O que você faria se, de repente, um componente de sua equipe de trabalho revelasse que possui 30 quilos de ouro puro, puríssimo?
Tomaria fôlego e, é quase certo, que perguntaria: -O que você pretende fazer com tanto ouro?
Ouviria com atenção verdadeira? Ajudaria a pessoa a encontrar a forma mais rentável de aplicar riqueza tão valiosa?
De certo que sim.
Ou será que não?
Explico.Talento é , originalmente, o nome de uma moeda romana e significava algo entre 27 a 36 quilogramas de metal. Muito valioso o talento. Tão valioso que sempre era tratado com produtivo respeito. O talento era posto a trabalhar para gerar mais talento, mais riqueza , segurança e conforto.Era até mesmo repartido em dotes o que propiaciava o começo de novas famílias, novos negócios, vai por aí.
Por um processo de analogia, modernamente, chamamos talento dons aparentemente inefáveis, competências várias, ou seja, o que torna cada ser humano único.Dizemos que a riqueza de nossas organizações está em nossos talentos e muitas outras frases de efeito.
Mas, será que temos criado mesmo as condições e o cenário adequado ao florescimento pleno dos talentos que nos são confiados? Ou será que os deixamos na prateleira, sem luz , sem sol, sem água, sem desafios que os façam vicejar?
Dia destes, em conversa com uma jovem profissional de RH ouvi o seguinte relato: - Sabe, Ana, eu gosto de trabalhar aqui.Gosto da equipe, do trabalho que desenvolvo, recebo boa remuneração; trabalho perto de casa , o que é muito confortável, mas estou pensando em buscar nova posição.Perguntei por que.
Ela, então, fez um gesto de desãnimo e me disse:-Ana, não mais nada para aprender , para desenvolver aqui. Daqui para frente será sempre a mesma coisa. E ela tem apenas 30 anos. Triste destino seria mesmo este.E para escapar dele, é necessário sair-se , aventurar-se.
Fiquei pensando se isto teria que ser inevitável ou não.
Creio profundamente que não.
Estou firmemente convencida de que um elaborado Processo de Coaching é uma excelente ferramente não só de desenvolvimento como , principalmente, de fixação de Talentos dentro de uma organização.
Se Talento vale ouro, por que deixá-lo à deriva. Acho infinita ingenuidade quando me dizem em resposta à proposta de realização de Processos de Coaching que muito oneroso. Será mesmo? Qual o custo de captar, selecionar, integrar, treinar uma pessoa em uma organização? Sabemos que é grande, muito grande. E o custo do dia a dia desta pessoa na organização? Alto. Então, por que nos permitimos “ jogá-la fora” , deixá-la partir quando ela deseja ardemente crescer, expressar-se?
Se Talento mais se vislumbra do que se define e se reconhecemos que Talento precisa circular, ser livre para gerar riquezas, por que insitimos em amordaçá-los , acomodá-los em posições bem confortáveis? Não tem jeito ; sem o alimento necessário ou ele morre ou escapa.
Mas, por que o Coaching por ser considerado um antídoto a esta morte lenta ou à fuga?
Vejamos , então , no frigir do ovos, o que é mesmo Coaching , em linguagem simples, sem enredo.
O Coaching Integral é um trabalho onde o coach (profissional) ajuda o coachee a explorar e desenvolver questões relativas ao seu desenvolvimento pessoal e profissional ajudando-o a descobrir novas possibilidades de ação.
O trabalho de Coaching Integral tem o objetivo de alinhar e promover possibilidades de ação que desenvolvam o coachee a partir dos seus objetivos. É um processo durante o qual o coachee entrará em contato com suas crenças e valores internos, ou seja, consigo mesmo, redescobrindo capacidades que, por algum motivo, estavam adormecidas em sua vida pessoal ou profissional. Além disso, desenvolverá competências e habilidades.
Fascinante, não é mesmo?
Um Processo de Coaching Integral bem conduzido areja a alma individual e coletiva. Tem profundo impacto no Clima da Organização e, portanto, na produtividade.
Um gestor que propicia à sua equipe vivenciar um Processo de Coaching e que o vivencia ele mesmo tem o estofo dos grandes exploradores, descobre possibilidades sequer vislumbradas.
O coach integral utiliza perguntas para esclarecer e incentivar a reflexão do coachee para as questões que ele próprio traz às sessões, explorando e descobrindo os valores intrínsecos em suas escolhas e ajudando o mesmo a descobrir novas possibilidades de ação.Não dá conselhos ou faz qualquer tipo de julgamento a respeito do coachee ou de qualquer assunto que ele traga para a sessão. Porém, divide conhecimentos e ajuda a planejar estratégias. Digamos que um Processo de Coaching Integral bem construído e aplicado resulta na criação de um Plano Estratégico Individual que mantém , se alinhado com o Plano da Organização, cada indivíduo permanentemente inspirado a buscar seu próprio brilho e valor a serviço do todo, ou seja, da equipe, da organização.
Resumindo , propiciar e vivenciar Processos de Coaching Integral com os talentos de sua equipe permite que tudo o reluz seja ouro de fato.Ouro puro.Puríssimo.
Ana Lúcia de Mattos Santa Isabel
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