O número de internautas brasileiros atingiu recentemente os 82,4 milhões, 5% a mais que no ano passado. Os usuários de smartphones no país chegam a 27 milhões, ultrapassando Alemanha e França, somando 14% da população brasileira e crescendo a cada dia. Esses são alguns dados que não podem mais ser ignorados no desenvolvimento de estratégias de marketing e que servirão de pano de fundo para o que falaremos a seguir.
Nos últimos anos, o cliente está cada vez mais multiconectado, seja via celular, televisão, tablet ou computador. O número de telas é cada vez maior e a distinção no uso, menor. A avalanche de informações e a variedade de mídias de massa são, na verdade, oportunidades de aproximação e conhecimento do mercado e, principalmente, dos clientes.
A fragmentação da atenção do consumidor é um fenômeno direto da multiconexão. Em recente estudo da Hi-Mídia sobre o mercado digital, realizado em parceria com a M.Sense, 46% das pessoas que possuem um smartphone declararam usar a internet enquanto assistem à televisão. É preciso analisar qual a atenção dada às duas atividades, e descobrir se o grau de envolvimento é suficiente para compreender a mensagem que a empresa tem como objetivo passar.
A transferência de poder ao consumidor ocorre concomitantemente ao aumento de telas. Com mais opções, os mercados, que há tempos atrás não concorriam entre si, agora duelam por dinheiro, tempo, atenção e outros escassos recursos do cliente. A complexidade desse cenário faz com que o conhecimento sobre o consumidor e a capacidade das empresasde transformar as informações em estratégia seja o verdadeiro diferencial competitivo. Saber o que, por quê, quando e como o cliente necessita,é um diferencial quando aplicado em oportunidades de atrair a fragmentada atenção desse público, mostrando o que realmente é relevante. Mesmo diante de múltiplas possibilidades, cada um consome a mídia, ou parte dela, que mais lhe agrada.
As informações publicadas nas mídias digitais possibilitam que as empresas analisem e acertem o público-alvo, segmentando e mensurando com mais eficiência o resultado das ações. A tecnologia por trás dos sites visitados, das buscas realizadas e dos banners clicados permite às empresas especializadas, realizar um mapeamento de características e hábitos dos consumidores, ferramenta não encontrada em outras mídias. Com isso, é possível não apenas segmentar e atingir um grupo específico, mas alcançá-lo no momento mais propício ao interesse por determinado produto ou serviço.
O crescimento do mercado publicitário na internet, já superando mídias tradicionais como o jornal, as revistas e o rádio, é bastante notório. No primeiro trimestre deste ano, o faturamento foi superior a R$ 840 milhões, sendo que, deste valor, R$ 512 milhões foram investidos em search e R$ 330 milhões em display.
A internet se consolidou nos planos de mídia com o uso de produtos “mais populares”, como o banner display e o e-mail marketing, passando pelos links patrocinados e pelas redes sociais, e chegando até os mais sofisticados processos de segmentação, como o retargeting. Como nas demais mídias, é necessário contar com o auxílio de empresas especialistas em cada mercado, pois o dinamismo é tamanho que conhecê-lo não é saber o que está acontecendo no momento, mas poder antever o que será novidade.
Não basta saber que 10% do tráfego da internet, 8% do e-commerce e metade do acesso ao Facebook, já são feitos por meio de aparelhos móveis. Não basta saber que os consumidores acompanham as marcas nas redes sociais devido ao conteúdo. É preciso saber também como essas informações de hoje podem preparar as empresas para o futuro.
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