quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O Shopper Marketing aplicado

Por Rafael D’Andrea e Isabella Fidelix*



“Shopper Marketing é o emprego de qualquer estímulo de marketing e merchandising baseado em um profundo entendimento do comportamento do shopper e sua segmentação, desenvolvido para satisfazer suas necessidades e melhorar a experiência de compra, criando valor para as marcas e os negócios de fabricantes e varejistas”. O que isto quer dizer na prática? Afinal, como se aplica o conceito de Shopper Marketing?



A aplicação dos conceitos de shopper marketing é simples, mas não simplória. Vamos usar exemplos do setor de bens de consumo semiduráveis, como os de linha branca (geladeiras, fogões, fornos etc). Os insights adquiridos por meio de pesquisas no ponto de venda e muita observação do comportamento de compra permitem às empresas aplicar o conhecimento do comportamento do shopper para influenciar a jornada de compras (sequência de atividades relacionadas ao processo de compra) deles a favor de suas marcas.



1) Pre-shop (antes de sair para comprar): Fornecer informações do produto para o shopper é extremamente importante, principalmente para a categoria de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Segundo pesquisa feita pela ToolBoxTM para bens de consumo semiduráveis, o momento que chamamos de pre-shop (algo como “antes da loja”) é decisivo, já que 91% dos shoppers compram exatamente o produto pesquisado e raramente mudam de ideia no ponto de venda se não houver uma promoção realmente “absurda”. Como são bens de desembolso alto, os shoppers pesquisam mais sobre o produto e utilizam muito a web para isso. O papel do Google e do reclameaqui.com.br é fundamental, juntamente com os sites de varejistas, que oferecem muitas vezes informações até mais detalhadas do produto do que o próprio site dos fabricantes, que em geral é mais orientado ao “branding” do que ao suporte na decisão de compra.



2) Apps: Apesar de a internet ser uma grande aliada para fins informativos, já existem outras alternativas bem criativas de aplicativos. É o caso do “Kogan Augmented Reality”. Esse aplicativo traz a ideia de uma simulação de como ficaria cada modelo de TV em sua sala. É genial.



3) Chamando a atenção na hora certa: Tome-se o exemplo de uma empresa fabricante de bens de consumo duráveis que investe no conhecimento “acionável” de Shopper Marketing. Ao notar que a maior parte dos shoppers olhava o interior das geladeiras em exposição, esse fabricante passou a colocar o material de ponto de venda (que antes se espalhava pela área da loja) dentro dos seus produtos - no caso refrigeradores, fogões etc. Com essa medida, o investimento em materiais de comunicação foi mais bem aproveitado, pois passou a impactar mais os shoppers no momento crucial da decisão.



4) Facilitando a decisão: Códigos tipo “QR code” já podem ser encontrados em alguns produtos de maior desembolso das linhas branca e marrom (TVs, vídeo e som). Quando lidos por smartphones, os códigos QR fornecem acesso a informações mais detalhadas sobre o produto e facilitam a comparação. Tudo isso enquanto se compra, ou seja, quando o vendedor da loja não parece muito bem informado sobre os produtos. Aliás, a falta de informação apropriada do vendedor da loja é responsável por 49% das ocasiões em que a experiência de compra é considerada ruim pelos shoppers (dado de pesquisa ToolBoxTM, 2010).



5) Persuasão: Recentemente, as marcas Brastemp e Consul utilizaram materiais de ponto de venda que simulavam alimentos em suas geladeiras. A ideia era mostrar como eles seriam acondicionados nos compartimentos dos refrigeradores. Adesivos e impressos com imagem de ovos, verduras, garrafas, latinhas, frios, temperos etc. passavam a noção exata de como o equipamento ficaria quando estivesse cheio, facilitando a decisão dos shoppers ao vislumbrarem o resultado final em casa.









Existem muitas maneiras de influenciar positivamente o shopper, antes ou durante a compra propriamente dita. A regra número um do Shopper Marketing é conhecer o shopper e, a partir desse conhecimento, agregar valor por meio de conveniência e suporte à decisão. Não há nada de errado com isso e as marcas que já perceberam como fazê-lo saem na frente na disputa pela conversão de shoppers em buyers. Nos próximos artigos discutiremos o uso do Shopper Marketing aplicado em diversas situações. Não perca!



* Rafael D’Andrea é sócio da ToolBoxTM - Métricas de Ponto de venda e professor do curso de pós-graduação em Marketing do Insper. É coordenador e coautor do livro Trade Marketing - Estratégias de Distribuição e Execução de Vendas (Editora Atlas/ 2010) e coautor do livro Shopper Marketing - A nova estratégia integrada de marketing para a conquista do cliente no ponto de venda (Editora Atlas/ 2011). É sócio da recém-inaugurada Agência Shopper (www.agenciashopper.com.br).



* Isabella Fidelix é consultora da ToolBoxTM - Métricas de Ponto de venda.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Brasileiras não confiam em redes sociais para conhecer produtos


Estudo do Yahoo! Insights indica que consumidoras preferem obter informações das marcas em sites e portais de conteúdo

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 19/09/2011
sylvia@mundodomarketing.com.br

As mulheres querem se relacionar nas redes sociais, mas não utilizam estes canais para obter informações sobre marcas e produtos. É o que indica o estudo “Connectonomics Women”, realizado pelo Yahoo! Insights, em parceria com a Added Value, com 500 brasileiras que utilizam a web há pelo menos cinco anos.
De acordo com a pesquisa, o e-mail é o canal mais acessado pelas consumidoras, com 99%. Em seguida, aparecem os sites sobre assuntos específicos, com 91%, e as redes sociais, 88%. Já os portais de conteúdo são visitados por 78%. Cada um, no entanto, tem uma função específica. “As mulheres utilizam os canais para atender suas necessidades. Coletam informações de portais de conteúdo e sites especializados e se conectam por meio do e-mail e das redes sociais”, explica Nick Drew, Analista Sênior de Pesquisas do Yahoo! Insights.
A surpresa do estudo ficou por conta da afirmativa de que, para as mulheres, o conteúdo das redes sociais não é uma fonte confiável para conhecer marcas e produtos. “Elas não baseiam suas decisões pelas redes sociais, mas utilizam estes canais para compartilhar”, ressalta Drew.
Canais atendem diferentes necessidades
Na hora de procurar informações sobre o que consumir, as brasileiras preferem recorrer aos portais e sites específicos, em que conhecem diferentes pontos de vista sobre os produtos e encontram novas marcas, a partir do conteúdo postado por pessoas que consideram como especialistas. “Muitas mulheres no Brasil dizem que portais, e até e-mails, estimulam a testar produtos que não teriam comprado sem esse serviço”, explica o executivo do Yahoo! Insights.
Já as redes sociais são uma oportunidade para as empresas que desejam fidelizar e manter um relacionamento com os consumidores. “Todo mundo quer estar nas redes sociais. A chave é administrar a expectativa dos que já são usuários da marca, que gostam do produto e ficam satisfeitos em interagir. Novos usuários não acham a informação que precisam. As redes sociais devem manter os clientes atuais, ao invés de atrair novos”, conta Drew.
O levantamento procurou mapear o comportamento destas mulheres para descobrir o que buscam no ambiente digital e quais são suas necessidades e valores. De forma geral, as expectativas deste público estão ligadas a aspectos pessoais e sociais. Enquanto as mais jovens querem diversão e desejam se sentir livres e bem informadas, as mais velhas precisam ser parte de uma comunidade. Do total, 79% citaram o crescimento pessoal como o principal desejo, enquanto para 76% o objetivo é sentir-se viva. Aparecem ainda opções como “sentir-se apta” (55%), “estar informada” (53%) e “libertar-se” (52%).

O HOMEM QUE REINVENTOU A MANEIRA DO MUNDO TOMAR CAFÉ

Era uma vez um pastor que passeava com seu rebanho todas as tardes por um vasto campo. Certa vez, o pastor percebeu que seus carneiros ficavam mais agitados depois que comiam frutos e folhas de uma determinada planta. Intrigado, ele colheu uma amostra da mesma e levou até um monge para entender o que acontecia. Após alguns estudos, o monge disse que a planta era criação do diabo, pois surtia efeitos anticristãos nos animais e a solução era queimar a plantação. Quando os dois colocaram fogo, perceberam que um cheiro muito bom surgia e um alquimista foi chamado para realizar alguns testes. Depois de queimado, triturado e misturado com água quente, o fruto dava vida à uma bebida que tornava as pessoas mais espertas e os monges mais acordados para rezar. Assim surgia o café. E o que tudo isso tem haver com você, pequeno empresário?

Em reuniões, almoços, cafés da manhã ou lanches informais o café é uma das bebidas mais utilizadas, passando a desempenhar o papel de agregador social, afinal de contas, se você quer estreitar relacionamento com clientes ou amigos, uma boa pedida é marcar um cafezinho. Mas você sabia que um homem chamado Howars Schultz reinventou a forma das pessoas tomarem o clássico café?
Schultz cresceu em um conjunto habitacional do Brooklyn, Estados Unidos. A família era pobre e a constante mudança de empregos do pai deixava o garoto muito chateado. Howard viu então nos esportes uma maneira de fugir de sua realidade e vivenciar seus sonhos. O empresário só cursou a faculdade porque conseguiu uma bolsa pelo time de futebol. Seu primeiro emprego foi na Xerox, empresa de copiadoras, mas o rapaz queria um futuro de cópia única.  A virada na vida do rapaz começou quando ele foi contratado pela fabricante suíça de máquinas de café Hammarplast. Foi ali que ele conheceu uma pequena rede de cafeterias de Seattle – a Starbucks.
Pequenos grãos, um grande futuro
O ano era 1971, o local era o mercado de Pike Place, no porto de Seattle (Estados Unidos) e o nome era Starbucks, um pequeno comércio que vendia grãos de café em grandes sacas e equipamentos para o preparo da bebida. A loja foi aberta por três sócios que, no primeiro ano de atividades, compravam os grãos de outra empresa, a Peet’s Coffee & Tea. Após este período, a compra era feita diretamente dos cafeicultores.
A loja caminhava bem quando, em 1982, Howard Schultz apareceu na Starbucks sugerindo que a empresa vendesse, além dos grãos, café e espressos (seguindo a grafia original). A ideia de Schultz veio de uma viagem a Milão quando, na cidade italiana, ele sentia falta de um local comum no mundo onde pudesse trabalhar, descansar e aproveitar momentos com os amigos. Os três sócios acharam um absurdo e falaram que a ideia de Schultz confrontava com os princípios da empresa. Não se deixando abater, o empresário fundou uma cafeteria chamada II Giornale, em 1985. Dois anos depois e com 3,5 milhões de dólares, Howard Schultz compra a Starbucks e não demorou muito para que a empresa entrasse em expansão. A rede conta com cerca de 17.500 lojas em 51 países e um faturamento de 12 bilhões de dólares. Schultz embolsou 130 milhões de dólares apenas em salários e bônus nos últimos cinco anos.
A reinvenção
A primeira loja da Stabucks em 1979 na Pike Place (acima) e uma das milhares de lojas atuais da marca no mundo
A grandeza não está nos números ou na história impressionante (e rápida) de crescimento. Na Starbucks, Howard realizou uma verdadeira repadronização na forma como as pessoas tomam café e na maneira como a bebida é apresentada.
Conceito: a Starbucks foi criada para que a pessoa tenha bons momentos na companhia dos amigos ou mesmo de seu computador enquanto trabalha. A marca criou o conceito de “terceiro lugar” ou seja, depois da casa e do trabalho a Starbucks busca ser o terceiro lugar de todas as pessoas.
Ambiente: normalmente sempre cheio, o ambiente conta com mesas, cadeiras, sofás e até mesmo salas de reunião, dependendo do local. Além das bebidas, outros produtos são vendidos nas lojas como xícaras, canecas, garrafas térmicas, prensas para o preparo de café e pacotes fechados de grão (não moídos porque conservam mais as características originais do sabor).
Menu: além dos tradicionais espresso, espresso com leite e com chantilly, outras opções com ou sem café são apresentadas em três tamanhos (tall, grande e venti) e nas versões frias, quentes e geladas. O cliente pode escolher tanto as bebidas do menu quanto customizar sua bebida, escolhendo o tipo de leite, temperatura da bebida, essências, adição de chantilly e combinações. A rede conta também com lanches, doces e salgados que variam de país para país, assim como as bebidas.
Atendimento: assim que o cliente chega na loja ele precisa necessariamente entrar em uma fila para ser atendido, não existindo dessa forma o atendimento em mesas. A intenção é aproximar os clientes dos funcionários. Quando é feito um pedido, o funcionário anota o nome do cliente no tradicional copo (que foi patenteado pela marca) e o pedido é entregue no final do balcão e pelo nome do cliente. Talvez este seja um dos grandes diferenciais da Starbucks e que lhe atribui reconhecimento internacional.
Funcionários: todos os funcionários recebem uma certificação de barista (profissional especializado em café) para trabalhar no empresa. Além disso, para não haver distinções entre gerência, diretoria e funcionários, internamente todos são chamados de partners (parceiros). Esta prática evidência a não-hierarquia e atribui mais liberdade aos profissionais. Outro ponto interessante são as políticas internas dos funcionários, como cartões de reconhecimento que são trocados entre os baristas, broches específicos e certificações.
Responsabilidade Social: a empresa acompanha o mercado e tem um braço de responsabilidade social. Além de consumir os grãos direto dos cafeicultores ao redor do mundo, a Starbucks incentiva a reciclagem de borra de café (que serve como adubo para plantas) e têm parcerias com instituições de caridade e ONGs.
O tradicional copo da Starbucks que já foi patenteado e agora é usado por outras empresas da área de bebidas
Esses são alguns dos conceitos implantado por Howard Schultz e que tornaram a Starbucks o grande império do café mundialmente. É muito provável que você já tenha visto o famoso copo branco em filmes de Hollywood. O destaque desta história é que o empresário não deixou uma crítica negativa abalar sua idealização e persistiu até ver seu projeto concretizado (e multiplicado).
Dica de Leitura: grandes histórias pedem grandes filmes ou grandes livros. Se você quiser saber mais sobre como a empresa chegou onde chegou, quais foram as dificuldades e desafios, vale a pena ler os seguintes livros:
- A Estratégia Starbucks, de Joseph Michelli;
- Como a Starbucks Salvou a Minha Vida, de Michael Gates Gill;
- Dedique-se de Coração, de Howard Schultz;
- A Febre Starbucks, de Taylor Clark;
- Em Frente! Como a Starbucks Lutou por Sua Vida Sem Perder a Alma, de Howard Schultz;
O segredo da Starbucks foi não ter pressa. Crescemos de xícara em xícara. Uma xícara por vez.”
Howard Schultz

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Resiliência

"Only two things are infinite: the universe and human stupidity" (Albert Einstein)

“Apenas duas coisas no universo são infinitas: o próprio universo e a ignorância dos homens.” (Albert Einstein)

Segundo o Dicionário Eletrônico Aurélio, resiliência significa “resistência ao choque, elasticidade, flexibilidade”, ou como diz o dito popular, “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”.

A capacidade de reagir confiantemente diante de um evento negativo não é exclusividade dos super-heróis de cinema. Desde cedo aprendemos a nos levantar após uma queda e embora pareça ser um ato tão simples, não o é. Nunca o foi. Somente aqueles envolvidos diretamente nos acontecimentos sabem o real tamanho da tristeza, da decepção e da dor.

Imagine a seguinte situação:

Um dia você liga a televisão ou está escutando as notícias no seu celular e, de repente, vem aquela sensação ruim que lhe traz um gosto amargo na boca porque você acaba de escutar algo quase impossível de se acreditar ou de se imaginar, e diz para si: – Não, isto não pode estar acontecendo. Isso não aconteceu! Ao nos darmos conta de que é real, o primeiro pensamento que nos vem é tentar entender como uma única decisão pôde modificar centenas de modos de vida.

Como vocês deduziram, refiro-me à tragédia que ocorreu no bairro do Realengo, no Rio de Janeiro.

Infelizmente, entre um segundo e outro perdemos o controle das nossas vidas. Acontecimentos impossíveis de se prever sempre deixam marcas que não podem ser apagadas e muito menos ocultadas. Não há como modificar estes fatos ou fazer de conta que eles não ocorreram.

Os que estão à nossa volta tentam nos ajudar, mas eles nunca conseguirão atender ao nosso maior desejo: fazer o tempo parar e retroceder até aqueles instantes anteriores ao início de todo o episódio.

São nesses momentos ímpares que sempre podemos contar com os nossos amigos. O apoio deles será a nossa sustentação e o nosso refúgio nos longos dias que virão. O filósofo grego Aristóteles (384 a 322 a.C), disse: “Que é um amigo? É uma única alma que vive em dois corpos.”

Como pai, solidarizo-me com as famílias que estão passando por este momento tão difícil e faço aqui dois questionamentos: E agora, o que fazer? Como recomeçar? Citarei Martin Luther King Jr: “Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário ver toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.”

E para finalizar, eu não sei de quem é a autoria, mas congratulo a pessoa que conseguiu transformar em texto o pensamento de muitos:

“Deus tira de nós o que mais amamos. Quando menos esperamos e sem nenhum aviso. E a culpa? A culpa é da vida que tem início, meio e fim. A nossa culpa está apenas em amar tanto e sentir tanto perder alguém. Mas o tempo é o remédio e nele conquistamos o consolo e com ele pensamos nos bons momentos. E no fim, fica apenas a saudade e uma certeza: não importa onde esteja, estará sempre comigo.”

Muita Paz e Luz às famílias afetadas por este drama que alterou significativamente os seus destinos.

Por Roberto H. Tanaka

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Lojas Virtuais precisarão se adaptar ao novo Código de Defesa do Consumidor

Em 1990, quando o Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi criado, o e-Commerce ainda não existia e muito menos podia ser previsto, por este motivo óbvio, até hoje não possui regras específicas em relação aos direitos dos consumidores.

Em Julho de 2010 durante a 65ª Reunião do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor – DPDC, foi realizada no Rio de Janeiro, uma primeira tentativa de normatizar o setor. O documento chamado de “Desafios da Sociedade da Informação: comércio eletrônico e proteção...”, foi organizado através de uma oficina da Escola Nacional de Defesa do Consumidor vinculada ao Ministério da Justiça, e teve como um dos objetivos principais assegurar aos consumidores do comércio eletrônico uma proteção transparente, eficaz e, no mínimo, equivalente àquela garantida nas demais formas de comércio tradicional. Segundo a secretária de Direito Econômico, do Ministério da Justiça, Dra. Mariana Tavares, este documento não se trata de uma norma nova, mas de uma interpretação do Código de Defesa do Consumidor para o comércio eletrônico. - O princípio central do código é justamente a vulnerabilidade do consumidor e essa vulnerabilidade se agrava no comércio eletrônico onde ele não está (em contato) diretamente com o fornecedor - destaca Mariana

Agora é a vez de rever a regulamentação do comércio eletrônico através da adequação do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Algumas das mudanças que mais chamam a atenção é a consideração do envio de spam como um recurso de uso abusivo e que poderá passar a sofrer sanções administrativas, a proibição de publicidades que levam o comprador ao superendividamento, como anúncios de venda “sem juros” ou com “taxa zero de juros” em financiamentos, mais informação e transparência sobre crédito consignado, direito de arrependimento, entre outros aspectos ralacionados a financiamentos e vendas a prazo. O novo CDC também prevê a facilitação dos mecanismos conciliatórios para o consumidor honrar suas dívidas, assunto que não foi considerado pelo código à época de sua criação.

Para esta atualização do CDC, vários setores da sociedade, incluindo prestadores de serviços, órgãos de defesa do consumidor, juízes, defensores públicos e os próprios consumidores em capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Cuiabá, Porto Alegre e Recife participaram das discussões para elaboração do novo texto. Antes de encerrar o texto do novo código, ainda estão previstas audiências públicas em Salvador, no próximo dia 23, e em São Paulo no dia 30.

Para que sua empresa possa se preparar para o que vem por ai, o site GestordeMarketing.com está disponibilizando com exclusividade o download gratuito das novas diretrizes para o e-Commerce no Brasil, documento que é a base para o novo Código de Defesa do Consumidor.

Por: Olimpio Araujo Junior - www.gestordemarketing.com

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

10 erros estúpidos que os empreendedores cometem

Professor destaca quais os erros mais cometidos por quem monta um negócio e vai atrás de financiamento

Daniela Moreira, de

São Paulo – “Você pode aprender com os seus erros, mas, se possível, evite”. Foi com essa máxima que o professor Pablo Martin de Holan encerrou sua apresentação (assista aqui) a uma audiência de futuros empreendedores na última terça-feira (26/07), no auditório da FGV-EASP.

Diretor do departamento de Gestão Empreendedora da IE Business School, em Madri, ele apontou 10 erros estúpidos que muitos empreendedores cometem na hora de montar um negócio e ir atrás de financiamento. Saiba quais são eles.

1. Não saber qual é sua vantagem competitiva

“Você não pode ser tudo para todos”, destaca o professor. “Ou você compete pelo preço, e entra no cruel mundo das commodities, ou terá que ser diferente de uma maneira relevante para o cliente”, ele acrescenta. A solução para o problema é conhecer muito bem o seu marcado e os seus clientes. “Faça sua lição de casa”, recomenda.

2. Ser ingênuo em um mundo cínico

Muitos empreendedores acham que chegar primeiro em um mercado garantirá o sucesso do negócio, mas esta fórmula nem sempre dá certo. Muitos dos grandes players dos seus segmentos chegaram depois e aprenderam com os erros de quem se aventurou primeiro. É o caso da Apple, que não foi a primeira a vender tocadores de música digital, mas dominou rapidamente o mercado quando entrou nele. “Ser primeiro nem sempre ajuda”, diz Holan.

3. Esquecer que é preciso gerar valor

Se você vai entrar em um mercado em que já existem outros competidores, é fundamental mostrar a que veio. “Seu produto tem que gerar mais valor que a concorrência”, enfatiza o especialista. “O iPhone não é o primeiro smartphone a tocar música, acessar e-mail ou tirar foto. Mas ele tem algo a mais, algo que gera valor para o usuário”, explica ele. E se você vai vender algo que não existe, torna-se ainda mais fundamental provar que aquilo vai trazer algum valor para o cliente.


4. Minimizar a importância da execução

“Quando um investidor precisa escolher entre uma boa ideia e um bom time, ele escolhe o bom time”, diz Holan. Não basta ter uma boa ideia, é preciso mostrar que você é capaz de executar. Tenha pelo menos um protótipo antes de procurar um investidor, ele aconselha.

5. Achar que sua ideia é a melhor do mundo

Deixe o entusiasmo de lado e avalie quanto sua ideia realmente vale. Ter o pé no chão ajuda na hora de negociar com o investidor. “A avaliação de uma empresa é uma negociação”, destaca. Chegar à mesa achando que sua ideia é a melhor do mundo pode atravancar o processo.

6. Pedir demais pelo negócio

Uma consequência de achar que sua ideia é a melhor do mundo é pedir dinheiro demais por ela. Quem exagera na conta, pode sair de mãos abanando. “Você tem que entender o que é realista”, aconselha o professor.

7. Acreditar que o que está no plano de negócios é o que vai acontecer

Para ter sucesso no empreendedorismo, é preciso desafiar os parâmetros que você próprio definiu e mudar os rumos do negócio com agilidade. “É preciso ter flexibilidade para mudar quando as coisas mudam”, recomenda.

8. Procurar o investidor errado

Conhecer o perfil do investidor é importante para que a parceria dê certo. Para que a aliança seja proveitosa para os dois lados, é preciso saber quais são as expectativas dele e entender se elas estão alinhadas com a do negócio. “Tenha em mente que o investidor está preocupado com a saída. Muitos saem até antes de o negócio dar lucro”, destaca Holan. Se você está procurando um parceiro de longo prazo, aliar-se a um investidor com histórico de saídas rápidas pode não ser a melhor escolha.

9. Achar que você é “cool” e todo mundo quer ser seu aliado estratégico

Muitos empreendedores acham que vão resolver todos os seus problemas de escassez de recursos com alianças estratégicas. Seja realista. Você pode achar que uma parceria com o Google ou o Facebook é a solução para os seus problemas. Mas o que você tem a oferecer a eles? “Uma aliança implica uma troca. Você tem que ter algo que realmente interesse a eles. Se a relação for assimétrica, não ai acontecer”, adverte o especialista.

10. Acreditar que seus problemas são únicos

Achar que seus problemas são exclusivos é uma armadilha perigosa, porque faz com que o empreendedor deixe de olhar para os lados. “Aprenda com os outros”, aconselha o professor. Ler livros, fazer cursos e principalmente conversar com outros empreendedores pode ajudar a agilizar a solução de problemas.
 
Fonte: Revista Exame

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Todos passamos por dificuldades no dia-a-dia. Os empreendedores não são exceção

Para facilitar nossa vida, o mestre Rocky veio passar algumas dicas de como continuar lutando!
http://www.saiadolugar.com.br/arquivos/2011/08/rockybalboa-300x200.jpg
1 – Tenha uma meta
Rocky sempre soube o que queria. Ele queria ser um grande lutador de boxe, manteve o foco e correu atrás disso. Quando você sabe onde quer chegar, nada pode te parar.
2 – Resiliência
Não é o quão forte você bate, é o quão forte você pode apanhar, e continuar avançando! (BALBOA, Rocky; 2006). A vida não é fácil , nem por isso você pode esquecer da sua meta e perder o foco. A maneira com que você faz as tarefas que não gosta mostra o seu comprometimento com o objetivo.
3 – Tenha seu estilo
As vezes modelos, padrões e ferramentas não são a melhor opção. Rocky treinava no açougue e até no frio do Alasca e isso com certeza o ajudou a ser um lutador diferenciado.
4 – Humildade
Não deixe a fama subir à sua cabeça. No terceiro filme, a fama subiu à cabeça de Rocky e ele apanhou muito por isso. Somente com o apoio de Apolo, ele recupera o título e sua dignidade. Sempre lembre-se de onde você veio e que não é melhor que ninguém. Suas ações são a manifestação do seu caráter.
5 – Faça o que você prega
Sylvester Stallone concordou em vender o roteiro de Rocky, um lutador sob a condição de que ele mesmo interpretaria o personagem-título do filme. Os produtores chegaram a oferecer-lhe 150 mil dólares para que deixasse o ator Ryan O’Neal interpretar Rocky Balboa, mas Stallone recusou a oferta. Deste modo, os produtores concordaram que Stallone interpretasse Rocky Balboa desde que ele conseguisse que a produção do filme custasse menos de um milhão de dólares, quantia obtida com a hipoteca das próprias casas dos produtores do filme.
Somente a idéia não adianta, você precisa estar disposta a botar a mão na massa e tirá-la do papel!

6 – Motivação
Acredite em você.  Quando questionado pelo próprio filho se não estava velho para lutar, Rocky mostrou que acima de tudo, confiança e determinação são determinantes para ser um campeão.
7 – Seja um campeão
Trabalhe duro, tente, tente outra vez e mais uma vez! Nem todas você vai ganhar. Perder é normal e acontece.
 

Com determinação, foco e muito suor, ser campeão é uma questão de tempo. A vida é feita de atitudes!

Abraços,
Lucas Hoogerbrugge (ouvindo Eye of the Tiger freneticamente)