quinta-feira, 6 de agosto de 2020

O QUE É BUSINESS INTELLIGENCE (BI) E COMO FUNCIONA?


Por Wanderson Ciambroni em 31 de julho de 2020

Neste artigo, entenda o que é Business Intelligence (BI) e como essa técnica pode ajudar a tomada de decisão da sua empresa. Confira!

Leitura de 16 minutos

Falar de Business Intelligence (BI) de forma sucinta é uma tarefa árdua e ousada. Vou ser um tanto pretensioso aqui, pois este é um assunto que não se esgotaria nem se eu escrevesse uma bíblia sobre ele.

Para ser mais objetivo, vou trazer um apanhado geral sobre o Business Intelligence no momento atual e, posteriormente, focar na sua relação com o , que é a nossa praia aqui na Conexorama.

Embora seu contexto nos remeta a meados do século XIX (pois é, BI não é um conceito novo), foi somente em 1989 que Howard Dresner propôs o uso do termo como aplicação de técnicas de análise de dados para dar suporte a processos de tomada de decisão nos negócios.

Com mais de 30 anos de uso, o Business Intelligence acompanhou o desenvolvimento de ferramentas digitais e a era da informação, e hoje faz parte do rol de tecnologias modernas mais utilizadas no mundo empresarial.

Mas de que forma exatamente o BI importa tanto para uma empresa? E como ele se relaciona a uma área estratégica como o marketing? É sobre isso que vamos falar agora.

Business Intelligence (BI): conceitos fundamentais

Não tem como explicar o que é Business Intelligence (BI) sem antes ter bem clara a definição de dados. Afinal, o BI é uma das diversas ramificações ou especializações da ampla Ciência de Dados.

De modo formal, dado é um fato coletado e normalmente armazenado, podendo estar em formato eletrônico (analógico ou digital) ou não eletrônico (impresso no papel, por exemplo).

Vale também diferenciar dado de informação, que nada mais é que um dado analisado e com algum significado.

Se não ficou claro, cito um exemplo: o número 40 é um dado.
Explicação que o número 40 sozinho é apenas um dado.

Mas, caso você perceba também que essa é a idade de alguém, diante disso tenho uma informação – um dado processado e contextualizado.

E o que isso tem a ver com o Business Intelligence (BI)?

Tem tudo a ver. De forma resumida:

Business Intelligence (BI) é o conjunto de estratégias e tecnologias para a coleta, organização, análise e visualização de dados com objetivo de gerar informações para, como o próprio nome diz, a inteligência de um negócio.

A ideia é levantar dados brutos de diversos sistemas – CRM, ERP ou mesmo redes sociais – e estruturar todos esses elementos, até que se tornem informações organizadas. Dessa forma, a partir de gráficos, tabelas e planilhas, é muito mais simples entender o que está acontecendo e tomar decisões fundamentadas.

Para compilar e estruturar todos esses dados, são utilizadas ferramentas analíticas poderosas, como o Power BI, da Microsoft, entre diversas outras opções no mercado.

Além disso, há também ferramentas direcionadas a uma área específica, como o Marketing BI do RD Station. Falaremos delas mais à frente.

Antes de entrar em detalhes mais técnicos, quero trazer outros conceitos importantes do Business Intelligence.

Business Intelligence (BI) e Big Data (BD)

Se você está por dentro das atualidades da Ciência de Dados, provavelmente já ouviu esse termo por aí, o Big Data (BD). Aliás, muita gente acha que BI e BD são a mesma coisa. Mas, apesar de andarem de mãos dadas, são conceitos distintos.

Big Data, antes de tudo, é um conceito muito mais recente e abrangente do que o Business Intelligence. Sua maior similaridade com o BI é que ambos lidam com dados e têm o intuito de fornecer respostas para questões do mundo empresarial.

Particularmente, o Big Data leva esse nome justamente por trabalhar com quantidades tão grandes de dados que só é possível operá-los com sistemas próprios para isso. Tudo fruto desta era digital, que gera porções inimagináveis de dados a todo segundo no mundo inteiro.

A maior diferença entre eles é que, enquanto o Big Data opera todo tipo de dados, incluindo não estruturados (como documentos de texto, imagens etc.) e semiestruturados (como um arquivo XML ou JSON, por exemplo), o BI foca sua análise somente nos dados estruturados (como um banco de dados, por exemplo).

Por esse viés, fica fácil entender que o Business Intelligence (BI) é muito mais restrito e tem um objetivo mais específico. Principalmente se considerarmos que dados estruturados representam somente uma fração de todos os dados gerados no mundo.

E o que isso interessa pra gente?

Bom, até aqui você já conseguiu imaginar com que tipos de dados o Business Intelligence opera, certo?

Esqueça imagens, vídeos, textos etc. O que interessa ao BI são dados bem-definidos, organizados, como se fossem “etiquetas”. Pense num formulário no qual você preenche seu nome, endereço, telefone, e-mail etc. É mais ou menos isso que quero dizer.

Se pararmos para pensar que o volume de dados produzidos nos últimos 2 ou 3 anos representam mais de 90% de todos os dados existentes hoje no mundo, fica fácil entender o motivo de estar tão em evidência áreas de estudo como BI e BD. Sem contar que a velocidade com que são gerados aumenta diariamente.

Para resumir este tópico, e falando estritamente em dados estruturados, pense assim:

  • Análises de Business Intelligence buscam responder questões mais específicas, do tipo: “O que estes dados representam para o meu negócio?” e “Onde posso aplicar essas informações?”;
  • Análises de Big Data procuram respostas para questões mais amplas, como: “Por que estes dados existem?” e “Como posso manipulá-los?”.

Business Intelligence (BI) e Inteligência Artificial (IA)

Outra área relacionada à ciência de dados e computação que sofreu um boom nos últimos anos é a Inteligência Artificial (IA).

Embora não seja um conceito tão novo, já que quase se confunde com a própria história computação, em meados do século passado, hoje a IA atingiu patamares que antes pareciam somente coisa de cinema.

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E como isso influencia o BI e o próprio Inbound Marketing?

Conceitos como machine learning e deep learning estão cada vez mais adentrando no mundo dos negócios e do marketing. Ouso dizer que a nova revolução para a próxima década está no uso de ferramentas e softwares capazes de “aprender” sozinhos.

O impacto que isso trará (e já está trazendo) para a análise de dados e, consequentemente, para a otimização de resultados é tão grande que as empresas já estão sentindo a necessidade de ofertar novos cargos para especialistas na área ou então capacitar seus funcionários para lidarem com a dentro de suas funções.

Particularmente, o Business Intelligence tem sido muito beneficiado com a evolução da IA, pois a aprendizagem de máquina permite ao analista gerar resultados mais precisos e apresentar novas soluções de mercado.

Para o Inbound Marketing, que faz uso da análise de dados e métricas para a tomada de decisão, a evolução do estudo de dados auxilia no direcionamento de resultados e na otimização de custos, segmentação de campanhas e até mesmo na hora de decidir que tipos de conteúdos são mais atrativos para determinado público.

Aliás, para entender melhor a relação do marketing com dados, recomendo a leitura deste artigo sobre .

Vantagens ao utilizar Business Intelligence na sua empresa

Cada vez mais, líderes e gestores buscam ter em mãos informações consistentes antes de tomar qualquer decisão.

E, apesar de essa ser uma necessidade antiga, atualmente existe uma quantidade muito maior de dados que podem ser interpretados.

Por exemplo, além de dados cadastrais e registros de compra, já é possível monitorar todos os hábitos de consumo e preferências de cada cliente.

Todas esses registros e métricas, se não forem bem trabalhados, podem se perder ou ter pouquíssima utilidade para os gestores de uma empresa. No entanto, com uma boa estratégia de Business Intelligence, esses dados se tornam valiosas fundamentações para a tomada de decisão.

Ainda não ficou muito claro? Então, vamos analisar mais detalhadamente como aplicar as técnicas de Business Intelligence (BI).

Uma empresa guarda uma infinidade de dados. Entre eles:

  • Registros de vendas;
  • Custos de manutenção;
  • Escala de funcionários;
  • Reclamações e feedback de clientes;
  • Envolvimento com o público em redes sociais;
  • Planilhas com outros dados relevantes.

Essas informações, por si só, contribuem para o controle dos processos da sua empresa, mas muito pouco influenciam nas decisões estratégias, concorda?

Agora, se houver uma ferramenta capaz de reunir todas essas informações e um profissional que se dedique a interpretá-las, esse amontoado de dados desconexos podem servir como base para muitas estratégias. Entre elas:

Vantagem 1 – Obter insights em relação ao comportamento do consumidor

Uma das principais vantagens de investir em Business Intelligence é o fato de que você conseguirá informações consistentes para analisar as atuais tendências de compras do seu público.

E uma vez que você entendeu quais são esses hábitos de consumo, pode desenvolver produtos que vão ao encontro dessas preferências.

Vantagem 2 – Controlar processos internos da sua empresa

Pare para fazer um exercício rápido: você sabe exatamente quem são os melhores colaboradores da sua empresa? Consegue identificar quais setores necessitam de melhorias? Tem pleno conhecimento dos gargalos produtivos?

Pois bem, se você respondeu não para alguma dessas perguntas (ou para todas), você precisa melhorar o controle dos processos que ocorrem diariamente na sua empresa.

E para isso, nada melhor do que investir na implementação de um bom sistema de Business Intelligence. Ele vai ajudar você a ter uma visão mais sistêmica de todos esses processos, além de identificar áreas que precisam de melhorias.

Ter que analisar centenas de páginas e planilhas para ter acesso a essas informações pode ser bastante desgastante, não é?

Com a ferramenta certa e profissionais capazes de estruturar todas esses dados, você ganha em produtividade e organização.

Vantagem 3 – Traçar estratégias mais assertivas de Marketing e Vendas

Se você trabalha na área de Marketing ou de Vendas, provavelmente busca a maior quantidade possível de informações sobre os seus clientes (ou potenciais clientes). Afinal de contas, é a partir desses dados que você vai traçar estratégias para obter bons resultados e gerar vendas.

Com um sistemas de Business Intelligence, você consegue coletar dados confiáveis para estabelecer padrões de comportamento e fazer uma abordagem mais efetiva – seja no Marketing ou mesmo em Vendas.

Deu para perceber que, seja em relação ao faturamento dos produtos, à produtividade da equipe, à eficácia das campanhas em redes sociais ou ao posicionamento de mercado, o Business Intelligence é capaz de tornar suas decisões muito mais assertivas!

Como implementar uma estratégia de Business Intelligence (BI) no seu negócio?

Antes de sair por aí interpretando uma série de dados, é preciso definir estratégias para que sua empresa consiga alcançar bons resultados por meio de um sistema de BI.

Além disso, também é preciso que toda a equipe acredite e se engaje no projeto. O gestor deve ter a flexibilidade para compreender como os dados estruturados podem melhorar a performance de toda equipe. Da mesma forma, a equipe de analistas de BI precisa conhecer as necessidades dos colaboradores.

De todo modo, existem três pontos básicos para implementar uma estratégia de Business Intelligence. Veja quais são elas:

Passo 1 – Dados de qualidade

Para tomar decisões acertadas, você precisa de informações de qualidade. Do contrário, pode comprometer toda a estratégia.

Por isso, invista em uma boa governança de dados, para que o registro das informações seja feito com qualidade. Eles também devem ser acessíveis (às pessoas que estão autorizadas) e fáceis de serem interpretados.

Passo 2 – Tenha objetivos claros

Para fazer uma boa análise, os profissionais de BI devem ter em mente quais são os objetivos que a sua empresa tem em relação às estratégias definidas.

Imagine se eu entregar a você uma série de documentos e não explicar o que pretendo com isso. Você não saberá nem por onde começar, correto? O mesmo acontece com os analistas de Business Intelligence.

Por isso, identifique quais são as metas do seu negócio, os pontos fracos e os gargalos que devem ser otimizados com os processos de BI.

Passo 3 – Realize mudanças a partir dos resultados

Por fim, de nada adianta fazer toda essa análise, se elas não ajudarem, de fato, na tomada de decisões. Ou seja, de acordo com os resultados obtidos, você deve começar a fazer mudanças na sua empresa.

Só assim será possível otimizar as rotinas, remover gargalos produtivos e ter mais lucro.

Afinal, o foco da análise de dados é trazer novas perspectivas para a melhoria de resultados, como, por exemplo, o .

Quais as tendências do Business Intelligence (BI)? E que ferramentas devo usar?

A essa altura, você deve estar se perguntando sobre os rumos que o BI está tomando e de que forma usá-lo efetivamente no seu negócio. E é isso que vou buscar responder agora.

De fato, como já disse, nos últimos anos houve uma explosão da geração de dados, e isso se tornou um grande problema para toda empresa. Afinal, o que fazer com essa gigantesca quantidade de dados. Ou, pior ainda: como filtrá-los, analisá-los e torná-los úteis para o seu negócio?

É humanamente impossível lidar com os exabytes (EB) de dados gerados a cada dia no mundo. Para ter noção do que é isso, o HD do meu computador é de 1 TB. É grande, né? Cabe muita coisa. Agora multiplica essa quantidade por um milhão e você conseguirá imaginar o que é um exabyte de dados. E o mundo digital produz cerca de 2 a 3 EB por dia de dados.

Para conseguir processar tudo isso é que usamos o que há de mais moderno na tecnologia. Lembra os conceitos de Big Data e Inteligência Artificial que abordei lá no começo? Pois é, graças a isso que hoje podemos processar e analisar essa enorme quantidade de dados.

Mais ainda, conseguimos filtrá-los e usar apenas aquilo que nos interessa. E quando falamos em Business Intelligence, o que nos interessa são as informações necessárias para ser validadas em um negócio.

Conheça agora algumas ferramentas que se destacam no mercado de Business Intelligence e por que você deve considerar o uso delas.

1. Microsoft Power BI

É justo começar a lista com o software de uma das gigantes do mundo tecnológico. O Power BI é a ferramenta de Business Intelligence da Microsoft.

Ao contrário de alguns de seus concorrentes, que adotam uma abordagem de aplicação totalmente baseada na Web, o Power BI também oferece versão para download (Power BI Desktop), para que você possa executar suas análises na nuvem ou por meio de um servidor.

O Power BI Desktop oferece versão gratuita e totalmente funcional para um usuário. Há também a versão paga, o Power BI Pro, que suporta a colaboração entre usuários e análise de dados em tempo real.

Microsoft Power BI

A ferramenta ainda permite integração com outras, como o Google Analytics, para gerar relatórios mais personalizados, o Excel, a próprio Azure (plataforma de ferramentas clouds da Microsoft), entre outras.

2. Google Looker

Outra gigante que não ficaria para trás é a Google. Sua ferramenta de BI, o Looker, é tão poderosa quanto a da Microsoft.

O Looker possui um conjunto de ferramentas capaz de potencializar sua experiência com análise de dados, desde um BI moderno até integrações de workflows e aplicações de dados personalizados.

Google Looker

É possível acessar o Looker dentro da plataforma do Google Cloud, que oferece uma avaliação gratuita de 12 meses ou 300 dólares em crédito para usar com seus produtos pagos (o que consumir primeiro).

3. Oracle Business Intelligence

O Oracle Business Intelligence (BI) é a solução de BI de outra gigante da tecnologia, a Oracle, empresa proprietária da linguagem Java.

O OBI é um conjunto de tecnologias e aplicativos que fornece ferramentas e base de BI (matriz integrada de consulta, relatório, análise avançada, alerta, análise móvel, Integração e gerenciamento de dados e integração de desktops), assim como aplicativos de gerenciamento de desempenho financeiro, aplicativos operacionais de BI e data warehousing.

Oracle Business Intelligence

Essas 3 ferramentas valem a pena ser avaliadas por quem curte o assunto de BI e análise de dados. Mas poderia citar também outras gigantes, como Amazon QuickSight, Adobe Analytics e IBM Cognos Analytics. Há realmente dezenas de outras ferramentas poderosas de BI, cada uma com suas vantagens sobre as concorrentes.

Agora, para encerrar, quero apresentar outra ferramenta que se distingue das gigantescas acima por duas razões principais: primeiro, porque é brasileira; segundo, porque foi desenvolvida especialmente para quem trabalha com marketing. Confira!

Uma ferramenta brasileira de Business Intelligence: conheça o RD Station Marketing BI

Como nosso maior interesse é o Marketing, em especial o Inbound Marketing, não poderia deixar de citar a ferramenta de BI especialmente criada para a área.

O Marketing BI, da Resultados Digitais, vem integrado ao RD Station, disponível para clientes do plano Enterprise, e forma um portfólio de instrumentos para análise de dados interessantes a quem lida com marketing.

O que faz o RD Station Marketing BI?

Basicamente, o Marketing BI se concentra na análise do desempenho de canais de aquisição de clientes, campanhas digitais e funil de vendas.

Dessa forma, é possível conhecer os principais KPIs e determinar o ROI das ações de marketing digital da sua empresa.

Quais as principais funcionalidades do Marketing BI?

Na interface do Marketing BI, você pode optar por fazer a análise dos seus indicadores de Negócio, Canais de Aquisição e Campanhas.

Funcionalidades do Marketing BI do RD

Análise de negócios

Para analisar a performance das taxas de conversão. Esta função traz métricas para análise de resultados, tendências, ciclo de vendas e planejamento.

Análise de canais de aquisição

Com esta funcionalidade, é possível descobrir as taxas de conversão de leads de cada um dos canais, além de encontrar gaps e oportunidades para melhorá-los.

Análise de campanhas

Aqui dá para analisar as conversões geradas na sua base de leads por campanhas de e-mail marketing e fluxos de automação.

Dashboards personalizados

Também é possível personalizar seu próprio painel de controle, definir métricas preferidas e gráficos mais relevantes para o seu negócio.

Sem sombra de dúvidas, o profissional de marketing que desenvolve competências em análise de dados tem sido mais valorizado do que nunca. Fazer análises consistentes de Business Intelligence pode gerar novas oportunidades de negócio e visualizar ou prever situações que antes eram muito mais complexas de se fazer.

Aproveite para ler também sobre outro assunto que tem tudo a ver com Marketing e Business Intelligence, o Growth Hacker.

 

terça-feira, 4 de agosto de 2020

POR QUE AS FABRICANTES DE CARROS ESTÃO MUDANDO SEUS LOGOTIPOS?


As marcas querem passar uma imagem moderna e atualizam seus símbolos ao longo dos anos para se adequar a cada momento

por RENAN SOUSA (COM JULIO CABRAL)

20 09h53 - atualizado às 09h53 em 03/08/2020

Montadoras mudam seus logotipos para se adequar aos novos tempos (Foto: Montagem sobre arquivo)

Você já deve ter reparado que muitas marcas estão lançando novos logotipos para seus carros. Desde o início do ano, grandes marcas como BMWVolkswagen Fiat já mudaram seu visual para o grande público. Mas o que explica esse fenômeno?

É até bem simples: se adequar aos novos tempos. Com cada uma das novas fases das montadoras, que vão desde se adequar aos novos tipos de motores até fenômenos do momento, a imagem pela qual a empresa é reconhecida se torna muito importante.

Evolução do logotipo da BMW (Foto: Montagem sobre arquivo)

Durante a pandemia do coronavírus, por exemplo, Volkswagen e Audi fizeram logotipos especiais para fortalecer o distanciamento social. Ou, como ocorreu após o caso do Dieselgate, a Volkswagen queria sinalizar ao mercado uma mudança interna para passar maior confiabilidade.

"É um movimento muito amplo e robusto que está ancorado em três pilares: novos produtos, experiência do consumidor e comunicação", afirma a Fiat. Segundo a montadora, existem dois pilares nessa "reconstrução do ícone visual" da marca.

"O primeiro delas é a Fiat Flag, que é a representação visual da italianidade. As quatro linhas homenageiam a origem italiana da companhia de um modo único e atual. O segundo ícone visual é o Fiat Script, que substitui o escudo bordô. Além de carregar a história da marca, traz mais simplicidade modernidade para visualizar a identidade da marca".

Mas o recente fenômeno é explicado pela nova fase dos motores híbridos e elétricos ganhando destaque no mercado. Assim, as marcas planejam mostrar a preocupação com questões atuais, tais como tecnologia, sustentabilidade e preocupação ambiental.

Evolução do logotipo da Mercedes (Foto: Montagem sobre arquivo)











Segundo João Veloso Jr., Diretor de Comunicação Corporativa do BMW Group Brasil, o novo logotipo é baseado em quatro pilares da empresa: eletrificaçãoconectividadecompartilhamento autonomia. “É uma expressão mais emocional. Esse conceito antecipou diversas tendências de como serão algumas das novas tecnologias e design em um futuro próximo”, afirma ele.

Os logotipos já usados pela Fiat (Foto: Montagem sobre arquivo)













Junto com a era digital e elétrica, as montadoras também se preocupam com as plataformas nas quais esses logotipos são expostos. Se a exposição da marca era feita majoritariamente em outdoors ou revistas, hoje ela aparece principalmente nos tablets e celulares.

Evolução do logotipo da Ferrari (Foto: Montagem sobre arquivo)

Com traços mais limpos e menos detalhes como simulações de 3D, sombreados metálicos e cores chamativas, esses logotipos modernos são ideais para o reconhecimento rápido nas plataformas digitais. Muitas delas têm, inclusive, se valido de versões minimalistas para “despoluir” a visão em telas cada vez menores.

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Natura impulsiona maior alta da Ibovespa após Thammy protagonizar campanha

  • REDAÇÃO MARIE CLAIRE
  • DO HOME OFFICE
 ATUALIZADO EM 
Thammy Miranda e o filho, Bento (Foto: Reprodução/Instagram)

Thammy Miranda e o filho, Bento (Foto: Reprodução/Instagram)

De acordo com o site da revista Exame, o analista da Ativa Investimentos, Ilan Abertman, disse que este tipo de marketing que inclui uma diversidade grande de pais é positivo para a imagem de uma empresa e traz relevância nas mídias. 

“A campanha dialoga bem com o propósito ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês) da Natura e com seus clientes. Esse marketing inclusivo é positivo para a marca e abre portas para que ela ganhe ainda mais relevância. Vivemos novos tempos”, afirmou.

Um comunicado emitido pela empresa informou que a Natura celebra “todas as maneiras de ser homem, livre de estereótipos e preconceitos” e que acredita que na diversidade como valor expresso em suas crenças “há mais de vinte anos, estando sempre presente em nossas campanhas publicitárias e projetos patrocinados”.