quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dez erros de postura e comportamento que podem prejudicá-lo no trabalho

Viviane Macedo



Postura e comportamento são pontos primordiais para o sucesso na carreira profissional. A afirmação não deve ser novidade para ninguém, mesmo assim, não são poucos os que ainda cometem sérios erros comportamentais no ambiente corporativo e acabam esquecendo que a competência técnica não é a única necessária para galgar novas posições numa empresa.

A imagem transmitida pelo profissional faz muita diferença. É por isso mesmo que ficar de olho nas atitudes e na maneira como se porta no ambiente de trabalho pode render pontos positivos. Para saber o que "pega mal" no trabalho, conversamos com o coach Silvio Celestino, que enumerou os 10 principais erros comportamentais e de postura cometidos por profissionais nas empresas.

1- Não saber dominar as emoções: Um profissional que não sabe receber uma crítica, um feedback e se frustra com muita frequência, demonstra-se imaturo e, portanto, incapaz de assumir grandes responsabilidades, inclusive um cargo de liderança. Se alguém deseja subir na carreira, deve saber dominar suas emoções e lidar com as dos demais.

2- Falar mal da empresa, de chefes ou colegas no ambiente de trabalho / redes sociais: O profissional vende a todo instante a sua credibilidade perante a empresa e o mercado de trabalho. Ninguém deseja ter em seu quadro de funcionários alguém que denigre a imagem da própria empresa direta ou indiretamente (comentando e fazendo fofocas de outras pessoas).
3- Não cumprir prazos das tarefas: O que se espera de um bom profissional é que ele tenha conhecimento suficiente para saber quanto tempo uma tarefa de sua responsabilidade demora para ser realizada apropriadamente. Quando o profissional atrasa, compromete sua credibilidade.

4- Chegar atrasado em reuniões e eventos: Cumprir horários estabelecidos para uma reunião ou evento é o mínimo que se espera de um profissional sério. Mesmo que seus líderes cultivem o mau exemplo de chegar tarde em reuniões, não faça o mesmo. Seja pontual.

5- Ter uma imagem que destoa da cultura da empresa: A imagem de um profissional deve transmitir credibilidade de acordo com a cultura da empresa. Não apareça de piercing ou deixe sua nova tatuagem à mostra se você trabalha a uma organização muito tradicional. Terno e gravata também não são indicados para trabalhar em uma empresa que vende produtos para a prática de esportes radicais. Pense!

6- Escrever errado em documentos da empresa, especialmente os que são dirigidos a clientes (e-mails, por exemplo): Já vi um gerente ser demitido porque escreveu "voceiz" em um e-mail ao consumidor. Muita atenção, o que é aceitável no SMS é inapropriado para o contato com o mercado e pode gerar má interpretação, confusão e transmitir uma imagem desleixada do profissional e, consequentemente, da empresa.

7- Ser um mau ouvinte: Quando um cliente interno ou externo ao departamento se dirige ao profissional e este parece estar mais interessado em outras coisas, como seu celular, ou simplesmente não parece estar interessado na conversa, gera a impressão de imaturidade e desrespeito.

8- Tratar com descuido as ferramentas e materiais sob sua responsabilidade: Danificar computadores, mobília ou outras estruturas da empresa por descuido demonstra que o profissional não entende que a empresa possui um custo esperado para suas operações e que aumentá-lo diminui o resultado.

9- Desrespeitar a cultura da empresa: Cada organização possui uma cultura, expressa objetivamente em suas normas, mas também indiretamente no comportamento de seus funcionários, em especial seus líderes. O profissional deve ter adaptabilidade ao ambiente antes de querer mudar algo. Chegar na organização e já questionar sua forma de ser é ruim para a sua imagem.

10- Não demonstrar interesse em progredir: As organizações têm como um de seus propósitos o crescimento contínuo. Um indivíduo que está satisfeito com o cargo que ocupa e não faz nada para aprimorar-se, adquirir novos conhecimentos e competências, fica em desacordo com este propósito, o que não é bom para sua imagem.

Muitas dessas atitudes passam completamente despercebidas no dia a dia. A correria e a falta de atenção fazem com que profissionais sejam avaliados negativamente -- o que, em muitos casos, só gera problemas depois de algum tempo repetindo os mesmos erros.


Por isso, esteja sempre atento às suas ações, não deixe que as funções e a sobrecarga façam de você um profissional relapso, desatencioso com suas responsabilidades e atitudes no ambiente corporativo.

O efeito Tiririca e suas lições básicas e infáliveis de marketing

Ao utilizar todos os preceitos básicos do marketing e a falta de senso dos outros políticos fez com que desta vez um palhaço de verdade desse um banho nos engravatados.


Por Fabricio Luiz Novaes da Silveira
 
Apesar de não temos a matéria política presente nominalmente na grade de nossos cursos, temos por obrigação conhecer bem e entender do assunto já que ele é fundamental para nossa vida e nosso trabalho.


Por obra do destino, trabalho nas eleições desde 2002 como mesário e secretário e cada eleição que passei tem uma história diferente que pode ser notada claramente no semblante e nas palavras dos eleitores de minha seção.

Esta eleição em particular tivemos a presença da arrancada de Marina Silva que culminou no 2º Turno para presidente, a não eleição de vários políticos que antes eram tidos como ganhadores mesmo antes do fim da eleição, as trapalhadas do TSE e a eleição retumbante de Tiririca.

Vou falar apenas da eleição do Tiririca já que os outros fatos devem estender muito o texto.

É correto o eleitor ter dado mais de um milhão de votos ao candidato Tiririca e através disso ter puxado mais alguns candidatos de sua coligação?

Claro que a resposta lógica é não, porém temos que pensar um pouco mais e chegar ao depende.

Penso depende porque ao não votar nele, em quem devemos votar?

É de conhecimento que faço pós em Marketing e o principio básico para qualquer ação neste sentido segue a máxima de que ninguém vende um produto, o que vendemos é uma sensação, um status, uma comodidade, um sentimento ou qualquer outra coisa que acrescente algo intangível.

O exemplo básico é o da furadeira. Ninguém compra uma furadeira, o que compramos é algo capaz de fazer o furo que precisamos.

Desde o principio da campanha eleitoral o candidato Tiririca provou conhecer esta máxima em todos os seus detalhes e desdobramentos. Honestamente ele deu um banho de competência nesta área em muitos Phds.

Primeiro ele criou uma frase de efeito que, querendo ser elogioso, diria que era muito espirituosa: Pior do que tá, não fica. Caracterizou-se com seu personagem e agiu como ele durante todo período de campanha e, como personagem, nada mais fez do que criar esquetes de humor dentro do Horário Eleitoral. Nunca prometeu uma coisa sequer e ainda tentava mostrar em algumas situações a sua origem e aonde chegou.

Amigos, profissionais do marketing sejamos honestos: Ele fez tudo perfeitamente e não cabe qualquer critica já que ao que ele se propôs fazer foi feito com louvor.


Pensando por outro prisma, devemos lembrar que ao votar em alguém estamos escolhendo alguém para nos representar e, sendo assim, temos que pensar na seguinte situação:

Quem representa melhor a população? Tiririca ou qualquer outro candidato engravatado e "deputado por profissão"?

É óbvio que a resposta é Tiririca.

Os efeitos desse "fenômeno" podem ir às raias de termos vários candidatos personagens nas próximas eleições ou, de uma vez por todas, as pessoas que querem realmente o bem para o nosso país passam a finalmente se preocupar com a população e se comprometer com a representação dada já que do contrário pior do que tá fica.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Marketing Direto Digital

Por Sandra Turchi*




Como você já notou, seus clientes são diferentes. Alguns consomem mais do que outros – ou, mesmo, consomem com maior frequência. Sendo assim, é crucial saber detectá-los claramente para conhecer melhor quem são os mais rentáveis e atendê-los de forma satisfatória, como também para identificar futuros clientes que tenham esse mesmo perfil. Essa é uma prática utilizada há tempos pelos experts em marketing direto e que também se aplica muito bem no universo digital.

Veja o caso de campanhas de e-mail marketing, tão utilizadas e tão lucrativas. Se a sua empresa disparar e-mails para todos terá alguns problemas: poderá ser acusada de Spammer, ou seja, de ser um disparador de SPAMs, e poderá receber punições por isso (conheça as regras no site do CAPEM – código de auto-regulamentação do e-mail marketing), além de saturar sua base de contatos, oferecendo ofertas que não são do interesse deles. Fora isso, você jogará dinheiro fora, pois custa mais caro alcançar milhares de pessoas e que não são potenciais compradoras dos seus produtos.

Sendo assim, é melhor identificar os seus bons clientes e, a partir daí, os “prospects” corretos, ou seja, pessoas que tenham um perfil próximo ao daqueles seus bons clientes e que terão, com isso, maiores chances de consumir os seus produtos ou serviços.

Para isso, é fundamental a empresa construir sua própria base de clientes, pois isso auxiliará nas etapas de análise que virão a seguir. Se a empresa não conhecer quem são os seus clientes, quem os conhecerá? Portanto, mãos à obra, mesmo que você não disponha de boa tecnologia é possível iniciar com soluções caseiras mesmo, não importa. O que é inadmissível é você tratar sua base de clientes de forma displicente, pois ela é o bem mais valioso que sua empresa possui, lembre-se disso!

Posteriormente, é possível tratar esses dados, e, com isso, identificar novos clientes com o mesmo perfil dos “bons clientes”, baseando-se no seu histórico e, ainda, fazer uma segmentação adequada. Há empresas que possuem sistemas específicos e que poderão ajudá-lo a trazer muito mais inteligência ao seu negócio e às suas campanhas. São os chamados “Marketing Services” que, entre outras atividades, executam essa tarefa de “prospecção” qualificada, pois se utilizam de uma série de estatísticas para definir apropriadamente esses grupos de consumo.

Outro caminho, que cresce cada vez no marketing direto digital, é o uso dos celulares, pois não há nada mais direto para alcançar determinado cliente do que esse meio. São diversas as possibilidades para se fazer mobile marketing. Tratarei desse tema em futuros artigos.

Além dessa preocupação com o tratamento dos dados, para que se possa ser mais assertivo nas campanhas, há alguns outros pontos que serão úteis. Dicas práticas: 1) encontre sua audiência – conforme já descrevemos acima; 2) crie um sistema (ou use um que já existe) para se comunicar com ela de várias formas; 3) crie conteúdos novos e de grande valor, com foco no seu público-alvo e 4) mensure sempre os resultados, para aprimorar-se a cada nova campanha.

Com essas ações, você terá maiores chances de gerar o tão visado “engajamento” dos seus clientes, que é esse envolvimento do consumidor com sua marca, em um alinhamento de interesses, ou seja, essa proximidade, que faz com que os clientes, além de consumirem os seus produtos, passem também a indicar e até mesmo a defender a sua empresa, quando preciso. Claro que nada disso é simples e trivial, mas se sua empresa não começar, nunca poderá saber se isso traz resultados efetivos ou não!

* Sandra Turchi é Superintendente de Marketing da ACSP – Associação Comercial de SP e SCPC, Coordenadora do curso “Estratégias de Marketing Digital” da ESPM e VP de Marketing da ABRAREC. Blog: www.sandraturchi.com.br Twitter: @sandraturchi

O poder das mídias sociais no mundo corporativo

Mesmo que sua empresa não queira estar presente nas mídias sociais, os internautas irão falar sobre ela

Por Márcio Chleba, http://www.administradores.com.br/

Hoje, poder acompanhar todo e qualquer comentário gerado nas mídias sociais é bom para qualquer empresa. Afinal, assim como uma marca pode ser promovida, também pode se tornar vulnerável por meio do conteúdo dessas páginas.


Apesar de muito se falar nessa questão, ainda há uma grande confusão sobre como utilizar as mídias sociais a favor de uma organização. Para a maioria, basta criar uma conta corporativa no Twitter e está resolvido.

No entanto, o marketing nas mídias sociais vai muito além. Ele pode ser dividido em dois grupos de atividades: o gerenciamento da presença nas mídias sociais, onde estabelecemos o quê e como a empresa deve falar com o mercado nessas plataformas, e o monitoramento, que controla o que o mercado está falando sobre a companhia.

Esses dois grupos de atividades são completamente distintos e independentes. Mesmo que sua empresa não queira estar presente nas mídias sociais, os internautas irão falar sobre ela. Fechar os olhos para o que está sendo dito é uma decisão muito perigosa.

Por isso, as companhias devem fazer as duas coisas. Ao gerenciar a presença, deve-se definir uma estratégia para fazer parte da conversa dos usuários, de preferência, criando ações que permitam que os próprios usuários disseminem conteúdo positivo sobre a sua marca. Já no monitoramento, o foco é ouvir e agir para corrigir problemas de processos internos e, eventualmente, intervir junto ao cliente muito rapidamente.

Essas práticas vêm se mostrando muito eficientes não somente para estabelecer um contato mais próximo com os clientes, como se tornou uma ferramenta certeira de mensuração do perfil de seu público. O Social Media Monitor, novo monitor de mídias sociais criado pela Chleba Agência Digital, otimiza o mapeamento dessas informações, enquanto possibilita análises por diversos ângulos. O foco é auxiliar as companhias na melhoria contínua de seus processos e na elaboração de estratégias de marketing cada vez mais direcionadas, baseado nos resultados pesquisados.

Todas as informações geradas no Twitter, Google Blog Search, Google News, YouTube, Yahoo Respostas, Flickr, e Facebook, Blogs e até mesmo no site Reclame Aqui podem ser literalmente escaneadas e analisadas pelo Social Media Monitor.

Dentre as vantagens desta ferramenta está a organização dos dados por meio de filtros que podem desconsiderar ou promover as citações em manifestações. Estas podem ser classificadas por tipo (positivo ou negativo), por categoria (relato de insatisfação, comprometimento de imagem, etc), grau de importância (alto, médio, baixo) e se requer intervenção ou não. Além disso, é possível acessar relatórios instantâneos de todo e qualquer movimento na conta do usuário da Social Media Monitor e baixar o Cubo de Dados, que permite a análise dos dados em planilhas dinâmicas do Excel.

Entre os fatores que podem ser identificados pelo monitoramento das mídias sociais estão as falhas nos processos de atendimento a clientes ou em produtos, avaliação do impacto positivo de elogios, identificação de melhorias nos produtos e serviços através das informações postadas pelos internautas e até a identificação de clientes potenciais.

Por exemplo, se um cliente fizer um post no Twitter reclamando do prazo de entrega de uma loja virtual, o lojista pode informá-lo sobre o status do pedido e dar um benefício pela inconveniência do atraso. Com esta conduta, há uma boa chance do cliente postar um comentário positivo sobre a atitude da empresa.

Para o mercado, em especial empresas com produtos e serviços de consumo em massa, é mais do que necessário monitorar as mídias sociais. Em primeiro lugar, para a identificação de indícios que a permita adequar seus processos e produtos de forma contínua de forma muito mais ágil do que por meio de pesquisas. Em segundo, para identificar crises ainda em fase inicial e, por fim, para intervir rapidamente e solucionar problemas de clientes insatisfeitos.

* Márcio Chleba é sócio diretor da Chleba Agência Digital

Por que lidar com as redes sociais tem de ser privilégio só do marketing?

Os resultados deixam claro que o crescimento exponencial das redes e mídiassociais e a capacidade destas de influenciar seus participantes não são mais menosprezados, muito menos ignorados, no meio empresarial


 
Recentemente fui convidado a conhecer a nova pesquisa da consultoria Deloitte "Mídias sociais nas empresas – O relacionamento com o mercado", realizado para determinar o grau de maturidade das organizações brasileiras em relação ao boom das mídias sociais. Das 302 empresas de diversos portes e segmentos que participaram do estudo, 70% utilizam ou monitoram mídias sociais. Destas, 38% são da área de serviços, 20% de varejo e 19% tecnologia, mídia e telecomunicações. E nada menos que 93% pretendem manter ou aumentar os seus investimentos em redes sociais.


Os resultados deixam claro que o crescimento exponencial das redes e mídias sociais e a capacidade destas de influenciar seus participantes não são mais menosprezados, muito menos ignorados, no meio empresarial. Ao contrário, um número crescente de organizações vem criando perfis de suas marcas no Orkut, Facebook, Linked In e Twitter para se relacionar com o mercado, o que é bastante saudável.

A pesquisa, porém, deixou claro outro aspecto. Embora um número significativo de empresas já desenvolvam ações concretas nas mídias sociais, por enquanto estas se limitam à promoção (83% dos pesquisadas) e ao monitoramento da marca no mercado (71%).
Esta característica acentuadamente promocional no uso das mídias sociais reflete a estrutura em que estão subordinadas dentro da organização, o marketing. Que, em muitos casos, sequer lida diretamente com o trabalho de relacionamento, delegado a agências de publicidade ou profissionais especializados. Essa forma de conduta possui duas grandes deficiências.
A primeira é a óbvia perda de oportunidades. Ao focar somente na promoção da empresa e seus produtos, perde-se a oportunidade de se explorar o potencial das mídias sociais em atividades valiosas, como suporte ao cliente, gestão do conhecimento, identificação de talentos para contratação, suporte a equipes ou inovação colaborativa para o desenvolvimento de novos produtos.

A segunda é deixar a empresa vulnerável a crises envolvendo sua imagem no mercado. Afinal, é preciso lembrar que as mídias sociais não são um veículo de propaganda e sim uma rede de relacionamentos, em que as pessoas opinam livre e fluentemente sobre o que desejarem. Não adianta, por exemplo, tentar fazer uma promoção quando há uma série de descontentes com seu produto, prontos para alardearem suas reclamações para todos na rede. Nestas situações, o marketing não ajuda e é preciso tomar outros tipos de iniciativas.

Daí a importância da empresa participar das mídias sociais não só com o marketing, mas também por meio SAC, RH e relações públicas. É possível não só identificar e aproveitar as oportunidades (analisar perfis profissionais para contratação, integrar equipes, esclarecer dúvidas e reclamações de consumidores), mas também direcionar eventuais crises às áreas responsáveis, de modo que possam responder rapidamente à situação.

Fabio Cipriani, consultor especializado na área e autor do livro "Blog Corporativo", vai além. Para ele, a própria liderança da organização tem de participar ativamente no planejamento e acompanhamento das ações, de modo a fortalecer o envolvimento com as mídias sociais. Uma campanha pode gerar os mais variados tipos de feedback por parte das pessoas e responder a esta demanda vai necessitar de gente preparada, defende. O envolvimento das lideranças garante maior alinhamento entre as diferentes áreas e agiliza as respostas.

Como se vê, o sucesso da empresa nas mídias e redes sociais não se limita e não deve se limitar às ações de marketing. Quanto mais a organização estiver envolvida neste empreendimento, maiores as chances de resultados realmente efetivos. O maior desafio é justamente persuadir a liderança a bancar o projeto. Mas isso é assunto para um outro artigo.

Silvio Tanabe é consultor de marketing digital da Magoweb e autor do blog Clínica de Marketing Digital (www.magoweb.com/clinicadigital)

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Neurociência vira ferramenta de marketing !

Técnicas como monitoração visual, que prometem desvendar os desejos dos consumidores, chegam ao Brasil.

A Millward Brown, sócia do Ibope no Brasil, traz instrumentos testados em pesquisa de mercado na Europa e nos EUA.

Desvendar as preferências do consumidor é o desafio de marcas no mundo todo.

O que pensam e sentem compradores em potencial em relação a produtos, logotipos e propagandas?

A resposta pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso de um lançamento. Mas não é fácil chegar a ela.

Uma aposta do segmento das pesquisas de mercado -contratadas para sondar o que o público quer de um produto- é o uso de ferramentas da neurociência.

São instrumentos de análise que não dependem de resposta verbal ou escrita dos entrevistados.

Os mecanismos de "avaliação implícita" se propõem a mapear reações dos consumidores quando expostos a uma imagem, por exemplo.

A direção do olhar -captada por uma câmera instalada na tela de um computador, onde pode ser exibido um filme de propaganda- é uma das reações monitoradas.

Outra seria o comportamento das ondas cerebrais -proposta mais controversa, segundo neurocientistas (leia ao lado).

O instituto de pesquisa de mercado Millward Brown começa a utilizar as técnicas no Brasil, um ano depois de iniciar o trabalho na Europa e nos Estados Unidos.

E o plano é levar os métodos a outros mercados da América Latina.

Nascida na Inglaterra há 30 anos, a Millward é sócia do Ibope no Brasil há dez anos e possui cerca de 50 clientes ativos (multinacionais e empresas domésticas).

PRECISÃO:

"Com as ferramentas de neurociência, a análise das preferências do consumidor é muito mais contundente ", diz Silvia Quintanilha, vice-presidente de atendimento da Millward Brown Brasil.

Segundo a executiva, o público, especialmente o latino, tem dificuldade em explicitar o que lhe desagrada.

"E ter essa informação com a maior precisão possível é fundamental para as empresas tomarem decisões sobre produtos e estratégias de comunicação", completa.

A ilustração ao lado mostra resultados de testes feitos pela Millward usando instrumentos da neurociência.

A pesquisa a partir das fotos dos modelos em trajes de banho revelou os pontos para onde mais se olhava.

"Em se tratando do modelo masculino, dificilmente os homens consultados destacariam as mesmas áreas verbalmente", diz Quintanilha.

"Também verificamos que as consumidoras deram mais atenção à mão esquerda do modelo, onde havia uma aliança", completa.

ANÁLISE:

Os equipamentos para os testes são fornecidos à Millward por empresas privadas de neurociência aplicada da Europa e dos EUA. Essas empresas também trabalham na análise dos resultados.

Segundo Quintanilha, a análise por neurocientistas é importante para não haver distorções na interpretação das pesquisas.

"É preciso saber avaliar. O fato de o consumidor gastar mais tempo observando determinada área de um anúncio pode indicar que a informação ali está confusa."

Em relação ao preço dessas tecnologias, a executiva afirma que as pesquisas que utilizam as ferramentas são de 10% a 15% mais caras que as tradicionais, de pergunta e resposta.

Mesmo assim, segundo ela, todos os clientes do instituto no país já mostraram interesse em contratar pelo menos uma das novas técnicas.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Coca Zero e a piramide impossivel

Precisando traduzir seu mote "tornar o impossível possível" e precisando destacar-se da multidão no PDV, a Coca Zero criou uma pirâmide invertida como display nos supermercados. A idéia chamou tanto a atenção dos compradores que o resultado foi um aumento de 13% nas vendas, nos supermercados onde a pirâmide de Coca Zero foi instalada.


Fonte: Ads of the World