quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A boa sacada do assalto que rendeu vídeo publicitário

Sabe aquelas ideias que você vê e pensa: “Putz! Essa é uma baita sacada!”? A campanha Limonada Reserva (assista vídeo abaixo) me provocou esse pensamento. A equipe de comunicação da grife Reserva aproveitou o registro da câmera de segurança durante um assalto à loja no bairro dos Jardins, em São Paulo, para transformar o vídeo de pouco mais de um minuto numa campanha publicitária.

O vídeo é simples: mostra um grupo de assaltantes estilhaçando a vitrine da loja no bairro nobre paulistano numa madrugada de dezembro passado e levando cerca de 350 peças, num total de R$ 40 mil. Apesar do prejuízo, a equipe se reuniu com o diretor executivo da marca, Rony Meisler, e sugeriu a ideia do vídeo.
theGuardian_Reserva_230113

Na versão editada e que ganhou as redes sociais como publicidade, a Reserva exibe no vídeo a mensagem “não precisa quebrar a vitrine. Apenas entre”.
Em entrevista ao portal G1, Meisler ironizou a situação. “Eles roubaram a minha roupa e a gente roubou a imagem deles. Tomara que eles fiquem chateados e venham reclamar”.
Lançado no Youtube na sexta-feira, 18 de janeiro, o vídeo passava de 108 mil views e mais de 2.200 “gostei” até a noite de terça-feira (22). O número de aprovações em poucos dias só reforça que o brasileiro curte cenas curtas, simples e até “caseiras”.
A equipe de comunicação da Reserva soube aproveitar muito bem uma oportunidade e fez rápido uso das redes sociais, compartilhando o vídeo em seu blog e outras plataformas. Sem contar que toda edição foi feita pela própria marca. Imagine quanto custaria a produção em uma agência profissional?
Por fim, será que podemos chamar os R$ 40 mil em peças roubadas de prejuízo? Contando a repercussão da campanha na imprensa nacional e até internacional (veja matéria no inglês The Guardian), a publicidade até que saiu barata.




Isso sim é saca de MARKETING!! (DIEGO JACOB)

O que são webinars? Uma nova estratégia de mídias sociais.

 



O que é webinar?


Webinar é um neologismo para WEB-based SemINAR, ou seja, seminário via internet. As ferrametas disponíveis atualmente permitem que, além da conferência em tempo real, sejam disponibilizados para o público materiais de apoio, como apresentações em power point, vídeos, chat e enquetes, que permitem interação entre as partes.


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Para Ann Handley, autora do livro Content Rules: How to Create Killer Blogs, Podcasts, Videos, Ebooks, Webinars (and More) That Engage Customers and Ignite Your Business, embora algumas pessoas achem webinars um evento trabalhoso, eles não tomam mais esforço do que, digamos, um e-book bem produzido ou manter um blog bem feito e atualizado.

Dito isso, webinars são uma ferramenta muito robusta e viva, e uma maneira efetiva de atingir seus clientes em potencial.

Quem assiste e produz webinars ama esta ferramenta por seis razões:

1. Um webinar parece mais “ao vivo” do que uma conferência web ou uma apresentação tradicional. O público pode ouvir o palestrante, ver os slides ou vídeo de apoio, e interagir com o conteúdo que você produz em um ambiente mais completo.

2. Ele é mais interativo e social. Se bem feitos, webinars parecem salas de aula ou auditórios reais. Os participantes podem fazer perguntas, conversar no chat com o palestrante, o moderador ou com os outros alunos. Fora do webinar os participantes podem interagir em canais como Twitter, que amplificam a visibilidade do curso.

3. É menos intimidante. Talvez aquele cliente que você gostaria de conquistar, mas que ainda não está pronto para receber uma proposta da sua empresa, ficará feliz em saber mais sobre os seus projetos em um webinar, sem se sentir pressionado. Ali ele é só mais um na audiência.

4. Eles possuem longo alcance e são baratos se comparados com palestras presenciais. E você também pode acomodar muito mais pessoas na audiência do seu evento. E ao invés de fazer uma apresentação para cada cliente prospectado, você pode enviar centenas de convites e atender a todos de uma única vez, não importando se eles estão em São Paulo ou Dubai.

5. Webinars jogam em equipe com o seu conteúdo. Eles podem ser “reimaginados” para tornarem-se muitas coisas: podcasts, artigos, posts de blogs e até eventos por encomenda.

6. E, finalmente, eles funcionam. Pesquisas comprovam: Eventos ou conferências já estão em segundo lugar nos EUA como maneiras de conhecer novos parceiros de negócios, perdendo para os webinars.

Parece ótimo, não é mesmo? Mas, obviamente, tudo isto só é válido quando o webinar é bem produzido e oferece um conteúdo interessante.

Fonte: smartblogs.com

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Product Placement: desafios e oportunidades num mercado em evolução

 

Autor do livro Muito Além do Merchan, Raul Santa Helena fala sobre os novos caminhos para a ferramenta nos tempos das smart TVs e do consumo de conteúdo por demanda

Por Bruno Garcia, do Mundo do Marketing | 21/01/2013

bruno.garcia@mundodomarketing.com.br

product placement,merchan,muito além do merchan,merchandisingA união entre conteúdo produzido pelas marcas e o universo do entretenimento será um opção cada vez mais utilizada pelas empresas para conquistarem a audiência dos consumidores. Em uma era onde as pessoas têm a sua atenção dividida entre múltiplos canais simultaneamente, as televisões oferecem acesso à internet e às redes sociais, e o conteúdo sob demanda permite que a publicidade seja descartada, o product placement em filmes, novelas, seriados e jogos eletrônicos vem se consolidando como opção para que produtos e serviços atinjam seus públicos.

Também conhecida como merchan, a ferramenta foi responsável por grandes cases de sucesso em 2012, como as inserções da Lupo, Kia e Embeleze na novela Av. Brasil. Mas se antes, o product placement em produções nacionais era feito de forma muito óbvia, cada vez mais ele perde o jeito de “intervalo comercial” para se associar ao conteúdo de forma interessante. “O bom conteúdo é cada vez mais forte e presente em nossas vidas. O que muda é a forma como este conteúdo é consumido e como as marcas se relacionam com os seus públicos por meio do entretenimento. O que defendemos é que mesmo a publicidade que interrompe precisa divertir, precisa entreter”, afirma Raul Santa Helena, autor juntamente com Antônio Jorge Alaby Pinheiro do livro “Muito Além do Merchan”, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A convergência entre as mídias tradicionais e os canais digitais cria novas oportunidades para que as companhias trabalhem com ações de Marketing integradas, um desafio para quem precisa conquistar a atenção dos consumidores mais jovens. “Uma empresa pode comprar um espaço em um estádio virtual da mesma forma que compra publicidade no Maracanã. Em breve teremos mídia outdoor dentro dos jogos eletrônicos. A TV conectada à internet também vai revolucionar isso tudo. Temos que olhar para a nova geração, os usuários pioneiros, a maneira como eles interagem com o conteúdo. Conheço pessoas que assistem aos capítulos de sua novela predileta pelo Youtube”, conta o publicitário. Leia a entrevista completa:

Mundo do Marketing – Como surgiu a proposta de escrever o livro “Muito Além do Merchan”?
Raul Santa Helena – A ideia é tratar de uma ferramenta que é pouco explorada nos livros e produções acadêmicas: o product placement. Nos quatro primeiros capítulos, avaliamos o mercado de comunicação, os hábitos de consumo em cada canal, o perfil da nova geração, e os fatores que estão influenciando o comportamento do consumidor em relação a estas mídias. Por isso, ele é também um livro que trata de cenários.

Mundo do Marketing – E quais são os fatores que influenciam o comportamento do consumidor?
Raul Santa Helena -
O primeiro deles é a revolução dos hábitos de consumo. Estamos diante de uma geração multi-tasking que é a principal causadora desta fragmentação de audiência e dispersão de atenção. A forma que ela se relaciona com as marcas também é totalmente diferente de como os seus pais faziam. É uma geração multiplataforma. Os jovens deste grupo são aqueles que melhor se relacionam com o entretenimento. É uma relação hedonista. Por mais que isso seja chocante, as pessoas comuns não estão nas redes sociais para ver comerciais e conteúdo publicitário, por exemplo. Elas estão lá para se divertir, para se entreter. A melhor maneira de entrar nesta conversa é criando conteúdo de entretenimento. Em segundo lugar, esta geração é a que melhor recebe as marcas que trabalham criando conteúdo de entretenimento. Só para citar um exemplo, estamos falando de pessoas muito ligadas à tecnologia e aos games. Nos jogos, é interessante para eles que tudo seja o mais realista possível. Em um game de corrida, os carros vêm com patrocinadores reais. O mesmo vale para games de futebol e outros esportes. Portanto, existe um desafio grande para a publicidade em como captar a atenção destas pessoas, que atuam em múltiplas plataformas ao mesmo tempo.

Mundo do Marketing – O caminho para as marcas, então, é estarem associadas a conteúdo relevante?
Raul Santa Helena –
Esta é uma terceira questão: como monetizar conteúdo de entretenimento? Para resolver esta equação, os produtores deste tipo de conteúdo buscam se associar cada vez mais a marcas para rentabilizar este negócio. É cada vez mais difícil cobrar por conteúdo de entretenimento, mas a associação com as marcas é algo bastante promissor. Estes são os destaques para o cenário.

Mundo do Marketing - A conexão entre conteúdo de entretenimento e as marcas é o que vai ditar este diálogo daqui para frente? Ela tomará o lugar da publicidade tradicional ou terá sempre um papel complementar?
Raul Santa Helena –
Tanto eu quanto o Antônio Jorge Alaby Pinheiro , também autor do livro, não gostamos de radicalizar. O futuro que enxergamos é o da convergência. Estas diversas ferramentas e mídias precisarão conviver de uma maneira diferente. A TV precisará se reinventar, mas ela não vai morrer. Pelo contrário: o bom conteúdo é cada vez mais forte e presente em nossas vidas. O que muda é a forma como este conteúdo é consumido e como as marcas se relacionam com os seus públicos por meio do entretenimento. O que defendemos é que mesmo a publicidade que interrompe precisa divertir, precisa entreter. Um dos vídeos mais vistos de 2011 foi a propaganda da Volkswagen com o garoto vestido de Darth Vader. E era um anúncio totalmente de varejo. Ele trazia o preço do produto no final. A publicidade nunca vai morrer. Mas ela precisa se reinventar cada vez mais.

Mundo do Marketing - O merchan tradicional ainda é muito óbvio no Brasil. A inserção em programas de TV precisa se reinventar?
Raul Santa Helena -
Um dos grandes desafios é melhorar a qualidade do uso desta ferramenta por aqui. Mas temos bons sinais: cases como Lupo e Kia na novela Av. Brasil são exemplos de como o product placement pode gerar excelentes resultados. A cena precisa ser contextualizada, precisa ser sutil. Acredito que estamos contribuindo para isso. Nosso cinema está se expandindo e o conteúdo nacional para a TV também está crescendo muito. Isso abre um campo gigante para as marcas utilizarem estes canais a seu favor. Nas novelas, temos bons e maus exemplos. Além da Lupo, Embeleze também é um case muito bom. Temos também o caso da OB no filme “Se Eu FosseVocê”, outro bom exemplo.

Mundo do Marketing – O livro fala sobre a ferramenta product placement no geral, mas dá um foco diferenciado para o seu uso no cinema. Por quê?
Raul Santa Helena –
O product placement no cinema é pouco explorado. E conseguimos fazer um histórico completo da ferramenta nesta mídia. Temos desde o primeiro filme até os dias atuais. Fizemos uma timeline bem legal com todos os carros que foram utilizados nas principais produções, por exemplo. Também fizemos algo semelhante com as marcas de moda. Na parte final, apresentamos as melhores práticas. É um trabalho bastante completo sobre o tema.

Mundo do Marketing - O que teremos de mais inovador para o product placement nos próximos anos?
Raul Santa Helena -
Acreditamos que a área de games vai crescer bastante. Hoje uma empresa pode comprar um espaço em um estádio virtual da mesma forma que compra publicidade no Maracanã. Em breve teremos mídia outdoor dentro dos jogos eletrônicos. Como eles podem ser constantemente atualizados, as marcas poderão comprar o espaço por um determinado período. A TV conectada à internet também vai revolucionar isso tudo. Temos que olhar para a nova geração, os usuários pioneiros, a maneira como eles interagem com o conteúdo. Conheço pessoas que assistem aos capítulos de sua novela predileta pelo Youtube, só para citar um exemplo. A HD TV e a possibilidade de gravar a programação também muda tudo. Eu sou publicitário, gravo meus programas preferidos e acelero os comerciais quando estou vendo. Mas é importante lembrar que estes canais não serão inimigos da mídia tradicional. Para as marcas, existe um campo riquíssimo a ser explorado. Para os produtores de conteúdo, é preciso encarar esta convergência como parceria e não uma ameaça.

Mundo do Marketing - Ainda há esta dificuldade: os produtores de conteúdo enxergam os canais digitais como problemas?
Raul Santa Helena -
É impressionante como as grandes corporações ainda se comportam em determinados momentos. Elas possuem vícios do passado. O rapaz que criou o Napster, por exemplo, foi vítima de um massacre promovido pela indústria fonográfica. Ao invés de brigar, não seria melhor contratar este indivíduo? Estes são vícios das grandes empresas, que não aprenderam a lidar com este cenário. Enquanto elas brigavam, Steve Jobs saiu na frente e criou o iTunes, hoje o maior vendedor de música do planeta.

As Top 3 Tendências De Marketing Para 2013

 



Especialista mundial em marketing digital, Martha Gabriel, comenta as três principais megatendências do marketing para 2013.

Quando um ciclo se encerra, é natural avaliarmos os resultados que obtivemos e nos prepararmos para o ciclo seguinte, que se inicia. É assim todo ano e agora não poderia ser diferente. O que 2013 nos reserva? Segundo Ray Kurzweil –futurista, inventor e autor de best-sellers–, estamos vivendo a Era do Crescimento Exponencial e, portanto, a velocidade de transformações que temos experimentado nesses 12 primeiros anos do Século XXI tende a continuar vertiginosa.


No entanto, apesar de as transformações tecnológicas que nos cercam serem muito rápidas, as megatendências da última década permanecem as mesmas em 2013 –o que tem variado de ano para ano é o quanto cada uma dessas tendências se dissemina e se torna mais imediata. Por exemplo, a realidade aumentada e o uso de mobile tags (QRcodes) têm sido tendências há anos. No entanto, podemos dizer que 2012 foi o ano em que os QRcodes se firmaram enquanto a realidade aumentada ainda não se tornou mainstream, ainda não está em voga.

Assim, não temos grandes novidades para 2013 em termos de megatendências, mas estamos na iminência da consolidação de diversas delas.

Assim, meu objetivo, aqui, é trazer as três principais tendências de marketing para 2013, ou seja, aquelas que acredito impactarão mais rapidamente o mercado nesse ano e que, portanto, as empresas devem prestar mais atenção.

1. Mobile:


Apesar de o mobile ser tendência já há quase uma década e ter se disseminado amplamente em 2012, a maior parte das empresas ainda não está investindo em mobile –tanto no que se refere aos seus sites quanto aos investimentos de mídia.

No entanto, as pessoas “já são mobile”. Temos testemunhado uma epidemia de mobilidade por meio da popularização dos smartphones e tablets; as estatísticas apontam que em 2014 o acesso mobile ultrapassará o acesso desktop à internet; estudos mostram que os smartphones estão se tornando cada vez mais parte de nós, extensão dos nossos corpos, e que isso tudo tem transformado o comportamento das pessoas virtualmente em todas as áreas de suas vidas –relacionamento, educação, entretenimento, compras etc. A navegação em multitelas já é um fenômeno que está revolucionando a TV e demais mídias tradicionais.

Pois bem, cada vez mais as pessoas chegarão aos nossos produtos, marcas e empresas por meio do mobile. Você tem um site móvel que oferece boas experiências para o seu público? O mobile –mídia paga, ganha e própria– deveria ser prioridade nas empresas em 2013.


2. Sustentabilidade

Sem dúvida, sustentabilidade tem sido tendência também há mais de uma década e não é novidade. No entanto, conforme a população do planeta cresce, novos desafios em sustentabilidade surgem e, enquanto não resolvermos essa equação, sustentabilidade continuará entre as principais tendências de todas as áreas do conhecimento.

Ações de consumo colaborativo e economia de felicidade são exemplos de tendências associadas a sustentabilidade, que estão intimamente relacionadas a marketing, e que podem e devem ser incluídas nas ações de 2013 para o bem das empresas e de todos.


3. Transmedia storytelling

Vivemos uma era da comunicação fragmentada e sobrecarga informacional de forma que ninguém mais consegue forçar um indivíduo a prestar atenção ao que não for relevante para ele. A atenção das pessoas se tornou o principal e mais valioso ativo de marketing das empresas.

Nesse contexto, uma das maneiras mais eficientes de chamar a atenção das pessoas e causar engajamento é por meio de alinhamento de valores compartilhados, embutindo nossos produtos e marcas em histórias que transportam esses valores. Por isso, transmedia storytelling desponta como uma das principais ferramentas de marketing, tornando-se uma das tendências mais imediatas. Como já dizia Platão, “quem conta as histórias controla o mundo”.


Apesar dessas tendências serem as três mais iminentes para ações de marketing, devemos também ficar constantemente de olho em todas as megatendências que vêm se delineando ao longo da última década (cloud computing, big-data, gamefication, social everything, realidade aumentada, internet das coisas, vídeo, interfaces gestuais etc.), tanto no que se refere a tecnologia quanto a impactos no comportamento do consumidor. Como tempo e dinheiro são recursos limitados para qualquer empresa, a inteligência consiste em estar antenado para escolher em quais tendências investir no momento certo.


Saiba mais sobre transmedia storytelling (vídeo com Martha Gabriel).



*Martha Gabriel é pesquisadora, professora e coordenadora do MBA em Marketing da HSM Educação

A Nova Liderança Nas Organizações

 



Adm. Ana Cláudia Bilhão Gomes

Quem está inserido no mercado de trabalho vive um cotidiano de constante instabilidade, tempos atrás era o início da globalização e os reflexos da revolução tecnológica, hoje é a crise da economia mundial. Tudo isto apimentando os desafios inerentes a qualquer organização como a concorrência, o crescente nível de exigência dos clientes e a busca de equilíbrio financeiro.

Para sobreviver a tantas adversidades, as empresas passaram a buscar diferenciais e muitas estão focando na gestão de pessoas, concentrando atenção especial no desenvolvimento de suas lideranças, devido ao poder de influência do líder e sua capacidade de impulsionar resultados no ambiente organizacional.

Como se sabe, cabe aos líderes a missão de atingir os resultados pretendidos pela organização através das pessoas. Assim, não há como fazer uma gestão de pessoas eficaz, sem eficácia na liderança, já que os líderes são os modelos sociais para os demais colaboradores.

Infelizmente existem muitas organizações que não se deram conta que a competência de seus líderes - ou falta dela - é capaz de alavancar ou detonar todas as demais competências organizacionais. A liderança tanto pode ser a mola propulsora quanto a âncora que puxa para baixo e faz uma equipe estagnar.

Os líderes são como uma bússola para todos os demais colaboradores, sua conduta e comportamento sempre servirão de parâmetro, portanto, devem apresentar uma postura coerente com os propósitos da organização e, acima de tudo, liderança é uma questão de caráter e atitude. Um líder sem caráter não obterá credibilidade junto às pessoas e sua falta de atitude não influenciará positivamente o comportamento das mesmas, enfim não será aceito como uma verdadeira liderança.

O líder legítimo possui algumas qualidades que o distinguem e fazem dele um bom exemplo, são elas: a honestidade, a confiabilidade, o compromisso com as pessoas, a capacidade de ouvir, o tratamento respeitoso, ele é positivo e entusiasmado e, principalmente, gosta de gente.

As pessoas comparam o que um líder diz ao que ele faz, havendo um distanciamento entre seu discurso e sua prática as pessoas deixarão de acreditar nele e daí em diante ele terá um grande esforço para recuperar a confiança de sua equipe. Não se consegue ser um verdadeiro líder só com palavras, mas sim com atitudes de liderança.

Nas organizações nos deparamos com gerentes que não são verdadeiros líderes e não podemos culpá-los totalmente, pois, muitas vezes foram colocados num papel de liderança sem o desenvolvimento desta habilidade, ou seja, sem preparo para ocupar um cargo tão estratégico.

Existe uma diferença entre “ser” e “estar” líder. A liderança formal seria o “estar líder”, que é o caso do cargo imposto ao grupo e que exerce funções de direção e controle, como por exemplo, um chefe de departamento ou o gerente de uma fábrica. Este tipo de líder exerce um poder hierárquico sobre os seus subordinados e talvez não tenha as qualidades de um verdadeiro líder.

Já o “ser líder” é aquela liderança - formal ou informal - que é “aceita” pelo grupo, sendo o elemento central para onde convergem às comunicações, desempenhando um papel importante na orientação do grupo para a consecução de seus objetivos. Este tipo de líder exerce autoridade e influência sobre o grupo, seria a liderança desejada e necessária a todos os grupos.

A maioria das pessoas pensa na liderança como se fosse uma posição e, portanto, não se vêem como líderes, acreditam que a liderança é um dom e, portanto não há como nos “tornarmos” líderes se não nascemos dotados desta competência. Mas, como pode ser encontrado na literatura, liderança é uma “habilidade” e sendo assim pode ser desenvolvida.

A situação ideal seria aquela em que alguém tem o cargo e a atitude de liderança, pois se ele apenas tem o cargo não será visto como um líder e sim como um chefe. Não será alguém que as pessoas “desejam seguir” e sim alguém a quem elas “devem obedecer”.

Durante muito tempo as pessoas eram promovidas a um cargo gerencial por apresentarem um ótimo desempenho técnico, as competências comportamentais eram pouco valorizadas, o que importava era o conhecimento a respeito do trabalho e não o relacionamento interpessoal. As empresas promoviam os seus melhores técnicos e não desenvolviam a sua habilidade de liderar e com isto acabam perdendo ótimos profissionais e ganhando gerentes medíocres e equipes desmotivadas.

Hoje liderar é basicamente relacionamento. É óbvio que o líder precisa ter competência técnica, mas, ele tem que concentrar seus esforços no desenvolvimento de sua competência comportamental, pois seu dia a dia será repleto de administração de conflitos, negociação, busca de sinergia, enfim, necessidade de inter relação e comunicação constantes. Para isto, o líder terá que conquistar as pessoas e envolvê-las para que façam de coração o que precisa ser feito, da melhor maneira possível.

O líder que ama o que faz assume a responsabilidade pessoal pelo sucesso de sua equipe, ele sabe que impacta na vida das pessoas que o rodeiam e quer que todos sejam vitoriosos. Além disto, ele está sempre formando novos líderes, pois acredita que a liderança deve ser desenvolvida por todas as pessoas, já que em várias esferas de nossa vida podemos atuar como líderes.

Os líderes dos novos tempos deixam de ocupar o papel de “mecânicos” da organização mecanicista e passam a ser os “jardineiros” na empresa vista como um sistema vivo, abordando a gestão de pessoas como se estivessem cultivando um jardim, acreditando que as pessoas são sementes e têm o potencial para crescer.

A nova e boa liderança, se respalda na capacidade para entender, responder e antecipar mudanças, ouvir e respeitar as idéias das pessoas, estimular a criatividade e o conhecimento, a conciliação de pontos concorrentes, delegar, comunicar, exercendo o diálogo, aplicando princípios holísticos e democráticos.

Sendo assim, mais do que procurar desenvolver seus líderes formais, as organizações devem oportunizar a todos os seus colaboradores o desenvolvimento da habilidade de liderar, pois, todos poderão contribuir para melhores resultados a partir da percepção de que cada um pode ser líder de si próprio, estando a serviço do bem comum. Esse tipo de liderança transformadora, que permeará todo o ambiente organizacional certamente será o maior diferencial competitivo para qualquer organização.

E se você não tiver perfil empreendedor?

Não se desespere, pois o mundo não vai acabar para você por não ter as características do empreendedor de sucesso


Marcos Hashimoto,

Há poucos dias recebi uma mensagem de um leitor bastante preocupado com a relevância que o tema ‘empreendedorismo’ vem ganhando em todas as esferas. De fato, se prestarmos atenção, veremos que o empreendedor é uma figura que alçou o posto de ‘salvador da pátria’, a economia precisa de empreendedores, os líderes precisam ser empreendedores, candidatos a prefeito adotaram o termo em seus discursos para conseguir votos, passando pelo mundo da moda, pelos esportes, pela arte e na família, todo mundo tem que ser empreendedor.

A apreensão surge ao fazer qualquer tipo de teste de perfil empreendedor. Quando os resultados indicam que a pessoa não gosta de mudanças, não aceita correr riscos, não vislumbra um futuro muito além do mês seguinte, não é comunicativo nem espontâneo, não é criativo, tem péssimo faro para oportunidades e é pouco organizado, o que se pode fazer? simplesmente não há espaço para ele neste mundo de empreendedores?

Bem, a minha resposta é a seguinte: Não se desespere, pois o mundo não vai acabar para você por não ter as características do empreendedor de sucesso. A Terra continuará a girar, o Sol continuará a se por ao final de cada dia, as empresas continuarão suas atividades mercantis e as pessoas continuarão as mesmas por um longo tempo. Em primeiro lugar, precisamos nos anestesiar um pouco da disseminação imprópria do termo ‘empreendedorismo’ pelo mundo afora. O perfil empreendedor representa aquilo que sempre se valorizou em mercados competitivos no mundo inteiro, simplesmente acharam um termo que explica o que todo mundo já sabia: As pessoas precisam ter iniciativa e assumir a responsabilidade pelas realizações que trarão benefícios para si e para a comunidade. A popularização e massificação de expressões como esta refletem os ‘modismos’ empresariais que ajudaram a vulgarizar muitas das conhecidas ‘buzzwords’ como liderança, teamwork, inovação, qualidade, entre tantas outras. As mais recentes são resiliência e assertividade.

Em segundo lugar, os não-empreendedores também são importantes. A despeito dos avanços na tecnologia, as atividades rotineiras ainda fazem parte de qualquer trabalho. Ainda vamos precisar de pessoas que, sem criatividade, ajudem a ‘carregar o piano’. Ainda precisaremos de pessoas que vejam sentido no lado bom da burocracia, que pode ser traduzido por ‘Organização’. De forma alguma poderemos dispensar aqueles que se satisfazem em cumprir o seu horário de trabalho e fazem aquilo que foi determinado na sua descrição de cargo. O problema é que antes do ‘boom’ sobre o assunto, os empreendedores estavam, dentro das empresas, no mesmo nível que os demais 'mortais' e seu potencial estava se neutralizando por conta dos paradigmas corporativos que impediam, e impedem, a manifestação deste tipo de talento.

Em terceiro lugar, já pensou uma seleção brasileira só de Ronaldos? Um time só é completo e efetivo se tiver bons goleiros, bons atacantes, bons zagueiros, bons pontas, bons meios-de-campo, com habilidades distintas. Um bom finalizador geralmente é péssimo na marcação. Excelentes armadores de jogadas podem ser uma negação ao orientar a defesa. O que quero dizer é que existem diversos tipos de empreendedores, tudo depende da habilidade necessária para o projeto. Por isso, antes de assumir que você não é empreendedor, procure saber que tipo de empreendedor você não é e de repente você pode até descobrir que pode ser outro tipo de empreendedor. Não existe o empreendedor completo, o super-homem que possui todas estas propaladas qualidades. O que existe é um rol de habilidades utilizadas para determinadas necessidades. Um cara criativo, junto com um bom administrador, assessorado por um especialista no assunto, formam uma Equipe Empreendedora. E, no final das contas, é isso o que conta e não um único responsável por tudo.

Por último, só porque você não tem um perfil empreendedor, não quer dizer que não possa adquirir este perfil. Existem várias escolas que estudam o empreendedorismo, algumas dizem que o empreendedorismo é inato, outras dizem que pode ser desenvolvido. Eu, conhecendo todas as escolas, digo que todas estão certas. Algumas características/comportamentos são inatas, mas outras habilidades podem ser desenvolvidas, dadas as devidas condições. Independentemente da origem cultural, formação educacional ou experiências vividas, qualquer pessoa pode aprender a empreender. Criatividade pode ser treinada, técnicas de gestão podem ser aprendidas, relacionamento pessoal pode ser desenvolvido. O importante é saber qual o seu potencial empreendedor, que habilidades você tem mais suscetibilidade para desenvolver. O processo de auto-conhecimento é fundamental para definir a linha de formação. Conhecendo seus pontos fortes e fracos, seus desejos e expectativas, suas experiências positivas e negativas, seus prazeres e desprazeres, você terá como traçar um plano de desenvolvimento de algum dos vários perfis empreendedores que existem.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Marcas devem ter atitude mais proativa no mobile em 2013

 

Empresas vão deixar de se importar apenas com a presença nos dispositivos móveis para investir em serviços personalizados que tenham valor para os consumidores

Por Ana Paula Hinz | 17/01/2013

anapaula@mundodomarketing.com.br

As empresas que utilizam mobile Marketing estarão mais ativas no meio em 2013.Mobile,2013,tendências,m-commerce,3G A explosão do segmento começou a acontecer, mas falta a adesão de um maior número de organizações para que se possa dizer que o setor deslanchou de vez. A tendência, no entanto, é que mais corporações façam esse movimento e que as já inseridas passem por um amadurecimento. A preocupação com o planejamento mais estratégico entra em evidência e o relacionamento com os consumidores começa a ser percebido como um ponto crucial a ser trabalhado.
Todas essas mudanças são impulsionadas pela demanda do próprio mercado. A adoção de tablets, smartphones e internet de banda larga têm aumentado o uso exponencial do mobile. Segundo a pesquisa F/Radar realizada em 2012 pela F/Nazca em parceria com o Datafolha, 41 milhões de brasileiros estão acessando a internet móvel no Brasil.
Outro dado que mostra o rápido crescimento da área foi o anúncio feito pela Apple esse mês de que até hoje 40 milhões de aplicativos foram baixados na APP Store, sendo que metade desse número foi descarregado somente no ano passado. Mobile,2013,tendências,m-commerce,3GDiante disso, as empresas não podem deixar de se posicionar. “Hoje não enxergo nenhum cliente nosso chegando no final do ano sem um site mobile e pelo menos uma campanha de mobile advertising”, destaca Marcelo Castelo, Sócio e Diretor da agência F.biz, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Publicidade e e-commerce
A partir do momento que há audiência na plataforma móvel, existem inúmeras maneiras de as organizações entrarem em contato com o consumidor. O mobile é provavelmente a única mídia que acompanha o usuário em todos os seus momentos de consumo, o que gera novas possibilidades. “As pessoas dormem e acordam com os seus aparelhos e passam o dia inteiro vendo email, navegando nas redes sociais e em sites de notícias. Todos esses produtos têm publicidade, seja via banner ou patrocínio. O que não faltam são oportunidades”, analisa Eduardo Fleury, Diretor Geral da Hands, empresa de mídia mobile do Grupo Mobi, em entrevista ao portal.
O movimento inicial é o de as empresas anunciantes na internet convencional migrarem para os dispositivos móveis. Caso, por exemplo, das que anunciam no Facebook e passam a trabalhar também com a sua versão mobile. “Isso vai virar um padrão. Esse ano, novas empresas terão site móvel e começarão a experimentar as campanhas de mobile”, opina Marcelo Castelo.
O pagamento móvel é apontado como uma forte orientação do mercado nos próximos anos e alguns exemplos têm surgido no Brasil. O Oi Pago, da operadora de telefonia Oi, e o M-Cash, da Sacks, são alguns em atuação. Mobile,2013,tendências,m-commerce,3GMas, em 2013, apesar de começar a decolar, terá adesão proporcionalmente pequena ao seu potencial por causa de vetores como desenvolvimento do setor bancário, do varejo e dos meios de pagamento. Já a compra online por celular deve crescer mais esse ano, só que a porcentagem ainda será pequena em comparação a outros canais. “A média dos mobile commerces no Brasil é de 2% e deve chegar a 5% até o final do ano”, projeta o Sócio e Diretor da agência F.biz.
Canal de relacionamento e prestação de serviço
Novas formas de atuação e expansão do negócio em mobile são necessidades cada vez mais urgentes. Ter um site e campanha nos dispositivos móveis é o mínimo, mas as empresas devem, o mais breve possível, entrar em estágios mais avançados que incluem novas ideias de ferramentas e criação de experiências relevantes para o público. Foi o caso da Johnson & Johnson, que em 2012 desenvolveu um aplicativo nos EUA que lia códigos em band-aids infantis e permitia o surgimento de uma animação interativa voltada para as crianças. ”É importante pensar em algo que dialogue com os valores da marca, mas que seja novo e relevante para o consumidor”, acredita Eduardo Fleury.
As empresas que atuam em mobile devem deixar, ainda esse ano, de incluir a marca no meio apenas para mostrar presença. Em vez de disso, terão uma atitude mais proativa e desenvolverão ações com maior relevância para o público. Entender a audiência será primordial para aquelas que querem se destacar no meio. “Os canais serão cada vez mais estratégicos e voltados para soluções que agreguem valor e façam parte do dia a dia do cliente”, opina Guilherme Santa Rosa, Sócio e COO da Mowa, em entrevista ao Mundo do Marketing.
As ações pontuais darão lugar para estratégias mais perenes. O objetivo não será apenas gerar recall, mas criar um canal de relacionamento e prestação de serviço. Nesse sentido, os aplicativos que transformam modelos de negócios serão tendência a curto e médio prazo. “Aplicativos que sabem onde o cliente está, que tipo de coisas gosta e oferecem algo que Mobile,2013,tendências,m-commerce,3Gserve para ele naquela hora têm grande potencial”, opina Paulo Melo, Gerente de Websphere da IBM Brasil, em entrevista ao portal.
Segurança, Windows 8 e 3G
O aumento das opções de serviço, comercialização e pagamento via dispositivos móveis e sua maior utilização corporativa trazem a preocupação com a segurança das informações. Por isso, em 2013, novos modelos unindo proteção sem perda de flexibilidade de acesso devem surgir. “Cada vez mais os funcionários usam os seus próprios devices dentro das corporações. Isso traz desafios para os fornecedores em termos de segurança e de desenvolvimento de aplicativos de forma rápida e com baixo custo”, destaca Paulo Melo.
As tendências no campo da tecnologia incluem o maior interesse pelo Windows 8, que deve avançar como uma terceira plataforma no mercado de sistemas operacionais atrás do iOS, da Apple e do Android, do Google. O 4G não vai ser tão comercializado em 2013, mas esse é o ano piloto para que este tipo de conexão comece a se tornar massificada. Por outro lado, a internet 3G vai apresentar força total. Um estudo da companhia de tecnologia Huawei mostrou que o acesso a banda larga móvel atingiu 65,4 milhões de conexões no terceiro trimestre de 2012 e 80% delas foram geradas a partir de aparelhos 3G.
A tendência é que essa tecnologia se popularize ainda mais e cause um aumento da demanda pelo serviço. Depois de se consolidar no pós pago, haverá um crescimento de seu uso em modelos de negócio pré pago, o que ajuda as empresas a trabalhem com um público mais amplo. A maior entrada da classe C no 3G se apresenta como uma grande chance para companhias que tem o segmento como público alvo. “As marcas estão olhando para iPhone, mas devem prestar mais atenção nos usuários de celulares mais baratos e interfaces mais simples. É importante saber investir em qual, de fato, é o melhor canal para se estabelecer”, analisa Guilherme Santa Rosa.