Pra você que foi educado a pensar que a imagem vale mais do que qualquer coisa, leia o artigo e descubra que estava enganado!
Peraí, Marketing Subliminar? Existe isso? Eu nunca ouvi falar!
Realmente, o termo não existe, eu o inventei. Martin Lindstrom, autor do livro A Lógica do Consumo prefere chamá-lo de Branding Sensorial . Mas calma que eu já explico.
Com bases em pesquisas, Lindstrom percebeu que a audição e o olfato podem ser ainda mais fortes do que a visão no processo de marketing e publicidade das marcas. Isso não quer dizer que as imagens visuais não são o elemento mais importante do processo, quer dizer que elas se tornam muito mais eficazes e memoráveis quando estão associadas a outro sentido. Isso de fato contraria totalmente o senso comum, afinal, propaganda sem a logomarca? Isso não existe!
Ledo engano, o Marketing Subliminar, ou Branding Sensorial, é o que o autor chama de um passo para o futuro. Graças a imensas proibições mundiais em televisões, revistas e diversos outros tipos de mídia, as empresas de cigarro, mais do que qualquer outra, precisam achar uma maneira alternativa de gravar sua marca na cabeça do consumidor. E é exatamente isso que elas estão fazendo.
Mas de que forma isso acontece?
Nesse texto vou me restringir a explicar apenas três maneiras que as empresas encontraram de aplicar essa técnica, são elas, o SOM, as CORES e o CHEIRO.
• O Som
Você sabia que o som crocante do Sucrilhos Kellog`s , da abertura da tampa do Nescafé e de uma batata Pringles foram totalmente manipulados de forma a dar uma melhor percepção ao produto? E quando alguém fala em Mcdonalds, qual o som lhe vem à cabeça? Talvez seja aquele pequeno som rangente produzido ao se colocar um canudo no copo de refrigerante, agora qualquer outro lugar que você for fazer o mesmo ato de encaixar um canudo em uma tampa de copo de refrigerante, você vai lembrar do bom e velho Mcdonalds.
Já não é segredo para ninguém que alguns estabelecimentos como os supermercados colocam musicas calmas para fazerem o consumidor andar mais devagar e passar mais tempo dentro do mercado, de forma a aumentar a chance dos mesmos fazerem uma compra por impulso.
Veja essa, em uma seção de vinhos dentro de um supermercado, quando foi colocado para tocar uma música francesa, os vinhos franceses tiveram um aumento de 77% nas vendas. No outro dia, quando colocado música italiana, houve também um aumento significativo no aumento das vendas de vinhos italianos!
O autor explica “o som desencadeia fortes associações e emoções, e pode exercer uma influencia poderosa no nosso comportamento” e conclui dizendo que a atenção dos consumidores aumenta quando eles ouvem uma melodia característica de um produto e eles passam a prestar mais atenção nos produtos a ele relacionado.
Resumindo, "o som é um dos fatores que pode levar ao sucesso ou ao declínio de uma marca", é o que afirma o autor, foi o que aconteceu, por exemplo, com o famoso toque de celular da Nokia, o que era uma sensação de se ouvir no começo, virou algo insuportável passado alguns anos.
• As cores
Não menos importantes , as cores também representam um forte conectivo emocional entre nós e uma marca. Quem não se lembra do sucesso que foi os monitores coloridos da Apple? O seu sucesso foi atribuido quase que exclusivamente por causa da sua cor!
Voce sabia que, quando as pessoas precisam fazer um julgamento rápido (algo em torno de 90 segundos) sobre uma pessoa, um ambiente ou um produto, cerca de 62% a 90% dessa avaliação se baseia apenas na cor?
Quando a cor está fortemente enraizada a marca, não é preciso estampar logotipo em anúncio algum para que de fato os consumidores possam perceber a sua presença, é o caso do vermelho marcante da Marlboro e da Ferrari. A própria Marlboro já percebeu isso, em uma experiência, um bar foi pintado com as cores predominantemente vermelhas, e adivinha qual cigarro teve as maiores vendas?
• O Cheiro
Até agora você deve ter se conformado que o som e as cores realmente influenciam na decisão de compra do consumidor, mas dizer que o cheiro também? Assim já é demais não é mesmo? Então presta atenção no que o autor descobriu:
- Em uma experiência, foram colocados dois pares de tênis iguais da NIKE em duas salas separadas idênticas. Em uma delas foi borrifado um aroma floral, na outra não. O resultado, 84% dos participantes preferiram os tênis que haviam visto na sala com aroma floral, além disso, os tênis dessa sala foram atribuídos com um valor de 10 dólares mais caros.
- Em uma tentativa ousada, os donos de uma loja de roupas experimentaram borrifar “aromas femininos” como baunilha no departamento de roupas femininas, e as surpresas vieram, as vendas dobraram!
- Para não estranharem os altos preços dos produtos, uma loja de eletrônicos da Samsung resolveu aromatizar seu ambiente com cheiro de melão maduro, uma fragrância que tende a relaxar os consumidores e colocá-los em uma sensação que remete a ilhas paradisíacas.
- Supermercados da Europa, ao perceberem que o aroma de pão recém-assado atraía consumidores para dentro do mercado e fazia com que aumentassem as vendas de produtos similares, já começaram a espalhar um aroma artificial de pão recém-assado em seus dutos de ventilação.
E lá vai algumas outras curiosidades:
- Você sabia que o cheiro de “carro novo” na verdade é um aroma artificial que vem diretamente de uma lata de spray?
- A fragrância mais conhecida do mundo é o talco para bebês da Johnson & Johnson, você lembra do cheiro, mas tenho certeza que da marca não. A propósito, a fabricante alterou tanto a fragrância do cheiro, que acabou perdendo a sua formula original
- Os frascos de Nescafé são projetados para que assim que abertos, liberarem o máximo de fragrância possível, o que não foi uma tarefa fácil.
Quando os fabricantes avançam um passo no marketing tradicional, quando eles começam a fazer o consumidor perceber a sua marca SEM SEQUER mencionar o nome dela ou exibir a logomarca em si, eles estão dando um passo na frente dos demais, eles estão fazendo o Marketing Subliminar!
sábado, 30 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
O ciclo de vida do Brasil e de seus profissionais
Por Marcos Morita
Enquanto no velho continente ecoam protestos e manifestações relacionados à fragilidade econômica, o Brasil comemora o que os economistas denominam como situação de pleno emprego. Vagas em aberto, importação de profissionais, treinamento e capacitação, mercado de contratações em ebulição, rotação de profissionais, salários em alta, aumentos e reajustes pressionando a inflação, são alguns dos sinais deste cenário inédito.
Mas qual o real impacto deste crescimento sobre os profissionais? Como aproveitar as novas oportunidades? Para tentar mensurá-las, traçarei um paralelo entre o crescimento do país e as carreiras, utilizando-se a teoria do ciclo de vida de marketing. De acordo com o guru Phillip Kotler, um produto ou serviço possui quatro fases distintas em sua vida: introdução, crescimento, maturidade e declínio. Vejamos brevemente como podem ser definidos.
Introdução: um novo produto, serviço, conceito ou extensão de marca ou linha. Para colocá-lo no mercado são necessários altos investimentos em divulgação e publicidade, com baixos volumes e margens.
Crescimento: caracterizada pelo aumento considerável no faturamento, mantendo-se os investimentos. É neste período que se costuma atingir o ponto de equilibro, ou seja, receitas = despesas.
Maturidade: marca ou solução reconhecida, relativa participação de mercado e vendas estáveis. Combinação que permite a empresa atingir o patamar máximo de lucratividade.
Declínio: obsolescência, novas tecnologias, mercados em quedas ou mudanças nas preferências dos consumidores são alguns dos fatores desta fase. É hora da diversificação, reposicionamento ou saída do mercado.
O Brasil parece finalmente ter entrado no patamar de crescimento, após inúmeras tentativas de introdução frustradas. Aumentos nos investimentos externos, democracia consolidada, respeito às leis, mercado consumidor crescente, consolidação de conglomerados nacionais, obras de infra estrutura.
Porém todo o cuidado é pouco, uma vez que há ainda muito que fazer para que cheguemos à maturidade. Vejamos a questão das carreiras sob o prisma do ciclo de vida dos produtos.
Introdução: a lista de novas profissões é bastante extensa e os salários tentadores, puxadas por atividades e setores como sustentabilidade e indústria de petróleo. O benefício aos jovens está na maior possibilidade de escolha. Vale salientar que também no mercado de trabalho há modismos e tendências.
Pilotos comerciais que hoje voam literalmente em céus de brigadeiro até pouco tempo estavam em sua grande maioria em terra, procurando por empregos. Os mais velhos talvez se lembrem da célebre lanchonete cujo nome: "engenheiro que virou suco", refletia bem a situação desta classe na época, hoje caçados a peso de ouro pelo mercado.
Crescimento: a reengenharia, propalada por Michael Hammer no início dos anos noventa, reduziu os níveis hierárquicos das empresas, criando estruturas horizontalizadas. As carreiras deste então são muitas vezes construídas lateralmente, através de novos projetos ou funções. O crescimento das empresas pode acelerar esta fase, uma vez que novas posições são abertas ou criadas. Isto pode resolver em parte a questão da rotatividade dos jovens nascidos após os anos oitenta, também denominados como geração Y, cuja impaciência faz com que prefiram trocar de empresa ao invés de aguardar por oportunidades internas.
Maturidade: boas notícias aos profissionais maduros. Com a escassez de mão-de-obra, abrem-se boas oportunidades para profissionais considerados aposentados de forma prematura pelo mercado. Coordenação, supervisão e gerência necessitam de experiência, algo ainda não ensinado nos bancos escolares. Estruturas enxutas e mercados crescentes fazem aumentar a procura por profissionais autônomos ou consultores, nas mais diversas áreas - recursos humanos, marketing, tecnologia da informação, logística e até as já tradicionais: contabilidade, segurança e alimentação.
Declínio: profissionais em introdução, crescimento ou maturidade devem estar bastante atentos para não entrarem nesta fase. Apesar da euforia com eventuais aumentos salariais, promoções ou trocas de empregos, é bom lembrar que o país ainda está longe da maturidade. O mundo globalizado por sua vez, faz com que tsunamis, governos ditadores e crises em hipotecas contaminem nosso crescimento. Educação continuada, atualização profissional, rede de relacionamentos, línguas e cursos de extensão devem estar no planejamento e na agenda de todos os profissionais.
Por fim, esteja preparado e aproveite o bom momento da economia para alavancar sua carreira. Sou um adepto da frase: sucesso = preparação + oportunidade. Basta agora os governantes fazerem sua lição de casa, levando o país com responsabilidade e seriedade à inédita maturidade. Como profissionais, devemos nos preparar e torcer para que o Brasil não voe novamente como uma galinha, ou seja, passando diretamente do crescimento ao declínio.
terça-feira, 19 de abril de 2011
O poder dos clientes na internet 2.0 + 1
A Arezzo esteve entre os TTs (palavras mais citadas) do Twitter no último domingo, dia 17 de abril. Continua por lá até o momento que escrevo. Mas o que poderia ser motivo de alegria para a marca, é uma péssima notícia.
A coleção Pelemania, lançada pela empresa, provocou protestos violentos nas mídias sociais. O assunto se espalhou rapidamente pelo Orkut, pelo Facebook, pelos Blogs e pelo Youtube, e a página oficial da Arezzo (imagem abaixo) foi invadida por protestos de toda natureza. Até que, na segunda-feira, a empresa anunciou a interrupção da venda dos produtos da coleção.
Alguns aspectos desse fato chamam a atenção:
A rapidez com que o assunto se espalhou;
A violência da linguagem usada nas diversas plataformas (redes sociais, blogs, imagens, vídeos)
O engajamento público (aparentemente) para defendero os animais exóticos; (vejam cartaz abaixo)
A Demora na publicação da notícia em mídias tradicionais;
O efeito manada de protestos sem que fossem considerados outros aspectos (por exemplo: marcas internacionais que vendem produtos fabricados na China com mão de obra de origem desconhecida).
O descuido da Arezzo em relação ao assunto sensível.
O impacto imediato na imagem da empresa, já que os protestos são publicados na página oficial.
Agora vamos observar o impacto dos protestos e como a empresa vai administrar a crise. Fatos como esse demonstram que as empresas não podem desconhecer o novo poder do cliente. É preciso ficar atento, pois as novas mídias servem para divulgar bons atributos das empresas, mas invertem o sentido rapidamente se algo der errado. A pergunta que fica: Como lidar com isso?
Cartaz de protesto elaborado pelos internautas e publicado na página oficial da Arezzo no domingo à noite.
fonte: http://www.bazeggio.com.br/blog/33-prof-evaldo/152-o-poder-dos-clientes-na-internet-20--1
A coleção Pelemania, lançada pela empresa, provocou protestos violentos nas mídias sociais. O assunto se espalhou rapidamente pelo Orkut, pelo Facebook, pelos Blogs e pelo Youtube, e a página oficial da Arezzo (imagem abaixo) foi invadida por protestos de toda natureza. Até que, na segunda-feira, a empresa anunciou a interrupção da venda dos produtos da coleção.
Alguns aspectos desse fato chamam a atenção:
A rapidez com que o assunto se espalhou;
A violência da linguagem usada nas diversas plataformas (redes sociais, blogs, imagens, vídeos)
O engajamento público (aparentemente) para defendero os animais exóticos; (vejam cartaz abaixo)
A Demora na publicação da notícia em mídias tradicionais;
O efeito manada de protestos sem que fossem considerados outros aspectos (por exemplo: marcas internacionais que vendem produtos fabricados na China com mão de obra de origem desconhecida).
O descuido da Arezzo em relação ao assunto sensível.
O impacto imediato na imagem da empresa, já que os protestos são publicados na página oficial.
Agora vamos observar o impacto dos protestos e como a empresa vai administrar a crise. Fatos como esse demonstram que as empresas não podem desconhecer o novo poder do cliente. É preciso ficar atento, pois as novas mídias servem para divulgar bons atributos das empresas, mas invertem o sentido rapidamente se algo der errado. A pergunta que fica: Como lidar com isso?
Cartaz de protesto elaborado pelos internautas e publicado na página oficial da Arezzo no domingo à noite.
fonte: http://www.bazeggio.com.br/blog/33-prof-evaldo/152-o-poder-dos-clientes-na-internet-20--1
segunda-feira, 18 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Como desenvolver um diferencial competitivo na sua empresa?
Em um mercado tão competitivo, todo empreendedor de sucesso sabe que é preciso se destacar. Mas, como?
O diferencial competitivo de um negócio está ligado a filosofia e a essência de cada empresa. Não é coisa que se crie do zero, mas é possível despertar algo especial que está apenas adormecido.
Para descobrir qual é o diferencial competitivo da sua empresa é preciso olhar para dentro e fazer algumas reflexões. Se perguntar, é fundamental, mas questionar sua equipe e seus clientes também é importante para a construção desse quebra-cabeça.
Três fases são necessárias para despertar seu diferencial competitivo:
-Olhe para dentro: Sua equipe está motivada? Ela atende seus clientes de forma a envolvê-los?
-Olhe para o seu produto: Como está a apresentação da sua empresa? E seus produtos encantam o seu target?
-Olhe para o mercado: Perceba as necessidades e desejos do seu mercado. Pesquise seus concorrentes. Existe algo que o mercado deseje, mas ainda não tenha?
O momento mais comum para fazer essas reflexões é durante a construção do planejamento estratégico. Mas não se acomode com esse fato. O empreendedor de sucesso repensa seu negócio periodicamente e está sempre atento.
Fonte: Blog LAMB
O diferencial competitivo de um negócio está ligado a filosofia e a essência de cada empresa. Não é coisa que se crie do zero, mas é possível despertar algo especial que está apenas adormecido.
Para descobrir qual é o diferencial competitivo da sua empresa é preciso olhar para dentro e fazer algumas reflexões. Se perguntar, é fundamental, mas questionar sua equipe e seus clientes também é importante para a construção desse quebra-cabeça.
Três fases são necessárias para despertar seu diferencial competitivo:
-Olhe para dentro: Sua equipe está motivada? Ela atende seus clientes de forma a envolvê-los?
-Olhe para o seu produto: Como está a apresentação da sua empresa? E seus produtos encantam o seu target?
-Olhe para o mercado: Perceba as necessidades e desejos do seu mercado. Pesquise seus concorrentes. Existe algo que o mercado deseje, mas ainda não tenha?
O momento mais comum para fazer essas reflexões é durante a construção do planejamento estratégico. Mas não se acomode com esse fato. O empreendedor de sucesso repensa seu negócio periodicamente e está sempre atento.
Fonte: Blog LAMB
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Calcule o ROI das mídias sociais
Veja como é possível calcular o retorno sobre o investimento do marketing em mídias sociais
Ao calcular o “ROI” das mídias sociais (ROI é a sigla, em inglês, de retorno sobre o investimento), você começa por contabilizar, por exemplo, o custo de lançamento de um blog e, então, busca avaliar o retorno, em vendas, sobre aquele investimento? Provavelmente, sim. A maioria faz isso. Mas alguns começam de modo diferente, analisando a que objetivos de marketing o blog pode atender (por exemplo, envolvimento dos consumidores com a marca) e que comportamentos se esperam dos visitantes (tais como postar um comentário sobre uma experiência recente de consumo).
Pois essas atitudes devem ser consideradas (e mensuradas) como “investimentos” dos clientes na mídia social lançada pela empresa. Em outras palavras, o retorno sobre o investimento em mídias sociais nem sempre será medido na moeda corrente das vendas; as atitudes (ou “investimentos”) dos clientes também pesam muito. Incluem parâmetros óbvios, como o número de visitas e o tempo gasto ali, mas também algo como o grau de atratividade dos comentários deixados no blog e o número de citações à marca no Facebook ou no Twitter.
Em suma, embora os altos executivos certamente precisem de números para saber se seu investimento está se pagando, querer apenas isso tem raízes na mídia tradicional, de massa. Essa visão estreita acarreta dois tipos de problema:
1. É orientada pelo curto prazo. Desenvolver relacionamentos significativos com os clientes leva tempo, porque as relações online envolvem conversas interativas e alguns gestores ainda não gostam da ideia de fazer parte do admirável mundo novo de “relacionamentos” com consumidores. Esse é um mundo em que os clientes controlam suas experiências online e onde suas motivações os levam a se conectar online com outros consumidores enquanto eles criam e consomem conteúdo, a maior parte dele gerada pelos usuários, não pelas empresas.
Quatro motivações-chave direcionam o uso das mídias sociais pelos clientes:
• conexões;
• criação;
• consumo;
• controle.
A perspectiva desses quatro Cs é importante porque leva a uma estrutura orientada pelo cliente na hora de avaliar uma mídia social. A maioria dos executivos ainda enxerga os aplicativos de mídia social como apenas mais um veículo de comunicação. Isso é um erro. O ambiente das mídias sociais é controlado pelos consumidores, não pelas empresas.
2. Ignora a maioria dos aspectos qualitativos. Ela ignora, por exemplo, o valor de tweet sobre uma marca, que surge de características únicas da internet e não possui analogias óbvias com as métricas tradicionais de mídia.
Objetivos melhores
A maioria dos gestores de marketing se sente pressionada a perseguir objetivos tradicionais, como vendas diretas, redução de custos ou aumento na participação no mercado. Eles até são mensuráveis na web 2.0:
• Para saber o efeito imediato sobre as vendas de uma campanha específica em uma mídia social, acompanha-se o faturamento gerado pelo dinheiro gasto, mesmo que vincular ações em mídias sociais diretamente às vendas seja difícil.
• Para mensurar economias de custo, basta medir quanto os consumidores fazem o papel de serviço de atendimento ao cliente, respondendo a perguntas nos fóruns.
• Para calcular aumento na eficiência das pesquisas de mercado, basta medir quanto a empresa usa a internet para buscar novas ideias – em fóruns de discussão em que os consumidores comentam conceitos de produtos e postam sugestões de aperfeiçoamento.
Mas os profissionais de marketing deveriam focar objetivos que demonstrem explicitamente o valor de operar no ambiente das mídias sociais, ou seja, que tirem proveito das características que distinguem as mídias sociais das demais, como estes três a seguir:
Brand awareness
Tradicionalmente, o nível de conhecimento da marca é medido por meio do acompanhamento de estudos e pesquisas de opinião. Online, entretanto, as empresas contam com outras formas de fazê-lo. Nos ambientes das mídias sociais, cada vez que uma pessoa usa um aplicativo desenvolvido pela empresa ou fala dela, a exposição da marca aumenta, muitas vezes em contextos altamente relevantes. Por exemplo: muitos dias antes das eleições nos Estados Unidos em 2008, a Starbucks veiculou uma peça no programa humorístico Saturday Night Live, também mostrado no YouTube, promovendo café grátis.
As menções à Starbucks no Twitter explodiram, com uma menção cada oito segundos em média, o que se traduziu em aumento substancial da exposição da marca. Esse tipo de uso das mídias sociais fortalece as associações com a marca na mente do consumidor. Outro exemplo é o da Naked Pizza, que fica em Nova Orleans, Louisiana, EUA, e é voltada para quem gosta de pizza, mas não abre mão de produtos saudáveis. A empresa passou a tuitar sobre suas pizzas em 2009 e hoje tem mais de 10 mil seguidores. Um cartaz do lado de fora de sua loja convidava os clientes a seguir a empresa no Twitter.
O sucesso da campanha no microblog culminou com um recorde de vendas, com mais de 68% desse movimento sendo originado por clientes que eram seguidores no Twitter. No mesmo dia, 85% dos novos clientes da empresa afirmaram que haviam sido motivados a comprar na Naked Pizza por causa do Twitter.
Envolvimento dos clientes
Essas campanhas com alto poder de envolvimento, a partir de conteúdo gerado pelos próprios usuários, tendem a conseguir comprometimento dos consumidores, reforçando a lealdade à marca e fazendo com que o cliente esteja mais propenso a despender algum esforço para apoiar a marca no futuro. Foi o que houve com a Southwest Airlines, a Starbucks, a Target e o Burger King.
Boca a boca
Uma vez conscientes da existência da marca e envolvidos com ela, os clientes têm condições de transmitir suas opiniões a respeito a outros consumidores, positivas ou não. Em 2005, o jornalista de tecnologia Jeff Jarvis criou um blog chamado “Dell Hell” para falar do péssimo atendimento que recebeu do serviço ao cliente da Dell. O buzz se espalhou rapidamente na internet e chegou à mídia de massa, e a Dell viu seus índices de satisfação de clientes cair cinco pontos percentuais em um ano.
Já a empresa de games Square Enix viu o lado bom disso: iniciou uma comunidade online para alimentar o interesse pelo lançamento de um novo jogo e o site atraiu mais de 14 mil pessoas para seus fóruns, sendo 30% recrutadas pelo boca a boca. Além disso, 40% da comunidade encomendou o produto antes do lançamento. No fim de 2009, o videogame já vendera 510 mil unidades nos Estados Unidos e no Canadá.
Costuma-se estimar o buzz geralmente por meio de pesquisas de opinião que medem a probabilidade de recomendação, ou usam-se a satisfação dos clientes e sua lealdade para afiná-lo, mas, online, medese isso diretamente. Metodologias mais sofisticadas geralmente são necessárias para medir o buzz, porque grande parte dele pode ocorrer, seja online ou não, em comunicação não aberta. Conteúdo gerado por usuários também pode carregar marcas de consumo favoritas (como em um vídeo no YouTube ou em uma foto no Flickr) e, assim, contribuir para o boca a boca.
É vantagem começar pelas motivações dos consumidores em relação à empresa, em vez de tentar descobrir que mídia social usar: isso mostra como aplicativos díspares se assemelham quando as motivações são as mesmas.
Matriz da eficácia
O passo seguinte é analisar as opções estratégicas para avaliar as iniciativas. Propomos uma matriz [veja quadro acima] que resume as opções dos gestores e traça os melhores (e piores) caminhos nesse campo:
• Quadrante “rua sem saída”. Nesse caso, o profissional de marketing tem uma capacidade limitada de medir seus esforços de mídia social e acredita que não estão funcionando. Os gestores se encontram nesse quadrante em consequência de uma estratégia do tipo “jogue tudo na parede para ver o que gruda” e acabam fazendo mudanças o tempo todo, sem ter como medir o impacto de cada uma.
Como a mensuração é confusa e os esforços parecem fracassar, o gestor tem pouca ideia do que fazer. O resultado é bastante previsível: ele desistirá de suas ações em mídias sociais ou continuará com ajustes aleatórios sem base em dados objetivos. Esse quadrante é, como se disse, uma rua sem saída e ninguém quer estar nessa situação.
• Quadrante “medida e ajuste”. Nesse caso, o profissional de marketing possui uma capacidade razoável de quantificar seus esforços em mídias sociais, mas, ainda assim, suas mensurações o têm levado a acreditar que eles não estão funcionando. Isso difere de estar numa situação de rua sem saída, pois, mesmo que o gestor não creia que está sendo bem-sucedido, ao menos ele tenta medir a eficácia das ações.
Uma vez que os componentes estão sendo mensurados, há provavelmente algumas pistas sobre o que está dando errado. Isso significa que o gestor pode avaliar e ajustar a estratégia de mídia social de acordo com suas conclusões. Se conseguir fazer isso bem, ele pode avançar para o quadrante “repetir para ter sucesso”.
• Quadrante “repetir para ter sucesso”. Aqui o profissional de marketing tanto tem uma capacidade razoável de aferir os resultados de suas ações em mídias sociais como acredita que os esforços estão funcionando. Uma vez que os componentes estão sendo mensurados, ele pode repetir de forma consciente o processo para melhorá-lo ainda mais. Isso é difícil de fazer, mas, obviamente, vale o esforço.
• Quadrante “otimismo ingênuo”. Nesse caso, o profissional de marketing possui uma capacidade limitada de medir suas ações. Mesmo assim, ele acredita que tudo está dando certo. Julgamos que a maior parte dos profissionais de marketing começa nesse quadrante. Eles acham que vale a pena o esforço de investir nas mídias sociais, mas não têm certeza de qual a melhor forma de medir esses esforços.
Esse quadrante pode ser uma armadilha, porque, embora seja uma posição razoável da qual partir, todo mundo quer avançar o mais rápido possível para não ficar preso aqui. São três as opções a seguir:
1. O gestor não muda nada e, assim, ele provavelmente cairá na rua sem saída. Isso porque a falta de aferição levará, no final das contas, à deterioração da eficácia dos esforços ao longo do tempo, principalmente se os concorrentes puderem se sair melhor.
2. O gestor simplesmente começa a medir as ações de mídia social, descobre que as coisas não estão funcionando tão bem quanto poderiam (passando para o quadrante “medida e ajuste”) e, então, direciona seus esforços para o quadrante “repetir para ter sucesso”.
3. O gestor começa a medir e descobre que as ações têm sucesso, avançando diretamente para a repetição do sucesso a partir do otimismo ingênuo. Em qualquer um dos dois últimos casos (desnecessário dizer que ambos preferíveis ao primeiro), a meta é fugir da mensuração confusa e ir na direção de métricas quantificáveis.
Agir antes, não depois
Gestores antenados não esperam sentados pelos resultados depois do lançamento de uma campanha em mídias sociais. Eles ouvem cuidadosamente, porque sabem que o cliente não apenas “consome” a campanha, mas também pode comentá-la (“criação”), compartilhá-la com seus amigos (“conexões”) e dar sua opinião, sem ser censurado (“controle”). E, além de acompanharem essas reações, tais gestores agem.
* Esta reportagem foi publicada pela Revista HSM Management (Março/Abril de 2011 br.hsmglobal.com) e agora no Mundo do Marketing por meio de parceria que os dois veículos mantêm.
Por HSM Management, do Mundo do Marketing
Ao calcular o “ROI” das mídias sociais (ROI é a sigla, em inglês, de retorno sobre o investimento), você começa por contabilizar, por exemplo, o custo de lançamento de um blog e, então, busca avaliar o retorno, em vendas, sobre aquele investimento? Provavelmente, sim. A maioria faz isso. Mas alguns começam de modo diferente, analisando a que objetivos de marketing o blog pode atender (por exemplo, envolvimento dos consumidores com a marca) e que comportamentos se esperam dos visitantes (tais como postar um comentário sobre uma experiência recente de consumo).
Pois essas atitudes devem ser consideradas (e mensuradas) como “investimentos” dos clientes na mídia social lançada pela empresa. Em outras palavras, o retorno sobre o investimento em mídias sociais nem sempre será medido na moeda corrente das vendas; as atitudes (ou “investimentos”) dos clientes também pesam muito. Incluem parâmetros óbvios, como o número de visitas e o tempo gasto ali, mas também algo como o grau de atratividade dos comentários deixados no blog e o número de citações à marca no Facebook ou no Twitter.
Em suma, embora os altos executivos certamente precisem de números para saber se seu investimento está se pagando, querer apenas isso tem raízes na mídia tradicional, de massa. Essa visão estreita acarreta dois tipos de problema:
1. É orientada pelo curto prazo. Desenvolver relacionamentos significativos com os clientes leva tempo, porque as relações online envolvem conversas interativas e alguns gestores ainda não gostam da ideia de fazer parte do admirável mundo novo de “relacionamentos” com consumidores. Esse é um mundo em que os clientes controlam suas experiências online e onde suas motivações os levam a se conectar online com outros consumidores enquanto eles criam e consomem conteúdo, a maior parte dele gerada pelos usuários, não pelas empresas.
Quatro motivações-chave direcionam o uso das mídias sociais pelos clientes:
• conexões;
• criação;
• consumo;
• controle.
A perspectiva desses quatro Cs é importante porque leva a uma estrutura orientada pelo cliente na hora de avaliar uma mídia social. A maioria dos executivos ainda enxerga os aplicativos de mídia social como apenas mais um veículo de comunicação. Isso é um erro. O ambiente das mídias sociais é controlado pelos consumidores, não pelas empresas.
2. Ignora a maioria dos aspectos qualitativos. Ela ignora, por exemplo, o valor de tweet sobre uma marca, que surge de características únicas da internet e não possui analogias óbvias com as métricas tradicionais de mídia.
Objetivos melhores
A maioria dos gestores de marketing se sente pressionada a perseguir objetivos tradicionais, como vendas diretas, redução de custos ou aumento na participação no mercado. Eles até são mensuráveis na web 2.0:
• Para saber o efeito imediato sobre as vendas de uma campanha específica em uma mídia social, acompanha-se o faturamento gerado pelo dinheiro gasto, mesmo que vincular ações em mídias sociais diretamente às vendas seja difícil.
• Para mensurar economias de custo, basta medir quanto os consumidores fazem o papel de serviço de atendimento ao cliente, respondendo a perguntas nos fóruns.
• Para calcular aumento na eficiência das pesquisas de mercado, basta medir quanto a empresa usa a internet para buscar novas ideias – em fóruns de discussão em que os consumidores comentam conceitos de produtos e postam sugestões de aperfeiçoamento.
Mas os profissionais de marketing deveriam focar objetivos que demonstrem explicitamente o valor de operar no ambiente das mídias sociais, ou seja, que tirem proveito das características que distinguem as mídias sociais das demais, como estes três a seguir:
Brand awareness
Tradicionalmente, o nível de conhecimento da marca é medido por meio do acompanhamento de estudos e pesquisas de opinião. Online, entretanto, as empresas contam com outras formas de fazê-lo. Nos ambientes das mídias sociais, cada vez que uma pessoa usa um aplicativo desenvolvido pela empresa ou fala dela, a exposição da marca aumenta, muitas vezes em contextos altamente relevantes. Por exemplo: muitos dias antes das eleições nos Estados Unidos em 2008, a Starbucks veiculou uma peça no programa humorístico Saturday Night Live, também mostrado no YouTube, promovendo café grátis.
As menções à Starbucks no Twitter explodiram, com uma menção cada oito segundos em média, o que se traduziu em aumento substancial da exposição da marca. Esse tipo de uso das mídias sociais fortalece as associações com a marca na mente do consumidor. Outro exemplo é o da Naked Pizza, que fica em Nova Orleans, Louisiana, EUA, e é voltada para quem gosta de pizza, mas não abre mão de produtos saudáveis. A empresa passou a tuitar sobre suas pizzas em 2009 e hoje tem mais de 10 mil seguidores. Um cartaz do lado de fora de sua loja convidava os clientes a seguir a empresa no Twitter.
O sucesso da campanha no microblog culminou com um recorde de vendas, com mais de 68% desse movimento sendo originado por clientes que eram seguidores no Twitter. No mesmo dia, 85% dos novos clientes da empresa afirmaram que haviam sido motivados a comprar na Naked Pizza por causa do Twitter.
Envolvimento dos clientes
Essas campanhas com alto poder de envolvimento, a partir de conteúdo gerado pelos próprios usuários, tendem a conseguir comprometimento dos consumidores, reforçando a lealdade à marca e fazendo com que o cliente esteja mais propenso a despender algum esforço para apoiar a marca no futuro. Foi o que houve com a Southwest Airlines, a Starbucks, a Target e o Burger King.
Boca a boca
Uma vez conscientes da existência da marca e envolvidos com ela, os clientes têm condições de transmitir suas opiniões a respeito a outros consumidores, positivas ou não. Em 2005, o jornalista de tecnologia Jeff Jarvis criou um blog chamado “Dell Hell” para falar do péssimo atendimento que recebeu do serviço ao cliente da Dell. O buzz se espalhou rapidamente na internet e chegou à mídia de massa, e a Dell viu seus índices de satisfação de clientes cair cinco pontos percentuais em um ano.
Já a empresa de games Square Enix viu o lado bom disso: iniciou uma comunidade online para alimentar o interesse pelo lançamento de um novo jogo e o site atraiu mais de 14 mil pessoas para seus fóruns, sendo 30% recrutadas pelo boca a boca. Além disso, 40% da comunidade encomendou o produto antes do lançamento. No fim de 2009, o videogame já vendera 510 mil unidades nos Estados Unidos e no Canadá.
Costuma-se estimar o buzz geralmente por meio de pesquisas de opinião que medem a probabilidade de recomendação, ou usam-se a satisfação dos clientes e sua lealdade para afiná-lo, mas, online, medese isso diretamente. Metodologias mais sofisticadas geralmente são necessárias para medir o buzz, porque grande parte dele pode ocorrer, seja online ou não, em comunicação não aberta. Conteúdo gerado por usuários também pode carregar marcas de consumo favoritas (como em um vídeo no YouTube ou em uma foto no Flickr) e, assim, contribuir para o boca a boca.
É vantagem começar pelas motivações dos consumidores em relação à empresa, em vez de tentar descobrir que mídia social usar: isso mostra como aplicativos díspares se assemelham quando as motivações são as mesmas.
Matriz da eficácia
O passo seguinte é analisar as opções estratégicas para avaliar as iniciativas. Propomos uma matriz [veja quadro acima] que resume as opções dos gestores e traça os melhores (e piores) caminhos nesse campo:
• Quadrante “rua sem saída”. Nesse caso, o profissional de marketing tem uma capacidade limitada de medir seus esforços de mídia social e acredita que não estão funcionando. Os gestores se encontram nesse quadrante em consequência de uma estratégia do tipo “jogue tudo na parede para ver o que gruda” e acabam fazendo mudanças o tempo todo, sem ter como medir o impacto de cada uma.
Como a mensuração é confusa e os esforços parecem fracassar, o gestor tem pouca ideia do que fazer. O resultado é bastante previsível: ele desistirá de suas ações em mídias sociais ou continuará com ajustes aleatórios sem base em dados objetivos. Esse quadrante é, como se disse, uma rua sem saída e ninguém quer estar nessa situação.
• Quadrante “medida e ajuste”. Nesse caso, o profissional de marketing possui uma capacidade razoável de quantificar seus esforços em mídias sociais, mas, ainda assim, suas mensurações o têm levado a acreditar que eles não estão funcionando. Isso difere de estar numa situação de rua sem saída, pois, mesmo que o gestor não creia que está sendo bem-sucedido, ao menos ele tenta medir a eficácia das ações.
Uma vez que os componentes estão sendo mensurados, há provavelmente algumas pistas sobre o que está dando errado. Isso significa que o gestor pode avaliar e ajustar a estratégia de mídia social de acordo com suas conclusões. Se conseguir fazer isso bem, ele pode avançar para o quadrante “repetir para ter sucesso”.
• Quadrante “repetir para ter sucesso”. Aqui o profissional de marketing tanto tem uma capacidade razoável de aferir os resultados de suas ações em mídias sociais como acredita que os esforços estão funcionando. Uma vez que os componentes estão sendo mensurados, ele pode repetir de forma consciente o processo para melhorá-lo ainda mais. Isso é difícil de fazer, mas, obviamente, vale o esforço.
• Quadrante “otimismo ingênuo”. Nesse caso, o profissional de marketing possui uma capacidade limitada de medir suas ações. Mesmo assim, ele acredita que tudo está dando certo. Julgamos que a maior parte dos profissionais de marketing começa nesse quadrante. Eles acham que vale a pena o esforço de investir nas mídias sociais, mas não têm certeza de qual a melhor forma de medir esses esforços.
Esse quadrante pode ser uma armadilha, porque, embora seja uma posição razoável da qual partir, todo mundo quer avançar o mais rápido possível para não ficar preso aqui. São três as opções a seguir:
1. O gestor não muda nada e, assim, ele provavelmente cairá na rua sem saída. Isso porque a falta de aferição levará, no final das contas, à deterioração da eficácia dos esforços ao longo do tempo, principalmente se os concorrentes puderem se sair melhor.
2. O gestor simplesmente começa a medir as ações de mídia social, descobre que as coisas não estão funcionando tão bem quanto poderiam (passando para o quadrante “medida e ajuste”) e, então, direciona seus esforços para o quadrante “repetir para ter sucesso”.
3. O gestor começa a medir e descobre que as ações têm sucesso, avançando diretamente para a repetição do sucesso a partir do otimismo ingênuo. Em qualquer um dos dois últimos casos (desnecessário dizer que ambos preferíveis ao primeiro), a meta é fugir da mensuração confusa e ir na direção de métricas quantificáveis.
Agir antes, não depois
Gestores antenados não esperam sentados pelos resultados depois do lançamento de uma campanha em mídias sociais. Eles ouvem cuidadosamente, porque sabem que o cliente não apenas “consome” a campanha, mas também pode comentá-la (“criação”), compartilhá-la com seus amigos (“conexões”) e dar sua opinião, sem ser censurado (“controle”). E, além de acompanharem essas reações, tais gestores agem.
* Esta reportagem foi publicada pela Revista HSM Management (Março/Abril de 2011 br.hsmglobal.com) e agora no Mundo do Marketing por meio de parceria que os dois veículos mantêm.
Retrato do Marketing Digital no Brasil
Pesquisa do Mundo do Marketing indica que 90% das empresas investem em ações online
O Marketing Digital é uma realidade para o mercado brasileiro. É o que indica a segunda edição da Pesquisa Marketing Visão 360º, realizada pelo Mundo do Marketing em parceria com a TNS Research International. De acordo com o estudo, 90% das empresas – nacionais ou multinacionais – realizam ações de Marketing no ambiente online.
O levantamento entrevistou 372 profissionais das áreas de Marketing e planejamento de empresas dos setores de serviços, varejo, agências de publicidade, bens de consumo, consultorias, agências digitais e bens duráveis. A maioria das companhias a investir em Marketing Digital é brasileira (85%), sendo 54% de pequeno porte, com até 99 funcionários.
O e-mail Marketing continua sendo a ferramenta mais utilizada, com 80% das citações. Em seguida, aparecem redes sociais (67%) e Links Patrocinados (53%). "O e-mail Marketing é o mais usado porque está na cultura das empresas há mais tempo, tem um bom custo benefício, resposta rápida e é usado para os mais diversos tipos de contato, principalmente para vender e manter o relacionamento com o consumidor", diz Bruno Mello, Editor Executivo do Mundo do Marketing.
Twitter é o preferido entre as redes sociais
Já com relação à efetividade das ações realizadas, os Links Patrocinados vêm em primeiro lugar, com 22%, seguido por SEO (Search Engine Optimization), com 12,6%, Plataformas interativas (7,8%), redes sociais (7,2%) e ações de Marketing viral (5,6%), enquanto o e-mail Marketing aparece com apenas 4,3%.
"É preciso ter uma estratégia específica para o e-mail Marketing. Ele preciasa ser pertinente. Por isso, perde em efetividade para os Links Patrocinados, que conseguem ser ainda mais segmentados", conta Mello. De olho nas tendências, as companhias também apostam em ações de Marketing nas redes sociais. Dos 67% dos entrevistados que disseram investir nestes canais, a grande maioria (92%) prefere o Twitter. Já 69% estão presentes no Facebook, enquanto 58% mantêm contato com os consumidores por meio do Orkut.
"As ações de Marketing Digital mais 'modernas', como redes sociais, SEM e SEO, estão ganhando espaço frente às ações 'tradicionais', como e-mail Marketing, anúncios em sites e em portais. Além de ser apontadas como mais efetivas, são realizadas com mais frequência", ressalta Karina Milaré, Diretora na TNS Research International, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Redes sociais são principal canal de monitoramento
As redes sociais ganham cada vez mais força e mesmo as companhias que ainda não atuam nestes canais pretendem investir ainda este ano. Da parcela que ainda não incluiu sites como Orkut, Facebook e Twitter em sua estratégia de Marketing, 64% afirmaram estar dispostos a apostar na área a partir de 2011. As redes sociais também são o principal canal utilizado pelas marcas para monitorarem os consumidores no ambiente online.
Na hora de observar o comportamento dos internautas, o Twitter continua aparecendo em primeiro lugar, com 88%, enquanto o Facebook teve 76% das citações. Já o Orkut é mencionado por 64% dos entrevistados, ficando atrás dos buscadores como Google e Yahoo!, com 68%. Em quinto lugar aparece ainda o Youtube, com 56%.
Diante dos comentários negativos dos internautas, mais da metade dos entrevistados (51%) diz entrar em contato com o autor do comentário para reverter a impressão. Já 7% divulgam uma resposta na mídia por meio de release, enquanto outros 7% escrevem uma resposta no site ou blog da empresa. Há ainda 9% que dizem não tomar atitude alguma e outros 25% que nunca receberam comentários negativos.
Mobile Marketing deve expandir em 2011
Para as companhias que não realizam nenhum trabalho de monitoramento, o principal motivo é a falta de tecnologia interna (45%). Em seguida aparecem causas como custo alto para implementação da ferramenta (15%), falta de necessidade (12%) e falta de conhecimento de empresas que ofereçam o serviço (11%). Além do investimento em redes sociais, outra tendência crescente é a mobilidade. Em fase de desenvolvimento, apenas 23% das empresas disseram ter realizado alguma ação do tipo em 2010. A expectativa, no entanto, é que 54% comecem a usar a ferramenta este ano.
No Brasil, a evolução do Mobile Marketing parece ser uma questão de amadurecimento de mercado. "Destes 23% de empresas que realizam ações de Mobile Marketing, a maioria é composta por grandes companhias, pois as menores estão um estágio abaixo neste desenvolvimento, como no uso de plataformas interativas", ressalta o Editor Executivo do Mundo do Marketing.
Fonte: Mundo do Marketing
Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing
O Marketing Digital é uma realidade para o mercado brasileiro. É o que indica a segunda edição da Pesquisa Marketing Visão 360º, realizada pelo Mundo do Marketing em parceria com a TNS Research International. De acordo com o estudo, 90% das empresas – nacionais ou multinacionais – realizam ações de Marketing no ambiente online.
O levantamento entrevistou 372 profissionais das áreas de Marketing e planejamento de empresas dos setores de serviços, varejo, agências de publicidade, bens de consumo, consultorias, agências digitais e bens duráveis. A maioria das companhias a investir em Marketing Digital é brasileira (85%), sendo 54% de pequeno porte, com até 99 funcionários.
O e-mail Marketing continua sendo a ferramenta mais utilizada, com 80% das citações. Em seguida, aparecem redes sociais (67%) e Links Patrocinados (53%). "O e-mail Marketing é o mais usado porque está na cultura das empresas há mais tempo, tem um bom custo benefício, resposta rápida e é usado para os mais diversos tipos de contato, principalmente para vender e manter o relacionamento com o consumidor", diz Bruno Mello, Editor Executivo do Mundo do Marketing.
Twitter é o preferido entre as redes sociais
Já com relação à efetividade das ações realizadas, os Links Patrocinados vêm em primeiro lugar, com 22%, seguido por SEO (Search Engine Optimization), com 12,6%, Plataformas interativas (7,8%), redes sociais (7,2%) e ações de Marketing viral (5,6%), enquanto o e-mail Marketing aparece com apenas 4,3%.
"É preciso ter uma estratégia específica para o e-mail Marketing. Ele preciasa ser pertinente. Por isso, perde em efetividade para os Links Patrocinados, que conseguem ser ainda mais segmentados", conta Mello. De olho nas tendências, as companhias também apostam em ações de Marketing nas redes sociais. Dos 67% dos entrevistados que disseram investir nestes canais, a grande maioria (92%) prefere o Twitter. Já 69% estão presentes no Facebook, enquanto 58% mantêm contato com os consumidores por meio do Orkut.
"As ações de Marketing Digital mais 'modernas', como redes sociais, SEM e SEO, estão ganhando espaço frente às ações 'tradicionais', como e-mail Marketing, anúncios em sites e em portais. Além de ser apontadas como mais efetivas, são realizadas com mais frequência", ressalta Karina Milaré, Diretora na TNS Research International, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Redes sociais são principal canal de monitoramento
As redes sociais ganham cada vez mais força e mesmo as companhias que ainda não atuam nestes canais pretendem investir ainda este ano. Da parcela que ainda não incluiu sites como Orkut, Facebook e Twitter em sua estratégia de Marketing, 64% afirmaram estar dispostos a apostar na área a partir de 2011. As redes sociais também são o principal canal utilizado pelas marcas para monitorarem os consumidores no ambiente online.
Na hora de observar o comportamento dos internautas, o Twitter continua aparecendo em primeiro lugar, com 88%, enquanto o Facebook teve 76% das citações. Já o Orkut é mencionado por 64% dos entrevistados, ficando atrás dos buscadores como Google e Yahoo!, com 68%. Em quinto lugar aparece ainda o Youtube, com 56%.
Diante dos comentários negativos dos internautas, mais da metade dos entrevistados (51%) diz entrar em contato com o autor do comentário para reverter a impressão. Já 7% divulgam uma resposta na mídia por meio de release, enquanto outros 7% escrevem uma resposta no site ou blog da empresa. Há ainda 9% que dizem não tomar atitude alguma e outros 25% que nunca receberam comentários negativos.
Mobile Marketing deve expandir em 2011
Para as companhias que não realizam nenhum trabalho de monitoramento, o principal motivo é a falta de tecnologia interna (45%). Em seguida aparecem causas como custo alto para implementação da ferramenta (15%), falta de necessidade (12%) e falta de conhecimento de empresas que ofereçam o serviço (11%). Além do investimento em redes sociais, outra tendência crescente é a mobilidade. Em fase de desenvolvimento, apenas 23% das empresas disseram ter realizado alguma ação do tipo em 2010. A expectativa, no entanto, é que 54% comecem a usar a ferramenta este ano.
No Brasil, a evolução do Mobile Marketing parece ser uma questão de amadurecimento de mercado. "Destes 23% de empresas que realizam ações de Mobile Marketing, a maioria é composta por grandes companhias, pois as menores estão um estágio abaixo neste desenvolvimento, como no uso de plataformas interativas", ressalta o Editor Executivo do Mundo do Marketing.
Fonte: Mundo do Marketing
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