segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Pesquisa: Redes Sociais influenciam paulistanos a fazerem compras pela internet

 

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Segundo dados da pesquisa Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) realizada com cerca de mil internautas de São Paulo em maio deste ano, informações veiculadas nas redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter influenciam as decisões de compra pela internet de 48,64% dos entrevistados.
 
Na capital paulista, 87,94% dos internautas fazem parte de alguma destas redes sociais, índice que aumenta para 92,08% na faixa de 18 e 35 anos. Deste total de internautas, cerca de um quarto (25,17%) faz compras por meio das redes sociais. Dos que ainda não o fizeram, 18,79% se mostraram propensos a aderir a este tipo de compra, segundo informações da pesquisa.
O Facebook é a rede social mais popular entre os internautas, com a preferência de 90,02% dos paulistanos em 2012, aumento de 35,98% em relação ao ano passado. O Twitter também teve um aumento expressivo, de 11,89 pontos percentuais, e agora é utilizado por 30,95% dos internautas, conforme apontou o estudo. Além disso, os pesquisadores constataram que mais da metade dos paulistanos utilizam a internet para fazer compras, o chamado e-commerce: 62,71% do total de internautas consultados, o que representa um crescimento de 11,21% em relação a 2011. A praticidade no momento de efetuar a compra é o principal motivo apontado, seguido por preço e confiança na empresa. Além disso, citaram variedade de produtos e o marketing como vantagens em relação à compra presencial.
Em contrapartida, o medo de fraudes é o que mais afasta o internauta das compras online, índice que subiu de 52,69% em 2011 para 61,04% neste ano. O custo final da compra, com o valor do frete embutido, por outro lado, deixou de ser um empecilho para a maior parte dos usuários.
No quesito segurança, cresceu o número de internautas que já foi vítima de algum crime eletrônico. Segundo a pesquisa, atualmente este total é de 12,76% contra 8,48% registrados no ano anterior. A não entrega do produto comprado é o crime mais comum, atingindo 28,13% dos internautas que afirmaram já terem sido vítimas de algum crime eletrônico. Em seguida, afetando 21,09% deste público, está a clonagem de cartão.
E você já foi influenciado pelas redes sociais na compra de um produto ou serviço?

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Comunicação do varejo não é atrativa nem motiva compra

Foco das marcas nas liquidações e reduções de preço prejudicam identificação por parte consumidor. Para ele, em diversas categorias todas são iguais ou muito parecidas

Por Isa Sousa, do Mundo do Marketing | 20/08/2012

isa@mundodomarketing.com.br

Varejo,pesquisa,comunicação,Brazilian Retail Week 2012,hipermercado,têxtil,eletrodomésticosA comunicação do varejo não é atrativa e não motiva a compra nas categorias de têxtil, hipermercado e eletrodoméstico. A falta de um planejamento adequado que faça o consumidor entender uma marca e, a partir daí, se identificar com a linguagem usada por ela é falha no Brasil. A conclusão faz parte da pesquisa “O que funciona e o que não funciona na comunicação de varejo”, da Officina Sophia, apresentada na Brazilian Retail Week em 2012.
Boa parte dos grupos dialoga com seu público-alvo de duas formas: primeiro na construção e exposição da imagem da marca e, em seguida, na mobilização da compra por meio de ofertas e ações promocionais. O problema é que a linguagem utilizada pelas empresas concorrentes para se destacarem é praticamente a mesma e a diferenciação pouco se nota.
Para o estudo, a Officina Sophia avaliou na categoria têxtil as redes C&A, Marisa, Renner e Riachuelo. A falta de discernimento é constatada a partir dos filmes feitos para a divulgação das coleções: 63% dos consumidores ouvidos na pesquisa não identificaram a marca que assinava o vídeo. “Se a comunicação não é bem trabalhada no sentido de mostrar os diferenciais daquela loja, para aquele target, a tendência é de distanciamento dos consumidores. O ponto de venda pode ter posicionamento muito claro, mas sem eficiência na comunicação, haverá uma lacuna entre marca e público”, avalia Valéria Rodrigues, Diretora da Officina Sophia, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Na categoria hipermercado, a instituição avaliou o Carrefour, o Extra e o Walmart. Ainda que haja confusão entre as marcas, ela é menor, com 65% de identificação. A categoria eletrodomésticos, com Casas Bahia, Magazine Luiza e Ponto Frio, também têm índices menos negativos, com 62% de reconhecimento por parte dos consumidores.
Elementos necessários
Mais do que oferta e ações agressivas que nem sempre alcançam o esperado, o essencial para um planejamento de comunicação é o posicionamento claro de quem é a marca e o que ela quer transmitir. O estudo da Officina Sophia indica, por exemplo, que 87% dos brasileiros entrevistados não se sentem atraídos para consumir e 86% não se sentem motivados por não se reconhecerem nas estratégias de Marketing das redes analisadas.
Varejo,pesquisa,comunicação,Brazilian Retail Week 2012,hipermercado,têxtil,eletrodomésticosA pasteurização que o mercado de varejo enfrenta hoje poderia ser atenuado com elementos que funcionem independentemente de ofertas ou ações promocionais. O personagem Sebastian, da C&A, é um case de sucesso neste sentido. Por 20 anos à frente de comerciais e estratégias da marca e encerrando a parceria em 2010, o dançarino permanece no imaginário do brasileiro.
Considerado garoto propaganda, o ator foi além em sua participação, transformando-se em um elemento de identificação da C&A. “O Sebastian tinha tudo a ver com a imagem que a marca queria passar. Moderno, jovem, antenado, ele personificava isso e personifica até hoje, ainda sendo exemplo de uma lembrança positiva e com aderência. O que não significa que todas as marcas precisem de personagens. Um slogan, cores bem definidas, ações de sustentabilidade são exemplos de elementos. Sem eles, os grupos acabam não conversando com os consumidores”, afirma Valéria.
Pensar além
Segundo meio de comunicação com capacidade de atrair e mobilizar consumidores, as vitrines são esquecidas pelas marcas. De acordo com o estudo, 90% dos consumidores não sentem vontade de entrar nos estabelecimentos de nenhuma das categorias estudadas ao se depararem com as vitrines e 89% não sentem motivação para comprarem a partir delas.
A identificação também é pouco assimilada: 80% não conseguem perceber qual é a rede apenas olhando uma vitrine. Para os entrevistados, não há entendimento do motivo que levam as lojas a taparem os produtos com preços em grandes formatos ou ainda cartazes que poluem a visualização dos mesmos. Estratégias como colocar looks completos ou apresentar peças com sobreposições e acessórios, na opinião dos consumidores, desmitificaria a funcionalidade do vestuário e, ao mesmo tempo, daria autenticidade à marca.
A não compreensão do uso das vitrines como mídia, tanto pelos grupos como pelas próprias agências criadoras de ações de Marketing, deixam uma grande oportunidade para trás e contribuem para a pasteurização. “Diariamente as marcas gastam dinheiro em mídias tradicionais ou online e não pensam na construção da imagem. Cada empresa deve ter seu posicionamento e usar isso para falar com o consumidor. Se as marcas deixarem de se comunicar, o distanciamento vai se tornar maior e a indiferenciação e comoditização também. Para o consumidor, tanto fará e tudo tem levado para esse caminho”, pontua a Diretora da Officina Sophia ao portal.

4 lições de empresas milenares


Se empresas centenárias já são uma grande referência e inspiração a qualquer empreendedor, o que dizer do seletíssimo grupo das companhias que foram capazes de ultrapassar os mil anos de vida?



Se empresas centenárias já são uma grande referência e inspiração a qualquer empreendedor, o que dizer do seletíssimo grupo das companhias que foram capazes de ultrapassar os mil anos de vida? Elas trazem lições inesperadas e até mesmo contrárias ao senso comum, questionando certas verdades absolutas do mundo corporativo. Vejamos alguns conselhos dessas avós.

Construa negócios como filhos, não como investimentos

Fusões e aquisições, tão comuns hoje em dia, passam longe dos planos das empresas milenares. O objetivo é manter os negócios dentro da família, como se esforça em fazer o hotel japonês Nisiyama Onsen Keiunkan, fundado em 705 d.C e atualmente administrado pela 52ª geração de descendentes. Essa atitude exige mais dedicação dos gestores, que se preocupam em criar negócios bons o bastante para sustentar os filhos e netos e não somente "repassar o ponto".
hotel
Hotel Nisiyama Onsen Keiunkan (imagem: divulgação)

Flexibilidade: se o mercado chora, venda lenços

Se todos os negócios evoluem sobre instantes de expansão e recessão, é importante saber que sempre há uma nova oportunidade escondida no momento de crise. Com base nesse princípio a construtora japonesa Kongo Gumi, fundada em 578 d.C, deixou a construção de templos budistas para se dedicar à fabricação de caixões funerários, ao longo da segunda guerra mundial. Uma solução que, apesar de mórbida, garantiu a sobrevivência da companhia num período sem qualquer demanda pelos seus serviços.

Venda produtos culturalmente imprescindíveis

O investidor americano Warren Buffett mantém uma regra bastante coerente, como ele só faz investimentos de longo prazo, também só compra ações de empresas cujos produtos serão sempre imprescindíveis, como lâminas de barbear, refrigerantes ou ferrovias. A mesma receita é adotada pelas empresas milenares, que apostam em artigos religiosos, hotelaria ou mesmo vinicultura. Este último é o caso da alemã Staffelter Hof. Fundada em 862 d.C, ela é a vinícola mais antiga do mundo. Já são 1.150 anos vendendo um produto que, por questões culturais, sempre terá um mercado convicto: o de vinhos.

Longevidade exige moderação

O fanatismo pelo crescimento acelerado ou a superexposição publicitária não fazem parte da estratégia das companhias milenares. Entre elas a ordem é algo como "faça o seu trabalho da melhor forma possível, e isso basta". A ideia é que forçar situações significa tirá-las da condição de harmonia – do seu fluxo natural, como já conversamos no artigo "5 lições do aikido" – prejudicando a evolução dos negócios no longo prazo. Um princípio tipicamente oriental que se verifica no hotel japonês Nisiyama Onsen Keiunkan, com seus 35 quartos, 50 funcionários e nenhuma expectativa de ampliar ou diversificar os negócios, apesar da lotação constante.

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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

5 dicas de marketing para atrair o consumidor da classe C

 

Segundo pesquisa da empresa Cetelem BGN em parceira com o instituto Ipsos Publics Affair, realizada neste ano, 54% da população brasileira faz parte desse grupo


O consumidor da classe C caracteriza-se por possuir renda familiar de até R$3 mil mensais. Segundo pesquisa da empresa Cetelem BGN em parceira com o instituto Ipsos Publics Affair, realizada neste ano, 54% da população brasileira faz parte da classe C.
Desse total, cerca de 50% são consumidores virtuais – conforme a e-bit, que apostam no e-commerce como uma das principais formas de negociação. Sendo a classe C um público crescente, destacamos algumas dicas de marketing para conquistá-lo e ampliar o market share de sua loja virtual:

• Aposte em valores competitivos

É interessante que os valores oferecidos ao consumo da classe C sejam competitivos, não podendo ser preços altos, para que não comprometa o orçamento do seu consumidor. Nesse sentido, vale trabalhar com itens de valores agregados;
Imagem: Thinkstock

• Divulgue as ações de seu negócio

A classe C deve ser informada sobre as novidades da loja virtual, para manter-se ativa, principalmente diante das datas comemorativas. Nesse sentido, aposte na divulgação das ações através de e-mails marketing e das mídias sociais;

• Trabalhe a usabilidade

Trabalhe em sua loja virtual a usabilidade, ou seja, facilite o processo de compra ao consumidor. Disponibilizar o passo a passo da negociação também é uma forma de auxiliar os clientes que estão chegando ao e-commerce;

• Facilite o pagamento

Trabalhar com a classe C demanda facilitar a negociação, bem como as formas de pagamento. Nesse sentido, apresente todos os meios possíveis, para que o consumidor se sinta estimulado a comprar;

• Disponha-se ao cliente

É natural que o consumidor tenha dúvidas quanto ao processo de negociação. Por isso, caso essas dúvidas surjam, esteja disponível ao cliente. Apresente meios de comunicação para que seu cliente entre em contato quando necessário.
Comercializar para a classe C significa conquistar a atenção, o desejo e o bolso deste público repleto de potenciais consumidores. Por isso, atente-se às suas características e invista nessas dicas: aposte e boas vendas!
Felipe Martins - fundador e presidente da empresa DOTSTORE, especializada em criação e assessoria em Loja Virtual.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Marcas líderes já usam o Instagram em suas estratégias

 

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Uma recente pesquisa da Simply Measure, empresa de monitoramento online, aponta que as marcas líderes de mercado já estão usando o Instagram em suas estratégias de atuação nas redes sociais. Os números foram cruzados com a lista Interbrand Top 100 e confirma que 40% desse grupo já aposta na rede voltada para compartilhamento de imagem.
Obviamente o Instagram está longe de ter o poder do Facebook (98%) e do Twitter (94%) na estratégia das grandes marcas, mas considere o seguinte:
  • o Instagram é um aplicativo relativamente novo e voltado apenas para dispositivos móveis;
  • o Instagram (ainda) não oferece administrativo ou ferramentas de manutenção para empresas e marcas.
No começo de 2012, o Instagram tinha 15 milhões de usuários no mundo todo e estava disponível apenas para os usuários de iPhone OS. Sete meses depois, os amantes do Google Android vibraram com a chegada do aplicativo para o sistema. Atualmente, são 80 milhões de usuários no planeta.

Para se ter uma ideia, Burberry, Tiffany & Co., Hermès, Gucci e Armani estão movimentando o Instagram. No entanto, Nike e Audi são as que mais engajam os seguidores nessa rede social.

Vale a pena observar como essas marcas se comportam no Instagram para ter alguns insights. #ficaadica

Franquias buscam empreendedores para expandir redes

 

Menos arriscado, grupos têm mirado no sistema de franchising para aumentar faturamento. Expectativa em 2012 é que o crescimento seja de 15%, com 913 mil empregos

Por Isa Sousa, do Mundo do Marketing | 14/08/2012

isa@mundodomarketing.com.br

Franquias,Melissa,Griletto,Hope,O BoticárioO desejo das marcas de ampliar os negócios e aumentar o faturamento encontrou no sistema de franchising o casamento perfeito. Com um crescimento de 16,9% em 2011, as franquias estão em expansão no Brasil e, de olho no mercado, os grupos buscam cada vez mais perfis empreendedores para se tornarem uma extensão dos valores das companhias. Para os franqueadores, não basta ter dinheiro para investir, é essencial saber gerir a empresa.
Caminho menos arriscado na hora de abrir um ponto de venda ou oferecer um serviço, o franchising encontra segurança: de cada 10 empresas próprias que abrem sete fecham as portas, já no modelo de franquia, para cada 10 inaugurações apenas três se encerram. A economia estável e o acesso ao crédito são os principais fatores para que o setor esteja tão aquecido.

As facilidades e oportunidades, no entanto, não podem ser vistas de forma generalizada. Boa parte das marcas tem critérios bem definidos na hora de selecionarem um futuro sócio e a maioria acaba negando pedidos. “As marcas mais consolidadas falam mais não do que sim. É preciso estudar a região que um possível franqueado quer atuar e se tem realmente capacidade financeira. Na ansiedade de querer abrir algo, a franquia pode quebrar por não ter fôlego para enfrentar uma crise. Sem dúvida, avaliações criteriosas são fundamentais. Sem planejamento, até banco fecha”, exemplifica Denis Santini, sócio-fundador da MD Comunicação, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Mesmo em setores menos arriscados a análise de perfil do futuro empresário é primordial. Com 701 escolas de idiomas e apenas uma loja própria, a CNA tem como meta de expansão 546 novas unidades até 2016. “A franquia é um casamento, uma sociedade com a marca. Trabalhamos com diversos fatores para avaliar o perfil de um futuro franqueado e levamos em conta, por exemplo, se o negócio será familiar. As franquias que têm dado certo estão nesse perfil. Não exigimos conhecimento pedagógico ou do idioma. Grande parte dos nossos fraqueados, inclusive, não é da área acadêmica”, explica Leonardo Cirino, Diretor de Marketing da CNA, em entrevista ao portal.
No ranking das 25 marcas mais franqueadas elaborado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), as escolas de idioma estão em seis posições. A expansão do negócio pode ser compreendida em uma pesquisa realizada pela Marplan, que indica um índice de 3% de brasileiros frequentando alguma instituição. “É uma revolução. O índice significa que temos um mercado com demanda de 97%. Por tabela, a população tem se preocupado cada vez mais em falar outro idioma e, para isso, os grandes eventos que vamos sediar em 2014 e 2016 aceleram o processo de se comunicar e da gente de se expandir”, avalia Cirino.
Franquias,Melissa,Griletto,Hope,O BoticárioEvolução do setor
A expectativa é que o franchising cresça 15% em 2012, segundo a ABF. Em 2011, o Brasil alcançou um índice de 16,9%, o que gerou 60,5 mil novos postos de trabalho. Para este ano, as franquias devem ser responsáveis por 913 mil empregos. Hoje, o país possui 2.031 redes operando nesse tipo de sistema, o que significa 93.098 unidades em 12 segmentos diferentes.
O acesso ao crédito, o aumento da renda da população e o ingresso definitivo das mulheres no mercado de trabalho é o reflexo dos cinco segmentos que mais faturaram no ano passado. Hotelaria e Turismo está em primeiro lugar, com 85,9%, seguido por Móveis, Decoração e Presentes (35%); Esportes, Saúde, Beleza e Lazer (24,3%); Negócios, Serviços e Outros Varejos (14,9%), Alimentação (14,5%) e Acessórios Pessoais e Calçados (13,15%).
Entre as marcas que mais expandiram negócio, O Boticário é disparado o primeiro lugar, com 3.337 lojas, 1.575 a mais que o segundo lugar, ocupado pela Colchões Ortobom, com 1.762 pontos de venda. Presente em 1.650 municípios brasileiros, a marca de perfumaria e cosmética inaugurou em 2011 240 franquias e, para 2012, espera chegar a 250 novas lojas no país.
Com um faturamento de R$ 5,5 bilhões no ano passado, o que representa um crescimento de 19% em relação a 2010, o plano de expansão da marca é feito em cima de estudos detalhados. Fora os grandes centros, O Boticário prioriza cidades com mais de 30 mil habitantes, onde está em quase 100% delas. O padrão, no entanto, não é único e localidades menores, mas que tiveram o poder aquisitivo aumentado, não são descartadas.
Franquias,Melissa,Griletto,Hope,O BoticárioPerfil certo
Mesmo que ocupe o quinto lugar em faturamento, a alimentação ainda é o destaque entre os segmentos mais seguros na hora de investir em um novo negócio. Sem ousadia, o Griletto pretende passar das 104 lojas atuais para 120 até o fim do ano e 150 até 2013. “Quem quer mais segurança acaba indo para a alimentação, o que não significa facilidade. Não adianta o franqueado achar que irá uma vez por semana na loja e ficará de longe, administrando o negócio. Cobramos um perfil pró-ativo e escolhemos alguém que vá entender e vivenciar isso diariamente”, avalia Ricardo José, fundador da marca.
Para a Hope, mais do que um investidor, é necessário um empreendedor. Hoje com 92 lojas, o objetivo é fechar 2012 com 130 e, até 2015, ter 350. “O modelo ideal não é aquela pessoa que tem muito dinheiro, mas que quer irá fazer do negócio algo de fato importante. Não precisa ter experiência, mesmo porque experiência a gente cria”, diz Sylvio Korytowski, Diretor de Expansão da Hope, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Além do empreendedorismo nato, outra característica fundamental do possível sócio é afinidade. “Vivemos um ótimo momento no Turismo, por exemplo, mas isso não significa que é nesse setor que todo mundo deve investir. Não adianta abrir uma franquia voltada para culinária, se não há a mínima vocação para isso. Há pessoas com perfil extremamente comercial que não conseguirão gerir um negócio que precisa de habilidades técnicas. Buscar informação e unir as habilidades pessoais é um passo para ter sucesso. Obviamente sempre alinhado ao crescimento e tendências do mercado”, afirma a economista Christiane Monteiro, da Mais Money.
Franquias,Melissa,Griletto,Hope,O BoticárioA segurança da marca na hora de expandir o negócio também é fundamental na relação com o futuro franqueado. Com 30 anos de mercado, a Melissa deve se lançar ao varejo em mais de 150 lojas nos próximos cinco anos, com o nome homônimo ou ainda como a já conhecida Jelly, que está em 42 pontos de venda.
Marca mais rentável da Grendene, o grupo não aponta dificuldades para o plano ousado. “A marca tem personalidade e credibilidade. É apoiada por uma grande empresa com excelente situação financeira, a Grendene. Também tem uma comprovada capacidade de criar produtos de vanguarda. Atrai pessoas competentes e dedicadas. O resto é detalhe, só não expande se os clientes não quiserem”, indica Francisco Schmitt, diretor da companhia.
O calcanhar de Aquiles
Ainda que haja adaptação e definição do perfil do investidor, o grande vilão que pode impedir o crescimento pleno do sistema de franchising é o mercado imobiliário. Citado como o maior empecilho por todos os grupos de diferentes segmentos, segundo a Associação Brasileira de Franchising, o alto custo dos imóveis, incluindo luvas e aluguéis, inibiu a abertura de novos pontos de venda.
Diversas marcas não têm conseguido repassar o custo do aluguel para o preço do produto ou serviço oferecido. No último ano, o valor aumentou entre 2% e 4%, principalmente no primeiro semestre. “O mercado de franquia cresce acima do PIB há mais de 10 anos. São números exponenciais, mas os pontos comerciais têm levado a uma migração, o que acaba alavancando o comércio em outras regiões”, avalia o especialista Denis Santini.
Para os empresários, mais do que supervalorizados alguns imóveis ficaram inviáveis. “Existe uma supervalorização de imóveis, principalmente nos shopping centers. Porém os valores também flutuam muito de acordo com o desejo da marca naquele local. No mercado de moda íntima, que tem crescido muito no país, os shoppings precisam de mais empresas dentro dele e viabilizam a preços melhores. A lição é não permitir uma franquia caso o valor do imóvel seja um empecilho”, indica Korytowski.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Estratégia: o que é isso?

"Ou você tem uma estratégia própria, ou então é parte da estratégia de alguém" (Alvin Toffler)

Atualmente, todo mundo fala em estratégia. Talvez mais do que deveria, quer na literatura especializada, quer nos textos mais comuns, mesmo de âmbito jornalístico. Mas o que muitos não admitem é que o conceito de estratégia e seu entendimento não estão tão claros assim. Estratégia é uma daquelas palavras capciosas que todos pensam saber o que significa, mas quando têm de explicar, se atrapalham. Alem disso as definições do conceito de estratégia são quase tão numerosas quanto os autores que as referem.
Por isso procurei uma definição extremamente simples e curta que satisfaça a maioria das pessoas, sejam leigas ou especialistas: estratégia é o conjunto de passos mentais e comportamentais usados para realizar um objetivo específico.
Acredito que, na realidade, o desafio não está em definir o que é estratégia, mas em implementá-la. Segundo H. Igor Ansoff uma das maiores autoridades em Administração Estratégica e Planejamento Estratégico, não há nenhum mistério em formular uma estratégia, o problema é fazê-la funcionar. Já a revista Fortune publicou a seguinte frase: "Menos de 10% das estratégias efetivamente formuladas são efetivamente executadas".
Meu foco será voltado para estratégia pessoal ou de vida, pois acredito que ela seja a base para quaisquer outras estratégias que possam surgir ao longo de sua existência. São as pessoas que fazem as estratégias saírem do papel e se concretizarem, por isso a importância da sua estratégia pessoal estar alinhada as demais estratégias como de carreira, empresarial, política, relacionamento etc. Se isso não acontecer à estratégia não sairá do papel devido à auto-sabotagem inconsciente das pessoas envolvidas.
Em sua edição nº 16, a revista Administradores traz um especial sobre as lições de estratégia do Oriente (Imagem: Revista Administradores/Utagawa Kuniyoshi)

O projeto de vida é o carro-chefe de qualquer outro projeto que um ser humano possa ter, seja de caráter empresarial, comercial, político, religioso, artístico etc. Estes outros tipos de projetos podem ser atrelados ao projeto de vida, nunca ao revés.
Um pesquisador do comportamento humano, E.M. Gray, após uma vida inteira dedicada à busca do fator comum compartilhado pelas pessoas bem-sucedidas, concluiu que estas compartilham duas habilidades: saber priorizar de forma coerente, e fazer coisas que os fracassados não gostam ou não estão dispostos a fazer. Estas duas habilidades fazem com que estas pessoas consigam realizar suas estratégia e atingir seus objetivos e consequentemente sintam-se realizadas e felizes, ao passo que as pessoas fracassadas sucumbem a defeitos como preguiça, medo, imediatismo, entre outros e não conseguindo atingir seus objetivos, se sentem infelizes.
Quem vê apenas o momento, acaba sucumbindo aos desejos momentâneos e aos defeitos pessoais, pois não tem motivação para fazer algo da qual não esteja com vontade no momento. Mas quando você vê o caminho como um todo, o que o motiva é o resultado final e você faz o que tem que ser feito, pois sabe que a recompensa é muito melhor que o que tem no presente.
Eduardo Giannetti, filósofo e Ph.D. em Economia pela University of Cambridge, em seu livro "O Valor do Amanhã", define este comportamento de sacrificar algo no presente para se obter algo no futuro como troca intertemporal. O dilema que surge é qual o valor que atribuirei ao amanhã em relação à hoje?
Utilizando o exemplo de a dieta alimentar onde a pessoa abre mão de um prazer momentâneo para obter um benefício futuro, que é um corpo esbelto, saúde etc. Giannetti demonstra que sempre haverá uma troca em nossas vidas.
Giannetti classifica dois posicionamentos pessoais quanto à troca intertemporal.
Posição credora, quando a pessoa faz algum sacrifício no presente tendo em vista um benefício no futuro. É o chamado "pagar agora, viver depois". O termo de troca na posição credora é a recompensa da espera, o prêmio daquele sacrifício.
E posição devedora definida pelo viver agora e pagar depois. São pessoas estilo "Carpe Diem", ou aproveite o dia, onde o benefício precede o custo. Na posição devedora, o termo de troca é o preço da impaciência: quanto maior a urgência do indivíduo, maior será o preço que ele irá pagar por aquela escolha.
È importante ressaltar que não há nada de errado entre as duas posições, desde que os termos de troca sejam adequados. Eles devem refletir os valores pessoais de cada um.
Qual a sua estratégia de vida?
Quem não planejar sua estratégia está planejando fracassar.
Você deve definir claramente os seus objetivos adequar a sua imagem e a sua atitude, lembrando que manter um posicionamento correto exige disciplina e paciência, pois nada acontece do dia para á noite.
Somente o preparo, trabalho e perseverança poderão transformar e melhorar as condições que determinam o nosso estilo de vida.
Para garantir que qualquer meta ou objetivo seja conquistado da forma esperada, deve-se aplicar o conhecimento estratégico.
As soluções estratégicas devem libertar o homem de seus limites, condicionamentos e fragilidades, para que o amanhã seja melhor do que o hoje, para que cada um possa evoluir tornando-se cada vez mais inteligente, mais motivado, mais criativo e claro mais feliz.
Henry Mintzberg considerado o mais notável pensador de gerenciamento e estratégia da atualidade em sua obra "Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico" diz que "As estratégias pretendidas não têm valor por si mesmas; elas só passam a ter valor quando pessoas empenhadas às enchem de energia. É por isso que todo problema de implementação também é um problema de formulação – não somente para as estratégias reais concebidas, mas também para o processo pelo qual ocorre a concepção".
Resumindo não adianta apenas planejar, temos que realizar, e para isso deve-se colocar paixão nos sonhos e objetivos que nos propomos a realizar e atingir.
Encontro diariamente em minhas aulas, cursos, palestras, eventos sociais, pessoas que não sabem o que fazer e como fazer. Estão completamente perdidas quanto ao rumo de suas vidas. Seus sonhos são medíocres e mesquinhos. Não percebo o "T gigante" em seus olhares, estão apáticos e reativos á vida.
Reconheço que em muitos momentos, gostaria que as coisas se resolvessem rapidamente ou que fossem diferentes sem que eu fizesse nenhum esforço. Ou então "aguardar" que a boa sorte chegue um dia e mude completamente a minha vida. Mas que aprendizado isso me traria.
Tenho plena consciência de que à medida que os anos passam, a vida parece que se complicar em vez de ser mais simples: grandes mudanças repentinas, menos estabilidade, múltiplas obrigações, pouco tempo e dificuldades financeiras constantes são algumas características desses nossos "tempos modernos".
Antigamente na geração de nossos pais e avós bastava se formar, trabalhar e se não fizesse nenhuma grande besteira, aos poucos se podia comprar um carro e construir uma casa. Hoje não existem mais garantias.Tudo muda. Por isso que a estratégia pessoal se tornou ainda mais importante em nossas vidas atualmente. Sem estratégia nada acontece, você fica a deriva na vida, sendo levado pelas ondas dos movimentos da empresa que trabalha, dos amigos e familiares.
Desenvolver estratégias para viver ajuda a identificar aquilo que sabemos fazer bem e o que gostamos de fazer. Conhecer nossos talentos, qualidades e interesses facilitarão o avanço neste mar de oportunidades e desafios que a vida nos oferece.
Uma dica importante é nunca trabalhe pelo dinheiro, trabalhe pela realização, o dinheiro é conseqüência, nunca deve ser um objetivo.
Uma técnica interessante de definir sua estratégia de vida é contar duas historias. Se possível escreva-as ou grave-as, o importante é registrá-las de algum modo.
A primeira é para si mesmo. Imagine-se com cem anos sentado em uma confortável poltrona descrevendo sua trajetória de vida pra você mesmo, contando seus erros, acertos, medos, preocupações e claro dando muitos conselhos. Anote tudo.
A segunda historia você contará para as outras pessoas, seja da família, amigos, colegas, lideres ou liderados, enfim para qualquer pessoa que você tiver vontade de contar e claro esteja disposta a ouvir. Nesta historia você irá contar a sua estratégia de sucesso futuro, quais são seus objetivos e metas, quais os motivos de tê-los escolhido, como você tentará atingi-los, quais ferramentas irá utilizar, quais as competências e talentos necessários para isso, mas acima de tudo não se esqueça da habilidade de contar a história com paixão suficiente para inspirar as pessoas e principalmente a si próprio.
Depois de ter feito este exercício de contar as duas historias provavelmente você terá em mãos no mínimo um esboço do seu plano de vida pessoal com toda a estratégia descrita. Esse será o seu ponto de partida.
Agora, mãos à obra, pois tenha certeza que ninguém irá fazer isso por você