quarta-feira, 20 de março de 2013

Marketing sem custos: isso é possível?

Não só é viável, como é muito comum. E existem ao menos quatro maneiras para as empresas fazerem isso. Inclusive, fique atento! Se você ainda não implementou algumas dessas estratégias, pode estar perdendo clientes em potencial
 
Fábio Bandeira de Mello, Revista Administradores,
 

Equipe da Zappos

Parece o sonho de qualquer dono de empresa: o negócio ou produto começa a ser falado pelos consumidores e veículos de comunicação sem nenhum custo com marketing ou com um investimento bem pequeno. A marca vai ganhando um destaque de forma espontânea, o que permite o seu reconhecimento diante o seu público.


O que pode parecer um “sonho” para alguns, na verdade já é usado por muitas empresas em seu suporte de divulgação e disseminação de negócio. E não existe apenas uma forma de fazer isso. Há, ao menos, quatro diferentes estratégias que compõem um cenário favorável para aqueles que desejam ter espaço sem necessariamente desembolsarem milhões. Ficou interessado? Então, continue lendo!

1 - A tal mídia espontânea


Veículos de comunicação tem algo em comum. Eles destacam informações e notícias que geralmente possuem pelo menos uma dessas três características: ineditismo, atualidade ou interesse geral. E é nessa hora que as empresas podem conseguir uma “casquinha” no espaço midiático, digamos, de forma mais natural.


Pode ser através da apresentação de um produto inovador, um fato inusitado que desperta curiosidade nas pessoas, uma mudança estratégica da organização que tem impacto em algum setor, e por aí vai. Inclusive, executivos ou funcionários de empresas, de tanto viverem aquele mercado, podem virar potenciais especialistas no segmento e representar seu negócio em entrevistas. Normalmente essas informações são trabalhadas pelas assessorias de imprensa que divulgam as notícias como sugestões de matérias jornalísticas.


Esse tipo de estratégia pode atrair os olhares de mais gente do que esperado, não só o público-alvo, fazendo com que a marca e o produto sejam expostos numa escala muito maior. Inclusive, com a internet e a consolidação de novos veículos de comunicação de nicho, essa aproximação de empresas com a mídia pode ser utilizada cada vez mais com frequência nas estratégias de negócios.


“A comunicação não é um mero modismo nas folhas de investimento corporativo, ela ajuda a empresa a crescer, se desenvolver, ter contato com aqueles de quem ela precisa no mundo a fora e também no contato com o público interno”, afirma a jornalista Clarice Pereira, responsável pela agência LINK Portal da Comunicação.

2 - Fala que eu te escuto


Uma das mais poderosas formas de chegar a novos clientes é através de novos clientes. Empresas que já entenderam isso, com certeza, possuem um diferencial competitivo dos concorrentes que não levam isso a sério.


Ela funciona, basicamente, através de recomendações: quando alguém comenta com outra pessoa que está satisfeito ou insatisfeito com um produto ou com um serviço que adquiriu. Afinal, esse comportamento de compartilhar experiência e repartir incertezas é uma característica marcante do ser humano.


O especialista norte-americano Andy Sernovitz, que atua há mais de 20 anos com consultorias em marketing boca-a-boca, relata que não existe setores específicos para a utilização dessa estratégia, pois ela funciona para qualquer empresa.


“Mas apenas se essas companhias forem fantásticas e o produto valha a pena ser comentado. Se o seu produto ou serviço for ruim, pessoas ainda falarão sobre ele, mas não dirão coisas positivas. Essa é a beleza do boca a boca: os bons profissionais e produtos vencem e os ruins perdem”, destaca Andy, que também é autor do livro Marketing boca-a-boca.


E não faltam exemplos no mercado de como é possível usar o cérebro e não a carteira para despertar comentários reais dos consumidores, segundo o consultor. “A Zappos, que vende sapatos on-line, possui um suporte ao cliente incrível. Eles oferecem frete grátis e permitem que você devolva o produto com até um ano de uso. E se eles não têm o sapato que o cliente está procurando, eles o direcionam a uma concorrente que tenha. Já a Southwest Airlines é outra favorita em uma indústria que todos amam odiar. Eles possuem um orçamento mais baixo, mas ganham milhares de fãs todos os dias sem gastar. Como? Eles contratam bons profissionais, os tratam com respeito e incentivam que eles tratem o cliente bem, em ações como cantar durante as instruções de segurança. Além disso, eles não exploram os consumidores com tarifas ridículas”, indica Andy Sernovitz.




O mundo virtual do boca-a-boca

Dentro de segmento boca-a-boca, um espaço que virou a “galinha dos ovos de ouro” da maioria das empresas do mundo são as redes sociais. A facilidade de estar em contato direto com o seu público-alvo, além de ter um alcance sem fronteiras a partir do compartilhamento dos próprios consumidores, nunca tinha tomado proporções tão gigantes.


A Butter Toffees, uma das principais marcas do portfólio de balas da Arcor, é um exemplo disso. A empresa chega a conquistar em média quatro mil fãs por dia no Facebook e, com pouco mais de sete meses no ar, a fanpage da marca ultrapassou mais de 750 mil curtidores.


“Temos realmente muitas participações espontâneas declarando amor à marca diariamente. Mas, pra isso, é preciso uma estratégia bem completa que envolve um plano de mídia muito bem executado, cuidado diariamente para atingir exatamente esse público e que conversa diretamente com nosso conteúdo”, destaca Vitor Elman, diretor de arte da Cappuccino Digital, agência responsável pela rede social da Butter Toffees.


Para Vitor, o mais importante nas postagens está na forma como se fala com o internauta. “São frases, enquetes e, principalmente, imagens bem trabalhadas que expressem todo esse sentimento em volta de momentos das nossas vidas que acabam tocando fundo e fazendo com que a gente se identifique, interaja e queira mostrar para os amigos. Esse é o nosso diferencial, trocar as tradicionais métricas de impressões, por expressões, engajamento”, explica o diretor de arte da Cappuccino Digital.


Mas fique alerta: a mídia espontânea pode ser tão boa quanto cruel. Da mesma forma que ela pode destacar produtos interessantes, ela “adora” ressaltar aqueles que sofrem problema. E estar no lado sombrio da força, nesse caso, pode ter certeza, não é tão interessante.


3 - A la Che Guevara


Marketing de Guerrilha é um tema, de certa forma, frequente na revista Administradores. Virou seção fixa na editoria de Curiosidade (pág. 58) e foi a reportagem de capa na edição de Maio de 2011 (Você não viu? Então pode ler – depois de terminar essa matéria).


No entanto, se você ainda assim não está familiarizado sobre o tema, aí vai uma definição: “O marketing de guerrilha tem como objetivo fazer a marca ser falada. Enquanto a publicidade faz uma campanha tradicional para ser assistida, o marketing de guerrilha cria uma história inusitada para ser contada, falada e compartilhada”, destaca Wagner Martins, sócio e diretor de planejamento da Espalhe, principal agência do país nesse segmento.


E na Guerrilha o que vale é a criatividade. Seja ela uma intervenção urbana - utilizando postes, faixas e calçadas -, seja através do corpo a corpo, quando atores e modelos abordam o público promovendo a interação com a marca, seja na própria internet ou, sério mesmo, seja o que a imaginação permitir.


“Em 2011, a Espalhe criou o case que divulgou a volta do Halls Uva Verde, que tinha saído do mercado em 2010 mas, por conta de uma grande movimentação de fãs nas redes sociais, a Kraft Foods decidiu relançar o produto. Através de uma ação inusitada, transformamos os principais fãs e engajadores para a volta do drops em bustos produzidos com a matéria-prima do próprio Halls Uva Verde”, conta Wagner Martins .





Outro exemplo, mas usando as redes sociais, foi a ação para Guaraná Antarctica em comemoração aos cinco milhões de fãs na fanpage da marca. O número, atingido em junho de 2012, foi comemorado pela marca com um jogo entre a Seleção de Guaraná Antarctica e a Costa Rica. O time da marca foi selecionado por Mano Menezes, ex-técnico da seleção brasileira, através de vídeos enviados por jovens de todo o Brasil. “A ação ‘Seleção Amigos do Guaraná Antarctica’ foi a primeira seleção a ser escalada pelo Facebook”, relata o sócio da Espalhe.


A estratégia, porém, não é bem aceita por todos, principalmente em grandes eventos. Nas Olimpíadas, por exemplo, para garantir a exposição limpa dos patrocinadores oficiais, o governo chinês e, recentemente o de Londres, prepararam uma ação de guerra contra a guerrilha, criando um livro de regras sobre Marketing na Olimpíada. Na China, 100.000 policiais, guardas-civis e voluntários ficaram responsáveis pela fiscalização de violações ao direito dos patrocinadores.


4 - Incentivos fiscais


Poucas empresas sabem, mas o fomento à cultura, ao audiovisual e ao esporte pode contribuir significativamente para a imagem e a lembrança da sua marca. E tem um detalhe: elas podem sair de graças se utilizadas às leis de incentivo.


A Lei Rouanet, por exemplo, possibilita que cidadãos (pessoa física) e empresas (pessoa jurídica) apliquem parte do Imposto de Renda devido em ações culturais. Assim, além de ter benefícios fiscais sobre o valor do incentivo, esses apoiadores fortalecem iniciativas culturais que não se enquadram em programas do Ministério da Cultura.


Desse modo, o investimento em cultura pode ser visto como uma oportunidade para as empresas participarem do processo de incremento dos valores culturais da sociedade e, principalmente, a possibilidade de construir uma imagem forte e bem posicionada para o consumidor.


“Sempre que uma companhia se associa a uma iniciativa bacana – seja arte ou esporte – tendemos a olhar para ela com novas lentes: ‘Puxa, que legal, a empresa XYZ bancou esta ação’. Essa frase não tem preço e é difícil de mensurar. Quando o seu cliente enxerga sua organização com essa admiração, não há orçamento publicitário que cause benefício comparável”, indica João Ribeiro, que atua na área de Comunicação Integrada Organizacional.


Está esperando o quê?


Agora que você está terminando de ler esta matéria e viu algumas formas para intensificar o marketing em sua empresa sem gastar muito dinheiro, que tal colocar a mão na massa? As coisas só acontecem para quem sabe aproveitar as oportunidades, transformando-as em ferramentas de negócio e promoção participativa e interativa no mundo dos negócios, esteja on-line ou não.

Revertendo reclamações em marketing

Ninguém gosta de receber reclamações, no entanto, é preciso entender que esta é apenas mais uma forma de contato expressa pelo consumidor. Além disso, as reclamações devem sempre ser vistas como uma nova oportunidade de negócio e inovação


Felipe Martins,

Ninguém gosta de receber reclamações, no entanto, é preciso entender que esta é apenas mais uma forma de contato expressa pelo consumidor. Além disso, as reclamações devem sempre ser vistas como uma nova oportunidade de negócio e inovação.

Teoricamente parece fácil, eu sei. Mas na prática esta postura deve ser aplicada sempre, pois além de resultar em crescimento para sua empresa, em relacionamento duradouro com seu consumidor, fazer da reclamação uma oportunidade ampliará, também, o marketing de sua loja virtual. Veja algumas dicas para obter tais resultados:

É preciso saber agir ao receber uma reclamação. É indispensável, ao receber uma reclamação, rever a questão, mesmo que você saiba tudo a respeito da situação ou do cliente. Essa postura fará você refletir e, consequentemente, tomar decisões mais acertadas. Tendo em mente que uma reclamação é uma ótima oportunidade para divulgar sua empresa positivamente, é necessário manter a calma e avaliar a ocorrência com profissionalismo.

É preciso ir além da reclamação do cliente. Quais expectativas do cliente não foram atendidas? Há alguma outra situação semelhante que precisa ser melhorada? Estas são perguntas que podem revolucionar a forma de enxergar a reclamação. Apenas corrigir um erro ou desculpar-se com o cliente não garante eficácia diante de uma queixa. Por isso, mude o contexto para que tal ocorrência não se repita, aja com responsabilidade e compromisso com seu consumidor; mude de postura.

É preciso interessar-se pela situação. Colocar-se no lugar do cliente não é a atitude mais tomada atualmente, mas é essencial para solucionar um problema. Como você agiria se a mesma situação acontecesse com você? Diante disso, vale solucionar o problema com eficiência, desfazendo os vestígios de outra situação semelhante para apresentar ao cliente uma nova proposta com desculpas sinceras.

Toda empresa passa por dificuldades, imprevistos, reclamações e críticas. Mas o segredo para transformar tais circunstâncias em bons comentários e divulgações positivas é saber como lidar, como corrigir, como se reposicionar. Por isso, reavalie sua postura e, se necessário, mude! Passe a ver os problemas como mais uma oportunidade de provar para o mercado virtual que você possui, sim, um e-commerce de sucesso!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Empreenda mais e melhor com a Lei do Foco

Encontre uma palavra que seja facilmente identificada com o seu produto ou serviço e nunca mais saia da cabeça do cliente

Jerônimo Mendes,

Qual é a palavra que representa sua empresa na mente do consumidor? Se fosse possível resumir toda sua expertise acumulada em anos de trabalho e projeção no mercado em apenas uma palavra, qual seria? Qual é o atributo mais importante ou a vantagem competitiva mais evidente do seu negócio?
Segundo Al Ries e Jack Trout, autoridades mundiais em posicionamento, quando se trata de marketing, o mais poderoso conceito é representar uma palavra na mente do consumidor. É a Lei do Foco. Você “marca” seu caminho para a mente e resume o negócio em uma única palavra ou conceito. É o sacrifício definitivo de marketing.
Nesse sentido, não estamos falando de uma palavra complicada nem inventada, mas, de uma palavra derivada da utilidade dos seus produtos e serviços percebida pelo cliente. Segundo Ries e Trout, as palavras simples são as melhores, aquelas retiradas diretamente do dicionário.
Isso vale para empresas e para os profissionais em geral. Já discorremos sobre isso em outros artigos, entretanto, para variar o exemplo, tente imaginar o que lhe vem à mente quando você ouve falar de liderança, estratégia, posicionamento, vendas e marketing.
No meu caso, por afinidade e experiência no assunto, seria, na mesma ordem, o seguinte: Ken Blanchard, Michael Porter, Al Ries, Jeffrey Gitomer e Philip Kotler. No Brasil, Cesar Souza, Clemente Nóbrega, Arthur Bender, Raúl Candeloro e, para publicidade e marketing, Washington Olivetto.
Em nosso país, quando se trata de produtos e serviços, é possível associar algumas empresas a determinados atributos: Volvo: segurança; Kopenhagen: chocolates finos; Band: o canal do esporte; Duracell: pilhas que duram: Casas Bahia: preço baixo; Xerox: xerox mesmo. 3M: inovação.
Veja como é interessante o caso da Xerox. Onde quer que você vá, a copiadora utilizada pode ser Brother, Ricoh, Canon, não importa, o que você pede? Dez“xerox” desse documento, por favor. Xerox é sinônimo de fotocópia e não há como mudar isso.
A palavra Häagen-Dazs®, por exemplo, difícil de explicar, acabou sendo associada facilmente a sorvetes finos e caros, porém, isso não importa. O que vale mesmo é ocupar um lugar na mente do consumidor e se diferenciar da concorrência. Nem é tão gostoso assim, além de caro. O da Sorveteria Formiga, de Curitiba, é melhor, entretanto, fora de Curitiba, poucos a conhecem.
Para aplicar a Lei do Foco, é necessário encontrar um nicho e dominá-lo, como fazem as empresas grandes: Apple, Cacau Show, Crocs, Localiza, Montblanc, 3M, Natura, Havaianas e tantas outras.
Muitos empreendedores tentar evitar nichos de mercado e se perdem tentando copiar a concorrência. A Lei do Foco diz que você deve encontrar e associar um atributo específico para sua empresa, diferente da concorrência.
Muito bem! Como fazer, então? Será que existe um atributo específico que possa ser associado ao seu produto ou serviço e trabalhado para conquistar um bom posicionamento no mercado? Sem pensar muito, qual é a palavra que representa a sua empresa na mente do consumidor?
Com base nos estudos de John Doerr e Guy Kawasaki, além de algumas percepções colhidas com base em minha experiência profissional, aqui estão os quatro pontos que vão ajuda-lo a aplicar a Lei do Foco e a se posicionar melhor no mercado:
1. Seja significativo: a melhor razão para se começar um empreendimento é ser significativo, ou seja, criar produtos e serviços para tornar o mundo e a vida das pessoas melhor. Nada de imitar nem destruir a concorrência. O que a empresa pretende de fato? Consertar algo errado? Erradicar a pobreza da região? Elevar a qualidade de vida? Exemplo: Disney – fazer as pessoas mais felizes. Médicos sem Fronteiras: prestar ajuda a quem mais precisa.
2. Associe um atributo ou vantagem competitiva: tente estreitar o foco e definir uma qualidade ou vantagem competitiva clara para o cliente. Será que o cliente consegue lembrar-se de sua empresa ou do seu produto com uma única palavra? Exemplo: GE – Energia. Duracell: Durabilidade. Excell: Planilha eletrônica. Gol (o carro): econômico. Microsoft: Windows. Google: pesquisa.
3. Crie um mantra ou um slogan: a questão mais difícil para o cliente é deduzir o que a empresa faz ou oferece, portanto, enquanto o nome da empresa ainda não contempla essa possibilidade, pelo menos um mantra ou slogan a empresa deve contemplar. Mantra é uma fórmula sagrada que se repete em prece, meditação ou encantamento. Exemplo: UOL – O melhor conteúdo. IBM – Pense. Nike – Just do it. Cacau Show – Pra vida ficar mais show. Sony –Make believe.
4. Defina o seu Modelo de Negócio: esse foi o tema do meu artigo anterior. Na prática, seja qual for o tipo de empresa que deseja construir, deve encontrar uma forma para ganhar dinheiro, portanto, independentemente da ideia, da tecnologia, do produto ou serviço, nada servirá se o modelo de negócio não for sustentável a longo prazo. Perguntas-chave: em que negócio você está? O que você realmente vende? Qual é o seu público-alvo? Qual é o seu diferencial competitivo?
A missão da Starbucks é inspirar e nutrir o espírito humano – uma pessoa, uma xícara de café e uma comunidade de cada vez. Contudo, lema da organização é“recompensando os momentos diários”. Qual dos dois é mais fácil de ser lembrado?
Esqueça os chavões da qualidade, excelência, liderança, clientes ou algo parecido. Isso é repetitivo na maioria das declarações de missão das empresas, portanto, ser significativo também significa ser diferente.
Em resumo, encontre uma palavra que seja facilmente identificada com o seu produto ou serviço e nunca mais saia da cabeça do cliente. Talvez a Xerox quebre um dia, mas, o mundo vai continuar pedindo xerox ou, então, como sempre diria minha mãe, “não é uma Brastemp”, mas, tudo bem”.
Pense nisso, empreenda mais e melhor!

Saiba como fazer uma Análise SWOT


Existem várias ferramentas que servem de auxílio na hora de planejar os passos do presente e do futuro da companhia. Uma delas é a Análise Swot, que é utilizada durante a realização do planejamento estratégico para auxiliar na compreensão do cenário em que se encontra a companhia
 
Mayara Chaves, Revista Administradores,
 
Planejamento. Para que uma empresa consiga estipular e atingir suas metas de visibilidade, crescimento, produção e aumento de lucros, é necessário analisar diversas variáveis que, de modo direto ou indireto, estão ligadas a essa palavra e podem contribuir para a evolução e o desempenho de um negócio.
Existem várias ferramentas que servem de auxílio na hora de planejar os passos do presente e do futuro da companhia. Uma delas é a Análise Swot, que é utilizada durante a realização do planejamento estratégico para auxiliar na compreensão do cenário em que se encontra a companhia.
A palavra Swot é uma sigla em inglês originária das palavras Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats) e dá nome a uma matriz que facilita a visualização destas quatro características, que são inerentes aos mais variados tipos de empresas.
Através desses dados, é possível ter uma maior noção dos pontos fracos e fortes, do cenário em que a empresa está inserida, além de servir como auxílio para que profissionais e empresários fiquem atentos ao movimento do mercado. Confira abaixo o passo a passo para a realização da Análise Swot.

1 – Divida o cenário empresarial em duas partes

Com o objetivo de entender melhor o cenário em que a empresa está inserida, é necessário dividi-lo em ambiente externo (variáveis que afetam a empresa de fora para dentro) e ambiente interno (variáveis que partem da companhia, de dentro para fora).

2 – Defina o ambiente interno

No ambiente interno, é necessário determinar as forças e fraquezas de uma companhia em comparação com outras empresas do mesmo ramo de atuação. Tais variáveis são determinadas por meio do próprio contexto da companhia, das ações realizadas, e devem ser sanadas pelos líderes e suas equipes. Por exemplo, as forças e fraquezas podem ser medidas diante da quantidade e qualidade de recursos de uma empresa em face aos concorrentes, como mão de obra qualificada e receita.

3 – Determine o ambiente externo

As oportunidades e ameaças estão dentro do chamado ambiente externo. Elas variam de acordo com o mercado em que o empreendimento está inserido. Por exemplo, uma oportunidade para uma empresa é o crescimento do setor do qual faz parte e o surgimento de novos nichos de consumidores. Já as ameaças podem ser a expansão ou o lançamento de novas tecnologias por uma concorrente do mesmo segmento.

4 – Coloque os dados em formato de diagrama

Determinados os dados do ambiente interno e do ambiente externo, colocam-se as informações numa tabela 2x2, com duas colunas e duas linhas. Confira abaixo um exemplo do diagrama Swot:

Pontos fortesPontos Fracos
Ambiente internoS
Forças
W
Fraquezas
Ambiente externoO
Oportunidades
T
Ameaças

5 – Analise o cenário encontrado

A análise Swot ajuda a ter clareza do negócio, possibilitando que se identifiquem quais pontos fortes explorar e quais pontos a trabalhar no âmbito de toda a gestão empresarial. Essa ferramenta ajuda a determinar a posição atual da empresa e antecipar o futuro, visando as oportunidades e precavendo as ameaças.
| Colaboraram com essa edição Bernardo Gussen (sócio da BC Office) e Ana Paula Lobato (proprietária da Anpla Comunicação).

quarta-feira, 13 de março de 2013

7 fatores de sucesso de 7 empresas que se transformaram em referência

 

Postado por Bruno Mello - 13/03/2013
 
Analisando o conjunto das sete entrevistas da segunda série especial em comemoração aos sete anos do Mundo do Marketing que começa hoje sobre os desafios de empreendedores que iniciaram seus negócios nos últimos sete anos, fica claro que, apesar de estarem em mercados distintos e de terem histórias e perfis diferentes, todos comungam de princípios semelhantes e, no final das contas, são eles os verdadeiros responsáveis pelo sucesso de empresas como boo-box, Diletto, do bem, Fashion.me, Galinha Pintadinha, Koni e Reserva.

São eles: propósito, legado, senso de urgência, inovação, foco em pessoas, orientação para o mercado e liderança moderna. Embora em algumas destas empresas estas filosofias ainda não estejam formatadas cartesianamente, às vezes aplicadas de forma empírica, fica claro nas entrelinhas e principalmente em seu modelo de gestão do dia a dia e na atuação no mercado que estamos diante de iniciativas essenciais ao sucesso delas.

Como muitos negócios, tudo começa com um sonho. Só que a idealização deles se transformou em propósito. Estes empreendedores querem mudar o mundo em que vivem por meio de seu core business. Ir mais longe. Mais do que oferecer produtos e serviços que realmente façam a diferença na vida das pessoas - e esse é o ponto de partida para o sucesso -, o foco é melhorar a vida delas e criar uma conexão direta com seus desejos para que elas também sejam agentes da mudança por um mundo melhor.

E isso deve acontecer no dia a dia. Rápido, principalmente no começo para que o mercado as percebam de forma diferente. Embora tenham um senso de urgência apurado e necessário ao desenvolvimento de qualquer negócio, eles aprenderam que é preciso ter moderação porque nem tudo acontece no tempo que desejam. Esta filosofia é importante para não atropelar as fases, dar maturidade ao negócio e bases para outra característica: ser orientada para o mercado e não pelo mercado.

Para além de desenvolver a marca no seu tempo, elas não estão preocupadas com a concorrência nem com as pressões externas, que podem vir de investidores ou parceiros estratégicos de negócio. Boo-box, Diletto, do bem, Fashion.me, Galinha Pintadinha, Koni e Reserva criaram seus próprios mercados. Seus posicionamentos são únicos e, por não terem concorrentes diretos à altura, são direcionados para atingirem o seu limite de diferenciação sempre a despeito do que os outros podem estar fazendo ou cobrando.

Esta forma de agir começa também na concepção do modelo de negócio ao focarem na inovação. Não necessariamente uma inovação disruptiva, mas de fazer diferente do mercado. Isso vai desde oferecer um produto ou serviço e uma marca diferente, até embalagem e pontos de venda únicos, passando pela busca constante em incrementar melhorias a eles. Criação diferenciada e incessante fazem parte da natureza e do dia a dia delas.

Tudo isso não seria possível sem as pessoas que trabalham nestas empresas. Apontado por todos os empreendedores como um fator crítico para o sucesso, os colaboradores são parte fundamental no processo de criação destas empresas que não existiam há sete anos e que hoje lideram em seus mercados. Dar poder às pessoas, selecionar apenas as que têm os mesmos valores da empresa e engajá-las no propósito da marca são os combustíveis que as fazem agir diferente, se entregando a companhia como parte importante da sua vida.

Vida esta que entra em cena como ator principal quando percebemos uma liderança moderna. Embora todos já tenham virado noite e aberto mão de muitas coisas em prol de seus negócios, hoje a maioria deles entende que não dá para dissociar uma coisa da outra. Se a vida pessoal não estiver bem, a profissional também não estará. Todos reconhecem que não são super homens. Humildes, sabem que para o negócio crescer é preciso aceitar intervenções em suas criações, que precisam de profissionais melhores do que eles para desenvolver a empresa e que sozinhos não vão longe. Estão sempre estudando e aprendendo novos conhecimentos para aplicar ao negócio que precisa existir sem eles.

Mais do que faturar, hoje a meta de todos é criar uma companhia para perdurar muitos anos, nem que para isso seja preciso abrir mão de margens de lucro no curto prazo. Mais do que deixar uma fortuna para seus os filhos, eles querem deixar um legado para gerações. Uma herança de uma marca que transformou seu mercado, fez e faz diferença na vida das pessoas, ontem, hoje e sempre.

segunda-feira, 11 de março de 2013

#Infográfico: conheça o perfil do empreendedor brasileiro

 

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Uma pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor 2012 (GEM) mostrou que quase 44% dos brasileiros sonham em ter um negócio próprio. É o que nos mostra o infográfico em uma visão mais ampla a nível Brasil, onde podemos destacar:
 
- 43,5% sonham em ter seu negócio próprio vs. 24,7% que sonham em fazer carreira em uma empresa;
- De 2011 para 2012 o índice de empreendedorismo saltou de 26,9% para 30,2%;
- A região do Brasil que mais empreende é a Norte com 34,2%, seguida da Nordeste com 30,4%;
- A escolaridade que mais prevalece no empreendimento é de pessoas com segundo grau completo (47%);
- A faixa etária que está mais empreendendo atualmente está entre 25-34 anos;
infografico_empreendedores
E surge uma pergunta que gostaríamos da sua opinião. Você acredita que daqui 5 anos as empresas sofrerão um apagão imensurável de mão de obra por conta de profissionais que optaram por empreender?

Empresas podem ter problemas na Justiça ao usar dados das redes sociais

uipes de marketing e de negócios devem ficar atentas com a coleta de informações confidenciais e de propriedade intelectual
Os dados gerados pelas redes sociais estão se tornando um bem de valor inestimável para as equipes de marketing e de negócios. Esses profissionais estão descobrindo novas formas de fazer uso das informações publicadas pelos usuários das mídias sociais para impulsionar negócios. Porém, advogados chamam atenção para os cuidados que precisam ser tomados com o uso desse tipo de dado.
O escritório de advogacia Kemp Little, baseado em Londres, na Inglaterra, alerta que há restrições legais sobre o uso de dados das redes sociais. Poucas organizações estão cientes sobre essa questão. Apesar de serem consideradas publicas, o uso dessas informações inadequadamente pode gerar processo nas Justiça.
Os dados de redes sociais podem ser coletados online para gerar diversos tipos de análises, relatórios e pesquisas que apoiam as estratégias de negócios. As redes sociais são uma fonte inesgotável na geração de dados demográficos. Elas permitem saber o nome das pessoas, idade, sexo, religião e suas localizações, entre outras informações.
Essas redes possibilitam saber até saber onde determinada pessoa está, quais são suas interações, grupos de amizade, preferências, hábitos de compras etc.
Algumas companhias estão coletando dados anônimos nas redes sociais para atrair clientes e chegar a um público-alvo, sem identificar as pessoas. Em outras situações, as informações são obtidas diretamente de redes sociais como Facebook através de ferramentas de análises e métricas.
As empresas podem se apoiar em recursos como Facebook Connect ou plugins como o botão "Like" do próprio Facebook. Informações dos usuários podem ser rastreadas e analisadas para gerar relatórios que podem valer ouro para as equipes de negócios.
Propriedade intelectual
Os advogados chamam a atenção das empresas que estão realizando esse trabalho para as questões de propriedade dos dados. As organizações devem verificar se não estão quebrando leis de propriedade intelectual, coletando dados sujeitos a regulamentos de copyright ou de confidencialidade.
Muitas informações dessas mídias estão sujeitas às leis de proteção de dados, o que significa que elas não devem ser obtidas para finalidades específicas nem ser mantidas por mais tempo do que o necessário.
As empresas de mídia social estão tentando lidar com essas questões. O Facebook, por exemplo, afirma que a coleta de dados por determinado tipo de software só pode ser feita com o consentimento explícito do usuário. Portanto, esse dado não pode ser usado para qualquer outro fim.
A advogada Suzy Schmitz, do escritório de advogacia Kemp Little, observa que a linguagem dos termos legais utilizada pelas plataformas de mídia social é muitas vezes ambígua. Segundo ela, há uma desconexão entre essas ferramentas e os termos legais porque não explicam com clareza que tipo de dado pode ser usado.
Suzy afirma que as organizações que estão usando dados de mídia social inadequadamente correm o risco de sofrer processo na Justiça. Para evitar problemas futuros, elas devem tomar cuidado para garantir que estão cumprindo todos os regulamentos necessários.
O escritório Kemp Little recomenda que as organizações trabalhem com departamento jurídico na hora de fazer uso de dados das redes sociais. É uma medida importante para assegurar de que não estão quebrando nenhuma regra de confidencialidade e propriedade intelectual.
Outra recomendação é que as empresas não trabalhem com desenvolvedores de soluções ou agências de marketing digital que não respeitem essas regras. Segundo os advogados, os fornecedores de aplicativos que coletam dados online tendem mais a focar na entrega da melhor funcionalidade em vez de se preocupar com a conformidade legal com os regulamentos.