Especialistas listam coisas que fazem parte do dia a dia de empreendedores. A boa notícia é que tudo pode ser aprendido ao longo da vida
Débora Álvares, de São Paulo - Você que tem o desejo de se aventurar em um negócio, mas acha que não leva jeito para a coisa pode se alegrar. Ser empreendedor não é algo que nasce com cada um de nós: as características de um bom empresário podem ser adquiridas.
Especialistas ouvidos por Exame.com destacam algumas atitudes de quem deseja empreender com sucesso. Para colocá-las em prática, algumas características pessoais ajudam. “O sujeito que não está fadado a ser um empreendedor pode se capacitar para isso”, destaca o professor de empreendedorismo e novos negócios da Business School Edison Kalaf.
A autoconfiança é uma dessas virtudes consideradas provocadoras de atitudes empreendedoras. “São pessoas que focam em virtudes e não em defeitos. Com esse atributo, conseguem seguir mesmo com incertezas e dificuldades, que fazem parte de todo negócio”, diz Kalaf.
O otimismo para enfrentar as situações também pode ajudar as pessoas a agirem como empreendedores, assim como a tomada de iniciativas. “Quem é empreendedor se sente responsável pelo resultado final dos projetos em que está envolvido, o que faz uma enorme diferença na dedicação que a pessoa terá naquilo”. Ainda que tímido, é importante também conseguir se comunicar.
Confira alguns costumes que fazem parte do dia a dia de quem tem espírito empreendedor:
1. Conviver bem com riscos
Segundo o professor de empreendedorismo e novos negócios da Business School, a maioria das pessoas não convive bem com incertezas e diferenças de opinião. “Para o empreendedor, isso compõe a diferença de visões para alcançar um resultado superior.”
Geralmente quem é autoconfiante lida melhor com riscos do que quem não confia na própria capacidade. “Mas vale ressaltar que, caso a pessoa não tenha confiança em si, isso é algo que ela pode mudar.”
2. Estar sempre ligado
O consultor Marcelo Cherto afirma que empreendedorismo é enxergar oportunidade em problemas. “Empreendedor que é empreendedor pensa o seguinte: 'se eu tenho problema, outras pessoas também o têm. Será que não tem um negócio aqui?'”, diz Cherto. Para empreender é importante olhar além e ver o que se pode aproveitar das situações.
De acordo com Cherto, é preciso estar antenado com o que acontece para “farejar” oportunidades. “Não tem lugar certo para empreender: de férias, na praia, no passeio no parque, ou até na missa. Vai do cara perceber o que pode fazer ali”.
3. Ter objetivos claros
Kalaf e Cherto destacam a importância de saber o que quer e onde se deseja chegar. Para eles, o verdadeiro empreendedor sabe não desviar do foco. “Há muitos empreendedores desfocados, mas quando escolhem um caminho vão até o fim. Não se pode deixar confundir”, destaca o consultor, que avalia um bom empresário como alguém determinado.
4. Gostar de trabalhar
Ao contrário da maioria das pessoas, que comemoram a chegada do fim de semana, o empreendedor deve ser alguém que sente prazer em trabalhar. “Ele criou condições para fazer o que gosta, o que faz muita diferença na hora de obter resultados", diz Kalaf.
O professor de empreendedorismo da Business School destaca que é uma característica dominante dos empreendedores se sentir à vontade para trazer ideias e fazer o trabalho da forma como acredita ser melhor. “A gente tem menos controle sobre esse pessoal, deixa-os mais livres. Eles criam, inovam e trazem valor.”
5. Ser convincente
Pessoas empreendedoras conseguem reunir elementos para vender projetos adequadamente. “Seja uma ideia diferente de tocar um projeto ou de mudar a forma das pessoas trabalharem, eles sempre encontram elementos para persuadir.”
Marcelo Cherto comenta sobre o famoso “brilho no olho”. “Tem que fazer o que gosta e mostrar para os outros a vontade de que aquilo dê certo”. Assim, avalia o consultor, é possível convencer o mais exigente investidor a aplicar dinheiro no negócio ou o mais difícil dos clientes a comprar um produto.
6. Não desistir
O consultor Marcelo Cherto destaca como uma das mais importantes características de um bom empreendedor a força de vontade de continuar mesmo com dificuldades. “Muitas vezes é preciso levantar. Nem tudo dá certo o tempo todo. Diria até que há fases em que se erra mais do que se acerta”, explica Cherto.
Para ele, os erros e dificuldades devem ser encarados como um aprendizado e não como um obstáculo definitivo. “Os deslizes são coisas a serem superadas e representam uma oportunidade de aprender do jeito certo”. diz.
terça-feira, 27 de março de 2012
quarta-feira, 21 de março de 2012
8 dicas para aumentar suas vendas
Saiba como impulsionar os negócios sem deteriorar margens ou deixar clientes insatisfeitos
Se não é o mercado que sinaliza que o momento é propício para aumentar as vendas, é o faturamento da empresa que deixa a desejar. Quando um dos lados indica que é preciso agitar o negócio, é hora estudar como impulsionar o aumento nas vendas.
No entanto, antes mesmo de colocar em prática qualquer estratégia, o trabalho mais penoso é identificar as competências e carências da empresa. Apenas ativar o mercado sem se preparar para atender à demanda pode afastar a clientela.
O sócio fundador da SaleSolution, Renato Romeo, e o professor especializado em PME da Fundação Instituto de Administração (FIA), Antônio Lage Terassovich, citam pontos importantes para o empreendedor considerar na hora de fomentar o aumento das vendas:
1. Evite atropelos
Pode parecer óbvio, mas ainda há muitos empreendedores que passam por cima do planejamento e tomam decisões mal pensadas. Agir por impulso, simplesmente reduzindo preços, sem estudar o cliente ou adotar qualquer estratégia, pode trazer resultados catastróficos em vez de solucionar o problema. Mas não confunda cautela com morosidade. Depois de decidido o caminho, uma implantação rápida pode ser um passo decisiva para o sucesso.
2. Arrume a casa
Antes de pressionar os vendedores por mais resultados, reveja os processos da companhia. A má gestão dos recursos pode acabar comprometendo os números, mesmo com um bom time de vendas atuando na ponta. Não basta improvisar, procure a ajuda de especialistas. “O empreendedor precisa entender que a empresa tem necessidade de conhecimento”, diz o professor da FIA, Antônio Lage Terassovich. Noções de gestão de pessoas e de contabilidade, por exemplo, são competências essenciais que o gestor de uma pequena ou média empresa deve possuir. “Se ele não tem umas das competências, ele tem três alternativas: contrata, terceiriza ou arruma um sócio”, recomenda o especialista.
3. Trabalhe no seu diferencial
Atirar para todos os lados pode acabar comprometendo o desempenho da empresa. Para potencializar as chances de sucesso, identifique o diferencial competitivo do negócio – como preço ou qualidade - e aposte nele. Também é fundamental entender o que o seu cliente busca. “Ao focar no público, a empresa se torna competente e adquire o seu diferencial”, destaca Terassovich.
4. Faça uma análise 360º
Fatores internos e externos podem influenciar o desempenho das vendas da empresa. Portanto, não basta olhar para dentro de casa, é preciso olhar ao redor também. Segundo Renato Romeo, o empreendedor deve analisar se o mercado está favorável ou em crise. "Se as empresas da minha área vão bem e a minha não, tem algo de errado com ela", diz Romeo. A concorrência também deve ser estudada, para identificar em que ponto ela é mais competente.
5. Entenda o seu cliente
Identificar o que o cliente quer é a melhor maneira de trazer mais ofertas relevantes para ele. Segundo Terassovich, é preciso entender se ele prioriza qualidade, preço, atendimento ou todos os fatores. Também é importante entender quais são as demandas de todos os elos da cadeia. No caso de uma empresa fabricante de roupas, ela deve entender as necessidades do atacadista – com a frequência de troca de coleções ou volume necessário para cada compra -, mas também deve estar atenta ao gosto do cliente final, ajustando seu produto ao público alvo.
6. Amplie seu mercado
Expandir o negócio para outros mercados é um caminho para engordar as receitas. Expandir geograficamente ou buscar novos públicos pode colocar a empresa em outro patamar de faturamento, segundo o professor da FIA. É fundamental, no entanto, fazer uma checagem completa para avaliar se o caixa da empresa está saudável o suficiente para financiar a expansão.
7. Qualifique seus vendedores
"A capacitação do profissional de vendas é o que dá o retorno imediato à empresa", destaca Romeo. Ele afirma que a prática não é adotada no Brasil como é em outros países, pois o empreendedor vê a capacitação como uma despesa. "O pequeno e médio empresário é ainda muito preso aos custos." Encare a qualificação como investimento e treine sua força de vendas, seja com ações internas ou recorrendo à ajuda de terceiros.
8. Tome cuidado ao mexer com preços
Embora pareça uma estratégia óbvia para atrair mais clientes, a ideia de baixar os preços nem sempre é a mais inteligente. "Baixar é fácil, mas depois que aumentar, como explicar para o cliente?", questiona Romeo. Trabalhar o preço traz retorno imediato ao fluxo de caixa, mas nada impede que a concorrência também se mexa para atrair consumidores. O professor Terassovich afirma que a precificação é uma das estratégias mais delicadas. “É fácil de mexer, mas difícil de entender”, diz sobre a associação de preço e qualidade, especialmente quando se fala de serviços.
Camila Almeida
Se não é o mercado que sinaliza que o momento é propício para aumentar as vendas, é o faturamento da empresa que deixa a desejar. Quando um dos lados indica que é preciso agitar o negócio, é hora estudar como impulsionar o aumento nas vendas.
No entanto, antes mesmo de colocar em prática qualquer estratégia, o trabalho mais penoso é identificar as competências e carências da empresa. Apenas ativar o mercado sem se preparar para atender à demanda pode afastar a clientela.
O sócio fundador da SaleSolution, Renato Romeo, e o professor especializado em PME da Fundação Instituto de Administração (FIA), Antônio Lage Terassovich, citam pontos importantes para o empreendedor considerar na hora de fomentar o aumento das vendas:
1. Evite atropelos
Pode parecer óbvio, mas ainda há muitos empreendedores que passam por cima do planejamento e tomam decisões mal pensadas. Agir por impulso, simplesmente reduzindo preços, sem estudar o cliente ou adotar qualquer estratégia, pode trazer resultados catastróficos em vez de solucionar o problema. Mas não confunda cautela com morosidade. Depois de decidido o caminho, uma implantação rápida pode ser um passo decisiva para o sucesso.
2. Arrume a casa
Antes de pressionar os vendedores por mais resultados, reveja os processos da companhia. A má gestão dos recursos pode acabar comprometendo os números, mesmo com um bom time de vendas atuando na ponta. Não basta improvisar, procure a ajuda de especialistas. “O empreendedor precisa entender que a empresa tem necessidade de conhecimento”, diz o professor da FIA, Antônio Lage Terassovich. Noções de gestão de pessoas e de contabilidade, por exemplo, são competências essenciais que o gestor de uma pequena ou média empresa deve possuir. “Se ele não tem umas das competências, ele tem três alternativas: contrata, terceiriza ou arruma um sócio”, recomenda o especialista.
3. Trabalhe no seu diferencial
Atirar para todos os lados pode acabar comprometendo o desempenho da empresa. Para potencializar as chances de sucesso, identifique o diferencial competitivo do negócio – como preço ou qualidade - e aposte nele. Também é fundamental entender o que o seu cliente busca. “Ao focar no público, a empresa se torna competente e adquire o seu diferencial”, destaca Terassovich.
4. Faça uma análise 360º
Fatores internos e externos podem influenciar o desempenho das vendas da empresa. Portanto, não basta olhar para dentro de casa, é preciso olhar ao redor também. Segundo Renato Romeo, o empreendedor deve analisar se o mercado está favorável ou em crise. "Se as empresas da minha área vão bem e a minha não, tem algo de errado com ela", diz Romeo. A concorrência também deve ser estudada, para identificar em que ponto ela é mais competente.
5. Entenda o seu cliente
Identificar o que o cliente quer é a melhor maneira de trazer mais ofertas relevantes para ele. Segundo Terassovich, é preciso entender se ele prioriza qualidade, preço, atendimento ou todos os fatores. Também é importante entender quais são as demandas de todos os elos da cadeia. No caso de uma empresa fabricante de roupas, ela deve entender as necessidades do atacadista – com a frequência de troca de coleções ou volume necessário para cada compra -, mas também deve estar atenta ao gosto do cliente final, ajustando seu produto ao público alvo.
6. Amplie seu mercado
Expandir o negócio para outros mercados é um caminho para engordar as receitas. Expandir geograficamente ou buscar novos públicos pode colocar a empresa em outro patamar de faturamento, segundo o professor da FIA. É fundamental, no entanto, fazer uma checagem completa para avaliar se o caixa da empresa está saudável o suficiente para financiar a expansão.
7. Qualifique seus vendedores
"A capacitação do profissional de vendas é o que dá o retorno imediato à empresa", destaca Romeo. Ele afirma que a prática não é adotada no Brasil como é em outros países, pois o empreendedor vê a capacitação como uma despesa. "O pequeno e médio empresário é ainda muito preso aos custos." Encare a qualificação como investimento e treine sua força de vendas, seja com ações internas ou recorrendo à ajuda de terceiros.
8. Tome cuidado ao mexer com preços
Embora pareça uma estratégia óbvia para atrair mais clientes, a ideia de baixar os preços nem sempre é a mais inteligente. "Baixar é fácil, mas depois que aumentar, como explicar para o cliente?", questiona Romeo. Trabalhar o preço traz retorno imediato ao fluxo de caixa, mas nada impede que a concorrência também se mexa para atrair consumidores. O professor Terassovich afirma que a precificação é uma das estratégias mais delicadas. “É fácil de mexer, mas difícil de entender”, diz sobre a associação de preço e qualidade, especialmente quando se fala de serviços.
terça-feira, 20 de março de 2012
10 principais erros que empresários cometem nas redes sociais
Entre os brasileiros que navegam na internet, a maioria se conecta nas redessociais. É o que revela o estudo “The Rise of Social Networking in Latin América” (O crescimento das redes sociais na América Latina) divulgado pela comScore.
De acordo com o levantamento, os brasileiros gastaram, em junho deste ano, 12,5 bilhões de minutos em diversas redes sociais. Esse volume corresponde a 18,3% de todos os minutos gastos pelos brasileiros na internet.
Conforme é possível avaliar, as redes sociais abrangem um público extremamente interessante às empresas. Pensando nisso, muito empresários aderiram a estas ferramentas para atrair mais público, tornar sua marca conhecida e até mesmo aumentar as vendas.
Erros nas redes sociais
Entretanto, na ânsia de estar presente na web, as empresas acabam cometendo alguns erros. Para descobrir quais são os dez principais erros comuns, o Portal InfoMoney conversou com o professor de Redes Sociais e Inovação Digital da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Gil Giardelli. Confira abaixo:
De acordo com o levantamento, os brasileiros gastaram, em junho deste ano, 12,5 bilhões de minutos em diversas redes sociais. Esse volume corresponde a 18,3% de todos os minutos gastos pelos brasileiros na internet.
Conforme é possível avaliar, as redes sociais abrangem um público extremamente interessante às empresas. Pensando nisso, muito empresários aderiram a estas ferramentas para atrair mais público, tornar sua marca conhecida e até mesmo aumentar as vendas.
Erros nas redes sociais
Entretanto, na ânsia de estar presente na web, as empresas acabam cometendo alguns erros. Para descobrir quais são os dez principais erros comuns, o Portal InfoMoney conversou com o professor de Redes Sociais e Inovação Digital da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Gil Giardelli. Confira abaixo:- Entrar nas redes sociais sem planejamento: não é porque muitas empresas aderiram às redes sociais que necessariamente o negócio terá de ser cadastrado em uma. Segundo o especialista, as redes demandam conhecimento e planejamento prévio;
- Participar de várias redes ao mesmo tempo: quanto maior o número de redes onde a empresa estiver, mais tempo o empresário terá de se dedicar a elas. Lembre-se de que as redes sociais são vitrines do negócio, por isso, devem ser atrativas e atualizadas;
- Só falar da empresa e do produto da empresa: ter informações somente sobre a empresa, produtos e serviços torna as redes desinteressantes. “Se a empresa vender joias, além de falar do produto, conte sobre as pedras ou uma história interessante relacionada à peça”, exemplifica Giardelli.
- Achar que as ferramentas precisam de custos altos: na internet, é possível baixar ferramentas que podem contribuir para tornar o seu conteúdo mais interessante. Vale destacar que muitas são gratuitas, basta aprender a usá-las;
- Deixar a ferramenta aos cuidados de amadores: as redes não devem ser cuidadas por quem não conhece sobre o assunto, por isso, nada de delegar as funções para os sobrinhos ou filhos. Hoje, existem profissionais especializados no assunto. Caso a empresa não possa pagar por este tipo de serviço, o empresário deve se aprofundar no tema por meio do estudo;
- Não pensar que quem acessa as redes são pessoas: quem está atrás dos computadores são pessoas. Por isso, gentileza e educação sempre caem bem;
- Não respeitar a opinião dos usuários: “As pessoas opinam sobre o que elas gostam. Caso contrário, elas não perderiam o seu tempo”, explica Giardelli. Não discuta assuntos polêmicos, assim como religião e futebol;
- Achar que as críticas são pessoais: críticas podem ajudar a melhorar o negócio. O empresário deve lembrar que a crítica não é contra ele, mas é sobre um produto ou um serviço oferecido pela empresa;
- Não ser transparente: a transparência é palavra de ordem no mercado. Por isso, use o espaço das redes sociais para informar sobre a produção, crescimento e até mesmo faturamento. Isso garante mais confiabilidade do consumidor em relação à empresa;
- Criar personagens para falar sobre a empresa: lembre-se de que o número de identificação IP aparece frequentemente em comentários de blog e sites, por exemplo. Ou seja, de nada adianta assinar diferentes nomes, criar usuários falsos e apenas falar bem da sua marca quando todos os outros internautas são capazes de facilmente derrubar essa máscara. Isso não apenas destruirá a reputação on-line da empresa, como também poderá destruir as outras ações que, porventura, a empresa queira iniciar na rede. O melhor é ser objetivo e sincero, apresentando-se como representante da empresa e se mostrando sempre aberto a sugestões e críticas.
Fonte: Infomoney
segunda-feira, 19 de março de 2012
Aos 100 anos, Catupiry dá os primeiros passos no Marketing
de modernização para manter-se forte. Planos incluem ampliação do portfólio de produtos e lojas próprias
Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 16/03/2012
sylvia@mundodomarketing.com.br
A história da Catupiry começa a escrever seu primeiro capítulo sobre Marketing. Apenas em seu centenário, comemorado em 2011, a empresa passou a investir em uma estratégia encorpada para rejuvenescer e fortalecer a marca, que virou sinônimo de categoria e está presente em todo o território nacional, além de países do exterior. Foram necessários 100 anos para que a companhia, que sempre teve como ponto forte o boca a boca, realizasse sua primeira pesquisa com o consumidor, reformulasse a identidade visual das embalagens e ampliasse o portfólio de produtos.
Agora, a Catupiry dá continuidade à estratégia de Marketing de olho nos próximos 100 anos e foca seus investimentos no público mais jovem, para manter-se viva. Entre os planos atuais está o foco nas lojas próprias. Hoje, a empresa conta com dois pontos de venda em São Paulo, que comercializam produtos com Catupiry em suas receitas.
“As lojas próprias foram inauguradas há cerca de 10 anos. A ideia era montar o modelo de expansão e ainda vender os produtos como coxinhas e quibes para outros estabelecimentos”, conta Alexandre Delmanto, Superintendente de Marketing e Comercial da Catupiry, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Pensando no rejuvenescimento
Olhando para os consumidores mais jovens, a empresa também fechou uma parceria com o McDonald’s, no ano passado, para a criação do sanduíche Frango com Catupiry, que fez parte do cardápio da plataforma Pequenos Preços. Outra iniciativa foi o lançamento, no início deste ano, da linha Sabores, com requeijão cremoso em quatro versões: Tomate Seco, Azeitonas Pretas, Ervas Finas e Cheddar.
As ações pretendem manter o bom desempenho da marca no Brasil, que é a segunda de requeijão no mercado nacional, atrás apenas da Vigor, e registrou um crescimento de 20% no faturamento em 2011, alcançando R$ 250 milhões anuais. Para 2012, a expectativa é expandir em 15%. Com produtos exportados para os Estados Unidos e o Japão, a companhia amadurece projetos para países da América Latina, como Chile e Paraguai.
“Trabalhamos forte principalmente a parte de distribuição. O Marketing sempre foi no boca a boca”, diz Delmanto, explicando que hoje, no país, são cerca de 10 mil clientes divididos entre o varejo e o setor de food service. “A partir de 2011, decidimos rejuvenescer a marca. Mudamos a identidade visual e fizemos lançamentos importantes, como pão de queijo com Catupiry e a linha Sabores. Para 2012, temos outros projetos previstos”.
O encontro da pizza com o Catupiry
Nascida em 1911, na cidade de Lambari, em Minas Gerais, a Catupiry foi uma empresa de pequeno porte até 1949, quando chegou a São Paulo, que estava em processo de crescimento industrial, o que ajudou a impulsionar os negócios. Mas foi em 1970 que houve o grande boom nas vendas do produto, quando foram iniciados testes para que o requeijão fosse utilizado nas receitas de pizzas.
“A ligação da pizza com o Catupiry foi um verdadeiro sucesso. Na época, havia filas para comprar o produto”, ressalta Delmanto. Com o amadurecimento da empresa, a tradicional embalagem redonda começou a dividir espaço com formatos específicos para estabelecimentos como pizzarias e restaurantes. Já o copo de requeijão chegou ao varejo no ano de 1985.
Para manter a força da marca, a Catupiry aposta no relacionamento com os chamados formadores de opinião, como universidades de gastronomia. No trade, o investimento é em materiais de ponto de venda e promoções específicas para o canal. O processo de conhecimento a fundo do target, entretanto, foi iniciado apenas em março de 2011, quando a empresa realizou sua primeira pesquisa para saber o que o público pensa de Catupiry.
Como resultado, apareceram atributos que confirmam o poder da marca. “Os consumidores entendem como uma marca forte, de credibilidade”, explica o executivo. “A partir dessa experiência, começamos a traçar estratégias para conversar com o consumidor. O lançamento da linha Sabores tem haver com a pesquisa. Detectamos que os brasileiros precisavam de produtos diferentes, com sabores e novos formatos”.
De olho nos próximos 100 anos
A comemoração dos 100 anos foi uma oportunidade para reafirmar a tradição de Catupiry e aproximá-la ainda mais do público. Para celebrar o centenário, a empresa lançou duas latas comemorativas, além de uma terceira específica para o Natal do último ano. A plataforma digital também ganhou reforço. O novo site foi ao ar em novembro, com receitas atualizadas que, em breve, devem dar origem a um livro de receitas da marca para estimular o consumidor a usar o produto cada vez mais na culinária e manter o famoso requeijão no dia a dia dos brasileiros.
“Nossa grande preocupação são os próximos 100 anos. O mercado é cruel, tudo muda de forma muito rápida. Queremos continuar levando a marca para todos os consumidores, mas com uma concepção atualizada, formatos mais práticos e produtos inovadores”, destaca Delmanto.
Agora, a Catupiry dá continuidade à estratégia de Marketing de olho nos próximos 100 anos e foca seus investimentos no público mais jovem, para manter-se viva. Entre os planos atuais está o foco nas lojas próprias. Hoje, a empresa conta com dois pontos de venda em São Paulo, que comercializam produtos com Catupiry em suas receitas.
“As lojas próprias foram inauguradas há cerca de 10 anos. A ideia era montar o modelo de expansão e ainda vender os produtos como coxinhas e quibes para outros estabelecimentos”, conta Alexandre Delmanto, Superintendente de Marketing e Comercial da Catupiry, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Pensando no rejuvenescimento
Olhando para os consumidores mais jovens, a empresa também fechou uma parceria com o McDonald’s, no ano passado, para a criação do sanduíche Frango com Catupiry, que fez parte do cardápio da plataforma Pequenos Preços. Outra iniciativa foi o lançamento, no início deste ano, da linha Sabores, com requeijão cremoso em quatro versões: Tomate Seco, Azeitonas Pretas, Ervas Finas e Cheddar.
As ações pretendem manter o bom desempenho da marca no Brasil, que é a segunda de requeijão no mercado nacional, atrás apenas da Vigor, e registrou um crescimento de 20% no faturamento em 2011, alcançando R$ 250 milhões anuais. Para 2012, a expectativa é expandir em 15%. Com produtos exportados para os Estados Unidos e o Japão, a companhia amadurece projetos para países da América Latina, como Chile e Paraguai.
“Trabalhamos forte principalmente a parte de distribuição. O Marketing sempre foi no boca a boca”, diz Delmanto, explicando que hoje, no país, são cerca de 10 mil clientes divididos entre o varejo e o setor de food service. “A partir de 2011, decidimos rejuvenescer a marca. Mudamos a identidade visual e fizemos lançamentos importantes, como pão de queijo com Catupiry e a linha Sabores. Para 2012, temos outros projetos previstos”.
O encontro da pizza com o Catupiry
Nascida em 1911, na cidade de Lambari, em Minas Gerais, a Catupiry foi uma empresa de pequeno porte até 1949, quando chegou a São Paulo, que estava em processo de crescimento industrial, o que ajudou a impulsionar os negócios. Mas foi em 1970 que houve o grande boom nas vendas do produto, quando foram iniciados testes para que o requeijão fosse utilizado nas receitas de pizzas.
“A ligação da pizza com o Catupiry foi um verdadeiro sucesso. Na época, havia filas para comprar o produto”, ressalta Delmanto. Com o amadurecimento da empresa, a tradicional embalagem redonda começou a dividir espaço com formatos específicos para estabelecimentos como pizzarias e restaurantes. Já o copo de requeijão chegou ao varejo no ano de 1985.
Para manter a força da marca, a Catupiry aposta no relacionamento com os chamados formadores de opinião, como universidades de gastronomia. No trade, o investimento é em materiais de ponto de venda e promoções específicas para o canal. O processo de conhecimento a fundo do target, entretanto, foi iniciado apenas em março de 2011, quando a empresa realizou sua primeira pesquisa para saber o que o público pensa de Catupiry.
Como resultado, apareceram atributos que confirmam o poder da marca. “Os consumidores entendem como uma marca forte, de credibilidade”, explica o executivo. “A partir dessa experiência, começamos a traçar estratégias para conversar com o consumidor. O lançamento da linha Sabores tem haver com a pesquisa. Detectamos que os brasileiros precisavam de produtos diferentes, com sabores e novos formatos”.
De olho nos próximos 100 anos
A comemoração dos 100 anos foi uma oportunidade para reafirmar a tradição de Catupiry e aproximá-la ainda mais do público. Para celebrar o centenário, a empresa lançou duas latas comemorativas, além de uma terceira específica para o Natal do último ano. A plataforma digital também ganhou reforço. O novo site foi ao ar em novembro, com receitas atualizadas que, em breve, devem dar origem a um livro de receitas da marca para estimular o consumidor a usar o produto cada vez mais na culinária e manter o famoso requeijão no dia a dia dos brasileiros.
“Nossa grande preocupação são os próximos 100 anos. O mercado é cruel, tudo muda de forma muito rápida. Queremos continuar levando a marca para todos os consumidores, mas com uma concepção atualizada, formatos mais práticos e produtos inovadores”, destaca Delmanto.
Marketing sensorial: como atrair o cliente para o PDV
Apresente novidades sempre. Como o marketing sensorial é um artifício usado há muito tempo pelas marcas dentro do varejo, o que se destaca agora é explorar os sentidos de forma estratégica, relacionando as experiências de consumo aos conceitos que as marcas querem transmitir
Por Érica Xavier e Luciano Rios, www.administradores.com.br
Quem nunca ouviu falar em "amarrar o marido pelo estômago"? Os sentidos humanos são explorados há muito tempo e para as mais diversas finalidades. Não poderia demorar para que este artifício viesse a ser descoberto e amplamente utilizado para atrair consumidores. O marketing sensorial, principalmente no ponto de venda (PDV), já deixou de ser uma tendência: hoje é realidade cada vez mais presente no cotidiano dos shoppers brasileiros.
A preparação é um bom primeiro passo. Se os profissionais de marketing e seus promotores não forem bem treinados, poderão, inclusive, usar a abordagem aos sentidos contra a marca que querem divulgar. Portanto, não basta apenas criar uma comunicação atrativa para divulgar um produto ou posicioná-lo corretamente na gôndola, é preciso reter e envolver o shopper possibilitando que ele conheça, por experiência própria, todas as funcionalidades e benefícios que aquele produto pode lhe proporcionar.
Cientes disso, muitas empresas têm investido numa abordagem mais interativa e completa, que possibilita uma verdadeira experiência sensorial aguçando todos os canais receptores do consumidor na tentativa de gerar maior identificação com seus produtos.
Conhecer o público-alvo é fundamental. Afinal, não se atinge quem não foi identificado, estudado, quem não sabemos onde está e o que faz. Sabendo com quem conversamos, é possível oferecer mais do que uma experiência sensorial levando o consumidor a uma experiência emocional. São essas ações que geram um vínculo de relacionamento e fidelização difícil de ser quebrado.
Apresente novidades sempre. Como o marketing sensorial é um artifício usado há muito tempo pelas marcas dentro do varejo, o que se destaca agora é explorar os sentidos de forma estratégica, relacionando as experiências de consumo aos conceitos que as marcas querem transmitir, a fim de transformar as sensações provocadas em diferenciais competitivos exclusivos, que não poderão ser transmitidos por outra empresa e nem mensurados graficamente. E é nítido como os investimentos nesses diferenciais e personalização cresceram nos últimos anos, principalmente no que diz respeito a tecnologias, que permitem abordagens sensoriais inovadoras.
O paladar deve ser aguçado por meio de uma ação de degustação diferente daquela já velha conhecida das donas de casa que passeiam pelos corredores dos supermercados. Um exemplo: em uma ação de Hot Danette o produto foi aquecido e usado em uma receita diferente, exclusiva, preparada na hora para o shopper. Nesse sentido, tudo o que for criativo e diferente vai marcar o paladar e a mente do consumidor.
Já o olfato pode ser explorado conferindo ainda mais personalidade ao ambiente. É como se a empresa quisesse transferir ao produto e, consequentemente à marca, uma sensação humana, próxima, com alma. Por exemplo, mesmo que o café instantâneo não exale nenhum odor, a Melitta já utilizou um aromatizador de ambientes para passar ao consumidor o conceito de "café instantâneo com cheirinho de café feito na hora". Essa estratégia aproxima o consumidor, promove um espaço acolhedor, mas é necessário, porém, ter cautela quanto ao exagero da quantidade ou excesso de essências distintas em um mesmo ambiente.
Num outro aspecto, está a visão, que pode ser atraída com um design diferenciado de embalagem, além de uma forma criativa de expor o produto no PDV (pilhas de produtos, ilhas, gôndolas ou até displays e demonstradores exclusivos). Pensando nisso, a Banana Boat, por exemplo, levou guarda-sóis de 2,5 metros de altura para o PDV, valorizando a localização dos produtos da marca. Porém, o excesso de cores e imagens cansa, ou seja, é bom evitar os exageros que causam a poluição visual. A marca deve ter destaque sem que as muitas mensagens venham a confundir o seu público-alvo, escolhendo cores que transmitam sua ideologia.
Já no caso da audição, a ação está em surpreender o shopper com uma mensagem direta ou distraí-lo enquanto ele visita o PDV. A Johnson&Johnson , em parceria com a Fundação Gol de Letra, criou um display com sensor de presença, no qual o Raí, presidente da ONG, explicava como participar da primeira promoção multimarcas da companhia. Porém, se a opção for musical, é necessário ter extremo cuidado: músicas devem ser adequadas aos ambientes, quer seja para a loja ou até mesmo na espera telefônica de uma ligação. Em lugares mais agitados a música alta pode atrapalhar e causar sensação de pressa, movimento, quando muitas vezes o que se espera é justamente o contrário.
Escritórios, lojas e supermercados podem dispor de uma rádio interna própria, com seleções de músicas que envolvam o ambiente e tenham em sua programação a identificação certa com o perfil dos clientes, num volume ideal ao seu público.
Por último, mas não menos importante, o tato. Afinal, quem não gosta de ver os produtos com as mãos? Ter essa pré-disposição à mesa deve ser encarado como algo positivo. Há marcas que preferem fazer do seu produto uma peça de museu, algo raro inacessível. É também uma estratégia, embora, as boas oportunidades para transformar o primeiro contato em algo memorável são muito melhor aproveitadas e geram maior resultado. Foi o que fez a Kimberly Clark no lançamento de uma linha de fraldas, com um display exclusivamente criado para o canal farma, na qual o shopper poderia tocar e sentir a inovação do produto. Deixar os produtos ao alcance dos consumidores, e livres para manuseá-los é, sem dúvida, contribuir para agradáveis experiências, muitas vezes inesquecíveis.
Qualquer que seja a ação, as opções sensoriais no PDV são inúmeras, combiná-las de forma coerente e na medida certa é que é o grande desafio das agências de comunicação. O grande diferencial para a realização desse tipo de trabalho consiste no alinhamento afinado com o cliente e no relacionamento com fornecedores e parceiros: conhecer empresas capazes de realizar trabalhos diferenciados é essencial para criar ativações de destaque.
Érica Xavier é diretora de planejamento criativo da agência Dabster Comunicação.
Luciano Rios é redator publicitário da agência Dabster Comunicação.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Como criar um aplicativo relevante para os consumidores
Pilão, Bohemia, Red Bull e Pepsi aproveitam o crescimento de usuários de smartphones para investirem no setor. Games, patrocínios e serviços são possibilidades para as marcas se relacionarem com o público
Por Letícia Alasse, do Mundo do Marketing | 14/03/2012
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Games estão no topo do ranking de preferência
Os aplicativos de games são a preferência dos consumidores no mundo do todo, segundo a GDS, empresa americana de pesquisa. O estudo aponta que a categoria representa 64% de downloads pagos e ainda que 93% dos usuários dizem que pagariam para obter um jogo e 87% algo na área de entretenimento. Mas a principal questão da marcas ainda é escolher uma área para investir, já que 84% dos entrevistados também comprariam conteúdo relacionado à produtividade e 77% à alimentação/culinária.
O Bradesco e a Pepsi seguiram as tendências e apostaram no universo dos games para se relacionar com o público. O banco já possuía um aplicativo de serviços para os seus clientes, com possibilidades de movimentação bancárias, no entanto, para se aproximar dos jovens e apresentar uma nova experiência para o consumidor, a companhia lançou o “Link 237 Racer”, um jogo de corrida com a mascote da marca e paisagens turísticas do país.
Com a proposta de impactar o consumidor de forma diferenciada, a Pepsi também criou o jogo "Twist and Shoot", com os personagens Limõezinhos nos moldes do game Angry Birds. Lançado em novembro do ano passado, o aplicativo chegou ao primeiro lugar no ranking de downloads da App Store nas primeiras semanas e foi baixado 35 mil vezes. Por meio da ferramenta, a marca pretende permanecer mais tempo em contato com os consumidores.
“Quando falamos de bens de consumo é mais difícil atrelar um tipo de serviço. O caminho mais fácil é utilizar o meio do entretenimento e o desafio deste percurso é conquistar audiência. Após lançar um aplicativo de game, a marca deve fazer uma forte divulgação em redes sociais para destacar esse jogo entre milhares. Recomendo ainda que as empresas trabalhem com companhias especializadas, mas é sempre melhor lançar um aplicativo que seja de utilidade para o usuário”, declara Michael Lent, Sócio-Diretor de Estratégia do Grupo.Mobi, em entrevista ao portal.
Investimento em entretenimento e patrocínio
Além dos jogos, a música tem sido uma oportunidade para as marcas se aproximarem dos consumidores no canal. No ano passado, a Red Bull lançou o iFunk-se, em parceria com DJ Sany Pitbull, em que usuários podem criar suas próprias composições e batidas. Com a ferramenta, a marca de energético busca transmitir o seu posicionamento focado nos jovem de forma descontraída. Para a realização do projeto, a empresa contou ainda com os MC’s Emicida, Flávio Renegado, André Ramiro, DJ Nino, DJ Zé Brown e Funkero.
A plataforma dialoga diretamente com o público-alvo da marca, que gosta de batidas e ritmos eletrônicos. “O projeto durou nove meses desde a aprovação do layout às escolhas dos artistas. Atualmente, estamos fazendo uma nova versão do iFunk-se, que será mais interativo, com a possibilidade das pessoas gravarem suas próprias vozes para colocar no aplicativo. Também expandiremos para a plataforma Android, que cresceu muito no mercado”, afirma Antônio Marques, Sócio-Fundador da Agência Digital Tangível, responsável pela criação do iFunk-se, da Red Bull, em entrevista ao portal.
As funcionalidades da segunda versão do iFunk-se serão lançadas aos poucos, com previsão de novidades até o fim de março. Outro caminho traçado pelas marcas é o patrocínio de conteúdo. A Petrobras possui uma relação de sucesso com o aplicativo do Campeonato Brasileiro, que durante os torneios nos últimos anos ficou entre os mais baixados da App Store. Já a Budweiser decidiu entrar no mundo mobile relacionando-se ao aplicativo do UFC Rio, do qual a marca é patrocinadora.
Serviços diferenciados
O estudo da GDS mostra ainda que o comportamento dos usuários de smartphones segue o mesmo da internet e a maioria utiliza o aparelho para se comunicar nas redes sociais. Entre os aplicativos gratuitos mais populares está a versão mobile do Facebook. De olho no interesse dos consumidores, a Bohemia criou o Papo Boêmio, idealizado com base em uma conversa de bar, que junta o bate-papo virtual com o serviço de geolocalização em estabelecimento cadastrados.
Para realizar a ação, a Ambev buscou compreender as características do seu público e apresentou o aplicativo como um meio de prestar um serviço dinâmico aos seus consumidores, contextualizando com o espaço de consumo do seu produto. Já o café Pilão encontrou em um simples despertador uma maneira de se aproximar dos usuários. Com a ferramenta Pilão Desperta, a marca da Sara Lee iniciou os seus investimento na área digital e, em cinco anos, a empresa pretende direcionar 20% do Marketing para este setor.
“Estamos aprendendo a como nos relacionar com o consumidor pelo canal mobile, mas não queremos ser intrusivos. Escolhemos uma forma de comunicar os vários sabores que a marca possui e, ao mesmo tempo, oferecer um conteúdo relevante”, declara Alexandre Carvalho, Gerente de Marketing da Sara Lee, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A ideia do aplicativo é comunicar o mote “nada melhor que um bom café para despertar” e aproveitar o hábito que os brasileiros têm de usar o aparelho celular como despertador. A ferramenta chegou a ficar entre as 100 mais baixadas da categoria Life Style, no Brasil, e, atualmente, segundo a Talent, conta com um total de 1.380 downloads na App Store e no Android Market. A Pilão planeja novas versões do aplicativo e a produção de outros, como um que ajude o consumidor a escolher o sabor do café, além de comunicação em mídias tradicionais com QR Code para atrair mais usuários.
“Quando estamos falando de software mobile, temos que pensar que é uma plataforma para trazer um serviço ou um conteúdo de grande pertinência para determinado público-alvo, que sirva como uma companhia para estas pessoas em uma relação de longo prazo. Tem muitas possibilidades para trabalhar e as marcas precisam saber o que querem propor de relevante para não fazer algo que seja apenas mais um entre milhares, isto é desperdício de oportunidades”, destaca Sócio-Diretor de Estratégia do Grupo.Mobi.
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