terça-feira, 7 de março de 2023

Por que seu marketing precisa ser viciante

 Por Diego Ivo

Profissionais de marketing que somos, sempre procuramos entender o que as maiores marcas do mundo têm em comum e o que podemos trazer para nossas estratégias, a fim de gerar mais valor e mais vendas.

Poderíamos mencionar muitos aspectos que são importantes, que vão desde o seu propósito até sua tecnologia; embora importantes, tudo isso precisa estar direcionado para uma coisa muito simples: seu marketing ser viciante para os clientes.

A verdade é que quando os clientes ficam viciados em sua marca, eles voltam para receber um pouco mais de estímulo (já dando spoiler: conteúdo é ótimo para isso!), gastam seu tempo nos canais digitais e, no momento de compra, haverá uma probabilidade muito maior de comprar de sua empresa. Compra-se de quem se conhece; conhece-se quem é interessante.

Hoje, a atenção do cliente é o ativo mais valioso, porque ele dá a oportunidade de criar uma conexão emocional com seus consumidores. Mas antes de conhecer algumas técnicas para realizar essa conexão emocional, vamos entender como o cérebro humano funciona em termos de estímulo e como as marcas podem usar de seu mecanismo para se tornarem mais interessantes.

Como as pessoas estão viciadas em aplicativos e lojas

O Instagram tem 84,28 milhões de usuários ativos diariamente. Esses mesmos usuários abrem o app incríveis 18 vezes por dia. Cada vez que entram ficam 4 minutos e passam em média 1h por dia no aplicativo. Incrível? Espere que tem mais.

O TikTok tem menos usuários ativos diariamente (apenas 33,82M) mas ele é bem mais viciante:
os usuários ficam 10 minutos cada vez e um total de 1 hora e 40 minutos por dia. Entretanto, entram a metade das vezes que entram no Instagram, que pode até ser viciante. Mas o TikTok é mais.

Mas não é só em redes sociais que o marketing precisa ser viciante. Vamos analisar os 3 maiores e-commerces do Brasil: Mercado Livre, Amazon e Shopee. Eles têm um engajamento muito menor, mas com uma intenção de compra muito maior.

Vamos começar pelo site de cada um deles.

O site do Mercado Livre recebe 61 milhões de pessoas em seu site, que visitam seu site em média 4 vezes por mês e ficam 6 minutos em cada sessão. O site da Amazon tem 51 milhões de usuários, que visitam seu site 3 vezes e ficam em média 4 minutos cada sessão. O site da Shopee tem menos usuários (31 milhões), tem quase 3 visitas por usuário e um tempo impressionante de quase 9 minutos por visita!

Quando vemos os dados de app, as tendências de comportamento do usuário se mantêm, exceto que quando têm o app os usuários abrem a loja 2,3 vezes por dia. No app, o Shopee é ainda mais viciante e atinge a marca de 3 sessões por dia.

O MercadoLivre é viciante. A Amazon é viciante. O Shopee é viciante.

Quanto mais viciante, mais vendas.

Por que as pessoas se viciam em coisas

Talvez algumas pessoas estejam pensando que eu estou falando em uma marca ser viciante apenas como uma metáfora, mas não é. Quero falar de vício mesmo, de dependência (se não química, psicológica) que as pessoas têm. Por exemplo, quem diria que uma pessoa que compra o último iPhone em todos os lançamentos não é viciada – ainda que um viciado em tecnologia?

Naturalmente, como sempre acontece no marketing, vamos esbarrar em uma série de questões éticas e de como podemos explorar a mente dos consumidores. Conhecer o funcionamento do cérebro não é de forma alguma imoral, mas devemos pensar em como transformar isso em estratégias que carregam valores e que sejam éticas.

Dito isso, as ciência hoje entende que as pessoas viciam pelo excesso de dopamina. As drogas, por exemplo, agem aumentando a liberação de dopamina ou impedindo a sua reabsorção, resultando em níveis mais elevados de dopamina no cérebro, o que por sua vez tende a levar a sensações de euforia e prazer. Com o tempo, o cérebro pode ir se acostumando com aqueles níveis de dopamina e passa a exigir quantidades cada vez maiores.

A dopamina também tem uma relação conhecida com o comportamento de compra compulsivo. Quando as pessoas fazem compras, o cérebro libera dopamina, o que pode ser associado a sensações de prazer e recompensa. Isso pode criar uma espécie de ciclo vicioso, onde as pessoas continuam a fazer compras para obter essa sensação de prazer.

Para causar vício na mente do seu consumidor, uma marca precisa gerar estímulos que liberam dopamina em pequenas doses e constantes. Como já disse, não estamos aqui para simplesmente manipular o consumidor mas, entendendo como seu cérebro funciona, criar experiências positivas.

Por exemplo, eu adoro quando abro uma caixa de um produto novo que pensou no unpacking. Desde o cheiro até cada etapa de abertura do produto (uma espécie de gamification) é pensado e vai gerando estímulos de maneira assertiva.

Como ter um marketing viciante

Agora que entendemos como funciona o vício no cérebro humano, pode ser uma boa hora para pensar em como utilizar isso na sua estratégia de marketing.

A primeira coisa a considerar é o fato de que você não precisa necessariamente transformar os seus clientes em viciados crônicos, mas sim conectar-se com eles adequadamente para fornecer um valor real.

Isso significa que você precisará gerar conteúdos interessantes e úteis para as pessoas, estar presente na vida dela e ter pontos de contato constantes. Quem não aparece, é esquecido.

Gamification: faça com que seu cliente cumpra missões

Segundo alguns estudos, a dopamina liberada pelo vídeo-game chega a ter o mesmo efeito da cocaína. Em um jogo, cada missão, cada fase, cada conquista gera pequenas doses de dopamina que são capazes de fazer com que uma pessoa passe horas ou até dias jogando. Atualmente, existem técnicas para que todas as empresas aproveitem de parte dos processos que ocorrem em jogos. Essas técnicas são conhecidas como gamification.

Gamification é o processo pelo qual se aplicam as mecânicas de jogos em processos que não são de vídeo-games. É uma forma de tornar algo mais interessante, divertido e viciante. Por exemplo, quando criamos programas de pontos estamos gamificando. Quando criamos etapas, estamos gamificando.

A chave é transformar a sua estratégia em algo divertido e viciante para que os seus clientes consumam mais tempo com você, e voltem sempre. As principais ferramentas do gamification envolvem o uso de pontuações, conquistas, ranking e etc., mas algo que também pode ser feito e que é gamification é liberar algum conteúdo caso uma parte dos usuários tenha cumprido uma missão ou liberar módulos de um curso após fazer um teste online.

Como podemos perceber, as estruturas dos jogos lidam de maneira exemplar com os estímulos cerebrais e são muito influentes no processo de vício (quem nunca ficou viciado em um joguinho, que atire a primeira pedra). Mas existe mais uma disciplina que anda lado a lado com os jogos: são as histórias! E, para contá-las, uma marca precisa de um excelente storytelling.

Storytelling: conte histórias e engaje sua audiência

Storytelling é a arte de contar histórias e engajar sua audiência. É como se você criasse um filme, narrando a sua marca e os produtos que oferece. Esse filme não precisa necessariamente ser em formato de vídeo, mas tem que funcionar como se a pessoa estivesse dentro de um.

A chave está em conectar as pessoas com a sua narrativa, de forma que elas sintam uma identificação com o seu negócio e queiram participar de um movimento. Para ter um bom storytelling, não é necessária uma narrativa ficcional; mas o que conta mais é como as coisas são ditas, quando e com qual intensidade.

Cada touch point de sua marca, ou seja, cada vez que sua marca aparece para o consumidor, é um capítulo da história que está sendo contado. Por isso, você precisa fazer com que seus consumidores possam acompanhar sua história, seja de uma perspectiva macro ou micro. Há coisas que todo o seu mercado precisa saber, mas há coisas que só quem for a fundo vai saber. Em ambos os casos, o público precisa saber da mesma coisa mas com aprofundamento diferente.

Aqui na Conversion, por exemplo, estamos contando histórias o tempo. Nossas estratégias de marketing orgânico são totalmente baseadas em conteúdo, encontrabilidade nos mecanismos de busca e construção de base. Nós atraímos visitantes por temas que são do interesse de nossa persona, depois publicamos e enviamos para eles conteúdos que vão compondo um fio narrativo.

É preciso que a sua história seja viciante, para que o seu cliente fique aguardando o próximo capítulo de sua narrativa. Quanto mais ele acompanhar, mais ele também vai recomendar a sua marca a amigos e mais autoridade ela vai ganhar.

Mas há um elemento chave, que são as pessoas que mais engajam: estamos falando de influenciadores.

Influenciadores: dos pequenos as grandes

O fenômeno dos influenciadores é algo sem precedentes: eles conseguem fisgar o seguidor, entretê-los de um modo como a maioria das marcas não podem, que é expondo sua vida pessoal e outras coisas que só pessoas podem fazer. E não estou falando aqui dos grandes “influencers”, mas de qualquer pessoa que produza conteúdo na internet.

Os influenciadores têm uma coisa que faz toda a diferença: têm um rosto, têm uma história; em suma, são pessoas. E pessoas preferem se conectar com pessoas, por isso as empresas também investem em influenciadores para que, por exemplo, jogadores de futebol sejam a “cara” de uma marca de produtos esportivos.

Se você reparar, os melhores influenciadores usam bastante de storytelling e algumas vezes de gamification, para engajar suas audiências.

Por fim, reforço que não são influenciadores apenas os famosos e os milhões de seguidores no Instagram ou no TikTok. Também é importantíssimo que o CEO de uma empresa esteja na medida do possível presente nas redes sociais, pois ele é a cara da empresa. Eu faço isso em meu perfil do LinkedIn, assim como diversos CEOs estão presentes no LinkedIn, no Instagram e em outras redes sociais.

Conteúdos que viciam

Por último e não menos importante, os conteúdos — mas só nos interessam os que viciam. Como você deve saber, entretanto, é uma pequena minoria os conteúdos que viciam porque exige investimento e conhecimento.

Conteúdos viciantes são aqueles que nunca saem da cabeça das pessoas, e é aí que um bom storytelling entra em jogo novamente. Mas não falo de uma única peça de conteúdo. Falo de várias e de todos os pontos de contato, como já falei.

Outro ponto importante dos conteúdos úteis e bons é que eles têm uma maior chance de ficarem bem posicionados nos mecanismos de busca, em especial quando utilizamos estratégias de SEO assertivas e focadas em gerar ROI. Pensando em termos de mecanismos de busca, cada resultado que o usuário encontra no Google e chega ao seu site há uma liberação de dopamina, especialmente quando este conteúdo respondeu às suas dúvidas.

Pode ser que uma única interação não surta muito efeito, mas o conjunto de vezes que o usuário encontra o seu site faz com que ele reconheça melhor sua marca e relacione-a à experiência positiva que obteve ao realizar uma busca.

Há outros tipos de conteúdos que também são viciantes. Aqui na Conversion, publicamos o Relatório Setores do E-commerce, um relatório sobre a audiência do e-commerce no Brasil e de freqüência mensal. Nele, trazemos o ranking geral e por categoria, o que faz com que uma grande quantidade de pessoas fique ansiosa esperando a publicação a cada mês.

Conclusão

O bom marketing vicia e há técnicas e estratégias para isso. Neste artigo, procurei abordar de uma maneira bastante simples boas práticas que podem fazer com que o seu marketing seja viciante, que fisgue o leitor, que faça com que ele queira acompanhar os próximos capítulos de sua narrativa e, no momento certo, comprar seus produtos ou serviços.

Se você parar para pensar bem, nenhum conceito apresentado aqui é novidade, exceto muito provavelmente a ideia do marketing viciante e como ele funciona. Entretanto, não precisamos usar a última invenção e, sim, usar as técnicas certas de maneira bem feita.

O quanto sua marca é viciante?

No mês da mulher marca Seven Boys vira Seven Girls

 

A Seven Boys lançou uma nova campanha focada nas mulheres: Seven Girls. Apesar de marcar o Dia Internacional da Mulher, que acontece dia 8 de março, a iniciativa conta com desdobramentos ao longo de todo o mês. Uma das mudanças está relacionada ao logotipo da fabricante, que ganha a versão feminina Seven Girls. Além disso, a embalagem das Bisnaguinhas, produto carro-chefe do portfólio, passa a ter as cores lilás e rosa na edição especial para a comemoração, com a personagem Júlia em destaque. A identidade visual foi desenvolvida em parceria com a agência Studio 11.

O desenrolar da campanha contempla ainda a produção de conteúdo focada no tema, que acontece nas redes sociais da fabricante: Instagram e Facebook. O objetivo é reforçar o posicionamento de marca da Seven Boys, que apoia a diversidade em suas ações e produtos como uma ferramenta para a construção de um mundo melhor, potencializando vozes diferentes e favorecendo diálogo.

Para Luciana Rangel do Carmo, gerente executiva de marketing e P&D da Wickbold, que detém a Seven Boys, a marca quer disseminar o tema diversidade, por meio de ações de inclusão e sensibilização, alinhando práticas internas às externas com nossos valores, como respeito às pessoas. “Para nós, isso significa abrir uma porta para um universo vasto de desenvolvimento e conhecimento, já que pessoas diferentes geram insights distintos, criatividade e inovação”, explica. 

Companhia tem 33% de mulheres em cargos de gestão

A Seven Boys foi adquirida pela Wickbold em 2015. A força de duas das maiores fabricantes de panificação do país reforçou ainda mais as iniciativas para gerar impacto social positivo para a sociedade. Em 2021, a companhia lançou o movimento “Wick Por Elas”, com o objetivo de promover diálogos e ações afirmativas relacionadas ao empoderamento feminino dentro e fora da empresa.

Esse cenário permitiu, por exemplo, ampliar as lideranças femininas na organização. Hoje, a Companhia Wickbold possui 33% dos postos de gestão ocupados por mulheres e a meta é que até 2026 esse número salte para 40%.

Agora, a comemoração do Dia Internacional das Mulheres de 2023 marca o início dos Ciclos de Mentoria do movimento “Wick Por Elas”, no qual líderes mulheres de diversos setores da companhia se inscreveram para auxiliar o crescimento profissional feminino. Dentro da empresa, elas darão suporte às colaboradoras e irão prepará-las para futuras sucessões. No ambiente externo, sua atuação acontecerá junto ao desenvolvimento de mulheres da comunidade, exercendo o seu papel social.

Para atuar junto à sociedade, a Wickbold contará com a ajuda de ONGs. Nesse cenário, as líderes da companhia irão atuar na preparação de outras mulheres para concorrerem ao mercado de trabalho, sejam elas jovens, refugiadas, da comunidade LGBTQIA+, dentre outras.

Vagas para mulheres – Outra iniciativa feita para dar suporte à busca de talentos femininos foi a criação de um banco de vagas voltado às mulheres. Além desse olhar focado no mercado, a Companhia Wickbold já busca há anos reter profissionais que se desenvolveram dentro da organização.

“Há 30 anos, cheguei à empresa como selecionadora de pessoal e fui ascendendo em diferentes cargos dentro da área de RH, priorizando na essência os Valores dos Acionistas e implementando programas, projetos e relações interpessoais que garantissem uma Cultura forte e humanizada, onde Pessoas e Capital Humano tem destaque e protagonismo nos resultados da Organização. Há 4 anos estou na Direção da Cia, conduzindo um time diverso, altamente conectado com os desafios do negócio, que imprime  ritmo e paixão para que o nosso propósito e planejamento estratégico de negócio sejam alcançados.  Nosso time se apoia e, em redes, constrói projetos e experiências que solidificam a imagem e reputação da Wickbold, comenta Arlete Aparecida Henrique Soares, diretora de Pessoas, Ética e Sustentabilidade da Wickbold.

Fonte: Mundo do Marketing

Pizzaria Paulino: quando o boca a boca e o básico do Marketing dão certo

 


Ação de sampling para inauguração de nova unidade fez sucesso nas redes sociais. Para proprietário, CAC foi baixoPor Priscilla Oliveira - 06/03/2023

Tráfego pago, influenciadores digitais, merchandising e publicidade podem trazer retornos robustos, mas quando o simples é bem feito, o resultado vem da mesma forma. Foi o que a Pizzaria Paulino comprovou na última semana. Após viralizar uma ação de lançamento da nova unidade dos Jardins, a empresa viu o boca a boca acontecer naturalmente e, o que era para ser local, virou assunto nacional. 

Isso porque a rede de pizzarias fez uma ação de sampling com a vizinhança da nova unidade, distribuindo uma pizza brotinho para cada morador da região – cada apartamento recebeu uma unidade e a rede ainda enviou porções grandes para os funcionários dos prédios. A mensagem amistosa, que ainda oferecia um brinde na primeira compra, vinha com uma imagem do boneco do meme Flork.

A ação foi compartilhada por Carolina Ligabue no Twitter e viralizou. Na publicação do Mundo do Marketing sobre o assunto foram mais de cem comentários elogiando a ação. Essa não foi a primeira ação de sampling da rede, mas a primeira que teve grande alcance. “Essa ação foi como uma apertar a mão do meu cliente. Fazemos ações nas redes sociais e campanhas impressas. Mas o que mais gostamos são ações mais humanizadas e presenciais”, contou José Lourenço Jr. Proprietário da Pizzaria Paulino, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Mundo do Marketing – Como partiu a ideia da ação?

José Lourenço Jr.: Mudamos para os Jardins há dois meses, e estamos ladeados de bons restaurantes e excelentes pizzarias. Mas nós também somos excelentes e precisávamos fazer os clientes conhecerem a Paulino. Daí eu chamei nossa agência para pensar em alguma ativação que fosse simples, mas que traduzisse a nossa ideia. Foi então que surgiu a ideia de usar o que temos de melhor como instrumento para nos aproximar do nosso público. Dessa forma, cada pessoa que recebeu certeza que provou a nossa pizza e assim entramos no jogo na hora da escolha de onde pedir pizza. 

Mundo do Marketing – Como foi feito o trabalho de custo de aquisição de cliente?

José Lourenço Jr.: Nesse caso o CAC  foi baixo – Vale lembrar que essa ação está embalada em outras que contemplam outras mídias on e offline, por exemplo as ações estão previstas somente nos prédio nossa marca nos elevadores dos edifícios onde acontecem a ativação.  

Mundo do Marketing – Esperava a repercussão que a ação deu? 

José Lourenço Jr.: Jamais! Foi uma surpresa para todos e devemos agradecer a vocês. Não era a nossa intenção ter essa repercussão. Inclusive, não destacar nossas redes sociais na caixa foi proposital, não queríamos que eles entendessem que se tratava de uma troca, sentindo-se obrigado a nada. Queria nos apresentar e levar a nossa simpatia. O mundo está focado demais em ações online e esquecendo que o off-line é legal! É a vida real. Essa ação foi como uma apertar a mão do meu cliente. 

Mundo do Marketing – Que ações de Marketing a pizzaria prioriza?

José Lourenço Jr.: Nós somos uma rede pequena ainda, temos hoje nove unidades na capital. Fazemos ações nas redes sociais e campanhas impressas. Mas o que mais gostamos são ações mais humanizadas e presenciais.

segunda-feira, 6 de março de 2023

Meta apresenta novos recursos para Facebook Reels

 


Vídeos curtos são o principal formato da rede social e ganham novidades como Modelos, Groove e opção de gravação de até 90 segundosPor Redação - 03/03/2023

A Meta lançou novos para o Facebook Reels, como parte do investimento contínuo da empresa para tornar o Reels o melhor lugar para os criadores exercerem sua criatividade, crescerem seu público e impulsionarem sua carreira. As atualizações incluem Reels de 90 segundos, que permitirão aos criadores criar vídeos mais longos (anteriormente 60 segundos).

Além disso, os Reels podem ser pré-montados com Lembranças: os usuários poderão compartilhar facilmente suas Lembranças preferidas do Facebook em um Reels com apenas um toque.

A ferramenta de vídeos curtos contará também com o Grooves, a tecnologia visual beat, que alinha e sincroniza automaticamente os movimentos do seu vídeo ao ritmo da sua música favorita.

Por fim, a Meta lançou o Modelos, uma nova maneira para as pessoas criarem facilmente Reels com modelos prontos e alinhados com as tendências do momento.

O Reels é o principal formato em ascensão do Facebook e continua a crescer rapidamente. As reproduções de Reels no Facebook e no Instagram mais que dobraram no ano passado, e os compartilhamentos desse formato mais que dobraram no Facebook e Instagram nos últimos seis meses. Os recursos já estão disponíveis para usuários de iOS e chegarão em breve no sistema operacional Android. 

Fonte: Mundo do Marketing

quinta-feira, 2 de março de 2023

Dove realiza ação sobre beleza real no Big Brother Brasil e gera buzz

 


Ativação da marca foi para os trending topics após discussão acalorada dos confinadosPor Redação - 28/02/2023

Após estrear entre os anunciantes do Big Brother Brasil, a Dove protagonizou uma ação premium no reality show, com seu portfólio de sabonetes. A iniciativa teve como objetivo dar continuidade ao trabalho de fomentar debates e reflexões sobre padrões de beleza, tendo a pele como importante símbolo de expressão da identidade. 

Levando mensagens importantes aos participantes do reality e ao público brasileiro, o ponto de partida trouxe uma estatística alarmante. Segundo pesquisa realizada pela empresa, 84% das meninas de 13 anos já retocaram o rosto ou o corpo em aplicativos de celular, para mudar sua imagem.

Para incentivar a reflexão sobre este tema, a Dove convidou os participantes do reality para lavarem o rosto com o sabonete em barra da marca, composto por creme hidratante. Estando de cara limpa, os participantes foram estimulados a postarem uma selfie no feed BBB, mostrando a beleza real de suas peles: sem medo, sem make e sem filtro. Uma forma de inspirar os moradores da casa mais vigiada do Brasil e os telespectadores a desenvolverem um relacionamento mais positivo com sua aparência e libertarem sua beleza. 

O que a marca não esperava é que durante a ação dois brothers entrariam em conflito. Bruna Griphao e Ricardo Camargo(Alface) trocaram ofensas, fazendo o clima pesar e em seguida, teve uma confusão generalizada, com acusação de agressão. A ativação acabou sendo interrompida, foi parar nos trending topics do Twitter e ainda viralizou nas outras redes sociais. 

A frase “a Dove não merece isso”, dita pela participante Domitila ajudou ainda mais a viralizar o nome da marca e o que era apenas para ser uma ação de luxo, virou debate nas redes tendo a marca como cenário. A ativação que começou na tarde de segunda (27), seguiu sendo comentada até de madrugada, após o jogo da discórdia, em que os participantes tiveram que se sujar. “Limpamos uma vez, limparemos de novo. Deixa com a gente”, postou a marca aproveitando ainda o buzz.

Ação tinha propósito de falar da relação com a pele

A ativação no Big Brother Brasil foi potencializada com outras iniciativas digitais da marca, que reverberarão os principais benefícios do produto como ferramentas para ajudar as pessoas a libertarem suas peles e inspirá-las a se sentirem cada vez mais empoderadas e felizes com a sua aparência.

Antes da ativação, a Diretora de Marketing da Unilever, Andreza Graner, contou a expectativa para a ação. “Durante toda a participação no programa, iremos utilizar a relevância, audiência e credibilidade do programa para mostrar que a beleza real é algo a ser valorizado e celebrado, além de estabelecer a marca como aliada para a quebra dos estereótipos que possam existir com relação à pele. Nessa ação, levamos à tona o conceito ‘Liberte sua Pele. Cuide com Dove’, ao incentivar os participantes a realizarem o teste mais desafiador que um sabonete pode ter: lavar o rosto”, contou.

Muito além do teste na pele, a marca passou pelo teste de viralizar espontaneamente e participar das conversas em tempo real, entrando no clima de entretenimento do programa e alavancando ainda mais o nome Dove.

Fonte: Mundo do Marketing

quarta-feira, 1 de março de 2023

Account-Based Marketing (ABM): o que é e como colocar em prática


No ABM, fazemos a seleção de contas de possíveis clientes antes de iniciar uma campanha de marketing para impactar somente eles

ABM ou Account-Based Marketing é uma estratégia de marketing focada em contas já pré-definidas. Isto é, selecionar primeiro quem são os potenciais clientes para então fazer campanhas para atrair e se relacionar com eles. A ABM diminui o risco de mostrar sua campanha para quem não é qualificado.


Você já teve problemas ao gerar Leads desqualificados ou dificuldade de fazer avançá-los na jornada de compra?

Se você já teve essas dores, não está sozinho. Neste post, vou explicar passo a passo como fazer uma estratégia focada no ICP (Ideal Customer Profile ou perfil de cliente ideal) em um processo para acompanhar cada etapa da jornada.

Para isso, é preciso colocar em prática o conceito de ABM ou Account-Based Marketing.

Afinal, o que é Account-Based Marketing ou ABM?

Pode parecer mais um termo da moda, mas a tradução é focar suas estratégias em contas pré-definidas, selecionando quem são seus potenciais clientes e depois fazendo campanhas para atrair e se relacionar com eles.

Em resumo, seria pegar uma lista de prospecção de perfil de ideal de clientes e trabalhá-la paralelamente a sua estratégia de Inbound Marketing.

A diferença entre Account-Based Marketing e Inbound Marketing

Vamos supor que estou indo pescar e levo meu anzol para conseguir meus peixes. Para eu identificar os consumidores (peixes) que possam se interessar pela minha empresa, eu jogo a isca e aguardo. No caso do Inbound, essa isca é uma oferta de geração de Leads.

Depois que os Leads forem gerados, eles serão qualificados para avançarem para o meio e fundo de funil. Provavelmente, acabam entrando muitos Leads que ainda não são qualificados e não descem no funil. Pode ser, por exemplo, uma bota que enganchou no anzol. :)

Agora, no ABM, a analogia seria pescar com um arpão, escolhendo diretamente o peixe, e ser mais preciso na hora em vez de chamar vários interessados com um anzol.

No ABM, fazemos a seleção de contas de possíveis clientes antes de iniciar uma campanha de marketing para impactar somente eles. Dessa forma, diminui o risco de mostrar sua campanha para quem não é qualificado. O grande benefício que já foi feito um filtro e selecionado todos os pretendentes a ser clientes.

Como colocar o ABM em prática em 5 passos

  1. Identificar e definir contas
  2. Gerar lista de contas
  3. Criar ofertas e conteúdos personalizados
  4. Criar uma campanha
  5. Mensurar os resultados

1. Identificar e definir contas

Antes de montar sua estrutura, você precisa identificar quem é o seu ICP (Ideal Customer Profile).

Faça uma análise dentro da sua base para saber quem são os seus melhores clientes, aqueles que têm o melhor engajamento, que conhecem bem as funcionalidades do seu serviço ou produto e que indicariam sua empresa para seus amigos e parceiros com base em uma nota de NPS (Net Promoter Score).

NPS é uma métrica para medir a satisfação dos clientes, perguntando “de 0 a 10, o quanto você indicaria nossa empresa aos amigos?”. Para saber mais leia o post Net Promoter Score: o que é e como implementar na sua empresa.

Com base nas experiências do seu negócio, pense: que tipo de empresa ou de pessoa seria o seu cliente dos sonhos? Quem seria o melhor cliente para você vender?

O exercício de criação do cliente ideal pode ser aplicado tanto para negócios B2B (empresas que vendem para outras empresas) como B2C (empresas que vendem para o cliente final).

Quando falamos de criar o ICP para B2B, pensamos em dados de empresas e firmográficos (segmentações de acordo as características de uma companhia), como mostramos abaixo:

  • Segmento de atuação, Indústria ou Setor;
  • Tamanho da empresa ideal (número de funcionários);
  • Localização da empresa ideal;
  • Estrutura de equipe;
  • Maturidade;
  • Ciclo de vendas;
  • Ticket médio;
  • Receita;
  • Cargos;
  • Plataformas/Softwares usados;

Abaixo, um exemplo de uma empresa que vende maquinário industrial para cozinhas profissionais e criou o perfil do cliente dos sonhos (restaurantes e lancherias) baseado em seu histórico de dados dos clientes que já compraram.

Exemplo de cliente ideal

Empresas do setor alimentício (restaurantes e lancherias), com mais de 50 funcionários, localizadas na Região Sul do país, com funcionário dedicado a área de compras que percebe o valor na aquisição de maquinário importado, com ciclo de vendas médio de 2 meses e ticket médio de R$ 5000.

Bom, agora que você identificou quem são seus clientes ideais, vamos selecionar as contas para atrair e fazer essa prospecção. Sua lista de criação deve ser baseada no ICP para garantir que serão feitas as campanhas corretas e mais Lead qualificados serão atraídos.

2. Como gerar uma lista de contas para ABM

A estratégia para criar sua lista de contas vem por uma segmentação pré-definida. Você pode extrair uma lista, mas é sempre bom fazer uma verificação se está de acordo com seu ICP, se já não é cliente, está já em negociação etc.

Algumas dicas para selecionar contas antes de iniciar a campanhas:

  • Use a lista de contas do seu time de vendas tanto online como offline;
  • Algumas indústrias ou segmentos-chave para a comunicação direta;
  • A lista de Lost ou descarte de Leads para ser reativada depois de um certo período;
  • Empresas que utilizam o serviço ou produto do seus principais concorrentes;
  • Extraindo listas de empresas por atividade econômica pelo CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas);
  • Listas através de empresas que fornecem enriquecimentos de dados

O importante é ter um alinhamento (SLA) entre os times de marketing e vendas para definir as principais contas. Com base nos dados, gere uma lista de acordo o alinhamento feito e depois crie um filtro para seleção das contas. Alguns direcionamentos para sua lista:

  • Low-hanging fruit! Comece com a sua lista/base!
    • Selecione as contas/empresas da sua base para iniciar um teste de ABM
    • Veja com seu time de vendas quais contas eles mais abordam
  • Defina apenas um segmento de teste
    • Fica mais fácil de mensurar
    • É manual? Sim, para testar antes de escalar
  • Comece pequeno!
    • Não tem número mágico! Entre 50 a 500 contas fica mais fácil de mensurar do que 1000
    • Envolva uma pessoa de vendas para acompanhar com você esse teste

Outra dica é calcular o tamanho do seu mercado e comparar ele com as listas que você está trabalhando para saber quantas empresas poderiam ser alcançadas.

3. Conteúdo e ofertas personalizadas

Após validar a lista para iniciar as campanhas, o próximo passo é definir qual será a estratégia de conteúdo ou ofertas para essas campanhas.

Para criar um relacionamento com esses prospects, é importante fazer web personalization, ou seja, criar o conteúdo personalizado para cada visitante de cada indústria/setor, tamanho, momento e comportamento que visite o seu site ou direcionar para uma oferta que seja customizada.

Exemplo: sua lista de contas são restaurantes e lancherias. Suas ofertas de campanhas podem ser direcionar a eles um relatório das máquinas mais utilizadas nesta indústria, como elas podem ter mais eficiência dos funcionários na cozinha, por que as máquinas X vão trazer benefícios para sua empresa etc.

A personalização é a chave para garantir que você está falando a mesma língua do seu futuro cliente. A Amazon, por exemplo, aumentou 60% das conversões ao fazer recomendações personalizadas.

4. Como criar uma campanha de ABM

Com a lista de contas validada e as ofertas de conteúdo produzidas, você já pode iniciar um teste de campanhas de ABM.

As campanhas podem ser feitas de várias maneiras:

  • Importar a lista no Facebook Ads como audiência personalizada;
  • Importar sua lista no LinkedIn Ads como uma lista de emails (Contact Lists) ou nome das empresas (Account Lists);
  • Importar a lista no Google Ads para fazer retargeting somente para essa lista;
  • Convidar a lista de contas para um evento exclusivo ou patrocinar eventos dessas empresas;
  • Subir a lista em uma DMP (Data Management Platforms) para veicular anúncios em mídia programática;
  • Utilizar o ClearBit Reveal para dizer quem são as empresas que visitam seu site. A ferramenta cria filtros e classifica no Google Analytics as indústrias, cargos, tecnologias usadas e tamanho da empresa. Pode também criar um retargeting somente para essa segmentação no Google Ads;
  • Usar o Maestro ABM para criar anúncios personalizados pelo tamanho de empresa, setor ou, melhor ainda, pelo nome (nesse software também é possível fazer as outras ações desta lista);
  • Ações diretas com lista, como marcar uma visita, telefone, email, envio de brindes pelo correio e eventos que as empresas participam.

5. Como mensurar o impacto do ABM

Com a campanha no ar, agora é hora de verificar e analisar os resultados. Lembrando que o processo desde o começo é acompanhar desde a coleta da lista até a chegada do Lead em vendas, por isso reforço o comprometimento dessa ação de ABM ser feita em conjunto e com feedback do time de vendas.

Mensurar o desempenho do funil por contas:

  • Quantas oportunidades de vendas geradas no total da campanha;
  • Quantas empresas avançaram no processo de vendas (pipeline);
  • Taxa de fechamento das empresas da campanha (close rates);
  • Velocidade do funil, que indica se as taxas de qualificação/aproveitamento estão indo mais rápido com essa campanha de ABM;
  • Quantas empresas impactadas pelo total de empresas de acordo o tamanho da lista;
  • Se a campanha for para retenção e upsell, ver quantas empresas na campanha deram resultado;

Não confie em métricas secundárias como visitantes únicos e taxas de cliques. Avalie seu desempenho de marketing com métricas diretamente relacionadas ao impacto nos negócios.

Otimizando a campanha de acordo as perguntas do diagrama abaixo

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Imagem: https://www.demandbase.com

Tem visitas no seu site?

  • Caso não: faça anúncios
  • Caso sim: tem alto engajamento?
  • Caso não: otimize o conteúdo do seu site
  • Caso sim: está alta a conversão do seu site?
  • Caso não: otimize as conversões
  • Caso sim: o time de vendas está habilitado para vender a eles?
  • Caso não: faça um alinhamento com vendas
  • Caso sim: está tudo certo; escale seu teste de ABM.

Checklist de avaliação e consideração do projeto ABM para escalar ou continuar

  • Você teve resultados positivos?
  • Você consegue replicar esse mesmo processo?
  • Sua empresa viu valor/comprou nessa ação?
  • Você sabe onde escalar?

Prepare seu time para utilizar ABM

  • Conduza o time de marketing a ter todas as habilidades do ABM
  • Incentive o time a olhar as métricas do funil completo
  • Crie dashboards para acompanhar e gerenciar os processos
  • Lidere as responsabilidades de todo programa, contas, processo e contatos
  • Feedback e comunicação constante com time de vendas nesse programa

Conclusões sobre ABM

Para iniciar seu experimento em ABM, foque no processo colaborativo em várias áreas como vendas, marketing e produto.

  1. Defina o seu ICP e depois construa uma lista inicial das contas e empresas que serão alcançadas com suas ações de marketing e vendas;
  2. Desenvolva conteúdo personalizado para essa segmentação de contas;
  3. Coordene os lançamentos das campanhas focadas nessas listas e por quais canais serão inseridas as campanhas;
  4. Mensure os resultados de acordo desempenho do funil e otimize suas campanhas ;
  5. Coloque os aprendizados, reúna seu time para uma sessão de feedback para os próximos passos e no desenvolvimento de novas listas para escalar o ABM.

Lembrando que é importante, verificar e assegurar que a lista está de acordo com os time marketing e vendas sobre o perfil ideal de cliente.

Para pôr em prática uma estratégia eficiente de ABM você vai precisar de alguns conhecimentos em mídia paga. Por isso, recomendo um material completo sobre o tema: o eBook + Checklist: Guia da Mídia Paga para Inbound Marketing.


Fonte: https://resultadosdigitais.com.br/marketing/account-based-marketing/