sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Marketing Industrial

 

28 12 2011
 
Desde o dia no qual os conceitos dos 4 Ps do Marketing me foram apresentados eu comecei a testar a sua aplicabilidade no marketing industrial.
Me refiro a marketing industrial como a estratégia, a venda e o pós-venda de produtos de base tecnológica ofertados a indústrias que utilizarão esses produtos em seus processos produtivos.
É abundante a literatura onde o Mix de Marketing, ou 4 Ps, podem ser aplicados ‘sem contra indicações’ como, marketing para bens de consumo, marketing de varejo ou mesmo marketing B2B (business-to-business, também focado na venda de bens de consumo, só que entre empresas).
Não que o Mix de Marketing não possa ser aplicado ao marketing industrial, mas a questão é quanto as suas limitações, o que se transformou em uma pesquisa que venho desenvolvendo nos últimos anos.
Baseado no livro Industrial Marketing Strategy de Frederick E. Webster Jr, temos as principais diferenças entre o marketing para produtos industriais e o marketing para bens de consumo:
  1. A adoção de um produto industrial tem como objetivo o aumento do lucro;
  2. Produto deve estar alinhado com as necessidades do cliente: Operações, Estrutura, Competitividade, Produtividade e Processo Produtivo;
  3. Alto grau de interdependência entre vendedor e comprador;
  4. Os serviços associados ao produto são, muitas vezes, mais importantes que o produto em questão;
  5. Complexidade do produto;
  6. A adoção de um novo produto poder afetar toda a estrutura da empresa.
Quanto ao primeiro e segundo item questiona-se, por exemplo, a baixa correlação entre preço e volume de venda, ou seja, a baixa influência que a empresa vendedora tem sobre a demanda de produtos industriais de seus clientes. Uma campanha publicitária ou preços promocionais irão fazer uma indústria de manufatura adquirir mais máquinas ou equipamentos para seu processo produtivo?
A interdependência entre o vendedor e o comprador pode ser explicada através do conceito no qual o vendedor de produtos industriais só terá sucesso se a empresa compradora obtiver sucesso na aplicação do produto industrial em questão. Isso caracteriza uma venda consultiva, pouco comum em bens de consumo. Também podemos dizer que a Pirâmide de Maslow não é capaz de representar a motivação de compra neste caso e o conceito de compras impulsivas é dificilmente aplicado.
Sobre quarto item podemos citar um dos 4 Ps, ‘Place’, Ponto de Venda ou Logística. É pouco provável que uma empresa industrial adquira produtos para seu processo produtivo de uma empresa que não apresente uma estrutura capaz de atender suas necessidades de assistência técnica, treinamento, suporte técnico e pós-venda. Outra característica da venda consultiva é a proximidade e o relacionamento entre vendedor e comprador.
Outro ponto importante é que muitas aplicações industriais são regulamentadas por normas ou padrões industriais (ISO, ABNT, UL, ANSI, IEEE, DIN, etc) o que praticamente define as características e/ou funcionalidades dos produtos.
Sendo assim fica claro que o Mix de Marketing deve ser trabalhado para atender as necessidades do cliente, no entanto a margem de manobra para o Preço, Logística, Produto e Promoção (Price, Place, Product, Promotion) é muito pequena para criação de planos de marketing desafiadores que uma vez implantados apresente resultados significativos.
O quinto e o sexto item representam os pontos inexplorados pelo Mix de Marketing como:
  • Difusão Tecnológica: Como empresas e profissionais adotam novos produtos e novas tecnologias;
  • Ciclo de Vida Tecnológico: Embrionário, Emergente, Adolescente e Maduro;
  • Gestão de Mudanças;
  • Perfil de Risco das Empresas.


Obs.: Influências ambientais como, economia, política, legislação, sociedade, meio-ambiente e competição, devem ser observadas em qualquer plano de marketing, seja ele industrial ou bens de consumo.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Diante de tantas explicações sobre o assunto, fica cada vez mais difícil saber o que realmente significa o termo 'Empreendedorismo'

 


Eu vejo constantemente publicações, artigos, livros, textos e uma ampla miríade de conhecimento desenvolvido sobre o tema empreendedorismo, nas mais diversas áreas e mídias, algumas fidedignas, outras, nem tanto. A segmentação do assunto parece não ter fim: empreendedorismo corporativo, empreendedorismo social, empreendedorismo em empresas familiares, empreendedorismo étnico, empreendedorismo de start-up, e assim por diante.
Diante de tantas explicações sobre o assunto, fica cada vez mais difícil saber o que realmente significa o termo 'Empreendedorismo'. Eu mesmo me vejo, em algumas situações, com dúvidas cruéis sobre a legitimidade da presença de alguns termos nas definições que vejo, e o pior é que não consigo perceber nenhuma tendência de se chegar a um consenso em torno de uma definição única.
Assim, prefiro seguir o caminho contrário e procurar aqui definir o que eu não considero empreendedorismo. Desta forma, posso dar espaço para que cada um construa sua própria definição, numa atitude mais democrática e mais condizente com o que o ensino do empreendedorismo deve ser: a construção do conhecimento ponderado pela união entre próprias convicções e informações externas, dando o máximo de liberdade de interpretação e contribuindo para ampliar ainda mais as distintas visões sobre o tema.
Empresários

Esta é a primeira e mais comum confusão que se criou nesta profusão de nomenclaturas. Muitas definições colocam empresários e empreendedores como sinônimos, quando, na verdade, o empreendedor é mais do que um empresário. Qualquer cidadão que abre um negócio é, a rigor, um empresário.

Um empreendedor, por outro lado, vai além, constrói uma organização de sucesso com base em ousadia, determinação, criatividade, relacionamentos, realizações, autoconfiança, flexibilidade e visão. O empresário que não possui pelo menos metade destas características não pode ser considerado um empreendedor.

Quem abre mais uma padaria ou posto de gasolina, sem ter vislumbrado uma oportunidade, sem ter construído uma sólida e factível visão do futuro ou se preparado para toda e qualquer vicissitude que encontrar no caminho, pode ser um empresário, mas dificilmente o consideraria um empreendedor.
Franquia

Ainda que seja possível ver um empreendedor conduzindo uma franquia, acredito que a franquia representa um tipo de modelo de negócio que afasta, ou deveria afastar, o verdadeiro empreendedor pelo simples motivo que uma franquia limita uma das coisas que o empreendedor mais preza: a liberdade.

Com maior ou menor grau, todas as franquias oferecem como benefício aquilo que o empreendedor enxerga como restrição: Identidade visual, padronização de metodologia e processos, cadastro único de fornecedores, políticas de preços uniformes, infraestrutura centralizada, marca e imagem, além de outros elementos que, no conjunto, trazem a segurança de um modelo de negócios já testado e, provavelmente, com riscos bastante reduzidos.

Um empreendedor pode até colocar a experiência de franqueado como uma etapa de seu processo de aprendizado, mas dificilmente vê uma franquia como seu objetivo final.
Herança

Empresas familiares podem ser de dois tipos: Aquelas originadas pelo empreendedor como fundador e aquelas que foram entregues já constituídas para as gerações seguintes. Posso afirmar com certa segurança que verdadeiros empreendedores se preocupam mais com a sustentabilidade do seu negócio no longo prazo do que a lucratividade por si só. Este fato já pode aumentar as chances de vermos sucessores empreendedores à frente de negócios de sucesso criados por uma ou mais gerações anteriores.

Empreendedores formam (ou melhor, 'forjam') empreendedores para dar continuidade aos seus negócios, mesmo que estes não sejam seus sucessores diretos, ou sequer familiares. Entretanto, ainda é grande o número de herdeiros que se dizem empreendedores sem saber que não detém as qualificações que colocaram o fundador à frente do processo de criação e desenvolvimento da organização que assumiu.
Líderes

Também existe uma grande confusão em torno das definições de empreendedores como líderes. Líderes são diferentes de empreendedores. Alguns tipos de empreendedores podem ser influentes, cativantes, capazes de mobilizar pessoas em torno de causas comuns, viabilizar grandes realizações através de equipes, compreender e explorar o que existe de melhor de cada pessoa. Mas isso, por si só, não faz de um líder um empreendedor. Um líder não necessariamente é dotado de alta flexibilidade e adaptabilidade, embora saiba praticar o modelo de gestão participativo.

Um líder não é necessariamente perseverante e determinado, embora saiba construir e transmitir visões positivas do futuro que influenciam seguidores mais do que a si mesmo. Um líder também não costuma colocar 'a mão na massa', ao conduzir projetos. Embora costume atuar mais como um facilitador para deixar as pessoas mais livres, prefere ser o maestro e reger os esforços da equipe, do que sujar as próprias mãos.
Inovadores

O economista Joseph Schumpeter foi um dos mais proeminentes estudiosos do empreendedorismo. Sua linha de estudos vincula a figura do empreendedor à do inovador. A maior parte dos estudos acadêmicos no Brasil também segue por esta linha. Antes de prosseguir na argumentação, é importante diferenciar uma ideia de uma inovação.

Uma ideia é qualquer manifestação do pensamento criativo, enquanto uma inovação é o resultado do processo evolutivo de uma idéia em termos de valor agregado. Uma inovação é, portanto, uma ideia que serve para alguém ou alguma coisa. Isso posto, fica estabelecido o ponto de intersecção entre o inovador e o empreendedor.

Toda iniciativa do empreendedor está cercada por algum grau de inovação. Não precisa ser um novo produto ou serviço, pode ser uma simples mudança ou melhoria num processo. Se ninguém havia pensado naquilo, então é uma inovação. O empreendedor é aquele que coloca a inovação em prática, realiza-a e gera resultados perceptíveis. Pessoas que são boas em gerar inovação, como cientistas e pesquisadores, não necessariamente são empreendedores. O empreendedor transforma a inovação em negócio.
E então, você já tem elementos suficientes para escrever sua própria definição de empreendedor ou empreendedorismo?

O poder da classe C incomoda as classes A e B, segundo estudo

 

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Cada vez mais os consumidores das classes A e B têm se mostrado incomodados com a ascensão econômica da classe C, que passou a comprar produtos e serviços que até então só a classe A e B tinham acesso, segundo pesquisa do Instituto Data Popular realizada nesse primeiro trimestre de 2012, com 15 mil pessoas das classes mais altas em todo Brasil.
 
De acordo com a pesquisa, 55,3% dos consumidores do topo da pirâmide acham que produtos deveriam ter versões para rico e para pobre, 48,4% afirmam que a qualidade dos serviços piorou com o acesso da população, 49,7% preferem ambientes frequentados por pessoas do mesmo nível social, 16,5% acreditam que pessoas mal vestidas deveriam ser barradas em certos lugares e 26% dizem que um metrô traria “gente indesejada” para a região onde moram.
Quanto preconceito! Preconceito ou inveja das classes A e B?
Nos últimos anos, a classe C invadiu shoppings, aeroportos e outros lugares aos quais não tinha acesso, segundo Renato Meirelles, diretor do Data Popular. A classe AB ainda está aprendendo a conviver com isso e parte da elite está incomodada com toda essa situação.
Segundo o professor Rafael Costa Lima, da FEA-USP, empresas como Apple e montadoras de veículos vieram produzir e vender no Brasil para essa nova classe, porque agora existe escala de consumo, o que trouxe mais opções de produtos para todos.
Quase 60% da população pertence a classe C. Assista ao vídeo
Quem quer vender para a Classe C? Eu quero! E você?

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Marketing de causa – qual o preço de uma saída fácil?

        

Postado em 5 de setembro de 2012 por Guilherme Lito
 
Marketing de Causa
Tenho pensado muito sobre “novas formas” de fazer negócios, e o marketing de causa surge quase sempre como uma sugestão em conversas, bares e brainstorm de como causar impacto social/ambiental com empresas, digamos, “convencionais”.

O que é Marketing de causa

o que é marketing de causa
Quando você agrega ao seu produto um valor social/ambiental do tipo “compre meu produto que eu planto uma árvore” ou “compre meu produto que eu doarei um igual para a Tanzânia.”
Temos exemplos famosos como Tom Shoes, que foi duramente criticado nesse artigo, e Starbucks. Na verdade quase qualquer grande empresa também está fazendo isso. É o (não tão) novo filão do marketing. Ao mesmo tempo eu mesmo oriento pequenas empresas e ONGs que lançaram “produtos” que contém um selo social ou coisa do tipo (só deixando claro, eu fui a favor do lançamento desses produtos) que caracteriza o marketing de causa..

Então o que pensar do Marketing de causa?

Marketing de Causa - Toms Shoes
Começamos com o óbvio. É inegável que esses produtos geram algum tipo de impacto positivo. Você planta uma árvore, doa par de sapatos, complementa a renda de alguém que não tem. No entanto, há de se pensar sempre nas consequencias do que estamos fazendo e não só no efeito imediato, vide soluções para crises econômicas, medidas governamentais e etc que são caras e, mesmo dando um fôlego no curto prazo, sempre acabam mantendo as causas do problema lá.
Bolsa família não funciona
Segundo Oscar Wilde, um incrível escritor e poeta, “A caridade não cura a doença, apenas a prolonga.” Slavoj Zizek, para mim o maior intelectual vivo, vai ainda mais longe e diz que esse tipo de ação mostra “…o capitalismo cultural em seu estado mais puro – no exato ato de consumo você compra sua redenção por ser consumista.”
Gestos altruístas, quando não embasados em valores e focados no processo, apesar de garantirem um resultado (que normalmente é pequeno e não muda em nada o todo), preservam e reforçam o status quo e evitam uma reconstrução radical da sociedade. Vejo muita gente votando em “político” (bandido) só porque apesar dele roubar (matar e etc), ele “também faz”. A visão maquiavélica de “os fins justificam os meios” não justifica em diversos casos. Até porque isso faz com que nos contentemos com o mínimo, com o que faz mais sentido agora, no ato da compra.
Segundo alguns artigos que li sobre marketing de causa...
“Pesquisas apontam que a ferramenta é bem eficiente do ponto de vista de vendas e reputação, atingindo tanto as classes mais altas, quanto as mais baixas. Afinal, é uma forma de ajudar sem fazer o menor esforço, não é mesmo? E as empresas sabem disso. Assim, nós, consumidores, devemos ter cuidado redobrado na escolha dos produtos, verificando a causa, procurando saber a idoneidade da empresa e, principalmente, os objetivos dela com a parceria.”
Confesso, fiquei triste. Uma penca de artigos que li estavam simplesmente dizendo os prós e contras na visão do consumidor, os números que aumentaram ou não a venda, se é possível ou não vender produtos com margem maior caso atrelemos uma causa social, etc. Ou seja, estamos rodando a mesma máquina que nos fez chegar aqui, mas agora com maquiagem.
Hoje somos arrogantes e insistimos em não reconhecer o que os “outros povos” tinham a nos ensinar. Os índios pensavam 7 gerações a frente na tomada de decisões. Baixar o IPI é bom para o que? 3 meses? Doar um sapato para um garoto na África que não tem direito garante o que? Que ele tenha um sapato no próximo ano? E o comerciante local que vendia o sapato para ele? E o cara que fazia o cadarço e o tênis? E toda a cadeia produtiva desse local? E o sentimento de se conquistar o primeiro sapato?

O que é o certo então?

Hoje acredito, e muito, no valor da intenção. Exemplo: conheço sócios de duas empresas que plantam uma árvore a cada venda realizada. Um diz que é ótimo porque melhorou a imagem com os clientes e o outro diz que essa medida está ajudando-o a zerar seu impacto ambiental e está restaurando uma área que ele gostava muito de ir quando pequeno. Dado esse cenário, acho que pela mesma atitude, um está certo e o outro está errado.
O fato é, o marketing de causa é a saída mais fácil, mas nem por isso não tem méritos. Tendo o prazer de ter acompanhado mais de uma centena de empresas por aí, sei que fazer caixa não é fácil, sei como monetizar seu negócio surfando as ondas do momento é muito mais seguro e sensato do que tentar virar o jogo do avesso e quebrar todas as regras. Reconheço, portanto, que o marketing de causa tem, hoje, seu papel. Se as pessoas não querem doar, mas estão felizes em faze-lo ao comprar um café mais caro, ótimo, estamos conseguindo fundos para um mundo melhor. Se “91% dos consumidores consideram importante que as empresas apóiem causas sociais”, ok.

Por outro lado defendo 3 contrapontos fortes:

1. Se é para fazer isso, tem de se fazer com a melhor das intenções, não porque vai melhorar sua imagem. É claro que como consumidor (principalmente quando a empresa é grande), é difícil entender as intenções envolvidas. Mas confesso que talvez por ter assistido a muito Aladin e Pocahontas, acredito que o bem vence no final. Acredito que as incoerências aparecem com e que o sistema se auto-regula com o tempo (ou seja, os pilantras serão descobertos e bocoitados). Na medida em que todos entram na onda da sustentabilidade, ser sustentável não quer dizer nada, portanto ações mais profundas, mecanismos mais precisos e clientes mais conscientes emergirão.
2. Justamente pelo motivo acima, é recomendável que você tenha um plano sério para, assim que conseguir estabilizar suas receitas e conseguir respirar para olhar para frente, busque caminhos onde o valor está no produto e no processo de elaboração dele, não na compra de um benefício.
3. Liberalismo disfarçado/Capitalismo – estamos reforçando o sistema que gerou justamente o que queremos resolver. Estamos, mais uma vez, desperadamente e desogarnizadamente fazendo o que o governo não consegue fazer por nós, e ainda nos trás uma consciência de que, ao comprar a redenção por estar fazendo a roda que a gente não quer girar, estamos fazendo nossa parte. Perigoso!

Conclusão:

O preço de uma saída fácil é você não estar garantindo o seu futuro, apenas sua sobrevivência. O modelo de marketing de causa (assim como venda de espaço publicitário e cobrança por networking), para mim tem seus dias contados. Se estamos praticando, é bom que estejamos pensando em algo melhor.
E se você entende por Marketing de causa, Marketing promocional utilizando o social unicamente para elevar o valor do produto, você está se tornando o inimigo que quer combater, pois aumenta a inércia para a verdadeira mudança que vem por aí…
E você, concorda? Comente, compartilhe!

O Administrador

O Administrador


A profissão de Administrador é relativamente nova e foi regulamentada no Brasil em 9 de setembro de 1965, data que se comemora o dia do Administrador.

Os primeiros administradores profissionais (administrador contratado, que não é o dono do negócio) foram os que geriam as companhias de navegação inglesas a partir do século XVII. Estas empresas foram as primeiras sociedades anônimas que se tem notícia.

Administrar envolve a elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que se exija a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de administração.

Habilidades do Administrador
  • Habilidades Técnicas: Saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas administrativas. Saber decidir e solucionar problemas.
  • Habilidades Humanas: Saber lidar com pessoas, comunicando-se eficientemente, negociando, conduzindo mudanças, obtendo cooperação e solucionando conflitos.
  • Habilidades Conceituais: Ter Visão sistêmica.

Atitudes do Administrador
Proativo, ousado, criativo, bom exemplo, cumpridor das promessas, saber utilizar seus princípios, ser cooperativo e ser um bom líder ajudando os funcionarios para que eles possam crescer junto com a empresa.




Símbolo da Profissão no Brasil


Este é o Símbolo do Sistema CFA/CRAs. Deverá ser usado nas suas várias versões, em toda a comunicação visual dos Conselhos Federal e Regionais de Administração. O Símbolo é composto de um emblema que representa a profissão de Administrador, cuja concepção e composição é detalhada no "Manual de Identidade Visual da Profissão" , inclusive especificações de cores, para aplicação em policromia ou em preto e branco.

O Símbolo escolhido para identificar a profissão do administrador tem a seguinte explicação justificada pelos seus autores:




  • O quadro como ponto de partida: uma forma básica, pura, onde o processo de tensão de linhas é recíproco. Sendo assim, os limites verticais/horizontais entram em processo recíproco de tensão.
  • Uma justificativa para a profissão, que possui também certos limites em seus objetivos: organizar, dispor para funcionar, reunir, centralizar, orientar, direcionar, coordenar, arbitrar, relatar, planejar, dirigir, encaminhar os diferentes aspectos de uma questão para o objetivo comum".
  • "O quadro é regularidade, possui sentido estático quando apoiado em seu lado, e sentido dinâmico quando apoiado em seu vértice (a posição escolhida)"
  • "As flechas indicam um caminho, uma meta, a partir de uma premissa, de um princípio de ação (o centro)".
  • "As flechas centrais se dirigem para um objetivo comum, baseado na regularidade (...) as laterais, as metas a serem atingidas".

Dia do Administrador

Nove de setembro é o "Dia Nacional do Administrador", por ser a data de assinatura da Lei nº 4769, de 9 de setembro de 1965, que criou a profissão de Administrador. O dia do Administrador foi instituído pela Resolução CFA nº 65/68, de 09/12/68.


Juramento do Administrador

"Prometo dignificar minha profissão, consciente de minhas responsabilidades legais, observar o Código de Ética, objetivando o aperfeiçoamento da Ciência da Administração, o desenvolvimento das Instituições e a grandeza do homem e da pátria". O juramento foi oficializado pela RN CFA nº 201, de 19/12/97


Oração do Administrador

"Senhor, diante das organizações devo ter CONSCIÊNCIA de minhas responsabilidades como ADMINISTRADOR. Reconheço minhas limitações, mas, humildemente, junto com meus companheiros de trabalho busco o consenso para alcançar a SOLUÇÃO e tornar o trabalho menos penoso e mais produtivo; Senhor, despido do egoísmo, quero crescer, fazendo crescer, também, os que me cercam e que são a razão de minha escolha profissional; Senhor, ADMINISTRE o meu coração para que ele siga o caminho do bem, pois, a mim caberá realizar obras sadias para tornar as organizações cada vez melhores e mais humanas."

Adm. Rui Ribeiro de Araújo CRA/DF nº 2285


Código de Ética do Profissional de Administração (CEPA)

"O que importa nesse momento é que não se deixe de pensar em Moral, em Ética e em Ética Profissional; que não nos acomodemos diante do presente momento histórico que vivemos, onde a Moral, a Ética não são mais os momentos retóricos e, portanto, cansativos. Urge que reflitam em todos os rincões sobre o valor moral e da Ética, pois só assim mudaremos a Ética do País.É o que propomos e é o que a Comissão de Ética do CFA deseja despertar em todas as organizações".

Tupinambá Paraguassú

Clique aqui para acessar o Código de Ética Profissional do Administrador




Salário do Administrador

O CFA não estabelece piso salarial do Administrador. A FEBRAD - Federação Brasileira dos Administradores disponibiliza no site www.febrad.org.br a tabela de honorários da categoria profissional dos Administradores. O telefone para contato é: (13) 3232-8528 begin_of_the_skype_highlighting FREE (13) 3232-8528 end_of_the_skype_highlighting .

A Pesquisa Nacional Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador, realizada em 2006, apresenta informações sobre a renda média do Administrador.


Fontes:

Wikipedia
CFA

Spoleto: um show de estratégia nas mídias sociais

 

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Mais uma vez o Spoleto, rede de restaurante que é amada e odiada por muitos, é satirizada por um vídeo na internet. A brincadeira entrou no canal do Youtube no dia 13 de agosto de 2012 e já recebeu mais de um milhão de visualizações.
 
Assista ao vídeo postado:

Analisando a repercussão do filme, a equipe de marketing do Spoleto chamou os mesmos atores para interpretar um novo vídeo em resposta ao primeiro.
Assista o segundo vídeo:

Com o segundo vídeo eles conseguiram reverter o que de início poderia ter sido negativo. Isso que é estratégia! Usaram um viral a seu favor. O vídeo postado no dia 29 de agosto de 2012 conta com mais de 700 mil visualizações. A grande sacada acontece no final do vídeo, quando a marca pede desculpas e deixa seu contato para os próprios clientes relatarem se foram ou não mal atendidos em uma de suas lojas.
O que você achou da estratégia do Spoleto?

4 lições que as grandes empresas precisam aprender com as feiras livres

Apesar de todas as tecnologias e métodos modernos que grandes companhias oferecem, os consumidores se sentem mais realizados nos tradicionais mercados. Entenda por quê


Em meio à explosão do comércio online, aplicativos que comparam preços através de fotos, tecnologias de pagamento via celular, códigos QR e etiquetas de identificação via rádio frequência, surpreendem os resultados do estudo conduzido pela empresa de pesquisa SAX, a qual aponta as feiras livres como os locais que oferecem as experiências de consumo mais satisfatórias.
Segundo os entrevistados, as feiras apresentam atendimento personalizado, são democráticas, tolerantes e pouco burocráticas, além de não apresentarem problemas operacionais. Em épocas de call centers e 0800, os velhos bordões: o sistema caiu, está lento ou precisa ser reinicializado mais se parecem desculpas velhas e esfarrapadas. Como era de se esperar, bancos e empresas de telefonia tiveram os piores índices. Basta consultar os rankings dos procons ou sites de reclamações.
Como a grande maioria dos moradores das capitais, assumo que há tempos deixei de frequentá-las, trocando-as por sacolões ou supermercados. Para escrever este artigo, visitei uma feira que costumava ir com meu pai quando criança, o que fazia em troca de um grande pastel e um bom caldo de cana, ajudando-o a carregar as pesadas sacolas. Como já era de se esperar acabei indo sozinho, apesar dos insistentes convites a minha filha, cujo apetite não se comoveu com minha calórica oferta.
Imagem: Thinkstock

Comecei pelo mesmo caminho: barracas de roupas, consertos de panelas, salgadinhos e laticínios, verduras e legumes, tomates, frutas, cebolas, batatas, carnes, frangos, peixes e enfim as famigeradas bancas de pastel e caldo de cana, apinhadas às nove horas da manhã. A não ser algumas novidades, tais como produtos eletrônicos, CDs e DVDs piratas, quase tudo permanecia do mesmo jeito. Com uma lista na mão e muita disposição fui às compras.
Seguem as lições colhidas em campo, confirmadas pela pesquisa.

Atendimento personalizado

Apesar de não ser um cliente frequente, vulgo freguês, fui muito bem atendido em todas as bancas, em especial as de frutas, onde pude experimentar de jabuticabas às laranjas, passando por melões e abacaxis. Para um leigo como eu, poder levar para casa frutas doces e sem risco de estarem passadas ou muito verdes, foi uma grande conquista. Apesar do preço um pouco mais elevado, o aproveitamento, as degustações e o atendimento cortês valeram a pena.

Democráticas e tolerantes

Creio que Michael Porter não conhecia este espaço quando desenvolveu a teoria das estratégias genéricas, através da qual as empresas devem optar entre custo ou diferenciação. Na feira, estas estratégias migram conforme o horário. Senhoras distintas em carros importados e motoristas logo nas primeiras horas da manhã, e pessoas mais simples na hora da Xepa. Os mais antigos talvez se lembrem de Yara Cortes interpretando o papel de uma feirante em novela de Gilberto Braga no final dos anos setenta.

Pouco burocráticas

Não me faz falta o som característico da leitura dos códigos de barras, assim como as perguntas padrões: faltou algum produto? É com ou sem CPF? - repetidas durante todo o dia por funcionárias cuja identificação se dá apenas pelo nome do crachá. O fechamento da venda na feira é uma etapa a parte. Com a caneta que se acomoda na orelha e um pedaço de papel improvisado em uma prancheta, os valores são anotados e somados, sempre se arredondando em favor do consumidor, cuja sensação de ter feito um bom negócio é invariável.

Problemas operacionais

Quem nunca se sentiu um verdadeiro idiota, aguardando na fila ou na linha, até que o sistema voltasse a funcionar? Em geral temperamentais, não raro costumam gerar problemas nos horários de maior movimento. Totalmente dependentes da tecnologia, varejistas e comerciantes perdem vendas por não poder registrá-las. Felizmente, abobrinhas, bananas e alfaces são abobrinhas, bananas e alfaces na feira, não códigos de barras.
Não obstante as limitações em transpor os exemplos da feira livre e do armazém de bairro, as redes de hipermercados, eletroeletrônicos e franquias, tornar o atendimento mais gentil, flexível, democrático e tolerante são ações que se podem colocar em prática, tornando a vida dos consumidores mais fácil e descontraída.
Apesar da experiência positiva, não acredito que vá mudar meus hábitos de compra devido ao estilo de vida corrido que levo. Porém, colocarei como um hábito esporádico frequentá-las, lembrando-me dos bons tempos nos quais éramos tratados pelo nome, por comerciantes que conheciam a fundo seus produtos, fregueses e a arte de encantá-los.