Empresas precisam descobrir pontos de descontentamento dos consumidores para resolver problemas e oferecer uma experiência que construa relacionamentos de longo prazo
Por Ana Paula Hinz, do Mundo do Marketing | 30/04/2013
anapaula@mundodomarketing.com.br
As diversas transformações na forma de as pessoas pensarem e comprarem impulsionam as empresas a se esforçarem para conquistar o difícil e almejado público leal. Hoje eles não procuram apenas benefícios funcionais, mas buscam relacionamentos mais emocionais e agregadores. A experiência de marca é fundamental neste contexto, mas deve ser fruto de um gerenciamento contínuo de relacionamento com o público e exercitado por meio de ações estratégicas e táticas que busquem entender a fundo o que gera ou não a satisfação e a lealdade do consumidor.
O modelo de Marketing tradicional, baseado em preço, comunicação e inovação, precisa ser adaptado à nova realidade. Uma proposta da GFK engloba um ponto de vista que destaca a maior relevância que as empresas devem representar para a vida do cliente e a intensidade do relacionamento que precisam desenvolver com ele. A visão 360° de todo o diálogo entre os consumidores e a marca é outro falor destacado pela empresa global de pesquisa, colocando o consumidor no centro do negócio e substituindo o foco em atitude e percepção por termos com significado mais abrangente, como experiência e relacionamento.
A nova forma de pensar e desenvolver a relação entre cliente e marca parte de uma necessidade de as empresas entenderem e se aproximarem dos consumidores, que estão cada vez mais desconfiados e exigentes. “O relacionamento com as marcas e a experiência com elas são coisas diferentes, mas estão conectadas. A experiência está ligada a algo que o consumidor encara no seu dia a dia com a marca. Quando falamos de relacionamento, nos referimos a uma nova economia onde a percepção e os atributos não são os pontos mais relevantes”, explica Massimo Sarcina, Diretor Regional de Brand & Customer Experience para a América Latina da GFK, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Visão holística de 360 graus
As empresas que não se esforçarem para se aproximar e entender as necessidades do público podem se deparar, por exemplo, com a perda de clientes para concorrentes que oferecem produtos mais baratos. Ao gerenciar o relacionamento com o consumidor, no entanto, é possível afastá-lo de competidores, gerar boca a boca positivo e a consequente recompra.
Para isso é necessário pesquisá-lo e corrigir possíveis pontos de descontentamento, o que é possível por meio de uma análise do comportamento atual, laços racionais, emocionais e intenções futuras do cliente. “A visão holística de 360 graus é de extrema importância para entender o que influencia e afeta o comportamento do consumidor e de que forma ele se envolve com a marca”, destaca Massimo Sarcina, Diretor Regional para a América Latina da GFK.
As pesquisas e a observação dos clientes evitam que as marcas desenvolvam iniciativas com o propósito de serem admiradas e não obtenham resultado por esquecerem do fundamental: entregar um bom produto ou serviço. Isso ocorre quando as companhias não oferecem atributos relevantes, como simpatia e atendimento correto da equipe, limpeza e pouco tempo de espera. “Não adianta tentar gerar lealdade se o mínimo esperado não é entregue. É muito comum, por exemplo, no setor de telecomunicações”, avalia Daniela Salles, Diretora de Satisfaction & Loyalty da GFK no Brasil.
Satisfação x lealdade
Apesar de existir a necessidade de se avaliar a forma como o consumidor se relaciona com a marca, há inúmeras dificuldades de entendimento de cada motivação de compra. Mesmo tendo conotações semelhantes, satisfação e lealdade, por exemplo, não são representam o mesmo tipo de experiência. “Você pode ter clientes satisfeitos que não são realmente leais e poder ter clientes leais que não estão satisfeitos com o serviço prestado”, explica Massimo Sarcina.
Isso ocorre porque os clientes satisfeitos que não são totalmente leais se sentem atraídos com facilidades por ofertas da concorrência, enquanto que os consumidores leais e com baixa satisfação podem não ter um relacionamento tão positivo a longo prazo. “Perguntávamos-nos se as pesquisas e ferramentas de Marketing eram capazes de atingir e alcançar as novas exigências que o mercado tem enfrentado. Por isso, desenvolvemos metodologias que permitem às marcas encontrarem novas oportunidades”, destaca Massimo.
A experiência do consumidor deve ser avaliada de forma abrangente, analisando, por exemplo, os pontos de lealdade e satisfação, incluindo os fatores que podem afetar estes sentimentos, como problemas no atendimento ou na qualidade de produtos. A partir disso, os gestores têm uma visão mais completa sobre todo o ciclo de relacionamento, percebendo problemas antes mesmo de eles aparecerem. “Ouvimos muito das empresas sobre a importância de se integrar as ações estratégicas e táticas. Acredito que as marcas já perceberam que é necessário corrigir os problemas com urgência para não prejudicar a lealdade do cliente”, aponta Daniela Salles.
O modelo de Marketing tradicional, baseado em preço, comunicação e inovação, precisa ser adaptado à nova realidade. Uma proposta da GFK engloba um ponto de vista que destaca a maior relevância que as empresas devem representar para a vida do cliente e a intensidade do relacionamento que precisam desenvolver com ele. A visão 360° de todo o diálogo entre os consumidores e a marca é outro falor destacado pela empresa global de pesquisa, colocando o consumidor no centro do negócio e substituindo o foco em atitude e percepção por termos com significado mais abrangente, como experiência e relacionamento.
A nova forma de pensar e desenvolver a relação entre cliente e marca parte de uma necessidade de as empresas entenderem e se aproximarem dos consumidores, que estão cada vez mais desconfiados e exigentes. “O relacionamento com as marcas e a experiência com elas são coisas diferentes, mas estão conectadas. A experiência está ligada a algo que o consumidor encara no seu dia a dia com a marca. Quando falamos de relacionamento, nos referimos a uma nova economia onde a percepção e os atributos não são os pontos mais relevantes”, explica Massimo Sarcina, Diretor Regional de Brand & Customer Experience para a América Latina da GFK, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Visão holística de 360 graus
As empresas que não se esforçarem para se aproximar e entender as necessidades do público podem se deparar, por exemplo, com a perda de clientes para concorrentes que oferecem produtos mais baratos. Ao gerenciar o relacionamento com o consumidor, no entanto, é possível afastá-lo de competidores, gerar boca a boca positivo e a consequente recompra.
Para isso é necessário pesquisá-lo e corrigir possíveis pontos de descontentamento, o que é possível por meio de uma análise do comportamento atual, laços racionais, emocionais e intenções futuras do cliente. “A visão holística de 360 graus é de extrema importância para entender o que influencia e afeta o comportamento do consumidor e de que forma ele se envolve com a marca”, destaca Massimo Sarcina, Diretor Regional para a América Latina da GFK.
As pesquisas e a observação dos clientes evitam que as marcas desenvolvam iniciativas com o propósito de serem admiradas e não obtenham resultado por esquecerem do fundamental: entregar um bom produto ou serviço. Isso ocorre quando as companhias não oferecem atributos relevantes, como simpatia e atendimento correto da equipe, limpeza e pouco tempo de espera. “Não adianta tentar gerar lealdade se o mínimo esperado não é entregue. É muito comum, por exemplo, no setor de telecomunicações”, avalia Daniela Salles, Diretora de Satisfaction & Loyalty da GFK no Brasil.
Satisfação x lealdade
Apesar de existir a necessidade de se avaliar a forma como o consumidor se relaciona com a marca, há inúmeras dificuldades de entendimento de cada motivação de compra. Mesmo tendo conotações semelhantes, satisfação e lealdade, por exemplo, não são representam o mesmo tipo de experiência. “Você pode ter clientes satisfeitos que não são realmente leais e poder ter clientes leais que não estão satisfeitos com o serviço prestado”, explica Massimo Sarcina.
Isso ocorre porque os clientes satisfeitos que não são totalmente leais se sentem atraídos com facilidades por ofertas da concorrência, enquanto que os consumidores leais e com baixa satisfação podem não ter um relacionamento tão positivo a longo prazo. “Perguntávamos-nos se as pesquisas e ferramentas de Marketing eram capazes de atingir e alcançar as novas exigências que o mercado tem enfrentado. Por isso, desenvolvemos metodologias que permitem às marcas encontrarem novas oportunidades”, destaca Massimo.
A experiência do consumidor deve ser avaliada de forma abrangente, analisando, por exemplo, os pontos de lealdade e satisfação, incluindo os fatores que podem afetar estes sentimentos, como problemas no atendimento ou na qualidade de produtos. A partir disso, os gestores têm uma visão mais completa sobre todo o ciclo de relacionamento, percebendo problemas antes mesmo de eles aparecerem. “Ouvimos muito das empresas sobre a importância de se integrar as ações estratégicas e táticas. Acredito que as marcas já perceberam que é necessário corrigir os problemas com urgência para não prejudicar a lealdade do cliente”, aponta Daniela Salles.