quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Etapas primordiais para o sucesso do Marketing de Incentivo

ago 8

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Complementando o tema fidelização que abordei no post de segunda-feira, gostaria de fechar o assunto falando sobre o Marketing de Incentivo e quais estratégias são possíveis desenhar para termos um plano de sucesso e de resultados efetivos junto aos públicos envolvidos. Por meio das ações de incentivo é possível proporcionar a motivação das pessoas envolvidas com a organização. Essas ações podem ser voltadas aos clientes, aos canais de distribuição, a funcionários, a parceiros, etc. Os prêmios ofertados só serão efetivamente desembolsados se os resultados propostos no início da campanha de incentivo forem plenamente atingidos e superados.
Por meio do Marketing de Incentivo é possível ter um direcionamento concentrado de esforços para atingir as metas propostas. Pode, por exemplo, ser planejado para ajudar a alavancar ou lançar um produto, uma linha inteira de produtos, ou várias marcas; motivar pessoas; levar à conquista de novas contas; suplantar a concorrência; e muito mais. Mas, para se concretizar, é necessária primeiramente uma campanha. Essa campanha deve ter prazo determinado para acontecer, regras bem definidas e amplamente divulgadas e a participação dos envolvidos deve ser facultativa. No que tange ao regulamento da campanha, todos os documentos devem ser arquivados por, no mínimo, cinco anos.
É importante ressaltar que alguns cuidados devem ser considerados para que a adoção desta ferramenta seja realmente um sucesso. Seguem as etapas que garantem a efetividade de uma ação de Marketing de Incentivo:
1) O diagnóstico - É essencial entender os fatores geradores da campanha, ou seja, para que ela foi criada. É importante também mapear o perfil do público, conhecer bem o mercado, entender a cultura da empresa e analisar a concorrência.
2) O planejamento – Nessa etapa são definidos: o objetivo, a meta, o regulamento, a premiação, as métricas de avaliação, as estratégias de comunicação e criação – com cronograma de peças e ações motivacionais. Um dos segredos aqui é estabelecer metas possíveis de serem alcançadas. Esse é o primeiro passo para conquistar a adesão e a motivação das pessoas.
3) O lançamento - Momento para “engajar” os participantes e fazê-los perceber que a empresa investe, valoriza aposta e reconhece sua equipe. Um lançamento de impacto é fundamental para conquistar as pessoas.
4) A sustentação - É uma etapa de extrema importância, pois os participantes da campanha precisam de estímulos constantes para continuar motivados. Além disso, vale salientar que, durante o processo é importante ir medindo a “temperatura” da campanha. O mercado e a empresa podem mudar, os produtos envolvidos podem sofrer alterações, enfim, uma série de fatores pode exigir a busca de novas ações para corrigir rotas e manter as pessoas envolvidas e engajadas.
5) Premiação – A premiação deve ser feita em vouchers, cartões de compras, catálogos de prêmios, viagens e congêneres, excluindo-se dinheiro e cartão de saque, evitando definir prêmios em percentuais de remuneração.
6) O encerramento - Merece a mesma atenção de um lançamento, com a entrega dos prêmios e a análise dos resultados. O reconhecimento da empresa é um dos objetos de desejo dos participantes.
7) Relatório final – Momento de comprovar os resultados, mostrar o que se ganhou com a campanha. Cabe lembrar que, ao premiar um funcionário, fornecedor, distribuidor, ou quem quer que se queira sensibilizar com as soluções de premiação, é interessante oferecer ao contemplado a liberdade de escolha de seu prêmio através de cartões ou vouchers de premiação.
Compartilhe com a gente suas experiências e ações de sucesso de Marketing de Incentivo

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Linda ação da Nivea!

O que as Olimpíadas podem nos Ensinar sobre Marketing

           

Postado em 7 de agosto de 2012 por Rafael Ávila

Muitas vezes a gente nem pensa a respeito, mas esportes e empreendedorismo tem muito mais em comum do que apenas suas letras iniciais. Existe a pressão de ser bem suscedido, a importância da dedicação, altos e baixos, expectativas e tudo mais. Uma ideia que tivemos aqui na LUZ foi mostrar o evento mais importante do esporte mundial (as Olimpíadas, claro) por um outro lado. Não como fãs (que de fato sou), mas como marketeiros, já que todo mundo (principalmente os que tem empresa) deveriam se ligar nesses ensinamentos:

1. Tenha seguidores fiéis a sua marca


Um dos pontos mais importantes para qualquer empresa hoje em dia é a percepção dos seus clientes a respeito dela né?! Afinal de contas, é o consumidor que vai gastar seu rico dinheirinho com produtos e serviços que irão fazer o seu lucro ser maior ou menor no final do mês. Acontece que existem muitas empresas que trabalham muito mal a sua marca e, com isso, acabam sendo esquecidas ao longo do tempo.
Como você deve imaginar as Olimpíadas não tem esse problema. A gente está falando aqui de um objeto de desejo de milhões de atletas ao redor do mundo e com certeza marca certa na cabeça de diversos fãs de esporte (aposto que você queria clientes que pensassem assim de você). A marca Olimpíadas é tão forte, que vira e mexe você vê alguém com a tatuagem dos aros Olímpicos, como esse cara aqui:



Agora me diz, que marca não gostaria de ter clientes tão satisfeitos a ponto de fazer uma tatuagem com sua logo? Moral da história, se você quer que seus clientes desejem e queiram a sua marca, você precisa ter algo único e com conteúdo animal (nas Olimpíadas estão os melhores atletas de suas categorias, ponto.), que seja desejado (quem nunca sonhou em colocar aquela medalha olímpica no pescoço?!) e que possa ser muito bem divulgado (quem nunca viu os aros olímpicos por aí?!).

2. Aceite que “cagadas” fazem parte da vida do marketeiro


Olha essa foto que legal:



Tudo parece normal certo? Jogo de futebol feminino e as fotos das jogadoras das seleções estão aparecendo no telão. De fato estaria tudo certo se não fosse por um pequeno errinho. Esse jogo era da Colômbia com a Coreia do Norte (e como você percebeu a bandeira que aparece é da Coreia do Sul). Êêêê mancada hein organização?! Para vocês terem noção, esse jogo quase não aconteceu por causa desse “pequeno erro” e foi atrasado em mais de uma hora.
A verdade é que todo mundo erra em um momento ou em outro quando está fazendo o marketing da sua empresa. Eu mesmo já deletei sem querer toda a lista de contatos da LUZ certa vez. O mais importante é estar sempre atento e dar um jeito de fazer a “cagada” se acertar e não repetir (tudo bem que as Olimpíadas não acabaram ainda, mas não vi mais nenhum caso de bandeira trocada ou de hino tocado errado) e só para deixar claro, eu consegui recuperar a lista de contatos da LUZ!!! =]

3. Aproveite as “ondas” do momento


Já falamos algumas vezes aqui que quem não tem criatividade usa propaganda:



Isso é uma verdade bem clara também no mundo do marketing e das Olimpíadas, basta analisarmos os tubos de dinheiro que são gastos em patrocínio para se ter uma exposição de marca (que convenhamos é grande pra cacete mesmo). Para você ter uma ideia, só nas últimas Olimpíadas foram arrecadados mais de $4 Bilhões de dólares em patrocínios e direitos de imagens para emissoras de TV. Confira mais sobre o negócio por trás das Olimpíadas aqui.



O que eu gosto mais é de ver alguns exemplos alternativos, que aproveitam eventos importantes (nesse caso as próprias Olimpíadas), para usar o humor e aparecer bem, mesmo não tendo gasto quase nada por isso:



4. Faça “barulho” nas Midias Sociais


Outro ensinamento, dessa vez de algo mal feito nas Olimpíadas de Londres, é o uso das mídias sociais a seu favor. É bem verdade que as Olimpíadas possuem uma fanpage com 1,3 Milhões de fãs e uma página no Twitter com 1,5 Milhões de seguidores, mas esses números me parecem pequenos em relação aos quase 1 Bilhão de usuários do Face ou aos quase 1,5 Bilhões de pessoas que assistiram de suas casas a corrida em que Usain Bolt se consagrou o homem mais rápido do mundo no domingo passado.



Acho que a melhor lição é a de uma comunicação integrada, aproveitando a rede para ampliar o “barulho” que a sua empresa faz, seja através do Facebook, Twitter, Blogs, YouTube, Pinterest ou as diversas outras mídias sociais disponíveis!



5. Cuidado ao usar as Olimpíadas (e outros eventos) para mandar bem no SEO


Como já falamos na dica 3, tem muita grana envolvida nos jogos Olímpicos e, para o bem ou para o mal, isso faz com que se criem várias regras a mais de proteção e uso da marca de maneira devida. Mas porque eu to falando isso em um tópico de SEO??? Bom, para você ter uma noção, a preocupação com o uso da marca Londres2012 e dos Jogos Olímpicos é tão grande, que o COI (Comitê Olímpico Internacional) contratou a Nielsen para monitorar as mídias sociais e o Google para encontrar casos de uso indevido da marca. Se quiser se aprofundar mais, confira esse post aqui.



E o que você tem a ver com isso? Ao invés de mandar bem ao usar a marca das Olimpíadas 2012, você pode estar sendo penalizado pelo Google e piorando seu rankeamento. Pode isso Arnaldo?!

Para fechar com medalha de ouro


Com certeza existem diversos outros ensinamentos que eu não coloquei aqui. Basta ficar de olho no dia a dia dos jogos que a organização sempre vai fazer coisas extremamente maneiras, umas outras não tão boas assim e ma “cagadinha” de vez enquando. O importante é levar o aprendizado para o que fazemos em nosso dia a dia para sermos melhores em nossos negócios.
E você, quer dividir uma lição que você aprendeu com as Olimpíadas? Compartilha aqui com a gente nos comentários! Aproveita que as Olimpíadas ainda não acabaram e compartilha com sua rede para termos mais opiniões aqui. Grande abraço.

Modelos mentais favoráveis ao empreendedorismo

Este artigo avalia o impacto dos modelos mentais positivos e negativos que determinam o sucesso ou o fracasso no mundo do empreendedorismo



Empreender é uma atividade desafiadora. Pessoas que empreendem por iniciativa própria desenvolvem suas habilidades técnicas, humanas e conceituais de maneira mais rápida e se tornam mais eficientes no mundo dos negócios. Aliado a isso, com planejamento e muita determinação, empreender pode ser uma atividade recompensadora.
A prática do empreendedorismo requer a construção de modelos mentais positivos, outro grande desafio para a maioria dos empreendedores. Modelos mentais são determinantes na capacidade de ação e reação das pessoas diante das situações mais adversas. Portanto, dependendo de como foram construídos ao longo do tempo, eles definem o seu grau de comportamento empreendedor.
Antes de prosseguir, é necessário identificar a origem dos modelos mentais e a maneira como se consolidam na sua vida. De acordo com Daniel Goleman, psicólogo e autor do best seller Inteligência Emocional, as fontes dos modelos mentais são a maneira pela qual os seres humanos organizam e dão sentido às suas experiências.
O comportamento humano, segundo Goleman, é condicionado por modelos mentais e estes, por sua vez, são definidos com base em quatro pressupostos:
(imagem: Thinkstock)

Biologia: rotula a capacidade de realização do ser humano com base nas suas limitações fisiológicas. O fato de alguém ser alto ou baixo, branco ou negro, cabeludo ou calvo, gordo ou magro, bonito ou menos favorecido em termos de beleza deve ser um fator de sucesso ou insucesso no mundo dos negócios? Infelizmente, é assim que muitas pessoas pensam e, por puro preconceito, inúmeros potenciais se dissipam no meio do caminho.
Linguagem: é o meio no qual se estrutura a consciência do ser humano. Quando você ouve um nordestino, um catarinense, um gaúcho dos pampas, um paulista do interior ou um carioca descolado conversando com aquele sotaque típico da sua região, o que lhe vem à mente? A forma de comunicação pode se constituir num fator de sucesso ou insucesso no mundo dos negócios?
Cultura: dentro de qualquer grupo - famílias, tribos, indústrias, organizações e nações -, os modelos mentais coletivos são desenvolvidos com base em experiências compartilhadas, razão pela qual a cultura pode ser considerada um modelo mental coletivo. Se você é filho de judeu, italiano, grego, alemão ou japonês, não importa, existe um conjunto de valores ou pressupostos típicos de cada cultura. De alguma forma, isso afeta os relacionamentos pessoais e profissionais. Se você é descendente de italiano, japonês, árabe ou judeu, por exemplo, já nasce com o espírito empreendedor mais acentuado.
Experiência pessoal: diz respeito ao sexo, à nacionalidade, à origem étnica, à condição social e econômica, às influências familiares, ao nível de educação e à maneira como as pessoas são tratadas por seus pais, irmãos, professores e companheiros de infância. A maneira como as pessoas começam a trabalhar e alcançam a autossuficiência também é fruto da sua experiência pessoal e isso também influencia o seu sucesso ou insucesso.
Na prática, os modelos mentais de uma pessoa, quando mal construídos, são determinantes para o fracasso nos negócios por conta própria. Por outro lado, quando bem construídos, os modelos mentais são o combustível necessário para a superação das dificuldades inerentes a qualquer negócio por conta própria.
Embora seja necessário considerar outros fatores, os modelos mentais são determinantes na formação do pensamento empreendedor. Prosperidade, riqueza, felicidade e sucesso nos negócios não acontecem para pessoas com modelos mentais negativos predominantes que atribuem a culpa do seu insucesso ao governo, à família, ao mercado e outros fatores.
Como saber se os seus modelos mentais são favoráveis ao empreendedorismo?
Em primeiro lugar, avalie o seu discurso. Se você é de origem humilde e natureza católica, como a minha, por exemplo, deve ter ouvidos coisas do tipo "o pouco com Deus bastante", "dinheiro não dá em árvores", "é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que o rico entrar na porta do céu" e outros típicos da sua criação.
Acredite ou não, essas pequenas frases foram mal utilizadas ao longo de milhares de anos e incorporadas de maneira repetitiva na vida de muitas pessoas. Se você considerar ainda os milhares de "nãos" que recebeu nos anos da infância e da adolescência, é natural que sua mente seja predominantemente negativa. Ao persistir nisso, torna-se mais difícil substituir o conforto do emprego fixo pelo arriscado mundo dos negócios.
Em segundo lugar, com base nos modelos mentais negativos, fruto da sua biologia, da sua cultura, da sua linguagem e da sua história pessoal, não existe outra forma de prosperar por conta própria se você não mudar radicalmente a sua forma de pensar.
O fato de você conhecer empresários falidos ou de ter passado necessidade por conta de um negócio familiar malsucedido não significa que também está condicionado ao fracasso, a menos que incorpore esses exemplos como seus modelos mentais negativos.
Como construir modelos mentais positivos e favoráveis ao empreendedorismo?
De acordo com T. Hark Eker, autor do best seller Os Segredos da Mente Milionária, o seu mundo interior cria o seu mundo exterior. Acredito piamente nisso. O sucesso ou o fracasso também é reflexo do seu discurso e, consequentemente, das suas atitudes em relação ao dinheiro e aos negócios.
Com base nisso, muitas coisas que você sempre ouviu sobre dinheiro e negócios não são necessariamente verdadeiras. É preciso optar por novas formas de pensar, novas ideias e novos modelos mentais que contribuam para a sua felicidade e para o seu sucesso.
Dessa forma, procure condicionar a sua mente para se libertar das experiências negativas passadas em relação ao dinheiro e aos negócios a fim de criar um futuro rico, próspero e diferente daquele impregnado pelos seus pensamentos negativos.
A maneira de fazer as coisas na sua vida é você quem escolhe, portanto, avalie suas ideias e pensamentos e procure alimentar somente aqueles que lhe fortalecem. Pensamentos negativos não poderão ajudá-lo a construir um empreendimento de sucesso; ao contrário, vão consolidar ainda mais os seus modelos mentais negativos.
Você é responsável pelo seu próprio grau de sucesso financeiro, portanto, seja remunerado com base nos seus próprios resultados. Significa assumir a responsabilidade de construir o seu patrimônio por meio do seu próprio esforço, criatividade e persistência.
Procure focalizar as oportunidades e não os obstáculos. Espelhe-se nos empreendedores de sucesso que passaram por obstáculos até então julgados instransponíveis. Abra a sua mente e o seu coração. Pense grande com os pés no chão. Comprometa-se a ser bem-sucedido e o mundo não terá outra alternativa senão curvar-se aos seus pés.
O grande segredo é que não há segredo. O que existe é uma mistura de planejamento, garra, determinação, criatividade e uma vontade imensurável de vencer todos os desafios que existem quando se deseja trilhar o caminho do sucesso. There is no free lunch!
Por fim, esteja aberto e propenso a vencer por conta própria e risco. Aja, apesar do medo, da dúvida, da preocupação e do desconforto. Comprometa-se a crescer e a aprender todos os dias a fim de se tornar maior do que seus problemas. Do resto, o universo se encarrega.
Pense nisso, empreenda e seja feliz!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Por que você deve integrar campanhas online e envio de material pelos Correios

ago 7

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O mundo ideal seria atrair todos os clientes e consumidores por meio de campanhas online e envios de e-mail marketing. Mas essa ainda não é a realidade, principalmente no Brasil com seus 82,4 milhões de pessoas com acesso à internet (Ibope Nielsen Online, junho 2012). Portanto, é preciso, sim, pensar na integração entre campanhas em ambientes físicos e virtuais.

Uma recente pesquisa da revista americana “Deliver” aponta que pessoas que recebem comunicações impressas aumentam substancialmente o número de visitas no site da empresa que enviou o material e essas pessoas consomem 28% mais seus produtos. Será?
O fato é que não podemos considerar que todas as pessoas com acesso à web fiquem conectadas mais de oito horas por dia, como eu e você (imagino!). Por isso a importância de atrelar uma campanha off-line em sua estratégia.
Dependendo do tipo de negócio, algumas ações pontuais podem gerar tráfego para seu website e promover o consumo de seus produtos pela web. Exemplos:
  • Cartões postais com artes bacanas e códigos QR são bem vindos quando colocados em bares e restaurantes. Eles atraem pessoas que acabam acessando seu site para mais informações;
  • Cartas enviadas pelo correio também convidam quem as recebe a continuar a conversa num ambiente web. Uma vez que o destinatário visitou seu site, você pode ativar uma campanha usando o Google Remarketing (saiba mais sobre essa ferramenta aqui).
O importante é atingir seu público-alvo de todas as maneiras possíveis – on ou off line.

domingo, 5 de agosto de 2012

O futuro é móvel: como as mídias portáteis estão transformando o mundo?


Em entrevista ao Administradores.com, Tomi Ahonen – um dos maiores especialistas do mundo em mídias móveis – diz que a popularização dos aparelhos de comunicação móveis fortalece a democracia e cria novas oportunidades de negócio

Por Simão Mairins


Hoje um indivíduo com um smartphone na mão pode ter mais poder do que tinha o governo dos EUA com todos os seus computadores nos anos 1950. A afirmação é auspiciosa, mas seu autor a defende com bastante convicção e apresenta fortes argumentos para isso.
Em entrevista ao Administradores.com, Tomi Ahonen – ex-diretor do Departamento de Consultoria Global de Negócios 3G da Nokia e um dos maiores especialistas em mídias móveis do mundo – afirma que a popularização dos aparelhos de comunicação móveis fortalece a democracia, dando como exemplo as revoluções no Oriente e a implementação de serviços cidadãos através de celulares em países de tradição democrática consolidada.
Além disso, ele destaca que a explosão da comunicação móvel cria novas oportunidades de negócio, e garante que o futuro está nesse segmento.

Você diz que o futuro é mobile. Por quê?

Boa pergunta. No começo, a indústria da comunicação e a mídia eram eletrônicas. Agora, são digitais. Nesse processo, se tornaram multimídia e agora estão se tornando interativas. E mobilidade é isso. A televisão é eletrônica, sim. Ela é multimídia, sim. Mas não é tão boa em interatividade. Já a Internet é ótima nisso, mas ainda não está em todo lugar com os dispositivos tradicionais. Mobilidade é, então, a transformação que vem acontecendo. Cada vez mais é por meio dos aparelhos móveis que fazemos nossa primeira comunicação. Se fazemos algo interessante, na hora tiramos fotos. Pelo celular, usamos a internet para carregar jogos ou ler alguma notícia. Nós podemos fazer isso com diferentes dispositivos, podemos ligar o rádio, pegar o vídeo game, tanto faz. Mas o celular é o dispositivo de comunicação que não largamos. Gostamos de enviar mensagens. Então, quando o dispositivo que usamos para isso ganha uma câmera, a partir de então, essa será nossa câmera preferida. Se ganha uma tela, essa se torna nossa tela preferida. Se ganha funções de interatividade, a partir desse momento, se torna nosso principal dispositivo de comunicação multimídia.
Tomi Ahonen, um dos maiores especialistas em mídias móveis do mundo (Foto: Simão Mairins/Administradores.com)

Você diz que hoje nós temos mais poder com um celular na mão do que os Estados Unidos tinham com imensos computadores, há 50 anos. O que esse poder significa?

Esse é um ótimo ponto. Se olharmos para o cálculo tradicional do poder da computação, o foco está no poder de processamento, quantos milhões, bilhões de contas ele pode fazer. Então, desde cedo, os computadores foram capazes de realizar muitos cálculos por segundo. E hoje nós temos esses milhares de cálculos em um pequeno celular. Nós temos a mesma memória que um computador cujo uso dependia de um centro bem equipado com ar condicionado, onde eles recebiam uma placa refrigerada, cheia de memória, que era destinada apenas para ler e calcular, ler e calcular. Então, se você medir o poder do computador, você será confrontado por um Iphone que é mais poderoso que qualquer computador do planeta, há 20 ou 40 anos, e ainda pode ser levado a qualquer lugar.

E para os negócios, o que esses avanços tecnológicos significam?

Se você pensar sobre os primeiros computadores, vai ver que eles foram inventados para a ciência espacial, energia e bombas nucleares. Eles foram usados para espionagem. Hoje, os computadores mais poderosos do mundo estão com as equipes de Fórmula 1, e são eles que fazem o design dos carros de corrida. Nós estamos usando celulares para nos habilitarmos e computadores para criar filmes como Avatar. Computadores já foram "coisa séria", exclusividade de militares, segurança nacional, você sabe, emergências. A nossa geração substitui esse uso pelo entretenimento. Fazer filmes, propagandas e até as músicas soarem melhor. Se você pensar nos telefones celulares, nós sabemos que eles podem fazer filmes em três dimensões, assim como Avatar. Nós podemos ter filmes curtos e torná-los magníficos no nosso bolso. Então, nós estamos usando o poder da computação para nos entreter. Nós não precisamos calcular.

Você acredita que milhões de pessoas, cada uma com um smartphone na mão, são mais fortes que um governo em posse de um super computador?

Sim, e eu acredito que temos o exemplo perfeito. Observe a Primavera Árabe. Telefones celulares não criaram o movimento, assim como não criaram a revolução Occupy Wall Street. Revoluções são com a Francesa, a Comunista, a Russa. Revoluções sempre existiram. Mas o celular permite às pessoas dizerem "a polícia está chegando", "vamos nos encontrar nas ruas" ou "agora vamos ao banco". Permite que as pessoas se comuniquem instantaneamente. Aparelhos telefônicos simples, no nosso bolso, já estão preparados para o caso de um policial bater em um jornalista. Alguém poderá fotografar ou filmar rapidamente e isto chegará ao presidente com a frase "veja o que os policiais estão fazendo". Telefones celulares estão viabilizando uma nova democracia, mais realista, humana, onde todos de fato se envolvem. A existência desses aparelhos permite o acesso à democracia pelas pessoas. Elas podem controlar a hostilidade do governo com a população.

O mercado e as empresas precisam se preparar para lidar com esse tipo de democracia?

Eu acredito que isso mostra a maturidade do governo e da democracia. Por exemplo: para alguns países, a democracia é algo novo e o governo está com medo, São lugares como a China, Coréia do Norte, Irã, entre outros. O governo tenta sufocar a comunicação entre as pessoas, mas se por acaso você for à Coréia do Sul você conhecerá o sistema de comunicação que liga o governo e a população. Lá se você cair em um buraco na rua é possível ligar diretamente para o órgão responsável e exigir que seja feita uma manutenção. Imagine você em São Paulo, na mesma situação, mandando mensagem para o responsável pela rua e recebendo dele uma resposta imediata, já que é digital e você tem uma gravação da reclamação da pessoa. O problema seria resolvido e você receberia uma mensagem de volta com os agradecimentos. Se os governos assumirem uma postura positiva em relação às novas tecnologias, eles estarão aproveitando uma grande oportunidade.

O que falta para as regiões menos desenvolvidas chegarem a esse nível mencionado, em que as mídias digitais são úteis. Como podemos chegar lá e por que ainda não chegamos?

É fácil olhar para a Apple, seus computadores, iPads, iPhones e pensar: esse é o futuro. Não é. Para a maioria das pessoas, principalmente nos países emergentes onde o maior dispositivo digital é o celular, e não é um iPhone ou Blackberry, é apenas um Nokia simples e barato, ou Motorola, LG. Nós precisamos construir algo, principalmente serviços governamentais, que funcionem através de SMS. Exceto para documentos importantes, como um passaporte, tudo seria feito por mensagem, consultar impostos, relatar um problema, puxar seu histórico. Cingapura foi pioneira nisto, e a Índia seguiu o exemplo. É um serviço chamado "e-govermment", que pode ser acessado pelo celular ou computador. Lembre-se de que só 5% da população possui um computador, mas todo mundo tem um celular para mandar mensagens e receber respostas imediatas. Se em Cingapura temos esse sistema, é possível aplicá-lo no Brasil.

Você diz que o celular é uma mídia de massas, mas tem propriedades particulares. O que significa ter uma mídia massificada, porém personalizada?

O conteúdo de uma mídia de massas alcança milhares de pessoas, mas não é personalizado. Por exemplo, enquanto você recebe milhares de notícias sobre esportes no Brasil, eu posso programar para receber notícias apenas sobre Fórmula 1. Eu não me interesso por futebol, mas quem é fã pode receber notícias sobre esse jogo e qualquer outro que lhe interesse. Isso é pessoal. Então nós podemos focar em como adequar esse conteúdo pessoal em uma mídia que tenha audiência das massas. No celular, nós podemos focar no que é relevante para nós. Seu melhor amigo escolherá um conteúdo diferente, assim como sua mãe, pai, filho, cada um selecionará as noticias dentro de um mundo de opções. Um exemplo: no Japão, foi introduzido um serviço de notícias que opera na tela do seu celular. Geralmente, a tela inicial do seu aparelho mostra que horas são. Melhor que o relógio, nós podemos ter a atualização de notícias de uma fonte como a CNN, através de um botão. Quando eles apresentaram esse sistema no Japão, foi um sucesso instantâneo. As pessoas pagavam US$ 2 por mês pelo acesso. Quando eu dizia isso nos jornais, eles diziam "Meu Deus". A reação era a mesma no rádio, na televisão e então eles passaram a reparar nessa nova moda e classificá-la como uma nova mídia de massas.

Você afirma que as empresas encontraram um novo caminho para ganhar dinheiro com celulares. Como isso é viabilizado?

Sim, os celulares são fábricas de dinheiro para a mídia. Eu lhe darei um exemplo que é até meio óbvio. O American Idol (formato original dos programas da linha do "Ídolos"). O que você pagar para votar em seu artista preferido pelo telefone é dividido entre a emissora, a companhia telefônica e os donos do American Idol. Nós podemos fazer isso pela Internet, podemos vender conteúdo e ganhar dinheiro através de mensagens premiadas. Nós podemos fazer isso na Billboard, no impresso, na televisão, cinema, em qualquer lugar. O celular é uma máquina mágica de fazer dinheiro. Nós podemos criar um conteúdo especial, no qual podemos vender pelo celular ou, paralelamente, adicionar novos elementos. 

Marcas enfrentam o desafio de serem relevantes entre os jovens



É cada vez maior a importância de se conhecer o comportamento dos chamados millennials, os jovens nascidos entre o final dos anos 1990 e meados dos anos 2000

Por Com:Atitude, do Mundo do Marketing | 03/08/2012

pauta@mundodomarketing.com.br

marca,atitude,jovens,relevânciaUma das tendências que segue em alta no desenvolvimento de ações de comunicação das marcas e ponto de discussão em diferentes rodas de conversa, é a importância de se entender o comportamento dos chamados millennials. Os jovens nascidos entre o final dos anos 1990 e meados dos anos 2000 estão contemplados por cada vez mais pesquisas e estudos que têm como objetivo ampliar o entendimento sobre suas formas de se comportar e interagir com as marcas a partir do que consideram relevante dentro de seus conjuntos de interesses.
Diferentes nomes, interesses comuns
Independentemente do rótulo – gerações Y, We, Global, Next, Echo Boomers, ou mesmo os Millennials, esses jovens têm hoje média de 25 anos e representam 50,9% da força de trabalho mundial, além de responderem por quase um terço da população do globo. Os números são do Relatório Situação da População Mundial 2011, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).  No Brasil, segundo dados do IBGE, os jovens de 15 a 24 anos correspondem a cerca de 20% da população total. A tendência é que eles assumam cada vez mais espaços importantes de decisão e conquistem autonomia com o desenvolvimento de postos de trabalho e diminuição do desemprego.
Os estudos pioneiros nesta temática são de autoria dos historiadores norte-americanos William Strauss e Neil Howe, desenvolvidos a partir de 1991. O livro “Gerações”, por exemplo, traz uma análise da história comportamental dos Estados Unidos, desde 1584 até o presente. Os autores defendem algumas características que marcam cada geração: idealismo (dos chamadosbaby boomers, nascidos entre 1943 e 1960); reação (da geração X, nascidos entre 1960 e 1978); e civil (os millennials).
A palavra “cívica”, utilizada pelos especialistas, remete bem ao universo deste jovem, que coloca como prioridade zero a conquista de seus direitos e a insatisfação com as injustiças sociais. Segundo a agência de pesquisa Box 1824, outras características dos millennials são a equalização entre trabalho e lazer, a otimização de resultados, a priorização dos prazeres, a exigência e a busca por qualidade e respeito. E, acima de tudo, é uma geração conectada, vibrante e que acredita em seus familiares e amigos – para além de um modelo de comunicação unidirecional.
É uma geração que convive de forma fluida com a tecnologia. Graças a ela, é possível fazer suas próprias descobertas e as atitudes das marcas devem contemplar essa autonomia para integrarem este mundo de uma forma dialógica, sem qualquer imposição ou contragosto. Apesar de características comuns, não é possível fazer generalizações – ressalva que também deve fazer parte da estratégia das marcas.
Hiperconectividade e vontade de compartilhar
De acordo com estudo da agência JWT, publicado no início deste ano, 95% dos jovens estão online e, para que as marcas estejam presentes em suas rotinas, é preciso incluir a mobilidade digital em suas estratégias comunicacionais. Segundo a pesquisa, as principais características para que a ativação de atitudes seja efetiva está baseada, principalmente, na utilidade, acesso fácil e praticidade. A marca pode estar presente em diferentes ferramentas, mas essa presença deve ser relevante – trazer algo que faça parte da realidade deste jovem.
Segundo dados do centro de pesquisa Pew – um think tank norte-americano – os millennials são os recordistas no uso de internet wifi por meio de diferentes dispositivos (82% em comparação aos baby boomers, com 55%, por exemplo), e também de tablets, celulares, consoles de vídeo games e aparelhos MP3. Com relação ao telefone celular, os principais recursos utilizados pelos millennials são: mensagens de texto e câmera fotográfica. Em seguida, vêm uso da internet, música, jogos e vídeo. O uso do e-mail está em último lugar.
E uma ação bem estruturada certamente será recomendada por esses jovens na internet. É o que mostra o estudo 8095, realizado em 2010 pela Edelman: 81% dos brasileiros entrevistados compartilham suas preferências com relação às marcas na web. A pesquisa contemplou 3,1 mil jovens de oito países – Brasil, Canadá, China, Alemanha, Índia, Itália, Reino Unido e Estados Unidos. Os números apontam, entretanto, que eles são exigentes: 56% dos brasileiros chegam a consultar quatro ou cinco fontes diferentes antes de escolher um produto ou marca.
Contexto global e as marcas
A integração dessas diferentes ferramentas de comunicação no processo de construção de uma atitude de marca é importante, além de se levar em conta as características-macro que se revelam no comportamento e estilo dessa geração.
De qualquer forma, essas tendências estão relacionadas não apenas à faixa etária, mas também às mudanças sistêmicas as quais nos confrontamos diariamente: a complexidade das relações; a preocupação socioambiental em alta; a emergência do senso colaborativo; a rapidez do fluxo de informações e a rápida dispersão da atenção.
A associação bem estruturada das marcas a determinados campos de significado, seja na área social, ambiental, cultural, esportiva ou de entretenimento e comportamento, está pautada por consistência, visão de longo prazo e linguagem adequada. Neste processo, a renovação e o contínuo monitoramento das atitudes também devem ser considerados – fatores essenciais para relacionar-se com os jovens.
*Por Letícia Born. Esta reportagem foi publicada originalmente no portal Com:Atitude, da Edelman Significa, e agora no Mundo do Marketing de acordo com parceria que os dois portais mantêm.