quarta-feira, 4 de junho de 2014

Entre as 10 marcas preferidas dos brasileiros, apenas 3 são nacionais

 

O Boticário, Natura e Havaianas são mais amadas. Entre as estrangeiras estão Louis Vuitton e Nestlé. Preferências coincidem entre classes sociais em diversas categorias

Por Luisa Medeiros, do Mundo do Marketing | 03/06/2014

luisa@mundodomarketing.com.br


Entre as 10 marcas mais amadas pelos brasileiros apenas três são nacionais. Elas, entretanto, ocupam o topo do ranking, de acordo com uma pesquisa feita pela Officina Sophia. A lista aponta O Boticário como a campeã na preferência, seguida por Natura. A terceira marca nacional a aparecer entre as amadas é a Havaianas, que ocupa a quinta posição.
As estrangeiras estão presentes em maior número na admiração do público. Entre elas estão: Louis Vuitton, em terceiro lugar, Nestlé, em quarto, Prada ocupa a sexta posição, seguida por Rolex e Gucci, que ficam empatadas no sétimo lugar. A oitava entre as mais amadas é a suíça Mont Blanc. Na sequência aparecem Tommy Hilfiger e Samsung, como nona e décima mais citadas.
As preferências e relações de afetividade com as marcas podem surgir tanto pelo uso de seus produtos quanto pela aspiração. Essa proximidade ocorre quando a identificação entre consumidor e discurso da empresa produz uma sensação de pertencimento a um grupo.
Semelhanças entre classes sociais
A percepção emocional das classes sociais com relação às marcas é a mesma em quase metade das categorias avaliadas. Os consumidores que vão desde a classe C até a Classe A são unânimes ao apontar a Coca-Cola, por exemplo, como a marca mais amada de refrigerantes. Em artigos esportivos, todos os grupos citam a Nike como preferida. O mesmo acontece com a Sky, que é igualmente apontada pelos consumidores de diferentes camadas socioeconômicas como o melhor serviço de TV a cabo.
Entre as categorias em que a preferência não coincide estão os cosméticos.  As classes mais populares preferem O Boticário, enquanto as mais altas se identificam com a L’âncome. Para notebooks, os consumidores mais ricos preferem a Sony enquanto os demais escolhem a Apple.
Pesquisa, Ranking, marca, preferência, Officina Sophia, O Boticário, Natura e Havaianas.

A diferença entre o Marketing Digital B2B e B2C


 

Uma das ótimas indicações que já recebi do Eric Santos, CEO aqui na Resultados Digitais, foi o livro The Ultimate Sales Machine, do autor Chet Holmes. No capítulo 4 (disponível gratuitamente em inglês) é apresentado o conceito do Stadium Pitch, umas das sacadas mais geniais que já vi sobre vendas e marketing.
O autor identificou que para um mercado qualquer, o momento de compra dos clientes forma quase que um padrão. Segundo ele, apenas 3% do público está ativamente buscando opções e querendo comprar algo e cerca de 6-7% está aberto a propostas. O restante é apresentado na pirâmide abaixo:

Pirâmide - momento de compra

Na maioria dos eventos e publicações sobre Marketing Digital, o que costumamos ver são cases e dicas de grandes empresas que vendem para consumidor final (B2C). O problema é que essas técnicas são replicadas – normalmente sem sucesso – para empresas B2B. A pirâmide acima vai nos ajudar a entender a principal razão para esse fracasso.

O Marketing Digital B2C

Muita gente já deve ter ouvido falar de como a Dell vendeu mais de US$ 3 mi em notebooks nos EUA através seu perfil no Twitter e então tirou a conclusão que vender em 140 caracteres era a solução de todos os problemas.
O problema é que essa abordagem direta funciona apenas para o topo da pirâmide, ou seja, para os 10% que já estão comprando ou dispostos a ouvir. No exemplo acima, essa abordagem direta faz sentido em termos de números somente porque o mercado de interessados em notebooks é gigante e cíclico. Os 10% comprando agora ou dispostos a ouvir são um número mais do que suficiente para gerar um volume imenso de vendas.
Ainda, para muitos produtos B2C a demanda já é latente. As pessoas já sentem a necessidade do produto e basta um estímulo (ex. promoção) para que elas tomem a ação da compra. Cabe às empresas B2C criarem awareness e desejo dos consumidores pela sua marca, e depois garantirem que suas ofertas sejam “encontráveis” pelas pessoas que já estão neste estágio da compra. Claro, tudo isso sempre acompanhado de uma oferta competitiva.
Para marcas como a Dell, oferecer um atrativo (no caso, preço) é o suficiente para que a oferta se torne famosa e um percentual relevante de pessoas acabe comprando. Outro exemplo é o sucesso das compras coletivas, que reúnem boas ofertas em um único local e aceleram a compra por impulso.
Outro ótimo exemplo de Marketing Digital B2C no varejo brasileiro é a Netshoes. Seus links patrocinados e banners personalizados em sites de esportes são extremamente efetivos para gerar e capturar demanda.
Reparem que nos exemplos acima as empresas possuem canais de venda direta pela própria Internet. Há ainda uma infinidade de outras empresas B2C que estão longe disso e usam o Marketing Digital basicamente da mesma forma que no marketing tradicional (em TV, rádio, etc.): para gerar afinidade com a marca e demanda no ponto de venda.
Por isso vemos cases como o da página no Facebook do Guaraná Antártica ou histórias emocionantes como Eduardo e Mônica, da Vivo. Nesse caso, é tudo uma grande aposta, já que há pouca mensuração de quanto uma ação desse tipo de fato contribui para vendas.
Cabe aqui uma observação importante: vendas B2C mais complexas, como por exemplo apartamentos, carros e investimentos financeiros, tendem a ser mais racionais e podem ser tratadas da mesma forma que o Marketing B2B, que vemos a seguir.

O Marketing Digital B2B

Em B2B geralmente acontece o contrário. Os produtos têm uma venda complexa e ciclo mais longo. Como a demanda concreta e um mercado consolidado muitas vezes nem existe, cabe às empresas vendedoras atuarem como evangelistas da solução.
Voltando à pirâmide, também podemos pensar no seguinte: o número de pessoas querendo tomar refrigerante ou comprar computador é incomparavelmente maior que o número de empresas contratando uma consultoria ou um software de CRM, por exemplo. Assim, focar na venda direta para o topo da pirâmide já não alcança um número muito alto de clientes.
A situação é ainda pior se lembrarmos que as vendas B2B não são levadas pela emoção, diferentemente de B2C. Há muito mais risco, pessoas, pesquisas e análises envolvidas no processo, o que torna a confiança no fornecedor essencial.
Como alcançar então um percentual maior da pirâmide e ao mesmo tempo gerar mais credibilidade? É aí que entra a grande sacada do Stadium Pitch. Holmes convida os leitores para responder à seguinte pergunta: imagine um estádio inteiro cheio com os seus potenciais clientes e que você tivesse a oportunidade de falar para todos eles por alguns minutos. O que você falaria?
Grande parte das pessoas responde apresentando a história ou os benefícios do seu produto/serviço, ou seja, fazendo a venda direta. O problema é que basta começar a falar isso e 90% da pirâmide se levanta e vai embora.
Por esse motivo, o seu discurso – e inclua aí o seu blog, Twitter e Facebook, etc. – deve ser centrado em oferecer conteúdo útil para o cliente, independentemente do momento de compra que ele esteja. É preciso falar algo interessante para a pirâmide toda continuar ouvindo.
Não é à toa que você vai ler em nosso blog, por exemplo, posts sobre como aumentar a geração de Leads e vendas através do marketing digital, mas não vai encontrar um post sobre as funcionalidades e benefícios do nosso software. Esse conteúdo educativo, relevante e capaz de ajudar as empresas de nossos leitores tem um potencial muito maior de atrair e reter pessoas em todos estágios da pirâmide.
Também é importante usar o Marketing Digital para relacionamento com os potenciais clientes. Assim é possível criar credibilidade ao longo do tempo e ser lembrado como referência quando chegar o momento da compra pelo cliente.
Por fim, outro efeito benéfico dessa estratégia é acelerar o processo da venda. Ao fazer esse trabalho de educação e evangelização, os clientes movem mais rápido da parte de baixo para a parte de cima da pirâmide.
Obs.: O livro citado apresenta apenas a pirâmide e a abordagem indireta de vendas. A implicação disso nas diferenças entre B2B e B2C é uma adição minha.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Qual o impacto do seu estilo de vida em seu bolso?

 

Não sei dizer se é causa ou consequência, mas somos bombardeados a cada minuto com novas informações, propagandas, produtos novos, produtos indispensáveis, produtos encantadores, produtos...

Felipe Araujo,


Estamos vivendo a era da informação, da agilidade, da prontidão. Se algo demorar dois minutos a mais do que o normal, já entramos em estado de estresse, nervosismo, temos tremedeiras e outros sintomas cada vez mais comuns nas grandes cidades. Estamos sem paciência. O imediatismo já toma conta de muitas pessoas e isso não é bom para um pilar de nossas vidas muito importante: as finanças pessoais.
Não sei dizer se é causa ou consequência, mas somos bombardeados a cada minuto com novas informações, propagandas, produtos novos, produtos indispensáveis, produtos encantadores, produtos... Espere um momento. E lá vem a primeira pergunta em minha cabeça: Será que eu tenho mesmo que comprar esse produto? E logo vem a segunda: Ele é tão indispensável que eu não possa viver sem ele? E a terceira: Mesmo que isso seja útil, eu preciso dele agora?
Aproveite, respire fundo... Mais uma vez. Essas perguntas vieram em um momento de paciência. E irei mostrar como esses momentos podem salvar os nossos hábitos financeiros.

Um passeio pelo shopping

Ao se levar pelo impulso das informações que temos em todos os lugares, acabamos fazendo o que não queremos. Um exemplo muito comum: um passeio no shopping. Normalmente, ele se torna algo maior, uma tarde de compras. Uma pessoa resolve sair um pouco, mudar de ambiente e decide ir ao shopping para passear, um programa que distrai e não gasta dinheiro.
Ao chegar ao shopping, cartazes, outdoors e propagandas gigantes atacam sua visão e pode ser que uma delas atraia a atenção dessa pessoa. Ela olha, acha legal, visualiza-se usando um daqueles itens da loja até que se convence de que não pode deixar passar. Qual é o problema? Ela pode parcelar, Só que para usar aquele item, vai precisar complementar com aquele outro. Então, vai naquela loja X, porque na semana passada ela viu exatamente o produto que vai combinar com o primeiro. Mas agora deve parar, não está sobrando tanto para gastar assim no shopping.

Previsto x real

Em educação financeira, é muito comum comparar o previsto com o realizado, para saber se o que foi planejado está sendo cumprido. Vamos refletir sobre o exemplo acima:

Previsão 1: PASSEAR NO SHOPPING
Realizado 1: COMPRAS FEITAS NO SHOPPING
Previsão 2: NÃO GASTAR
Realizado 2: GASTOS
Previsão 3: TER CONTROLE SOBRE O IMPULSO DE COMPRAR
Realizado 3: CONTROLADO PELO IMPULSO DE COMPRAR
Resultado: Você faz o que não quer, compra o que não precisa com o dinheiro que não tem.
Armadilhas do atual estilo de vida
O exemplo acima mostra que existem algumas armadilhas que nos atraem e que se não tivermos o controle sobre as nossas vontades, facilmente seremos capturados por elas.
ARMADILHA 1 – AS MARCAS VÃO PROVAR QUE VOCÊ TEM QUE TER O PRODUTO DELES
As marcas irão provar que você precisa do produto que elas estão oferecendo e vão provar que é melhor do que o do concorrente. Isso é ótimo, pois estimula a concorrência a fabricar produtos cada vez melhores e mais competitivos para a sociedade. O problema está em quando você não precisa do produto, mas mesmo assim compra.
ARMADILHA 2 – AS FACILIDADES APRESENTADAS PELAS LOJAS
Hoje é possível comprar um produto de diversas formas. E com certeza uma delas estará disponível quando você encontrar algo de que goste. Cartões, cheques, limites especiais, descontos e muitas outras. É preciso ter cuidado nessa hora, principalmente com limites de cheque especial e cartões de crédito. É comum as pessoas pensarem que aquele dinheiro está disponível, porém o que acontece é que você acaba pegando emprestado esse dinheiro do banco por uma taxa de juros absurda. E claro que o banco adora que você faça isso. Em alguns casos você paga até 2 vezes mais do que o produto vale. Isso com certeza não é uma boa compra.
ARMADILHA 3 – PADRÕES IDEAIS DA SOCIEDADE
Tudo o que é apresentado no mercado gera uma tendência que favoreça o consumo de certo produto, serviço ou até mesmo uma imagem. E é comum encontrar pessoas que tentam se parecer com outras usando o mesmo tipo de roupa, os mesmo acessórios, o mesmo corte de cabelo. Mas em alguns casos isso pode levar ao exagero e você acaba entrando em um estilo de vida que não pode sustentar. Liberte-se, crie o seu próprio estilo, seja você mesmo e, com o que tem, você será mais autêntico e isso não tem preço.
O resultado no bolso
Todas essas armadilhas impactam um único lugar, seu bolso. E seu bolso impacta muitos aspectos de sua vida. Portanto, essas armadilhas podem prejudicar muitos aspectos de sua vida. Entende a importância de ter o controle sobre os gastos impulsivos e sem planejamento? Dica: antes de cair nas armadilhas, entre no estado de paciência e pergunte-se: Eu preciso mesmo desse produto? Ele é realmente indispensável, como o vendedor está me dizendo?
A partir do treinamento desse hábito, você muda o estilo de vida e o resultado disso é grande e sólido, diferente do estilo atual que estamos vendo todos os dias, superficial e imediato.

6 palavras que você deve banir do seu vocabulário

 

Se você ainda não está ciente do poder que as palavras exercem sobre seus potenciais clientes, pense no que eles leem em suas páginas da internet. Há muitas palavras com conotações negativas?

Redação, Administradores.com,


Palavras são armas poderosas e o uso errado de algumas delas pode acarretar problemas para sua companhia ou marca. Se você ainda não está ciente do poder que as palavras exercem sobre seus potenciais clientes, pense no que eles leem em suas páginas da internet. Há muitas palavras com conotações negativas?
O Business Insider listou seis que você deve banir do seu vocabulário. Confira abaixo:
"Na verdade" e "mas"
Carolyn Kopprasch, executiva do Buffer, recentemente disse que quando se trata de atendimento ao cliente, palavras inofensivas podem criar uma grande distância entre você e seu cliente. Como exemplo, ela cita: "Na verdade, você pode fazer isso em 'Configurações'". Assim, você parece dizer que o cliente estava errado sobre alguma coisa. Já para a palavra "mas", ela diz que remover essa preposição ajuda na fluidez do discurso e a torna mais positiva.
"Apenas"
Essa palavra soa sempre, não importando o contexto, como negativa. Como, por exemplo, em: "Você pode esperar apenas um minuto?" Parece que você tem outras coisas mais importantes em vez de ajudar aquela pessoa.
"Sempre" e "nunca"
Ambas são palavras limitantes. Afirmar veementemente que você nunca ou sempre vai fazer algo pode soar negativamente dentro do contexto de uma conversa com clientes em potencial, desencorajando-os a contribuir com novas ideias - mostra que você tem uma visão de mundo limitada e não está aberto a novas opções.
"Deveria"
É claro que há coisas que você poderia fazer de forma diferente, mas não é por isso que deva ficar se julgando. Passar tempo demais pensando nas possibilidades do que poderia/deveria ter acontecido pode causar pensamentos negativos que não ajudam na sua ascensão profissional.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

7 erros comuns que inviabilizam o bom marketing em vendas diretas

 

Postado por Marcelo Alves - 02/06/2014
           
Ainda que seja uma atividade consolidada, e que a cada ano vem permitindo a adoção de um novo canal de distribuição para os segmentos mais diversificados de mercado, o Marketing da venda direta não está isento de ser distorcido por práticas que podem inviabilizar toda uma operação comercial.
Podemos destacar aqui os sete erros mais comuns na implantação de uma operação de venda direta, consequência de desconhecimento e até mesmo descaso para com os pilares desse modelo de negócio:
1) Gap entre o discurso comercial e os processos de Marketing adotados pela empresa
A fim de criar uma operação “alinhada” ou copiada dos demais players do mercado, sem a necessária sustentação, alguns negócios são criados a partir da crença distorcida de que práticas clássicas adotadas por grandes empresas, como os processos de responsabilidade socioambiental e a divulgação de indicadores de qualidade no ambiente de trabalho não passam de discurso, deixando de refletir em seu processo interno a realidade sinalizada em sua estratégia de comunicação. Não apenas o mercado e os consumidores rapidamente identificam isso, como a própria equipe de colaboradores inevitavelmente espelhará essa triste realidade em sua conduta perante o mercado e os clientes.
2) Incoerência entre as metas e expectativas de resultado em relação aos recursos operacionais disponibilizados para equipe interna
Muitas empresas orgulham-se em adotar um processo de estabelecimento de metas e projeção de resultados agressivos, apoiados por critérios rigorosos de cobrança desses resultados, sem se preocupar em garantir uma operação bem azeitada e gerenciada, a partir de processos igualmente rigorosos e criteriosos de produção, e controle de processos, inclusive no que tange à gestão e reconhecimento de resultados.
3) Desconsiderar o poder de uma estratégia de branding
O acesso aos recursos de marketing, que ajudam a criar e disseminar uma cultura de marca forte, transparente, confiável e alinhada com as necessidades e expectativas dos consumidores, está cada vez mais fácil, justamente devido à ampliação do entendimento desse importante processo dentro dos fluxos relacionados ao marketing das empresas dos mais diferentes segmentos e portes. Essa demanda crescente e as facilidades propiciadas pela tecnologia derrubam por terra a procrastinação para contratar um trabalho profissional que crie uma marca focada na solidez e nos reais atributos da empresa.
4) Falta de integração entre os processos que deveriam ser relacionados entre si
Muitos negócios de venda direta se perdem no caos de suas operações, pois infelizmente já nascem da expectativa, pelos seus criadores, de que as áreas podem, por autonomia, experiência e formação acadêmica de seus quadros, resolver sozinhas questões críticas e estratégicas que deveriam ser moderadas pelos criadores do negócio, reforçando continuamente suas crenças, valores, missão e visão, sem perder o foco no “apagar de incêndios” que se tornam a cada dia mais constantes, em consequência da sensação de distanciamento dos colaboradores e suas atividades, em  relação ao negócio-fim e às expectativas dos gestores do negócio.
5) Desvalorização do investimento em capacitação de pessoas
Como um complemento ao “erro número 4”, essas organizações colocam em segundo plano os investimentos em capacitação e educação continuada de seus colaboradores, criando um negócio no qual o conhecimento se perde e/ouse desatualiza, enquanto a empresa passa a ser constantemente atingida pelos movimentos dos concorrentes que valorizam a melhoria das práticas de trabalho a partir da capacitação de suas equipes, preparando-as para os desafios e mudanças tecnológicas e de comportamento brutais às quais o mercado atualmente está sujeito.
6) Ausência de lideranças internas comprometidas com os pilares do negócio
Como mais uma variável integrada aos “erros 4 e 5”, um negócio de venda direta definitivamente não sobreviverá, se além de não alocar processos de gestão voltada a integrar os processos e atribui-los a pessoal capacitado for incapaz de identificar e desenvolver lideranças internas que dominem os processos, conheçam a empresa, o negócio e seu mercado, de forma a conduzir todas as equipes internas (comercial, sistemas, operação, recursos humanos, comunicação, logística e financeiro) no mesmo sentido e em conformidade com as diretrizes e expectativas dos fundadores.
7) Desconhecimento da diferença entre o marketing de produtos e o marketing do canal na venda direta
Já abordamos esse conceito anteriormente, pois é uma característica que não pode ser negligenciada, e que é uma característica gravada no DNA de qualquer operação que atue no marketing de venda direta: é necessário desenvolver processos e estratégias diferentes para a divulgação e gestão do ciclo de vida e venda de produtos, na mesma medida em que é necessário alocar uma gestão específica e diferenciada para o canal de venda direta, que, tratado como um “produto”, irá se desenvolver, expandindo a atratividade da oportunidade perante potenciais revendedores, aumentar sua eficiência em relação ao ticket médio dos clientes fidelizados e garantir menos esforço na captação de novos membros, pois a competência nos processos de reconhecimento e remuneração indireta desse público garantirá sua permanência e comprometimento inclusive em trazer novos membros, quase que por inércia.
Em um ano conturbado, no qual as empresas chegam à virada do primeiro semestre lutando pelos resultados diante dos desafios de se manterem produtivas, ao competir pela atenção e confiança dos consumidores sob o bombardeio midiático originado pelos movimentos populares, como a Copa do Mundo e a corrida eleitoral, evitar esses erros pode fazer muita diferença para ingressar em um segundo semestre de forma mais estável e competente.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Conar determina mudança em propaganda com Compadre Washington

 

O órgão considerou a presença da palavra “ordinária” desrespeitosa às mulheres

Redação, Administradores.com,
 
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) determinou que um trecho da propaganda estrelada por Compadre Washington para o site Bom Negócio seja alterado. De acordo com o G1, o órgão considerou a presença da palavra “ordinária” desrespeitosa às mulheres.
No vídeo, o cantor desaparece antes de falar a palavra por inteiro, mas o Conar avaliou que ela fica "perfeitamente compreensível" para o público. O Conar declarou que recebeu mais de 50 reclamações, feitas por homens e mulheres contra a propaganda.
A empresa pode recorrer, porém a determinação tem efeito imediato, ou seja, o comercial deverá ser alterado para continuar sendo veiculado. Já o site Bom Negócio informou que aguardará notificação do órgão para tomar as devidas providências.
O filme ficou famoso por relembrar bordões de Compadre Washington, que rementem à banda "É O Tchan", sucesso nos anos 1990. Frases como "Sabe de nada, inocente" e "Êta, mainha" também aparecem no vídeo. 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

5 tendências para o segmento de shopping centers

 

Empreendimentos comerciais deixaram se ser ambientes apenas para compras e se transformaram em pontos de encontro. As vendas são apenas consequência

Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 28/05/2014

renata.leite@mundodomarketing.com.br


É de se espantar que, décadas atrás, os shopping centers tenham se questionado quanto aos ganhos de se inserir salas de cinema nos empreendimentos. Na época, muitos lojistas e gestores pensavam que poderia ser um desperdício disponibilizar uma vaga do estacionamento por algumas horas para uma pessoa que permaneceria durante esse tempo sentada diante de um telão sem comprar nada. Hoje, no entanto, o pensamento se inverteu. Cada vez mais os centros comerciais percebem as vendas como consequência de uma experiência muito mais abrangente.
Esse movimento é resultado de uma mudança no comportamento do consumidor, que deixou de enxergar os shopping centers como um simples conjunto de vitrines e ofertas. Os empreendimentos se tornaram importantes espaços de convivência. O público procura esses locais para trabalhar, se encontrar com amigos, comer, se divertir e, por que não, comprar. A primeira tendência apontada nas palestras do Recon 2014 – evento mundial do segmento que aconteceu entre os dias 13 e 22 deste mês em Chicago e Las Vegas, nos Estados Unidos – refere-se à necessidade de se contar com bares, restaurantes gourmet e entretenimento para se conquistar clientes.
São justamente esses atrativos que mantém o público por mais tempo dentro do empreendimento. “A expressão Shoppping Center, em sua tradução literal de centro de compras, já não representa mais o que realmente são esses espaços. Eles são hoje um social hub, um local procurado pelas pessoas para socialização, onde elas querem passar bons momentos, se distrair e ver as novidades. Isso está levando mudanças grandes para a arquitetura, o mix de lojas e a conveniência que os shoppings oferecem aos consumidores”, explica Luiz Alberto Marinho, Sócio-Diretor da GS&BW, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Novos formatos
O especialista participará do evento Pós-Recon, organizado pela consultoria, na próxima quinta-feira, dia 29 de maio, em São Paulo. Lá, ele contará o que viu nos Estados Unidos, onde, ainda mais do que aqui, os shoppings se aparelham com áreas de descanso, restaurantes e espaços de entretenimento para receber as pessoas com mais comodidade e serviço. “A intenção é de que elas fiquem por mais tempo dentro do empreendimento e consequentemente acabem comprando”, resume Marinho.
A segunda tendência já clara nos Estados Unidos e em mercados mais maduros é a diversificação dos formatos de shoppings. Ganharam espaço nos últimos anos os modelos de vizinhança, os outlets e empreendimentos temáticos, focados em determinados segmentos de consumo. Há também os shoppings ancorados por conjuntos residenciais e aqueles que mesclam lojas tradicionais com escritórios de empresas, os chamados multiuso.
O destaque no Brasil ainda são os shoppings tradicionais, que respondem por 83% do total de centros comerciais, mas já existe um movimento que aponta para mudanças nesse perfil. Os novos empreendimentos estão sendo construídos de modo a aproveitar o potencial da combinação de vocações em um único lugar. Um exemplo é o Palladium Shopping Center, localizado em Curitiba, no Paraná. Inaugurado em 2008, o espaço com 182.400 metros quadrados e três pavimentos é ligado a prédios comerciais por uma entrada localizada dentro do centro comercial.

No lugar das praças
O ponto de encontro conta, por exemplo, com uma área administrativa do Banco do Brasil e com laboratórios médicos. “O Palladium já foi projetado no conceito multiuso. Não é só um centro de compras. Hoje, as pessoas não precisam ir a um shopping necessariamente para comprar. Existe uma relação com a falta de espaços comuns nas cidades, como as praças, que não têm conforto, nem segurança, atributos que passaram a ser oferecidos pelos shoppings”, pontua Maria Aparecida de Oliveira, Gerende de Marketing do Palladium Shopping Center, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Surge, nesse contexto, a terceira tendência de novas atrações cumprirem o papel de âncoras nos centros comerciais, dividindo essa função com as tradicionais grandes lojas de departamento e com as marcas fortes. No Palladium, um curso de inglês é um dos responsáveis por grande parte do fluxo de clientes no estabelecimento. Além dos próprios alunos, ele atrai para o local os pais, que muitas vezes ficam aguardando o término da aula caminhando pelos corredores e, adivinha, comprando.
Ofertas de entretenimento também ganham destaque. O Shopping The Linq, em Las Vegas, é ancorado por uma roda gigante. Do alto dela, é possível admirar a vista panorâmica de boa parte da cidade. Seguindo essas tendências, as lojas também investem em experiências diferenciadas, oferecendo serviços os mais inusitados.
Valor do design
A quarta tendência é o investimento em design. Já não basta ter um grande bloco de concreto com diversas marcas dentro para satisfazer o consumidor. Ele está atrás de um ambiente agradável, diferenciado e confortável. “Já existem shoppings decorados com obras de arte e que investem em arquitetura, com atenção para a iluminação e os jardins. Num primeiro momento, chegou-se a pensar que os estabelecimentos fechados iriam acabar, permanecendo apenas os abertos, mas hoje vemos que a arquitetura dos shoppings não tem um modelo único. Ela precisa apenas se adequar ao público-alvo”, ressalta Marinho, da GS&BW.
O Pátio Savassi, em Belo Horizonte, foi construído há 10 anos com áreas abertas, o que influencia sua vocação. O estabelecimento é hoje muito procurado por jovens e conta com cafés em todos os pisos, incentivando a reunião de amigos. “Estarmos num polo cultural nos levou a nos apropriarmos da questão. Temos um anfiteatro no shopping e fazemos diversos eventos com música. Eles são importantes para trazer a família e criar vínculos com os clientes”, relata Rejane Duarte, Gerente de Marketing do Pátio Savassi, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A oferta crescente de serviços nos shoppings, sejam eles culturais ou não, é a quinta tendência percebida no mercado. As praças de alimentação ganharam importância nos empreendimentos, ao longo dos anos, da mesma forma que itens hoje indispensáveis, como estacionamento amplo e coberto, fraldário e espaço para amamentação. Ambientes voltados para crianças também se tornaram fundamentais para distrair os pequenos enquanto os pais vão às compras.
Desconto no estacionamento
Oferecer diferenciais no serviço é tão importante a ponto de alguns estabelecimentos abrirem mão de parte de receitas importantes para isso. Para estimular a ida de clientes ao Shopping Grande Rio, no Rio de Janeiro, na hora do almoço, o empreendimento reduziu o valor do estacionamento no período. Quem for ao local e consumir no mínimo R$ 15,00 em lojas participantes do segmento de alimentação pagará apenas R$ 3,00 na tarifa. A ação é válida de segunda a sexta-feira, das 12h às 15h (exceto aos feriados).
O mercado brasileiro, embora já esteja atento à maioria dessas tendências, ainda engatinha se comparado com a realidade de países como os Estados Unidos, onde já existem mais de 100 mil shoppings, ante os nossos cerca de 500 daqui. “Lá, esse segmento vem se desenvolvendo desde 1922, enquanto nós temos apenas 45 anos de centros comerciais. Ainda temos um espaço enorme para crescimento e veremos muitos novos empreendimentos serem abertos”, analisa Marinho.
Nos últimos anos, o país assistiu a um movimento de expansão das redes e de lançamento de novas unidades em áreas mais remotas, distantes do tradicional eixo Rio-São Paulo. “Estamos vivendo um momento interessante de democratização e expansão para outras cidades. Eu mesmo estive em Roraima, Sobral, Macapá, Porto Velho. É bom ver as mudanças que os shoppings estão levando para essas regiões. Vi recentemente, por exemplo, um Shopping de Alagoas levar o primeiro McDonald’s para a cidade”, lembra Marinho.
Assista à entrevista de Marinho à TV Mundo do Marketing.