que foram definidas”, comenta a especialista Ana Vecchi, fundadora da Ana Vecchi Business Consulting.
A empresa chegou a ter cinco unidades instaladas, sendo apenas duas em shopping centers. “Se alguém passava na frente, sabia que tinha, mas [a rede] ficou sem efetivamente querer brigar com uma concorrência muito forte, muito bem consolidada. Entrou de uma maneira extremamente frágil”, analisa a especialista.
O Wendy’s não foi o primeiro caso de franquia internacional de sucesso que não soube interpretar o consumidor brasileiro. Diversas redes tentaram instalar negócios por aqui, mas não foram bem recebidas. Algumas refizeram a estratégia, voltaram e se consolidaram. Outras desistiram de vez.
“Há uma mania de achar que tudo que dá certo lá fora, dá certo aqui com conceito igual. E isso não acontece no Brasil. O que vier do México, por exemplo, com o tempero e as características de lá, ou vem muito forte para mudar uma cultura e trazer um universo grande de consumidores, ou nem vem. Se não houver a tropicalização se perde, ou vai ficar pagando até convencer o consumidor a comprar dentro daquele padrão”, explica a consultora.
Além do Wendy's, confira algumas histórias de redes que precisaram repensar estratégias para voltar e expandir pelo Brasil. Alguma dessas histórias podem inspirar um futuro retorno para a marca recém-saída:
Lanche de pato do Arby's, tradicional rede de fast food dos Estados Unidos (Foto: Divulgação)
A Arby’s veio na década de 1990, mas o marketing não era adequado, de acordo com a especialista. O Brasil ainda aprendia a lidar com o conceito de fast food. “O McDonald’s patinou muito com isso também e acertou quando parou de falar de produto e passou a falar do ‘sorriso McDonald’s’. Passou a ser objeto de desejo de primeiro emprego para uma garotada de classe social mais simples. Em contrapartida, acabou vindo também a questão da qualidade do produto, de um serviço mais eficaz, disponibilidade de pontos de venda”, afirma. A Arby’s não quis brigar com o McDonald’s e o único máster-franqueado local fechou as lojas.
Rosquinhas da Dunkin' Donuts: rede voltou ao Brasil como cafeteria para dar certo (Foto: Divulgação)
Dunkin’ Donuts: A marca de rosquinhas deu um 'até logo' ao Brasil em 2003 e retornou dez anos depois, reformulada. Na época do retorno, a rede explicou que a falta de infraestrutura e a impossibilidade de crescimento desmotivaram a continuidade no mercado brasileiro. Eles instalaram cadeias de abastecimento regionais e focaram o cardápio mais em bebidas e lanches para todas as horas do dia, com uma cara de cafeteria. “De primeira, eles vieram com conceito que não era hábito brasileiro, com lojas grandes e um tíquete médio que não pagava as contas”, comenta a especialista.
KFC: rede precisou ir além do frango frito para funcionar (Foto: Divulgação)
KFC: Matérias dão conta de que a primeira investida do KFC no Brasil teria sido ainda nos anos 1970, mas a memória mais recente remonta à então segunda tentativa da empresa de emplacar por aqui nos anos 1990. “O posicionamento de marca e proposta de produto eram falhos para o mercado brasileiro, independente de classe social. Fala-se de galetos, mas tem posicionamento de marca voltada para frango”, explica Ana. De acordo com ela, a rede precisou rever preços praticados e forma de oferta do produto para dar certo.
A empresa conseguiu acertar a estratégia ao retornar pelo Rio de Janeiro, em 2003. Na década passada, a marca passou para a gestão do Grupo BFFC, que detém a marca Bob's.
Subway (Foto: Divulgação)
Subway: a marca chegou ao Brasil pela primeira vez em 1994, por meio de um máster-franqueado. O modelo de concentração da operação não funcionou, muito por conta da economia desfavorável no período. Ana também menciona a falha no marketing e o tamanho das lojas, que eram bem maiores das que a marca costumava operar no exterior. Em 2002, a rede diminuiu drasticamente, chegando a quase desaparecer.
A marca reviu a estratégia e retornou ao Brasil com 14 desenvolvedores de área responsáveis por expandir as franquias em suas determinadas regiões. Com isso, o Subway alcançou mais de duas mil operações e se tornou uma das maiores franquias de alimentação no Brasil.

Estratégias e tendências em Marketing Digital para 2020


Estratégias e tendências em Marketing Digital para 2020
Todo final de ano é um momento de reflexão e planejamento. Dentro da área de marketing, esse processo precisa ser conectado a dados para se entender o que passou e criar uma estratégia para o que está por vir. Só dessa forma, os profissionais terão subsídios suficientes e reais para impulsionar o negócio de forma estruturada.
uso de dados deixou de ser uma tendência para o marketing e passou a ser uma regra. A análise de resultados, geração de insights e personalização de campanhas por meio de informações dos consumidores é parte do trabalho de quem cria campanhas e tende a só evoluir no próximo ano. 
Confira as principais tendências em marketing digital para 2020.

1 – Uso de personalização em diferentes estágios da jornada de compra:
De acordo com a Tata Consultancy Services, os profissionais de marketing que tiveram os melhores resultados foram os que apostaram no uso de dados sobre os consumidores para personalizar a jornada de compra desde os primeiros estágios. 
A pesquisa mostra que  86% dos líderes pretendem utilizar ainda mais a personalização de campanhas e comunicações. Mas diferente do que é feito, a aposta é de que em 2020, além da atração e conversão, estas informações sejam mais importantes para os negócios nos estágios de suporte e retenção.  
Ter dados do relacionamento da marca com o consumidor será cada vez mais importante para  criar um marketing de impacto. No Web Summit 2019, Fernando Machado, CMO do Burger King, ressaltou a importância dessa prática. “São mais e mais dados para alcançar nosso consumidor de uma maneira otimizada e super personalizada, então foque no que a marca representa e como você diz isso a eles”, apontou Fernando.

2 – Inteligência artificial como insumo de dados
Cada vez mais as pessoas têm usado pesquisas por meio de voz. A inteligência artificial por trás do reconhecimento de imagens também vêm evoluindo como forma de encontrar e adquirir produtos, porém, de forma mais tímida. 
Com o desenvolvimento das assistentes pessoais, a tendência maior fica por conta da busca por comando de voz. Entender a forma e o momento em que os consumidores estão procurando por determinado serviço ou produto é essencial para oferecer os gatilhos certos, se posicionar da maneira correta.
Os dados, portanto, não podem mais ser apenas de busca e consumo da forma tradicional, mas também devem acompanhar as novas tecnologias.

3 – Estratégias omnichannel
Por mais que o mundo digital tenha ganhado uma importância crucial para as estratégias de marketing, não podemos esquecer que algumas etapas cruciais se dão em ambientes offlines. Ter dados de todos os pontos de contatos dos consumidores com a marca e pensar em estratégias omnichannel será ainda mais importante no próximo ano – principalmente para a fase de retenção de clientes. 

4 – Segurança de dados
Tudo isso deve ser sempre pensado em conformidade com as leis de proteção de dados. As estratégias já devem ser estruturadas dentro de plataformas que sigam em compliance com as leis e tragam resultados seguros.

5- Humanização como estratégia
O aumento do uso de dados e inteligência artificial pode dar a comunicação um tom  mais robótico. Para 2020 humanizar os e-mails, redes sociais e campanhas será tendência. As empresas precisarão usar os dados como insumo para conhecer o cliente, mas traduzir isso em uma comunicação próxima, realmente personalizada e que não pareça falsa, afinal, ninguém aguenta mais falar com robôs, não é mesmo? 
Para fazer isso, Liliane Ferrari, especialista em marketing, recomenda que se use emoção, empatia e ética. Para ela, a nova geração será impactada somente por comunicações reais e com propósito. 

Invista em parcerias relevantes no próximo ano
As estratégias de marketing tendência para 2020 dependem de uma equipe qualificada, orientada a dados e de acesso a plataformas de big data.
Contar com um parceiro que ofereça essas características pode ser uma forma mais eficiente, com melhor custo-benefício de trazer ainda mais resultados para o negócio no ano que está por vir. 
A Tail é uma plataforma SaaS de Inteligência de Dados, que oferece análises em tempo real, ativações muito mais inteligentes, enriquecimento instantâneo de bases através do sistema “data-as-a-service” e conformidade com a LGPD para impulsionar sua estratégia de marketing em 2020.

Clusterização: o que é, e porque é tão importante para o marketing

Clusterização: o que é, e porque é tão importante para o marketing
segmentação do público-alvo de uma campanha é essencial para sua efetividade. Se entregue para as pessoas certas, um anúncio tem maior chance de gerar conversão, menor custo de aquisição de cliente (CAC) e maior retorno do investimento (ROI). Para  fazer isso, é preciso estudar os dados de comportamento do consumidor ou potencial cliente da marca e separá-los em clusters, ou seja, grupos. 
A clusterização é a categorização das informações sobre o consumidor a fim de gerar segmentações relevantes para as campanhas. São grupos de pessoas com características parecidas. Um comparativo para ficar mais claro, antes no marketing era comum as empresas delimitarem o público-alvo, que poderia ser mulheres, de 40 a 50 anos, que possuíam filhos. Essa segmentação é ampla e pode até funcionar para o marketing offline, mas no online certamente trará pouco resultado. 

O ideal é separar um cluster de informações sobre essa segmentação, algo como:
– Dados demográficos: mulheres, de 40 a 50 anos, com filhos até 5 anos que moram em Recife
– Interesse: leitura
– Comportamentos: crianças vão para escola durante o dia, mulher trabalha o dia inteiro
– Recorrência: usa aplicativo de e-book infantil e assiste muitos desenhos no YouTube
– Financeiro: renda mensal familiar acima de R$10mil

Para um clube de assinatura de livros infantis, por exemplo, essa clusterização levaria o anúncio diretamente para um público qualificado, que tem maiores chances de conversão.

Por que a clusterização mudou o marketing?
Que o marketing digital é orientado a dados, não é segredo para ninguém. O mistério, muitas vezes, está em como as empresas obtém, organizam e utilizam essas informações. Plataformas como DMPs ajudam as empresas a terem dados proprietários e públicos sobre o comportamento de clientes e potenciais consumidores. 
Com essa infinidade de informações na mão, é preciso organizar de forma efetiva uma estratégia de alcance da campanha. E é aí que entra os clusters. Por meio de insights gerados pelas informações — boas plataformas de DMP já os entregam de forma mais clara  é possível juntar diferentes dados em um cluster, gerando um grupo de alta qualidade para determinada campanha. Depois, basta segmentar o criativo para aquele cluster e analisar os resultados. 
Uma das grandes vantagens da clusterização é sua flexibilidade. Se ao acompanhar o desempenho da campanha foi percebido que a conversão está baixa, o CAC alto e o ROI baixo, é possível adaptar o cluster com novas segmentações a fim de melhorar o desempenho dela. 

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

6 filmes da Netflix com temáticas que te ajudam a desenvolver a carreira

#1 Brené Brown: The Call to Courage

Em um especial de pouco mais de uma hora, a pesquisadora norte-americana Brené Brown debate o poder da vulnerabilidade, característica ligada ao autoconhecimento e à inteligência emocional, importantes fatores para o desenvolvimento de carreira. Com um mistura de palestra e comédia stand up, Brené conta histórias pessoais em que a vulnerabilidade teve papel chave em seu desenvolvimento.
Ela recomenda que, no ambiente de trabalho, todos os colaboradores arrisquem e exponham-se à possibilidade de errar. A doutora acredita que o medo de errar é responsável por inibir a criatividade e inovação dentro das empresas e que ser vulnerável, e se sujeitar a errar, traz resultados melhores no longo prazo.

#2 Hitler – Uma Carreira

Cabeça por trás de regime de genocídio de milhões de pessoas, Adolf Hitler tinha um trunfo: grande talento para a manipulação e para vender positivamente sua imagem. O documentário mostra, com documentos da época, como o ditador usou a psicologia de massas para desenvolver sua carreira, chegando a ascender como a maior autoridade da Alemanha, usando suas frustrações do passado como motivação.
Entendendo o poder da imagem, Hilter foi capaz de mobilizar e influenciar milhões de pessoas a caminharem rumo a um objetivo comum, habilidade desejada por muitos líderes. Entre as técnicas utilizadas por ele, estavam uma constante análise de seus discursos e linguagem corporal para fazer com que sua mensagem fosse cada vez mais efetiva no público.

#3 The Final Year

Este documentário segue a equipe de governo de política externa do ex-presidente norte-americano Barack Obama durante o último ano de seu mandato. Acompanhando diversas viagens feitas na época, é possível ver como os membros se organizavam e fomentavam as relações exteriores, enquanto tentavam criar um legado para a administração de Obama. O processo de tomada de decisões difíceis é bastante discutido entre os políticos, que tratam de questões sensíveis.

#4 Como o Cérebro Cria

A inovação é um fator muito importante dentro das organizações, que sempre buscam se manter competitivas no mercado. Pensando nisso, o neurocientista David Eagleman analisa o processo criativo de profissionais inovadores de áreas distintas por meio de entrevistas para identificar maneiras de estimular a criatividade. Em menos de uma hora, o pesquisador consegue reunir diversas perspectivas e métodos para desenvolver o processo criativo, enquanto recomenda técnicas para estimular a criação de ideias disruptivas e aumentar a possibilidade de desenvolvimento de carreira.

#5 NOVA: Está tudo nos Números

automatização do trabalho não é assunto novo, mas cada vez mais os profissionais buscam entender os impactos que esse processo terá no futuro. Este documentário mostra como as previsões numéricas criadas por algoritmos impactam aspectos da vida cotidiana e a confiabilidade desse método. É especialmente interessante para profissionais que trabalham ou desejem entrar na área e para aqueles que estejam a frente de empresas que utilizam esses recursos no processo de tomada de decisões.

#6 Virando a Mesa do Poder

desigualdade de gênero ainda é uma realidade no mundo do trabalho e os homens ocupam a maioria das posições de liderança. Tentando combater esse cenário, o filme mostra como quatro mulheres se organizaram para vencer as eleições ao Congresso dos Estados Unidos e derrotar candidatos do sexo masculino que fizeram o uso de campanhas milionárias. Uma delas, Alexandria Ocasio-Cortez, trabalhava como garçonete antes de desbancar Joe Crowley, que ocupava o posto há quinze anos.
A estratégia utilizada por Alexandria foi entender a realidade da comunidade, batendo de porta em porta para conversar com os moradores da região. As outras três mulheres do documentário perderam a eleição, mas o movimento iniciado pelas quatro mostrou a relevância da participação popular no cenário político. O documentário é uma grande lição para empresários que não escutam seu público-alvo trazendo formas positivas de formar essa conexão.

Fonte:https://www.napratica.org.br/netflix-desenvolvimento-de-carreira/?utm_campaign=netflix-desenvolvimento-de-carreira-24out19&utm_medium=email&utm_source=news_np

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Instagram supera Facebook em engajamento


Socialbakers comparou interações em ambas as redes no último ano e formatos publicitários que geraram melhor performance
Socialbakers comparou interações em ambas as redes no último ano e formatos publicitários que geraram melhor performance
21 de outubro de 2019 - 11h43
Crédito: Omkar Patyane/Pexels
ASocialbakers acaba de lançar um levantamento que compara o engajamento no Facebook e Instagram no último ano. A empresa analisou interações de milhares de postagens de usuários e de 50 grandes marcas globalmente, entre o segundo trimestre de 2018 e o mesmo período de 2019. No período analisado, o engajamento dos usuários no Instagram foi em média três vezes maior do que no Facebook.
Apesar do destaque do Instagram, 60% do volume de investimento das marcas analisadas foi direcionado a anúncios no feed do Facebook durante o período. Outros 20% foram direcionados a posts no feed do Instagram, e o restante distribuído entre formatos como Instagram stories, vídeos sugeridos e vídeos instream no Facebook.

Já no facebook, os posts patrocinados que mais geraram interações foram de marcas de e-commerce, com 17% de participação; varejo, com 12%; moda, com 8%; e serviços, com 7%.  Considerando os formatos publicitários disponíveis em ambas as redes sociais, o que gerou maior taxa de cliques foi o anúncio na timeline do Facebook, seguido de vídeos sugeridos no Facebook, posts patrocinados no feed no Instagram, vídeos instream no Facebook e Instagram Stories, nessa ordem.
No Instagram, o setor com maior número de posts patrocinados foi o de de moda, contabilizando 27% das postagens. Em seguida, aparece o setor de beleza, com 15% de participação, seguido de marcas de e-commerce, com 13% de participação, e eletrônicos, representando 8%. Moda e beleza foram os segmentos que mostraram maior performance na rede social.
A maioria dos anúncios, 95%, foram vistos em dispositivos mobile, e apenas 4,9% foram vistos via desktop. O custo por Click (CPC) para anúncios desktop, em ambas as redes, se mostrou em média duas vezes mais caro em relação a anúncios mobile – com custo médio de US$0,3 dólares para anúncios desktop e US$0,15 para anúncios mobile.
O custo por click para o mobile subiu ligeiramente desde 2017, quando costumava ser de US$012. Já a taxa de cliques em posts patrocinados caiu de 1,6% para 1,1% entre maio de 2018 e maio de 2019. O estudo também identificou que o número de influenciadores que utilizaram a hashtag “#Ad” subiu 33% no último ano.
Formatos de maior engajamento
Considerando o engajamento dos usuários, o formato mais compartilhado no Facebook foram imagens, com 69% de participação, seguidas de vídeos (16%), e links (10%). As transmissões ao vivo, embora correspondam a apenas 4% do conteúdo compartilhado na rede social, são as que mais geram engajamento orgânico, seguidas de fotos, vídeos, links e notificações de status.
No Instagram, as fotos representaram 73% das postagens, seguidas de vídeos (13%) e carrosséis de fotos (12%). Os carrosséis, apesar da menor participação, são os que melhor performam organicamente, seguidos de imagens e vídeos. Os resultados refletem a base de dados da Socialbakers.

Parabéns pra você' e outras 4 ideias simples que viraram negócios multimilionários


  • 13 outubro 2019

Menina celebrando aniversárioDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionA letra original de 'Parabéns a você', de 1893, dizia 'Bom dia para você'
Milhões de pessoas cantam essa música pelo menos uma vez por ano.
A canção "Parabéns a você", de 1893, é atribuída a Mildred Hill, uma professora pré-escolar americana. Mas a letra original – com a mesma melodia que conhecemos hoje – dizia "bom dia para você".
Até que um dia, um desconhecido, do estado americano de Kentucky, substituiu o "bom dia" pelo "parabéns".
Em 1924, a música foi publicada com as duas letras, e os advogados da família Hill começaram a trabalhar para que ninguém a utilizasse sem pagar os devidos direitos autorais.
Eles processaram o compositor americano Irving Berlin por incluí-la em um de seus musicais. E, depois disso, canais de televisão e produtoras de cinema tiveram que pagar até US$ 30 mil (R$ 123 mil) para usar a música.
Há três décadas, a Warner Music comprou os direitos da canção e faturou até US$ 2 milhões por ano.
Celebração de aniversárioDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionWarner Music teve que devolver grande soma de dinheiro a clientes quando juiz determinou que 'Parabéns a você' não tinha direitos autorais
Em 2016, no entanto, um juiz de Nova York determinou que a canção nunca deveria ter tido direitos autorais, porque ninguém sabe ao certo quem escreveu a letra.
A Warner Music teve, então, que devolver milhões de dólares àqueles que tinham pago para usá-la.
Atualmente, "Parabéns a você" está livre de direitos autorais.
Conheça outras ideias simples que se tornaram negócios milionários.

1. O guarda-chuva

Na China, o guarda-chuva é usado há mais de 10 mil anos. Mas no Ocidente, particularmente na Europa, começou a ser usado por mulheres ricas para se proteger do sol.
Mais tarde, no século 18, o britânico Jonas Hanway começou a usar um guarda-chuva comprado no Oriente para se proteger da chuva.
Pessoas usando guarda-chuva em LondresDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPessoas zombavam de britânico Jonas Hanway porque ele usava guarda-chuva para se proteger da chuva – e não do sol
O problema foi que as pessoas começaram a tirar sarro de Hanway, e os taxistas jogavam comida nele toda vez que passava de guarda-chuva, receosos de que poderia roubar seus clientes.
No entanto, pouco a pouco, o guarda-chuva se tornou parte do figurino dos "cavaleiros britânicos", até que em 1830 foi aberta, em Londres, a primeira loja de guarda-chuvas do mundo ocidental.
E, em 1928, Hans Haupt inventou o guarda-chuva compacto, o mesmo usado até hoje.

2. Água engarrafada

A Evian foi a primeira empresa a vender água engarrafada. Em 1929, começou a engarrafá-la na Suíça. As vendas dispararam, uma vez que naquela época as pessoas estavam aterrorizadas com a possibilidade de contrair cólera ao beber água encanada.
Mas as cidades logo começaram a desinfetar a água com cloro, e as vendas de água engarrafada despencaram.
Água engarrafada em gôndolaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEm 1977, surgiu água engarrafada com gás
Em 1977, surgiu a água engarrafada com gás. A Perrier fez um grande lançamento da sua água mineral, vendendo como um produto francês altamente sofisticado.
As vendas atingiram US$ 3 bilhões por ano. E nessa mesma década, as garrafas de vidro foram substituídas pelas de plástico.
Neste contexto, a Coca-Cola e a Pepsi viram uma grande oportunidade comercial e inundaram o mercado com marcas mais baratas.
Atualmente, consumimos 400 bilhões de litros de água engarrafada por ano – e pagamos cerca de US$ 100 bilhões por isso.
O custo é 3 mil vezes mais caro do que beber água encanada.

3. O saco plástico

Antes da invenção dos sacos de plástico, os clientes usavam sacolas de papel para levar os produtos para casa. O problema é que elas não eram tão seguras, e os produtos costumavam cair.
Mas, em 1965, um sueco chamado Sten Gustaf Thulin teve a ideia de vender sacolas plásticas que podiam transportar produtos com mais de mil vezes seu próprio peso.
Pessoa levando bolsas de plásticoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEm 1965, sueco chamado Sten Gustaf Thulin teve ideia de vender sacolas plásticas
Em 1982, os supermercados americanos Kroger e Safeway começaram a usá-las – e atualmente as lojas utilizam bilhões de sacolas plásticas por ano.
Mas essa indústria tem causado problemas ambientais gigantescos. As sacolas plásticas demoram de 100 a 400 anos para se decompor, devastam a vida marinha e causam inundações em todo o mundo ao bloquear os sistemas de drenagem.
4. O marca-texto
No início dos anos 1960, o japonês Yukio Horie inventou a caneta com ponta de feltro, conhecida hoje como marca-texto.
Sua tinta à base de água fazia o traçado deslizar suavemente sobre o papel e permitia destacar certas partes de um texto sem cobrir as palavras.
Marcadores de textoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionJaponês Yukio Horie inventou caneta com ponta de feltro, conhecida hoje como marca-texto
Isso aconteceu em meio ao movimento hippie – foi quando as cores fluorescentes começaram a ser usadas em todas as partes, incluindo roupas, pôsteres e capas de discos.
O segredo dessa explosão de cores está no tipo de tinta, que absorve a luz ultravioleta e infravermelha, convertendo em luzes visíveis.
Em 1971, a empresa alemã Stabilo transformou a cultura hippie das cores em uma "cultura corporativa" com os marcadores Stabilo Boss.
Atualmente, são vendidos por ano mais de US$ 300 bilhões em marca-texto.