sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

O que é geomarketing? Crie estratégias usando a localização do seu cliente


Você já experimentou a sensação de abrir uma janela no navegador e encontrar anúncios que parecem que foram feitos exclusivamente para você? Chega a ser curioso como as ferramentas de marketing estão evoluindo a ponto de direcionar as campanhas mais adequadas de acordo com o usuário. Para saber como isso é possível, precisamos antes entender o que é geomarketing!
marketing digital reúne uma série de estratégias e ferramentas para ajudar os gestores na busca de melhores resultados. Os dados nunca foram tão valiosos como são hoje, uma vez que, com eles, as empresas conseguem criar técnicas cada vez mais eficientes, com menor custo e maiores retornos.
Um desses dados é a localização do usuário. Imagine que você seja dono de um restaurante, por exemplo, e queira aumentar a visibilidade da sua marca. Faz sentido investir em anúncios vinculados para todo o país, enquanto sua loja fica em somente um local? Com certeza, não! Com o geomarketing, você consegue direcionar melhor os seus investimentos.
Então, para que você entenda tudo sobre o assunto, criamos este guia completo sobre o que é geomarketing, como ele funciona, suas vantagens e formas de aplicação. No final você será capaz de criar estratégias bem interessantes. Boa leitura!

O que é geomarketing?

De forma bem direta, geomarketing é toda estratégia de marketing criada por uma empresa em que a campanha é guiada pelos dados de localização dos usuários. Quando você cria uma publicação patrocinada no Facebook, por exemplo, uma das etapas de configuração é a audiência. Você seleciona as principais características, como faixa etária e interesses, além da localização. O local desses alvos ajuda bastante na segmentação, direcionando o investimento para as pessoas que realmente podem ser convertidas em clientes da marca.
O geomarketing vem sendo cada vez mais utilizado pelas organizações, até pela questão do avanço da tecnologia mobile. Os celulares são equipados com GPS e isso permite marcar a localização em um mapa.

Como o método funciona?

Existem diferentes métodos para utilizar o geomarketing. Vejamos os principais:

Geotargeting

O geotargeting é o método mais comum de utilizar a localização dos usuários nas estratégias de marketing de uma empresa. Basicamente, esse dado é explorado no momento de segmentar os alvos da campanha.
No Google Ads, por exemplo, você pode criar uma campanha de anúncio específica para cada região do país, tornando os anúncios mais personalizados de acordo com as características e cultura de cada local. Essa ação aumenta o desempenho do anúncio e gera um melhor retorno.

Site personalizado

Sabe quando você entra em um determinado site e aparece uma mensagem pedindo a sua localização, como o estado ou cidade? Então, essa é uma estratégia de personalizar o site de acordo com o usuário.
Quanto mais o ambiente online for programado para atender às necessidades e interesses de um determinado público, maior será a possibilidade de gerar vendas. Pensando nisso e nas diferentes culturas que cada região do nosso país apresenta, é uma ação muito interessante personalizar o site.
Algumas lojas, como marketplaces, também usam essa estratégia para limitar a apresentação das ofertas, uma vez que alguns produtos só estão disponíveis para determinadas regiões.

Geofencing

Se você tem uma loja física, já imaginou utilizar um navegador GPS para enviar mensagens ao seu público somente quando essas pessoas estiverem passando perto do seu estabelecimento? Seria algo do tipo: “você está a dois quilômetros de distância! Venha nos visitar e confira nossas promoções!”. É uma excelente estratégia.
Essa ação é possível com o método geofencing. A partir de inteligência e uso dos dados de localização do usuário, uma empresa pode enviar mensagens automáticas para seu público que está passando por uma região.
Um posto de combustível, por exemplo, pode usar essa tática para atrair motoristas que estão em busca de uma opção e que estão passando na região.

Check-in

Muitas lojas e empresas estão explorando os efeitos que as redes sociais podem oferecer. Um deles é o check-in. Quando um cliente está visitando o estabelecimento, como um restaurante, ele é incentivado a publicar uma foto nas redes sociais, mostrando o local e marcando sua localização. Como recompensa, ele pode ganhar cupom de desconto, brindes ou o que mais for interessante.
Para a loja, o interessante é que o cliente compartilha nas redes sociais que está utilizando aquele espaço. Normalmente, quem faz esse tipo de publicação teve ou está tendo uma boa experiência, então isso ajuda a atrair novos clientes, além de aumentar o conhecimento sobre a marca.

Geotagging

Ao publicar uma foto no Facebook, Instagram ou outra rede social, é interessante que o usuário indique também o local em que ela foi tirada. Isso é possível por causa do geomarketing, mais especificamente por causa do método geotagging.
Enquanto o check-in está mais voltado para os estabelecimentos, o geotagging pode ser usado em locais abertos, como uma cachoeira, uma cidade ou ponto turístico. Claro que nada impede de uma pessoa criar essa marcação dentro de um negócio.
Essa ação, assim como o check-in, depende do usuário, pois é ele quem faz a marcação. Então, o que a marca pode fazer é incentivar essa atividade, seja oferecendo um desconto ou criando promoções específicas. Shows e eventos exploram bastante essa técnica, pedindo que os presentes tirem fotos e marquem o local na publicação.

Quais são as vantagens em aplicar o geomarketing?

Agora que você já sabe o que é geomarketing, vamos explorar as vantagens desse recurso nas criações de campanha de marketing. Vejamos!

Segmentação do público-alvo

O primeiro benefício da nossa lista é o aumento da capacidade de segmentar o público-alvo. Isso está muito relacionado ao marketing digital, em geral.
Se compararmos o marketing digital com o offline, vemos que um dos ganhos é o direcionamento de recursos para os usuários que realmente têm interesse nas soluções apresentadas. No offline, quando você investe em um outdoor, por exemplo, acaba atingindo somente as pessoas que passam pelo local e que, não necessariamente, podem se tornar clientes da empresa.
Já no marketing digital isso toma outra forma. As campanhas de anúncio são personalizáveis. Você define as características do seu público, ou seja, para quem deseja que aquele anúncio apareça.
Quanto mais segmentado for, maior o potencial de o alvo em se tornar cliente. É claro que você não pode exagerar nessa segmentação, senão acaba limitando os resultados.
A localização dos usuários é um dado importante nessa estratégia!

Maior engajamento dos usuários

Gerando anúncios mais personalizados, a chance de gerar engajamento, ou seja, de a pessoa interagir com aquela peça de marketing, aumenta.
Imagine que uma agência de turismo quer criar anúncios de opções de lazer em curta distância. Não faz sentido enviar opções de viagens de um dia na região sul do país para quem está no Nordeste. Nesse caso, o engajamento seria baixo.
No entanto, se a localização dos usuários for levada em consideração, mostrando as opções de lazer que estão a poucos quilômetros dessas pessoas, certamente o engajamento será maior e os resultados das vendas também.

Aumento do retorno sobre o investimento (ROI)

Uma consequência dos dois benefícios relacionados anteriormente é o aumento de um indicador de desempenho muito importante: o ROI (Return On Investment ou Retorno Sobre o Investimento).
Esse indicador leva em consideração o total que foi gasto em uma determinada ação e o quanto ela gerou de retorno no faturamento. Quanto mais elevado o ROI, mais interessante é a estratégia.
Para ficar claro, vamos criar um exemplo. Imagine que a sua empresa investiu a quantia de R$200 em uma publicação no Facebook, utilizando a localização dos usuários para a definição do público-alvo. Com ela, foram atraídos 10 novos clientes, e a média de venda para esses clientes foi de R$100. Então, vamos ao cálculo do ROI:
ROI = (Retorno do investimento – Custo) / Custo
ROI = (1.000 – 200) / 200 = 4
Ou seja, o retorno dessa ação foi 4 vezes o valor de custo do investimento. Podemos multiplicar esse resultado por 100 para encontrar o valor em percentual. Assim, a estratégia criada no exemplo teve o retorno de 400% do total investido.
No entanto, vamos pensar no mesmo cenário, mas a localização dos usuários não foi utilizada na segmentação. O resultado, então, foi o investimento dos mesmos R$200, mas somente 2 clientes foram convertidos, mantendo a venda de R$100 por cliente. Nesse caso:
ROI = (200 – 200) / 200 = 0
Então, nesse outro caso a ação não apresentou lucro. A empresa teve o mesmo retorno em relação ao que foi investido.
É claro que aqui estamos criando exemplos somente para ficar mais clara a aplicação dos dados de localização nas estratégias de marketing. A relação entre os valores depende de cada mercado, empresa e público.

Foco total no cliente

Outro benefício importante em entender o que é geomarketing e aplicar nas suas estratégias é melhorar a experiência dos usuários, colocando todo o foco do trabalho no cliente.
Como vimos, é possível criar ambientes personalizados de acordo com a região do usuário e isso gera uma satisfação maior, algo mais personalizado.
Devemos sempre levar em consideração a experiência do cliente porque o público vem se tornando cada vez mais exigente. Com mais opções e uma menor distância entre público e empresa, ficou mais competitivo conquistar a fidelização, o que é crucial para gerar vendas, especialmente as recorrentes.

Conhecimento das regiões mais interessantes para a empresa

A análise de dados ajuda qualquer negócio a ter mais inteligência e capacidade de direcionar melhor os seus recursos e esforços.
Vamos imaginar que a sua empresa vende para todo o Brasil, atualmente. Não há uma estratégia de focar em uma determinada região e todas elas são tratadas iguais. Então, você começa a aplicar ações de localização e vê que duas regiões concentram 80% das suas vendas e que outras localidades não apresentam um número considerável de potenciais clientes.
A partir dessas informações, é claro que você fará ajustes na sua estratégia, direcionando mais recursos para as regiões que geram maior lucro e reduzindo os investimentos em lugares com pouco público. Você também pode encontrar locais em que há um público expressivo, mas com baixas vendas. Talvez a sua concorrência esteja atuando mais fortemente lá, tomando o seu espaço.
Conseguiu perceber como o uso dos dados de localização conseguem gerar mais inteligência na criação das estratégias de marketing e vendas? Isso é fundamental no sucesso do seu negócio, seja ele B2B ou B2C!

Análise de mix de produtos por região

Por fim, também podemos explorar o mix de produtos por região. Principalmente em nosso país, que apresenta um território bastante amplo, é caro manter o estoque dos itens sempre em alta em todas as localidades. Em caso de produtos perecíveis, essa dificuldade aumenta, uma vez que a carga pode ser perdida se não for vendida.
Então, analisando corretamente o mix de produtos e as saídas por região, pode-se reconhecer o padrão de consumo e criar estratégias mais acertadas. Assim, você descobre se um produto é mais vendido em uma região do que em outra, podendo ser mais bem distribuído.

Quais são as ferramentas do geomarketing?

Para mensurar os dados e criar análises importantes, é recomendado contar com ferramentas específicas de geomarketing. Essas plataformas são preparadas para analisar o posicionamento e a expansão das empresas concorrentes, monitorando o comportamento de compra do público segmentado por região, por estado, por cidade ou até mesmo por bairro, se for o caso.
Além disso, algumas plataformas são capazes de criar um mapa de calor, indicando a concentração do público-alvo da empresa, permitindo encontrar as localidades que devem receber mais atenção.
O Sistema de Informação Geográfico (SIG) é a ferramenta mais utilizada quando se trata de geomarketing. Ela consegue integrar informações de diferentes fontes, compondo um mapa geográfico que gera análises bem completas e relevantes.
Se você quer implantar as estratégias de geomarketing no seu negócio não deixe de avaliar os serviços da UP2Place, que define, estrutura e executa estratégias digitais com foco em resultados de negócios, utilizando diversos recursos tecnológicos, metodologias e processos, desde a otimização das campanhas patrocinadas, mídias sociais, SEO, automação e qualificação de Marketing, marketing de Conteúdo, desenvolvimento Web e estratégias de Inbound Marketing.

Estratégia de geomarketing: como criar uma?

Depois de entender o que é geomarketing, você pode estar se perguntando qual é o caminho para criar a primeira estratégia, certo? É sobre isso que vamos falar agora.
As ferramentas que mencionamos são bem interessantes, uma vez que são específicas para esse tipo de estratégia. Porém, se você não quiser ou não puder contratar uma solução desse tipo agora, não tem problema. Você ainda pode usar a localização do seu público para gerar ações mais certeiras.
As plataformas de criação de campanhas pagas, como Facebook Ads, Instagram Ads, Google Adwords e a mídia paga do YouTube contam com uma segmentação do público-alvo, ou da audiência. Nessa etapa, você precisa definir quem faz parte do seu público, quais são as características que você está buscando para que as pessoas sejam consideradas como potenciais clientes.
Depois de preencher as informações básicas, como grupos de interesse, sexo e faixa etária, chega a hora de escolher a localidade.
Nesse momento, é preciso analisar o seu negócio e a amplitude dele. Se a empresa é focada em um estabelecimento físico, não faz sentido trabalhar com um público de longo alcance. Já se as vendas não têm restrição, como no caso de um e-commerce, segmentar demais pode reduzir as possibilidades.
Se a empresa já tiver um banco de dados de clientes, faz sentido analisar a localização dos atuais clientes, procurando por um padrão. Se for encontrado e se for interessante manter uma concentração nesses lugares, podem estar aí as informações necessárias para gerar a audiência.
Em outros casos, não podemos nos esquecer das marcações do local pelo cliente. Se o seu estabelecimento recebe muitas pessoas, é interessante criar campanhas de incentivo para esse compartilhamento. Por exemplo, você pode ofertar cupons de desconto para aqueles que tirarem uma foto e postarem nas redes sociais. Além disso, você também pode obter depoimentos e avaliações do lugar, o que é muito benéfico na atração de novos clientes, mas sempre é importante ressaltar que essas estratégias podem ser aplicadas em diversos modelos de negócios B2C e B2B.

Como o marketing digital se associa ao geomarketing?

Já frisamos ao longo deste conteúdo que um dos diferenciais do marketing digital, se comparado ao offline, é o direcionamento e a possibilidade de segmentação do público. Neste ponto, entra o geomarketing. Ele é uma técnica que permite gerar mais inteligência para as ações e tornar as decisões mais eficientes.
Não há mais espaços para achismos e crenças em um mercado com tantos dados e análises. Hoje, os gestores precisam buscar fundamentos para tomar decisões, até porque as estratégias de marketing devem ser sempre testadas e otimizadas.
O geomarketing vem se mostrando um grande aliado ao marketing digital, mas é preciso usar essa técnica com planejamento e inteligência.
A utilização das campanhas de anúncios no Google Adwords pode ser bastante potencializada ao associar os dados geográficos do seu público. As campanhas criadas nas mídias sociais também podem ser alavancadas.
Outra estratégia importante do marketing digital que pode ser potencializada com os dados de localização é o e-mail marketing. Se você cria mensagens padronizadas para toda a sua base de leads, certamente os resultados não serão os esperados.
No entanto, se o e-mail marketing for criado levando em consideração algumas variáveis, como o nome da pessoa, os interesses dela e a localização, a probabilidade de sucesso da mensagem se torna bem superior. Uma ideia é usar a localização no próprio campo de assunto. Assim você já cria um elo com a persona e aumenta o interesse dela em abrir e conferir aquela mensagem.
Outra ideia interessante de utilizar o geomarketing para segmentar o público-alvo é oferecer condições especiais de frete para aqueles clientes da sua região. Sabemos que, quando falamos de e-commerce, o valor cobrado para a entrega dos produtos é um dos responsáveis pela desistência da compra. Então, seria interessante oferecer um cupom de frete grátis para os clientes locais, criando uma regra de valor mínimo para a compra. Esse é só um exemplo do que pode ser pensado para atrair mais consumidores usando os dados geográficos.

Quais são as tendências e novidades do geomarketing?

A exploração do geomarketing vem crescendo muito por causa da utilização massiva dos aparelhos celulares e da internet cada vez mais rápida. Como os aparelhos estão sempre conectados e os usuários têm o hábito de compartilhar os dados de localização, todas essas informações são armazenadas e é criado um rico banco de dados, que pode utilizado para diversas finalidades.
Uma das tendências para o futuro é conseguir utilizar o geomarketing para planejar a abertura de novas lojas físicas. Com o conhecimento do comportamento de consumo regional, o empreendedor pode fazer uma análise de capacidade local, verificando se é ou não viável o negócio naquela região.
Outro ponto importante é analisar o crescimento territorial dos seus concorrentes. A utilização dos dados de localização não somente sobre o seu negócio, mas de todo o mercado e concorrência, pode gerar maior previsibilidade e acompanhamento das ações. As decisões podem ser tomadas com maior rapidez e, novamente, embasadas em resultados.
Portanto, como vimos ao longo deste artigo, entender o que é geomarketing e começar a aplicar essa técnica é fundamental para qualquer empresa, seja um estabelecimento físico, um e-commerce ou mesmo um negócio B2B.
As empresas devem sempre buscar maneiras de armazenar, interpretar e analisar os dados do público e do mercado para gerar melhores ações, com resultados mais expressivos.
Mostramos algumas técnicas para utilizar os dados geográficos e as vantagens que essa prática pode gerar para a sua empresa. Agora você deve analisar o que é mais interessante para o seu negócio, para o público-alvo e para os objetivos que precisa alcançar.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Matriz BCG: o que é e como aplicar nas suas vendas


A matriz BCG foi criada na década de 70 e permite que os empresários e sua equipe analisem o desempenho de seus produtos no mercado de maneira gráfica. O assunto parece conhecido? Talvez você tenha lembrado desse artigo aqui, que fala sobre o ciclo de vida do produto, que faz uma análise parecida.
Apesar de os dois estilos de análise se parecerem bastante, o resultado de cada um deles é diferente, assim como os seus objetivos principais, como você vai ver adiante. Na maioria dos casos, uma análise complementa a outra.
Mesmo em produtos que estão tendo sucesso, em marcas que estão crescendo, é necessário se fazer alguns ajustes, em um esquema de melhoria contínua, como você viu aqui, neste artigo sobre o ciclo PDCA.
Em outros casos, quando um produto já não rende mais aquilo que rendia e já não tem nem mesmo o potencial de crescimento futuro, é necessário perder a pena e descartar ele sem dó. Infelizmente o mercado é assim.
É sobre momentos assim que se trata a matriz BCG. Ela vai ajudar você a entender em que momento está cada um dos seus produtos, e vai ajudar você a decidir qual o próximo passo você deve dar, com base no momento que ele está.
Uma grande vantagem da matriz BCG é que ela é de fácil uso e pode ser usada por qualquer pessoa que tenha produtos à venda e se interesse em entender de que maneira se pode aproveitar melhor o potencial de cada um dos seus itens à venda.
Outra grande vantagem da matriz BCG é que ela vai ajudar também no planejamento estratégico da sua empresa, assim como no planejamento de marketing dos produtos que ela disponibiliza.
Bom, vamos lá então. Vamos entender o que é a matriz BCG.

O que é matriz BCG

Matriz BCG é uma ferramenta que permite analisar de forma gráfica a posição que um produto ocupa no mercado e também a sua relação com os produtos dos concorrentes.
Esse método foi desenvolvido pela Boston Consulting Group – cuja sigla também é a origem do seu nome – nos anos 70 e, desde então, vem fazendo parte do dia a dia dos pequenos e grandes empresários.
O criador do sistema, Bruce Henderson definiu dois parâmetros para fazer a média da posição de mercado de um produto:
  • Crescimento de mercado e;
  • Participação relativa no mercado.
Como dissemos lá em cima, o objetivo de se colocar essas informações graficamente é facilitar a tomada de decisão e a aplicação de planos de ação em relação ao potencial de mercado e ao potencial futuro de cada produto.
Além disso, com esses dados em mão, fica muito mais fácil criar um plano de marketing eficiente para resolver questões ligadas ao produto em questão, além ficar mais fácil perceber se esse produto deve ou não ser retirado das prateleiras.
Você se lembra do que falamos sobre o ciclo de vida do produto, aqui neste artigo? Então, a matriz BCG ajuda também a perceber o que é necessário para reciclar esse ciclo de vida, como você vai ver adiante.
Por último, a matriz BCG vai ajudar você, ainda, a tomar pelo menos 4 decisões:
  • Construir: aumentar a participação do seu produto no mercado;
  • Manter: manter a participação de determinados produtos no mercado;
  • Colher: colher ao máximo todos os benefícios de cada produto que está no mercado;
  • Abandonar: excluir determinados produtos de seu portfólio.

Como fazer matriz BCG

Lembramos aqui que a matriz BCG foi pensada para empresas que já estão funcionando há algum tempo e já têm produtos no mercado há um relativo período. Isso porque, o esquema da matriz precisa de dados de vendas dos produtos que vão ser analisados para entender a que lugares do quadrante gráfico eles pertencem.
A matriz BCG separa esses produtos de acordo com o número de vendas e posição no mercado em quatro quadrantes. Assim:

Classificação de produtos na matriz BCG:

Embora algumas das categorias recebam nomes que podem parecer estranhos à primeira vista, as nomenclaturas de cada uma foram escolhidas para remeter exatamente ao que cada produto representa para a empresa, no seguinte esquema:
  • Estrela;
  • Vaca leiteira;
  • Interrogação ou Em questionamento;
  • Abacaxi ou Cachorro ou bichinho de estimação.
Como dissemos, cada uma das características-chave destes termos identifica a posição de mercado e de vendas de cada produto. Vamos às definições:
  • Estrela

Neste quadrante fica aquele produto que tem alta taxa de crescimento e também alta participação no mercado. São aqueles produtos que apresentam alta rentabilidade mas, apesar disso, exigem um alto grau de investimentos.
Esse alto grau de investimento é sustentado por suas próprias vendas. Como ele vende bastante pode receber investimentos em marketing e em propaganda para manter sua participação de mercado.
Estes produtos ainda não têm estabilidade no mercado mas tem todo o potencial para chegar a esse ponto. São os produtos que têm alta probabilidade de tomar conta do mercado no futuro.
Como o nome da categoria indica, estes produtos são as estrelas da empresa e, se eles se consolidarem no mercado, com certeza têm chances de se tornarem vacas leiteiras.
  • Vaca leiteira

São aqueles produtos que já estão consolidados no mercado e dos quais a empresa não pode abrir mão, pois são rentáveis  e têm alta participação no mercado. Como o mercado desses produtos já está consolidado eles exigem pouco investimento para continuar na sua posição.
São os produtos dessa categoria que mantém o planejamento orçamentário da empresa em dia, são os produtos que pagam as contas do negócio e permitem que o empreendimento tenha dinheiro para investir em novos produtos e serviços.
Apesar de estes produtos já não terem crescimento em termos de participação no mercado, eles possuem garantia de lucro certo e todos os empresários querem o maior número de produtos nessa categoria, já que os lucros são bons e constantes e os investimentos são baixos.
São as vacas leiteiras da empresa, uma vez que elas continuam “dando leite” apesar de receberem “pouca ração”.
Vale dizer que esse produto não nasceu nessa categoria. Ele provavelmente foi um produto estrela ou um produto Interrogação.
  • Interrogação ou Em questionamento

Os produtos que se encaixam na categoria Interrogação ainda não mostraram a que vieram. Geralmente são produtos inovadores ou que acabaram de entrar no mercado. Como muitas vezes podem ser produtos destinados a um nicho de mercado específico, o retorno ainda é baixo e demora a chegar.
Embora estejam cercados de incerteza, afinal podem se tornar lucrativos ou podem não se tornar. É com estes produtos que a empresa planeja a expansão de seu mercado já que uma empresa que não cresce e não inova tem grandes chances de desaparecer.
O investimento feito no desenvolvimento, na promoção e no plano de marketing dos produtos da categoria Interrogação, vêm da venda dos produtos que estão no quadrante Vaca leiteira.
  • Abacaxi

Os produtos da categoria Abacaxi também recebem o nome de cachorro vira-latas, bichinho de estimação ou, simplesmente, cachorro. São os produtos que representam problema, aquelas que já estão em declínio no mercado e devem ser descartados do portfólio da empresa.
Aqui no blog a gente usa o termo Abacaxi, afinal um bichinho de estimação não é descartável como sugere esta categoria.
Os produtos Abacaxi podem já ter passado por todas as outras categorias, entretanto, agora já não são mais considerados inovadores e o seu volume de vendas está muito abaixo do esperado. Além disso, a sua produção representa custos para a empresa, uma vez que o retorno financeiro é baixo.
Nesse caso, como as vendas são muito baixas, os investimentos em marketing e em reposicionamento no mercado já não valem mais a pena e a empresa vai ter que retirar esses produtos do seu catálogo.
O lado bom da situação é que uma vez que esse produto Abacaxi não vai mais sugar os recursos da empresa, vai sobrar capital para investir em novos produtos Interrogação. E, esses produtos Interrogação podem se tornar produtos Estrela e assim por diante.
Pronto, agora você já sabe as definições dos produtos e o quadrante a que cada um pertence. Agora vamos montar o gráfico:
  • O primeiro passo é montar um gráfico cartesiano. Ou seja, uma linha horizontal encostada em uma linha vertical em um ângulo de 90 graus;
  • Na linha vertical, marque uma contagem de 0 a 20%. A marca de 10% deve ficar no meio da linha vertical; esta linha vertical representa o Crescimento de Mercado em %;
  • Na linha horizontal você deve marcar uma graduação de 10x a 0,1x. No meio desta linha vai a marcação de 1,0. Esta linha representa a Participação Relativa no Mercado. A participação relativa no mercado é quantas vezes a mais ou a menos o seu produto vende em relação ao produto do concorrente;
  • Agora você deve traçar uma linha pontilhada saindo dos pontos centrais das linhas que você já desenhou: a partir de 10% na linha horizontal e 1,0 na linha vertical. Pronto, você tem um gráfico com 4 quadrantes;
  • O último passo é nomear cada quadrante com seus nomes correspondentes: o superior direito corresponde aos produtos Interrogação; o superior esquerdo pertence aos produtos Estrela; o inferior esquerdo pertence aos produtos Vaca leiteira e o último, o inferior direito, pertence aos produtos Abacaxi, como mostra a imagem:
Matriz BCG
Agora, com os dados a respeito dos seus produtos, como números de venda, projeção de vendas etc, vá encaixando os produtos nas categorias a que eles pertencem. Um bom sistema de gestão de empresas pode ajudar você no processo de coleta desses dados.
Depois disso, é a hora de estabelecer um bom plano de ação e tomar algumas decisões sobre o que você descobriu. Aqui no blog nós temos diversos modelos de planos de ação, como o diagrama Ishikawa, o 5W2H e o próprio ciclo PDCA.
Vamos às decisões:
  • Analise se vale a pena continuar investindo nos produtos Interrogação. Se você notar que vale a pena e que eles possuem, mesmo, potencial para se tornarem Estrelas e depois Vacas leiteiras, invista em marketing e em estratégias de venda;
  • Descarte os produtos Abacaxi ou venda eles para uma outra empresa. Eles representam perda de dinheiro;
  • Os produtos Estrela exigem grande investimento e possuem bastante concorrentes. Analise quais deles ainda estão valendo o investimento e trace planos para aumentar a participação deles no mercado;
  • Faça uma previsão de até quando seus produtos Vaca leiteira vão continuar estáveis e vendendo bem a baixo custo. Aproveite ao máximo esse período em que eles garantem bom retorno.
É claro que estas são apenas algumas dicas de estratégias, e você deve criar mais algumas pensando na realidade da sua empresa, que você conhece melhor do que ninguém.
Depois de analisar estas situações de perto, junto com seus sócios, decidam o que fazer e executem essas ações com a ajuda de seus melhores funcionários.  Depois, quando esse ciclo se encerrar, recomece, e continue investindo em um processo de qualidade de vendas cíclico e permanente.
Legal, não é? Se você gostou do assunto, não deixa de dar uma olhadinha no vídeo abaixo, que fala um pouco mais sobre o tema:

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

8 canais do YouTube indicados para os empreendedores


Capacitação, inspiração, dicas, mercado, metodologias, startups, desenvolvimento pessoal e depoimentos são os principais temas abordados nos vídeos.
Quem nunca quis montar, cozinhar ou solucionar algo e foi logo buscar um tutorial no YouTube? A plataforma está crescendo muito, especialmente com as oportunidades de dinamizar e acelerar o aprendizado, e nada mais justo que o empreendedor também se aproveitar dessa tendência. Para expor sua marca online? Talvez. Mas antes disso, para se capacitar com os milhões de vídeos que estão aí de bandeja e impulsionar ainda mais seus negócios.
Por isso, separamos oito canais do YouTube, brasileiros e estrangeiros, nos quais você precisa se inscrever o quanto antes:

1. Endeavor Brasil

O canal da Endeavor no YouTube tem um arsenal de vídeos de capacitação e inspiração em moldes diversos – pílulas, mentorias, webséries, palestras. Nas playlists, você encontra a divisão tanto por formato (Day 1, CEO Summit, Sonho Grande, Webinars e outros) quanto por tema. Isso sempre com grandes nomes de referência. Jorge Paulo Lemann, Abílio Diniz e Romero Rodrigues são alguns deles.
Dentre os vídeos mais assistidos, está o Day 1 de Robinson Shiba, fundador do China in Box. Dê uma olhada nessa história:

2. TV Sebrae

O Sebrae é um destino certo para donos de pequenos negócios se capacitarem. O canal divulga vídeos semanais que vão desde dicas curtas direcionadas a setores específicos (agronegócio, varejo de moda, turismo, e-commerce…) a webséries que tratam da dinâmica das economias locais ou mostram trocas de experiência entre empreendedores com algo em comum – como é o episódio do programa Afinidades abaixo.

3. Arata Academy

Seiiti Arata tem muitos anos de experiência dando cursos que passam por produtividade e gestão financeira. Há 3, ele passou a compartilhar conversas e mini-aulas também no YouTube, dando dicas de desenvolvimento pessoal, seja você empreendedor ou não.
Quer entender o impacto do Arata Academy? O vídeo abaixo, sobre liberdade financeira, traz desafios sensacionais e tem mais de 1,3 milhão de views.

4. Man in The Arena

O conteúdo do Man in the Arena também está em vídeo. São quase 100 entrevistas com diversos empreendedores e inovadores que contam suas trajetórias até suas empresas ganharem nome. Entre os últimos destaques, estão líderes de organizações como Uber, School of Life e Catarse. Saiba mais sobre eles em artigo sobre podcasts.
Veja a conversa com Marco Gomes, fundador da boo-box, empresa de publicidade recentemente adquirida pela FTPI Digital.

5. Inc. Magazine

A Inc é um bom caminho para começar a navegar nos canais estrangeiros. Em seu canal do YouTube, a revista reúne depoimentos de empreendedores gigantes como Mark Cuban (dono do Dallas Mavericks e investidor no programa “Shark Tank”), Elon Musk (SpaceX e Tesla) e Howard Shultz (Starbucks). Entre várias outros vídeos valiosos, uma série que vale conferir se chama Playbook: “aprenda fazendo – ou escutando daqueles que já fizeram”.
Para mostrar um pouco do que acontece por lá, conheça um hábito norturno de Marcus Lemonis (da série “O Sócio”, citada neste artigo) que faz seus dias renderem tanto:

6. Marie TV

“Crie um negócio e uma vida que você ame”. Com esse slogan, a apresentadora e coach Marie Forleo se propõe a responder questões do público com dicas para otimizar sua energia e fazer dos seus sonhos uma realidade lucrativa.
No vídeo abaixo, que tem mais de 400 mil visualizações, ela conversa sobre dominar o jogo do dinheiro, com o grande empreendedor e filantropo Tony Robbins.

7. Entrepreneur Magazine

Como a Inc, a revista Entrepreneur também aborda de tudo, do prático ao motivador. Os temas de capacitação são divididos entre playlists geralmente entituladas “How to:” (“Como fazer:”) e complementadas pelo assunto, que pode variar de finanças a redes sociais. A inspiração fica por conta de líderes globais e jovens visionários.

8. Kauffman FoundersSchool

Se você está à frente de uma startup e nunca viu um curso da Kauffman FoundersSchool, a recomedação é clicar logo. Todo o universo das metodologias lean, growth hacking e desenvolvimento ágil você escuta de gente que entende bem do assunto para poder transformar suas ideias em algo realmente grande.
Por exemplo: quer entender como fazer seu MVP direito? O empreendedor e professor Steve Blank, idealizador do customer development, explica nesse vídeo, que é o mais assistido do canal:
Feito em parceria com a Endeavor Brasil

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Embalagem pode definir a compra nos pontos de venda




A embalagem pode definir a compra de um produto nos pontos de venda. De acordo com especialistas de varejo, ela influencia o consumidor e pode determinar a sua escolha. Levantamento da Nielsen, por exemplo, mostra que cerca de 70% das decisões de compra são tomadas na frente das gôndolas, sendo que 50% destas são feitas por hábito. 
O estudo também mostra que o consumidor fica, em média, 15 segundos na frente de uma gôndola e foca sua atenção no máximo 1,6 segundo em cada ação no ponto de venda. Apesar da importância do design atrativo, a embalagem fala cada vez mais sobre o produto. Especialistas destacam que uma boa embalagem é aquela que, além do valor estético, transmite os valores da marca, a preocupação com a conservação do produto, respeita a legislação vigente e agrega sustentabilidade em seu processo de fabricação.
Entre os principais atributos de uma boa embalagem estão: despertar o desejo de compra, conservar adequadamente o produto, trazer informações sobre o produto, ser produzida de forma sustentável, oferecer praticidade, ser reciclável.
Fonte: Abre/Abal

4 Livros para entender o comportamento do consumidor

De um jeito ou de outro, sabemos que boas estratégias de marketing e publicidade conversam de forma mais profunda com o comportamento do consumidor. Afinal de contas, ao entender como o cérebro responde aos diferentes estímulos sensoriais da comunicação é possível traçar planos mais eficazes para impactar o público.
Pensando nisso e sabendo que existe uma grande oferta de informações relacionadas ao tema, hoje eu destaco para você 4 livros que vão te ajudar a entender melhor como funcionam as bases que regem nosso comportamento, tomada de decisão, e como isso se relaciona com as ações de mercado as quais somos expostos.
1 – O poder do hábito
Este livro é um grande marco da área de psicologia empresarial e foi escrito pelo repórter de negócios do NY Times, graduado da Harvard Business School, Charles Duhigg. Publicado em 2012, o livro te apresenta aos grandes princípios da neurociência que se relacionam com a formação de um hábito. O autor traz como referências estudos de caso da área de marketing que ajudam a tornar o seu conteúdo fácil e prático. Nas palavras do próprio autor, “vendendo uma nova música, uma comida ou um berço, a lição é a mesma: se você vestir uma nova coisa em velhos hábitos, é mais fácil para o público aceitá-la”.

2- Posicionamento: A batalha por sua mente.
Dos autores americanos Al Ries e Jack Trout, a ideia desse livro nasceu na década de 70, quando os dois iniciaram uma série de artigos para a revista Advertising Age, apresentando ao público o termo “posicionamento”. Isso gerou uma rica discussão sobre o lugar que um produto ocupa na mente dos consumidores, inclusive em relação a produtos parecidos e concorrentes. O livro foi publicado em 1981 e explicou a teoria dos publicitários sobre o papel do marketing nos negócios, o lugar de um produto na imaginação popular e a mudança necessária para que os consumidores prefiram um produto ao outro. Essa leitura ajuda a entender como o marketing e a psicologia se encontraram formando as bases para o que chamamos hoje de Neuromarketing.

3 – Hooked: How to Build Habit-Forming Products
Escrito pelo autor israelense Nir Eyal, o livro foca na forma como determinados produtos caem em uso popular. Com exemplos práticos, como Twitter e Pinterest, o autor aborda questões em torno do marketing de conteúdo e da experiência do usuário, explorando os fatores que resultam em produtos bem-sucedidos. Como seu conteúdo se baseia na criação de hábitos, esta opção é uma boa acompanhante do livro “O poder do Hábito”, indicado acima. Foi publicado em 2014 e até o momento, não possui edição em português.

4 – Foco
Escrito pelo psicólogo e jornalista Daniel Goleman, este livro aborda de maneira exemplificada os processos atencionais que ocorrem de forma implícita. Assumindo que a atenção se tornou um recurso escasso, o autor discorre sobre a importância do foco para aumentar a produtividade. O livro fala sobre os tipos de atenção, elementos distratores, processos bottom-up e top-down, entre outros, e te ajuda a entender o funcionamento da atenção e sua aplicação no dia-a-dia, tanto pessoal quanto profissional.

Estas foram as dicas de hoje para você começar a entender os processos por trás do comportamento do consumidor de forma prática, com leituras que trazem exemplos para facilitar o aprendizado. Entendendo melhor como nosso cérebro e nossa percepção funcionam, fica mais fácil trabalhar em ideias promissoras! Caso você não tenha visto ainda, este post aqui reúne outros 8 ótimos livros sobre Neuromarketing! Já conhece algum desses? Conta para gente!