quinta-feira, 16 de maio de 2024

6 ferramentas gratuitas para agendar posts nas redes sociais

Gerenciar várias mídias sociais de diversos clientes não é uma tarefa fácil, pois requer tempo e muita organização. No entanto, os profissionais de social media podem contar com diversas ferramentas gratuitas para facilitar a rotina, como plataformas de agendamento de posts. 

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Quando oferecidas no plano “free”, essas ferramentas costumam contar com algumas limitações, mas agilizam e muito o trabalho do social media e colaboram para que ele poupe recursos para investir em outras ferramentas, como plataformas que geram relatórios das redes sociais.

Além disso, agora o Instagram também permite o agendamento de posts sem a necessidade de uma ferramenta externa. 

A programação é feita de forma simples e diretamente pelo Estúdio de Criação do Facebook. Ou seja, esta pode ser uma excelente opção caso você tenha mais de um cliente e não queira evitar as limitações de outras plataformas.

Confira a seguir a lista que fizemos com indicações de sete ferramentas gratuitas para agendar posts nas redes sociais. 

1) Estúdio de Criação do Facebook

Em 2019, o Estúdio de Criação do Facebook ganhou uma nova funcionalidade e passou a permitir que os posts do Instagram também fossem agendados pela plataforma, de maneira gratuita.

Além de programar publicações para o feed, você tem a opção de agendar os vídeos do IGTV e acessar as métricas disponíveis no Instagram Business

Para gerenciar seu perfil pelo Estúdio de Criação, antes de tudo, você deve fazer login na plataforma com a conta do Facebook que gerencia as páginas dos seus clientes. 

Depois disso, você deverá clicar, no topo da página da ferramenta, no ícone do Instagram, que leva para a integração com a rede social. É nessa aba que você irá fazer login nos perfis que gerencia.

Quando tudo estiver certo, você terá a possibilidade, então, de criar agendar quantos posts quiser, sem pagar nada por isso.

Para conferir o passo a passo completo, acesse o nosso artigo Como agendar posts no Instagram direto da plataforma e veja também nosso tutorial em vídeo com todos os detalhes sobre a plataforma!

 

2) Buffer

A versão gratuita do Buffer permite que você conecte um tipo de conta por rede social, por exemplo, uma conta no Facebook, uma conta no Google+, uma conta no Instagram, etc. 

Buffer é bem didático e intuitivo, possuindo uma extensão para os navegadores Google Chrome, Firefox e Safari que agilizam ainda mais o uso do software.

Apesar de possuir um limite de programação de 10 postagens para quase todas as redes sociais, o Buffer dá a possibilidade de rastrear o desempenho do seu conteúdo e está disponível para celulares que usam os sistemas operacionais iOS e Android.

3) Social Oomph

No mercado desde 2008, o Social Oomph promete aumentar a sua produtividade nas redes sociais, permitindo a programação de mensagens e postagens, além do monitoramento das redes sociais para saber o que os clientes têm falado sobre a sua marca.

Anteriormente, a empresa, que tinha o nome de TweeterLater.com, era focada em soluções para o Twitter. Com a transição e a ampliação de funcionalidades, o Social Oomph agora permite que você agende e acompanhe postagens no Facebook, Pinterest, LinkedIn, Tumblr etc. 

Mas os recursos do Twitter são os que mais chamam atenção por seus diferenciais e são os únicos oferecidos gratuitamente pela empresa.

A versão gratuita do Social Oomph permite que você: planeje tweets, acompanhe palavras-chave, salve postagens-rascunho, acompanhe links, veja menções, retweets, etc.

4) Everypost

Com o Everypost, além de agendar publicações, você consegue fazer a customização delas e criar conteúdos visuais. 

Na versão gratuita da plataforma, você pode fazer a curadoria do conteúdo, ou seja, pode reunir os conteúdos relevantes de diferentes mídias e fontes e publicá-los, sem dificuldade, em todas as suas redes sociais.

No Everypost gratuito, é possível agendar 10 publicações. Apesar das limitações, essa versão é bem versátil, já que é possível agendar publicações em todas as redes pelo smartphone, computador e tablet.

5) Latergram

Apesar de também estar disponível para Twitter, Facebook e Pinterest, o Latergram costuma ser um dos mais citados quando o assunto é agendar post no Instagram

A plataforma permite que todo o conteúdo seja pré-visualizado, gerando um calendário de postagens para que você consiga analisar melhor a distribuição de conteúdo e também verificar, no Instagram, por exemplo, se o feed está harmônico.

Na versão gratuita do Latergram você consegue gerenciar um perfil por plataforma, inserir mais uma pessoa para ajudá-lo a cuidar das publicações, agendar 30 publicações por mês no Instagram, 50 no Twitter, 30 no Facebook e 30 no Pinterest.

Por fim, essa ferramenta em sua versão gratuita oferece uma análise de nível básico, para o usuário acompanhar as postagens que tiveram um bom desempenho.

6) TweetDeck

TweetDeck é uma ferramenta gratuita para agendar tweets, que conta com recursos avançados e ideais para quem trabalha especificamente com o Twitter. 

Além de agendar tweets, é possível verificar o engajamento das publicações, acessar as mensagens diretas, menções e outras funcionalidades importantes.

Mas é válido lembrar também que agora o próprio Twitter permite o agendamento de posts, de maneira gratuita, por sua plataforma. Para saber como usar essa função na sua conta, clique aqui!


Fonte: Reportei 

terça-feira, 14 de maio de 2024

Tudo sobre Product Branding

 




         

Fernanda Sujto fala as vantagens e desvantagens da estratégia para quem quer construir uma marca forte

Tudo sobre Product Branding

Quando falamos em Branding, geralmente pensamos em marcas como Coca-Cola e Nike. Podemos defini-las com simplicidade e rapidez, além de associar seus principais atributos. Disney significa magia. Volvo significa segurança.

Branding é a estratégia de significar um negócio através de uma marca, tornando-a conhecida, considerada e preferida. Empresas que possuem marcas fortes e amadas contam com tráfego orgânico, por isso possuem CAC (Custo de Aquisição de Clientes) saudável e dependem pouco de Performance Marketing. São capazes de atrair profissionais e retê-los com efetividade, tamanho o impacto que geram. Contam com mídia espontânea dada a sua relevância. Conseguem se conectar com as pessoas. Possuem recorrência. Algumas até são sinônimos de categoria. 10/10.

Construir marca nunca foi tão importante

Confira a seguir as prioridades de líderes de Marketing de quase 2 mil empresas respondentes do Global annual marketing report 2022 da Nielsen. Em primeiro lugar de importância está o conhecimento de marca (brand awareness).

top marketing objetctives for the next year

Veja as vantagens que apostar em construção de marca trouxe ao AirBnb: menos de 10% do seu tráfego depende de busca paga, segundo o CFO David Stephenson.



AirBnb

O que isso tem a ver com produtos?

Arquitetura de marcas é um sistema que organiza as soluções oferecidas pelas empresas. Tem como objetivo gerar sinergia, consistência e otimizar esforços de comunicação, a partir de padrões mínimos. Veja a seguir como se comportam diferentes os modelos hierárquicos: os três primeiros aproveitam a força da marca mãe, pois seu equity (valor) transborda para os produtos e serviços que entrega. O último caso é a exceção, em que as marcas são independentes umas das outras e ficam abaixo da holding, que geralmente aparece menos para o consumidor final.

marcas

Acontece que, independente da arquitetura escolhida, algumas empresas se empenham em construir reputação própria para seus produtos, tornando-os tão (ou mais) reconhecíveis quanto marcas-mãe. Um dos principais ganhos desta estratégia é a segmentação: a marca de produto pode trabalhar mensagens dirigidas a audiências específicas, enquanto a corporativa, mais ampla, mantém seu posicionamento guarda-chuva. Observe:

– Não é assistente digital da Amazon. É Alexa.
– Não é café da Nestlé. É Nespresso.
– Não é software de edição da Adobe. É Photoshop.

alexa nespresso Photoshop

As marcas de produto acima são icônicas e certamente contam com gerências de Marketing dedicadas, além de budget considerável. Mas muitas vezes, pequenas ações, como a definição de um nome interessante, podem gerar ganhos. Por exemplo: tenho um fone de ouvido da JBL cujo nome é Tune215BT. Todos os dias eu o conecto via bluetooth no meu celular e penso: que oportunidade perdida de product branding. Se alguém me pedir uma dica de fone, são baixas as chances de eu recomendá-lo, apesar dele ser ótimo; AirPods certamente teriam vantagem.

A verdadeira questão não é se product branding vale o investimento, mas sim, quando e quanto se deve investir na marca do produto. Tradicionalmente, mega empresas globais investem bastante em suas marcas. As startups gastam muito menos. Isso porque geralmente nascem com um produto hero, que é validado num ambiente controlado e então é escalado. Enquanto a empresa é sinônimo de seu produto, não há muita dúvida: a recomendação é não sofisticar algo que deve ser simples.

Com a maturidade da empresa, surgem novas soluções e modelos de negócios, incluindo possíveis aquisições de outros players. A marca, que antes era pequena e pouco conhecida, vai ganhando visibilidade e valor. Surge o elemento risco, já que empresas de tecnologia possuem metodologia de testes que podem ser percebidos como instabilidade. Iniciativas hard sell, antes inofensivas, podem arranhar a imagem da marca. Ao mesmo tempo, a marca pode não ser elástica o bastante para abraçar um novo portfólio de produtos além do core sem causar estranheza ao cliente. Precisa também construir-se como marca empregadora, abraçando importantes aspectos como diversidade, além de precisar continuar transmitindo solidez ao público investidor. Ufa!

Neste contexto, é válido considerar o “descolamento” da(s) marca(s) de produto da marca corporativa. Não existe uma arquitetura recomendada para cada segmento, indústria ou tipo de negócio. Por exemplo, a Porto Seguro é branded house, a Google-Alphabet é híbrida, a Globo é house of brands. Não é um processo trivial nem óbvio e deve ser conduzido por pessoas experientes no tema. Há que se considerar aspectos do mercado, circunstâncias da empresa e a visão de longo prazo, para que a estratégia de marcas contribua no atingimento do plano.

Caso você esteja trabalhando para “esticar” seu produto, pergunte-se:

1. Qual é a proposta de valor do meu produto?
2. Pretendo mudar seu core ou mantê-lo, oferecendo serviços adicionais?
3. Quem meu produto serve e por quê?
4. Para qual outro público eu poderia oferecê-lo sem causar ruptura ou desconforto? Para quem eu não poderia oferecer de jeito nenhum? (antagônicos ou concorrentes)
5. Estes públicos se relacionam? Como?
6. Como as pessoas percebem o produto hoje?
7. Como quero que as pessoas percebam o produto daqui para a frente?
8. O nome / marca atual deste produto pode comportar outras soluções?

Estas respostas serão informações críticas que podem ajudar a tomar decisões sobre os caminhos possíveis para sua marca de produto, trazendo compreensão sobre seus limites.

Posicionamento de produto é diferente de posicionamento de marca

Sendo marca própria, submarca, derivada ou um simples nome descritivo, não importa: todos os produtos devem ser posicionados. No posicionamento de produto, são consideradas alternativas competitivas, atributos exclusivos e os benefícios que a solução traz ao mercado. É um exercício derivado da proposta de valor e a partir dele se desenvolve o guia de comunicação, cujo objetivo é garantir consistência de discurso. É pautado nas dores do usuário, na solução e no negócio.

Já o posicionamento de marca considera seu propósito, personalidade e territórios. Dá origem ao guia de uso da marca, com tom de voz, identidade visual e diretrizes gerais de aplicação. Via de regra, nos três primeiros casos da arquitetura de marcas não é preciso realizar um trabalho denso e detalhado de posicionamento de marca (já que bebem da marca mãe), mas é altamente indicado no caso de house of brands.

Ambos trabalhos de posicionamento desejam projetar uma imagem na cabeça das pessoas, por diferentes vieses: o primeiro mais pragmático, o segundo mais emocional. São objetivos complementares que, juntos, contribuem para a construção holística de uma solução para o público-alvo. Produtos que conseguem fazer isso, de fato, se diferenciam.

Em resumo, é fato que uma marca forte gera mais negócios. Ao mesmo tempo, pode parecer que Product Branding é uma estratégia a ser aplicada apenas por grandes empresas. Mas nem sempre Branding irá exigir o desenvolvimento de ecossistemas complexos, extensas plataformas e campanhas onerosas. Apostar em Product Branding é empenhar-se para tornar seu produto memorável, e isso pode ser feito de maneira correspondente aos recursos disponíveis. Muitas vezes, um olhar simples e criativo podem contribuir bastante para conectar ainda mais seu produto ao público-alvo.

*Fernanda Sujto é PMM na Hotmart

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Dia do Profissional de Marketing: 5 dicas para ser bem-sucedido na área

 


         

Head de Marketing da agência Yooper fala sobre desafios e estratégias para crescer na carreira



Uma área em constante transformação e co-responsável pela sobrevivência de uma empresa. Assim é o Marketing. Os profissionais que nele atuam já não seguem mais um estereótipo: são criativos, analíticos, digitais e tradicionais. Nesse dia 8 de maio, em que celebramos o Dia do Profissional de Marketing, olhamos para essa área que está cada vez mais movimentada e nas oportunidades que existem nela. Segundo o estudo Panorama do Marketing no Brasil 2023, 71.19% dos profissionais acreditam que o setor ganhou mais relevância em suas empresas nos últimos dois anos, e 81.36% acreditam que isso deve aumentar ainda mais nos próximos anos.

Gabriel Macedo, Head de Marketing da Yooper, agência paulista de Marketing Digital especializada em performance, entende que a importância da área está na capacidade de identificar, entender e atender às necessidades e desejos dos clientes. “O Marketing precisa fazer parte do DNA de qualquer negócio, independente de tamanho ou segmento. É uma peça-chave para a engrenagem das empresas e cada vez mais gestores e empreendedores estão percebendo isso”, comenta.

Com a expansão do setor no mercado, mais pessoas estão interessadas em se aventurar no Marketing. Por isso, Gabriel separou algumas dicas que aprendeu durante sua trajetória, voltadas tanto para quem está começando quanto para quem quer se desenvolver ainda mais na carreira.

Entenda o que o Marketing faz

“Muitos acreditam que já sabem tudo sobre Marketing, para que ele serve e seus impactos e objetivos. Mas existe muito mais do que apenas aquisição de clientes ou fortalecimento de marca, e é importante ter várias perspectivas em mente para escolher qual caminho trilhar dentro da área”, aponta o Head.




Alguns exemplos de atribuições menos conhecidas que também competem ao Marketing são: pesquisa e entendimento de mercado; auxílio no desenvolvimento de produtos e serviços; retenção de clientes; feedback geral do público; entre outros.

Acompanhe as mudanças do mercado e do mundo

As regras do jogo podem ser alteradas de um dia para o outro, tanto por questões próprias da área, quanto pelo cenário macro, social e econômico, do Brasil e do mundo. Por exemplo, inflação, reformas tributárias, guerras, desastres naturais — tudo pode afetar as estratégias de comunicação de uma empresa.

Gabriel ressalta que essa oscilação também impacta os profissionais em mais níveis além da rotina de trabalho. Problemas externos podem fazer com que a verba para Marketing precise ser reduzida em determinados períodos, e quem estiver preparado terá mais chances de se adaptar rapidamente.

Sempre conheça as tendências

Apesar de também ter relação com mudanças, o monitoramento de tendências é uma ação por si só. “Frequentemente surgem novas tecnologias, trends em redes sociais, temáticas, entre uma série de outras coisas. Se o Marketing não está preparado para abordar esses assuntos de um jeito rápido e inovador, ele acaba perdendo oportunidades”, explica o especialista.

O mesmo vale para as tendências específicas da área, como recursos, ferramentas ou campanhas em alta. Acompanhar veículos especializados, perfis de notícias e newsletters são algumas possibilidades para se manter atualizado.

Use métricas apropriadas para cada objetivo

No Panorama do Marketing no Brasil, mais de 75% dos respondentes concordam que uma de suas dificuldades é ter métricas confiáveis para comprovar e avaliar ações de Marketing. Segundo Gabriel, é importante entender que cada modelo de negócio e cada meta exigem análises diferentes.

“Quando se pensa em geração de demanda comercial, por exemplo, existem dados relacionados que não podem ser desconsiderados, mas ao falar de posicionamento de marca, os dados são outros. É essencial estudar o que mais condiz com a estratégia. Daí podem surgir métricas como taxa de conversão, de engajamento, Custo de Aquisição de Clientes (CAC), Custo Por Clique (CPC) no caso de anúncios, enfim, são várias vertentes”, explica Macedo.

Tenha um lado generalista

Especializações são ótimas e ajudam na definição de carreira, mas o mercado também busca por pessoas que entendam um pouco sobre várias demandas dentro do Marketing. Isso porque é preciso que os profissionais liguem as diversas estratégias e possibilidades para criar sinergia e aumentar as oportunidades.

“Meu conselho é: busque entender como o marketing e suas vertentes se conectam. Através disso é possível se tornar um profissional 360° e flexível, o que fará muita diferença em uma rotina que está em constante mudança e sempre precisa de novas perspectivas. Esses serão os profissionais mais valorizados pelo mercado”, completa Gabriel.


Fonte: Mundo do Marketing

terça-feira, 23 de abril de 2024

Os 3 níveis da experiência do cliente nos negócios

Fernando Coelho explica o que faz o CX estratégico, operacional e tático

Geração Z: como construir uma estratégia de Marketing assertiva?

 

Renan Cardarello explica sobre formatos e a importância da personalização para anúncios pagos a fim de segmentar campanhas para público jovem

Por Renan Cardarello

No enlace mercadológico que estamos vendo atualmente, onde diferentes gerações estão ficando ativas economicamente em um mesmo espaço de tempo, temos um cenário um pouco caótico, no qual marcas têm como público-alvo principal uma determinada geração enquanto, em segundo e terceiro lugar na escala de número de vendas, possuem outras duas gerações distintas representando uma grande parcela das compras.

Nesse sentido, fica claro que a marca deve começar a se preocupar e tentar dialogar com esses outros públicos antes que uma nova empresa abocanhe essa parcela do mercado como seu nicho principal de trabalho. Tendo isso em mente, torna-se necessário compreender os hábitos da geração Z, que são os nascidos entre 1995-2010, de modo a começar a construir campanhas que conversem com esse grupo.

Um dos primeiros pontos que apela às pessoas da geração Z é a questão das causas sociais. Em uma pesquisa intitulada “Família, Futuro e Diversão: conheça as portas de acesso para a Geração Z”, apresentada pelo Google em 2019, dentro do grupo selecionado que respondeu ao questionário, 85% dos indivíduos disseram que têm interesse em causas sociais e preservação ambiental. Dessa forma, uma empresa que apresenta missões, valores e objetivos (possuindo a melhora de algum aspecto social em seu leque) ganha a atenção dessa geração caso comparada com uma outra que não apresente as mesmas bases definidas.

Outro assunto que representa muita importância é a personalização e segmentação para anúncios pagos. Uma vez que temos a situação de múltiplas gerações ativas e entrelaçadas, faz-se necessária a utilização da maior personalização possível no que se refere aos anúncios pagos, de modo que a mensagem chegue ao seu nicho de preferência. Apesar de não ser uma dica que seja voltada somente para a genZ, de fato, essa é uma tática que deve ser aplicada para todo tipo de fragmento de público, uma vez que estamos na era do marketing 5.0, onde a personalização de anúncios, tida como novidade, já passou, e isso deve ficar claro.

Continuando agora com dicas voltadas para a geração Z em específico, podemos ver nessa seção um grande consumo de vídeos no modelo short e conteúdos gerados pelos usuários (UGC). Temos como explicação a constante degradação do tempo máximo de concentração que as pessoas das novas gerações vêm apresentando – já que, em uma pesquisa feita pela American Psychological Association, foi identificado que, desde 2004, o foco das pessoas diminuiu de 72 segundos para 40 na média.

Publicidade

Seguindo na ideia dos shorts, eles são uma ótima opção para empresas de diversos tamanhos, principalmente porque, hoje, temos micro influenciadores que são uma forma muito mais estratégica de trabalhar com essas “celebridades das redes” do que utilizar as pessoas mais famosas para campanhas em massa. Assim, conteúdos que parecem, ou que são autenticamente criados por esses influenciadores, manifestam uma chance muito maior de serem aceitos pelos seguidores.

Tendo em vista a forma natural com a qual a genZ se adaptou e cresceu cercada de tecnologias em evolução, seus integrantes já possuem uma boa versatilidade no tocante à tecnologia e integração do virtual x real. Assim, podemos dizer que grande parte desse grupo de pessoas têm o funil full journey instalado em seu modo de pensar quando fazem compras, com um longo processo de ponderação antes da conversão.

Isso significa que as marcas que visam esse grupo precisam estar utilizando a estratégia omnichannel e estar em todos ou, pelo menos, na maior parte dos pontos de contato pelos quais as pessoas passam ao considerar um produto. Tais pontos são, geralmente, pesquisas no Google, Instagram da loja (análise), YouTube (reviews), e sites de concorrentes (análise de preços, comparação de fretes, etc.).

Em resumo, para conseguir ter uma boa relação de compra e venda com a genZ, as marcas precisam estar alinhadas com alguma causa social, possuir valores, missões e objetivos definidos, apresentar anúncios personalizados, utilizar estratégias com influenciadores ou micro influenciadores que vão entrar em contato justamente com o nicho dos produtos e, por fim, possuir uma variedade de pontos de contato para sempre estar ali, frente a frente com o possível comprador.

*Renan Cardarello é CEO da iOBEE, Assessoria de Marketing Digital e Tecnologia.

sexta-feira, 19 de abril de 2024

A importância do Live Marketing para reter a geração Z

 


         

Especialista aponta fatores determinantes para sucesso das ativações entre jovens e como se conectam com temas de sustentabilidade e segurança

O setor de Live Marketing e experiências está mais aquecido do que nunca. Desde a retomada do setor pós-pandemia, os eventos foram responsáveis por uma fatia de mais de 4% do PIB do Brasil e a categoria deve crescer 19% em 2024, segundo dados da União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios (UBRAFE). Para continuar em pleno crescimento, no entanto, é preciso se adaptar às novas tecnologias e gerações.

Isso porque a geração Z já vem pedindo das marcas mais interatividade, criatividade e  inovação. Eventos como Rock in Rio e LollaPalooza atraem a atenção dos jovens pois oferecem experiências únicas junto ao entretenimento. Este ano, o Lolla proporcionou vivências e tecnologias de ponta para uma conexão vibrante com o público. Bradesco, Riachuelo, Estácio e Ágora Investimentos marcam presença no evento com estandes, ambientes e ações estratégicas assinadas pela VOE, agência de Live marketing e brand experience.

A operação criativa para o Lolla 2024 exigiu intensa dedicação dos quatro escritórios, além de pesquisa, inventividade e inovação na jornada de encantamento e entretenimento que o público experimentou. Para Fernando Ligório, CEO da VOE, as marcas têm que aprender a lidar com uma geração que não compra sem motivo as histórias que as marcas contam.

“Não existe maneira melhor de tangibilizar estas histórias do que no Live Marketing – é ali que mostramos que uma marca é de verdade, seja oferecendo uma ativação que entra para a história dessas pessoas, ou melhorando a experiência dela de alguma maneira, para que seja inesquecível. Nada gera mais valor de marca do que oferecer algo relevante nestes momentos”, contou em entrevista ao Mundo do Marketing.

Abrir caminhos por meio de experiências

Fernando ainda reforçou que estar presente ao lado do público para potencializar grandes momentos deve estar no centro das ações das marcas e que os megafestivais podem entregar experiências mais impactantes. Um exemplo foi o que apresentou o Bradesco, com uma jornada-experiência que comunicou refrescância, conforto, diversão e relax.

Na área do gramado do LollaPalooza, ficou o espaço Oásis Bradesco, um ponto de encontro, dentro de uma área climatizada de 50 metros, com duas estações de massagem para os pés (sessões de de cinco minutos), borrifadores de água acionados pelo próprio frequentador e ponto de recarga para celular. Outra inovação desenvolvida pela VOE, no Oásis Bradesco, foi uma impressora de água (reutilizável) que criava grafismos e desenhos variados a cada nova rodada.

Outra ativação do Grupo Bradesco executada pela VOE destacou a presença da Ágora Investimentos, dentro do Lolla Lounge. O público pôde fazer cadastros com os promotores identificados e receber, na hora, viseiras personalizadas. Colher dados, no entanto, não costuma ser algo fácil ao lidar com essa geração, mas com criatividade e ocasiões certas, eles se tornam mais abertos a ouvir as marcas.

“Sempre que falamos da Geração Z, alguns clichês vem na cabeça: primeira geração nativa digital, mais solitária, ansiosa por se conectar, por fazer parte de grupos e viver experiências e principalmente, uma geração que não compra “de graça” as histórias que as marcas contam. Se uma marca promete, tem que cumprir. Isso é primordial”, apontou Fernando.

Público mais atento à segurança

Uma geração mais aberta às experiências, mas também atenta às questões ambientais e sociais. Eventos, como Rock The Mountain, que possuem uma linha de prática e conceito em prol da sustentabilidade, vem atraindo um número cada vez maior de pessoas que buscam muito além de um bom espetáculo. Além disso, os espectadores querem locais com segurança ainda mais após situações trágicas envolvendo chuva e calor extremo, como o que aconteceu no I Wanna Be Tour e no show da Taylor Swift, ambos no Rio de Janeiro.

Fernando termina falando que os desafios de criar ativações marcantes mesmo nessas situações, com segurança, é um ponto fundamental para quem gerar conexão real com os espectadores. “Encaramos a produção como uma etapa muito séria, decisiva, meticulosa e que precisa carregar valores como responsabilidade social, ambiental e governança para o entretenimento. Por isso, selecionamos a dedo e com critérios bem definidos os fornecedores que se conectam a esse propósito, através de seus jobs e entregas, de olho nas normas de segurança, nos protocolos mais recentes e inovadores que garantam total tranquilidade para que o público se divirta com zero preocupação, faça muita chuva ou faça muito calor”, contou.