segunda-feira, 19 de março de 2012

Outdoor de bebidas e alimentos

Você desceria essa escada para tomar um gole?

Outdoor feita com as próprias garrafas da marca.

A ideia desse Outdoor é mostrar que o Whisky da marca é tão bom que precisa de um caminhão para te satisfazer.





Mc Donalds usa a criatividade para mostrar que tem saladas frescas.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Como criar um aplicativo relevante para os consumidores

Pilão, Bohemia, Red Bull e Pepsi aproveitam o crescimento de usuários de smartphones para investirem no setor. Games, patrocínios e serviços são possibilidades para as marcas se relacionarem com o público

Por Letícia Alasse, do Mundo do Marketing | 14/03/2012

leticia@mundodomarketing.com.br

Com o crescimento dos usuários de smartphones e tablets no Brasil, as empresas têm se movimentado para criar ferramentas na plataforma mobile que dialoguem com os consumidores e se destaque entre as milhares de opções colocadas no mercado todos os dias. De olho no aumento de 179% nas vendas de smartphones em 2011, segundo informações da Nielsen, marcas como Red Bull, Pepsi, Bohemia e Pilão lançaram aplicativos que buscam se relacionar com o público e, ao mesmo tempo, prestar um serviço diferenciado de acordo com as suas preferências, fazendo parte do dia a dia das pessoas.
Tecnisa,aplicativo,geolocalizador,iPhoneAtualmente, o desafio das companhias é produzir conteúdo relevante e que transmita o seu posicionamento, além ter um caráter inovador, no meio de tantas possibilidades permitidas pelo canal. Entre as marcas que têm conseguido mais destaque no setor, estão aquelas que disponibilizam ferramentas que facilitam a vida do usuário, como o aplicativo de check-in da companhia aérea Gol e o de localização de imóveis da Tecnisa, lançados há cerca de dois anos.
Marcas de bens de consumo, no entanto, possuem mais dificuldade para criar um relacionamento a partir destas ferramentas e buscam alternativas para dialogar com o consumidor, como jogos, redes sociais ou conteúdos patrocinados. Segundo levantamento da Nielsen, o principal motivo do aumento do uso de smarphones foi a diminuição de 33% no preço médio do produto. Com a aposta dos especialistas na diminuição progressiva do preço, a expectativa é que a base de usuários, que hoje é de 10% da população, cresça cada vez mais.
“Tivemos a era dos serviços para internet e, mais recentemente, a das redes sociais, agora é a vez da dos aplicativos. Por causa do número crescente de usuários no Brasil e pela facilidade maior de acesso, acredito que tudo acabará migrando para a plataforma de aplicativos”, diz Pedro Berti, Sócio-Diretor do The App Date São Paulo, evento sobre o mercado de aplicativos, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Games estão no topo do ranking de preferência
Os aplicativos de games são a preferência dos consumidores no mundo do todo, segundo a GDS, empresa americana de pesquisa. O estudo aponta que a categoria representa 64% de downloads pagos e ainda que 93% dos usuários dizem que pagariam para obter um jogo e 87% algo na área de entretenimento. Mas a principal questão da marcas ainda é escolher uma área para investir, já que 84% dos entrevistados também comprariam conteúdo relacionado à produtividade e 77% à alimentação/culinária.
Bradesco,aplicativo,gamesO Bradesco e a Pepsi seguiram as tendências e apostaram no universo dos games para se relacionar com o público. O banco já possuía um aplicativo de serviços para os seus clientes, com possibilidades de movimentação bancárias, no entanto, para se aproximar dos jovens e apresentar uma nova experiência para o consumidor, a companhia lançou o “Link 237 Racer”, um jogo de corrida com a mascote da marca e paisagens turísticas do país.
Com a proposta de impactar o consumidor de forma diferenciada, a Pepsi também criou o jogo "Twist and Shoot", com os personagens Limõezinhos nos moldes do game Angry Birds. Lançado em novembro do ano passado, o aplicativo chegou ao primeiro lugar no ranking de downloads da App Store nas primeiras semanas e foi baixado 35 mil vezes. Por meio da ferramenta, a marca pretende permanecer mais tempo em contato com os consumidores.
“Quando falamos de bens de consumo é mais difícil atrelar um tipo de serviço. O caminho mais fácil é utilizar o meio do entretenimento e o desafio deste percurso é conquistar audiência. Após lançar um aplicativo de game, a marca deve fazer uma forte divulgação em redes sociais para destacar esse jogo entre milhares. Recomendo ainda que as empresas trabalhem com companhias especializadas, mas é sempre melhor lançar um aplicativo que seja de utilidade para o usuário”, declara Michael Lent, Sócio-Diretor de Estratégia do Grupo.Mobi, em entrevista ao portal.
Investimento em entretenimento e patrocínio
Além dos jogos, a música tem sido uma oportunidade para as marcas se aproximarem dos consumidores no canal. No ano passado, a Red Bull lançou o iFunk-se, em parceria com DJ Sany Pitbull, em que usuários podem criar suas próprias composições e batidas. Com a ferramenta, a marca de energético busca transmitir o seu posicionamento focado nos jovem de forma descontraída. Para a realização do projeto, a empresa contou ainda com os MC’s Emicida, Flávio Renegado, André Ramiro, DJ Nino, DJ Zé Brown e Funkero.
Red Bull,iFunk-se,FunkA plataforma dialoga diretamente com o público-alvo da marca, que gosta de batidas e ritmos eletrônicos. “O projeto durou nove meses desde a aprovação do layout às escolhas dos artistas. Atualmente, estamos fazendo uma nova versão do iFunk-se, que será mais interativo, com a possibilidade das pessoas gravarem suas próprias vozes para colocar no aplicativo. Também expandiremos para a plataforma Android, que cresceu muito no mercado”, afirma Antônio Marques, Sócio-Fundador da Agência Digital Tangível, responsável pela criação do iFunk-se, da Red Bull, em entrevista ao portal.
As funcionalidades da segunda versão do iFunk-se serão lançadas aos poucos, com previsão de novidades até o fim de março. Outro caminho traçado pelas marcas é o patrocínio de conteúdo. A Petrobras possui uma relação de sucesso com o aplicativo do Campeonato Brasileiro, que durante os torneios nos últimos anos ficou entre os mais baixados da App Store. Já a Budweiser decidiu entrar no mundo mobile relacionando-se ao aplicativo do UFC Rio, do qual a marca é patrocinadora.
Serviços diferenciados
O estudo da GDS mostra ainda que o comportamento dos usuários de smartphones segue o mesmo da internet e a maioria utiliza o aparelho para se comunicar nas redes sociais. Entre os aplicativos gratuitos mais populares está a versão mobile do Facebook. De olho no interesse dos consumidores, a Bohemia criou o Papo Boêmio, idealizado com base em uma conversa de bar, que junta o bate-papo virtual com o serviço de geolocalização em estabelecimento cadastrados.
Pilão,Sara Lee,despertador,aplicativoPara realizar a ação, a Ambev buscou compreender as características do seu público e apresentou o aplicativo como um meio de prestar um serviço dinâmico aos seus consumidores, contextualizando com o espaço de consumo do seu produto. Já o café Pilão encontrou em um simples despertador uma maneira de se aproximar dos usuários. Com a ferramenta Pilão Desperta, a marca da Sara Lee iniciou os seus investimento na área digital e, em cinco anos, a empresa pretende direcionar 20% do Marketing para este setor.
“Estamos aprendendo a como nos relacionar com o consumidor pelo canal mobile, mas não queremos ser intrusivos. Escolhemos uma forma de comunicar os vários sabores que a marca possui e, ao mesmo tempo, oferecer um conteúdo relevante”, declara Alexandre Carvalho, Gerente de Marketing da Sara Lee, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A ideia do aplicativo é comunicar o mote “nada melhor que um bom café para despertar” e aproveitar o hábito que os brasileiros têm de usar o aparelho celular como despertador. A ferramenta chegou a ficar entre as 100 mais baixadas da categoria Life Style, no Brasil, e, atualmente, segundo a Talent, conta com um total de 1.380 downloads na App Store e no Android Market. A Pilão planeja novas versões do aplicativo e a produção de outros, como um que ajude o consumidor a escolher o sabor do café, além de comunicação em mídias tradicionais com QR Code para atrair mais usuários.
“Quando estamos falando de software mobile, temos que pensar que é uma plataforma para trazer um serviço ou um conteúdo de grande pertinência para determinado público-alvo, que sirva como uma companhia para estas pessoas em uma relação de longo prazo. Tem muitas possibilidades para trabalhar e as marcas precisam saber o que querem propor de relevante para não fazer algo que seja apenas mais um entre milhares, isto é desperdício de oportunidades”, destaca Sócio-Diretor de Estratégia do Grupo.Mobi.

sexta-feira, 9 de março de 2012

A importância da cor na criação da identidade visual


Isaac Newton – físico e matemático inglês – descobriu que a luz branca do sol é composta pelas cores do arco-íris e, baseado nessa descoberta, foi criado o Disco de Newton, dispositivo que em movimento mostra a sensação de mistura na composição de cores.
Disco de Newton
Em conjunto com a forma, a cor é um elemento fundamental na construção da identidade visual de uma empresa ou produto. A cor transmite diversos significados e mensagens, portanto deve ser cuidadosamente escolhida para que tenha um efeito positivo no reconhecimento da marca pelo consumidor.
A informação da cor é percebida por meio da visão, que recebe o estímulo do feixe de luz na retina e é pré-processada no nervo óptico que envia a informação para o sistema nervoso.
Estudos comprovam a influência das cores no comportamento emocional e físico. Algumas têm efeito estimulante, já outras têm um aspecto negativo e há as que são neutras, sem associação com sentimentos, como o azul, que por esse motivo é uma das cores mais utilizadas em empresas. Entre seus significados estão a estabilidade, confiança, conhecimento, poder e seriedade.
Para a definição do swatch de cores do projeto o principal item a ser considerado é a mensagem e o conceito que a empresa quer passar a seus clientes.
A seguir, alguns exemplos de aplicação de cores em identidade visual.
Azul até no nome
Logotipo Linhas Aéreas Azul
Estabilidade, confiança e seriedade são os principais itens que o cliente procura quando escolhe uma companhia aérea para fazer uma viagem. A Azul Linhas Aéreas Brasileiras tem como proposta oferecer vôos diários com qualidade nos serviços prestados a preços acessíveis e essa mensagem também é transmitida pelas cores aplicadas na identidade visual.
Sinônimo de Fast Food
Logotipo Mc Donald's
As cores presentes na identidade visual da lanchonete Mc Donald’s, transmitem diversas sensações, onde o amarelo e o vermelho são cores quentes e vibrantes que geram ansiedade e essa combinação é estimulante para o apetite. As cores mostram também o conceito de fast food, que é um local para uma refeição rápida, onde a exposição a essa combinação se torna desconfortável se for por um período prolongado.

terça-feira, 6 de março de 2012

Abaixo o marketing verde

Por Eber Freitas, Revista Administradores

É normal empresas e governos se autoproclamarem ambiental e socialmente sustentáveis, mas só incorporarem ações aos discursos à medida em que a imagem pública é beneficiada

1988. Após quase duas décadas de exploração dos recursos naturais de sua terra, um grupo de jovens nativos da pequena ilha de Bougainville, localizada no Pacífico Sul, se insurgiu contra a subsidiária de uma das maiores mineradoras do mundo, a Rio Tinto Zinc. A luta pelos recursos naturais ganhou corpo, ideologia e motivações. "Minha luta em Bougainville é baseada nesses fatores: primeiro, estamos lutando pelo homem e sua cultura; segundo, pela terra e o meio ambiente; e terceiro, é a independência", afirmou o líder do movimento, Francis Ona, no documentário "The Coconut Revolution" ("A Revolução dos Cocos", 1999), dirigido pelo britânico Dom Rotheroe.
Porém, o mais curioso sobre esse episódio não é o fato de que a primeira "ecorrevolução" registrada no mundo tenha rechaçado forças militares de Papua Nova Guiné, da Austrália, e conquistado independência e autonomia para uma população considerada indígena. O que realmente surpreendeu foi a Rio Tinto Zinc ser considerada uma multinacional ecologicamente sustentável.
A contradição presente em uma exploradora voraz de cobre que se diz verde não acontece apenas com a companhia britânica: é uma anomalia conceitual gritante e assustadoramente comum, que se assemelha a um medicamento que encobre os sintomas, mas abre as portas para a doença agir traiçoeiramente.
Imagem: Thinkstock


Transição

Ainda hoje é normal empresas e governos se autoproclamarem ambiental e socialmente sustentáveis, mas só incorporarem ações aos discursos à medida que a imagem pública é beneficiada ou enquanto isso satisfaz necessidades imediatas dos acionistas e grupos de interesses diversos.
Quando ser sustentável implica em mudanças no plano de negócios, gastos além do previsto, confronto com shareholders e contratos transparentes com fornecedores éticos, adotam-se, muitas vezes, procedimentos contrários à noção de sustentabilidade. Para manter a imagem, o consumidor não é informado sobre o que a empresa faz para que o produto final tenha uma relação aparentemente vantajosa entre qualidade e preço. Esse tipo de equívoco já conta com cases emblemáticos, mas continua a ser praticado.
Para o consultor e escritor Fernando Almeida, a sociedade ainda está enfrentando um processo de mudanças de paradigmas, do cartesiano para o sustentável. Enquanto o primeiro pressupõe uma visão fragmentada das coisas (como, por exemplo, os setores de um negócio), o segundo propõe uma abordagem holística, completa, da humanidade como um todo, incluindo aí as empresas. Enquanto o paradigma cartesiano trata separadamente os fatos e os valores, o sustentável relaciona ambos fortemente, conforme destaca no livro "O Bom Negócio da Sustentabilidade" (Campus/Elsevier, 2002).

Lógica de Mercado

A sustentabilidade, apesar de ser um fator determinante para o sucesso ou o fracasso de um negócio, ainda não está completamente inserida na lógica da competitividade do mercado. É uma noção simples: esse valor, potencialmente, representa um diferencial; dessa forma, os custos ambientais e sociais dos programas e projetos desempenhados pela empresa podem ser incluídos naturalmente no preço final do produto.
Mas, num mercado de competição entre empresas – onde a ética e a transparência nem sempre têm tanto espaço – um produto pode ter a mesma qualidade que o seu rival sustentável, mas apresentar um preço bem inferior, obtido às custas de algum elemento na cadeia de valor que agride à humanidade e ao meio ambiente. Exemplos recorrentes são o uso da força de trabalho infantil ou a aquisição de madeira extraída ilegalmente.
"Infelizmente, isso ainda ocorre", lamenta Fernando. "O que eu continuo reafirmando até hoje é a necessidade de mudança no paradigma, e isso é algo que já vem acontecendo – não por força de imposições legais, mas pela democratização da informação", diz o escritor.
Na opinião de Fernando, atualmente, nenhuma empresa – sobretudo as que sejam bem conhecidas – quer ter um passivo ambiental ou social pesado no seu portfólio. "Aos poucos, o consumidor, os fundos de investimentos, seguradoras, vão percebendo essa postura de risco. É uma tendência", garante.
De fato, é; mas ela ainda não caminha a passos tão vigorosos. De acordo com estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) em 2009 junto a dois mil executivos de grandes empresas, 92% disseram ter ciência de que as empresas desempenham um papel estratégico nas questões referentes à sustentabilidade. No entanto, 70% delas ainda não haviam desenvolvido ações sistêmicas e planejadas de responsabilidade social e ambiental. Por outro lado, uma pequena parte das empresas que adotaram integralmente a sustentabilidade como modelo de negócios, ganharam um bom terreno competitivo em relação às demais – e cerca de 75% mantiveram o compromisso com o desenvolvimento sustentável mesmo diante da crise.
O sociólogo britânico John Elkington criou um conceito-chave para inserir a sustentabilidade dentro da pauta do mercado: o Triple Bottom Line. Para as empresas, a ideia consiste em comunicar o compromisso com o desenvolvimento sustentável por meio de relatórios anuais. O objetivo é conciliar o desempenho junto à natureza e à comunidade sem abrir mão da saúde financeira. Porém, o próprio adverte: "as empresas devem trabalhar sua marca de acordo com o surgimento desse novo paradigma. Mas essas ações não podem ser forçadas. É preciso ter ética e ser transparente", disse durante sua última visita ao Brasil.

A sustentabilidade é para qualquer empresa?

Ao conceber a sustentabilidade empresarial como um valor holístico, consideramos que todos os processos e atores envolvidos em um empreendimento – a cadeia de valor por completo – deve funcionar como uma simbiose entre homem, natureza e comunidade. E quando o produto final é, em si, agressivo ao meio ambiente e aos seus usuários? Adianta plantar árvores para aliviar o enorme passivo ambiental e social? "A sustentabilidade corporativa não é um jogo de ganha-ganha. Muitas empresas vão desaparecer", lembra Almeida.
Para Wilson Bueno, doutor em Jornalismo Científico pela USP, apesar de dificilmente um negócio ser completamente sustentável, há empresas que carregam um ônus ambiental tão pesado que jamais poderiam se declarar socioambientalmente responsáveis. "Dentro de certos parâmetros, é possível atenuar o passivo ambiental. Mas eu não consigo imaginar a sustentabilidade associada à indústria do tabaco, por exemplo, uma vez que ela não contempla princípios fundamentais, como a qualidade de vida e a saúde dos seus clientes", critica Bueno.
"Há uma tendência de que esse processo se consolide, mas eu não seria tão otimista a ponto de imaginar que empresas e setores vão levar isso ao pé da letra de tal forma que prejudique os lucros ou estratégias. Nunca teremos empresas cem por cento sustentáveis, mas o importante é trabalhar no sentido de cada vez mais as companhias incorporarem o conceito e a prática da sustentabilidade à gestão", explica. A visão de Bueno encontra respaldo em cases como o da Bayer, fabricante de pesticidas agrícolas. Mesmo com um produto final potencialmente prejudicial à saúde, a empresa desenvolveu programas para educar agricultores e usuários sobre os procedimentos corretos a serem adotados na aplicação do produto, evitando a contaminação.

Comunicação e transparência

Comunicar a sustentabilidade com ética, transparência e profissionalismo não é importante apenas para agregar valor à marca e angariar clientes e vendas. A informação é um fator de grande importância à medida em que, a partir dela, os consumidores, shareholders e colaboradores passarão a desenvolver uma consciência crítica em relação à responsabilidade coletiva e de como suas ações podem impactar o meio ambiente.
"Ainda temos situações de 'boca grande e ouvido pequeno', onde as empresas falam muito, mas ouvem pouco. O ideal é criar canais efetivos de comunicação entre os diversos públicos e a cúpula da empresa. A comunicação explicita o compromisso e está dentro da pauta sustentável", destaca Bueno.
Por outro lado, informar é proporcionar a todos esses públicos a oportunidade de escolha. "Consumidores informados das consequências ambientais e sociais de suas opções podem tomar as melhores decisões: escolher a melhor correlação entre produtos, preços e práticas empresariais", defende Fernando Almeida.

Cases

Ecorrevolução: Após expulsar uma grande mineradora e sofrer um grave bloqueio econômico que impedia o transporte de remédios e alimentos, habitantes da ilha de Bougainville aprenderam a utilizar os recursos naturais da terra para garantir alimentação, medicamentos, energia, armas e até combustível. Hoje, a ilha é um território autônomo com governo e bandeira próprios.
Pesticidas: em 1995, a fabricante de defensores agrícolas Bayer começou a implementar medidas educativas junto aos agricultores para orientar sobre o manuseio correto dos produtos, sem prejudicar a própria saúde ou a natureza. O modelo, aplicado primeiramente no Brasil, foi exportado para outros países.
Escolaridade: quando a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), atualmente denominada de ArcelorMittal Tubarão, notou que mais de 25% dos seus quatro mil colaboradores não haviam concluído o ensino médio, implementou um programa escolar para reduzir esse índice. O projeto deu tão certo que se expandiu para as famílias dos colaboradores e, depois, para a comunidade.

Fail cases

De olho nos fornecedores: A Zara, famosa marca de roupas espanhola, entrou para a lista negra do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por ter se envolvido em uma denúncia de trabalho escravo. Motivo: uma das trinta empresas terceirizadas que produzem as roupas vendidas para os clientes da marca, a maioria da classe média, utilizava mão de obra escrava de adultos e crianças bolivianos. O barato saiu bem caro, já que só a multa pode chegar a R$ 1 milhão. E o prejuízo à imagem da marca... priceless.
Efeito reverso: a WWF, entidade internacional de defesa do meio ambiente, conta com um selo de qualidade para identificar fornecedores de madeira extraída legalmente, a Rede Global de Floresta e Comércio. O problema é que esse programa se mostrou pouco rigoroso para admitir filiados e beneficiou madeireiras inescrupulosas com um belo greenwash. A falha foi descoberta pelo grupo de pesquisa Global Witness.
Poluição das águas: a Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro, nunca mais foi a mesma depois da Ingá Mercantil. A indústria despejou, durante 30 anos, uma montanha de metais residuais que inviabilizou a vida nos arredores. Em 2008, a Usiminas comprou o local e se comprometeu a limpar toda a sujeira. Serão 20 anos para eliminar as impurezas da água, num processo estimado em US$ 92 milhões.

Qualquer empresa deve ter Facebook e Twitter?


Que a internet é um meio de uso universal e indiscriminado não há o que discutir, ninguém é impedido de estar presente de qual forma desejar. Não há restrições para abrir um perfil em ferramentas como Twitter, Facebook ou um blog no WordPress. Claro que todas tem lá suas políticas, mas salvo em casos de abuso ou que incidam em comportamento criminoso, qualquer pessoa ou empresa pode ter seu espaço. Mas fica a dúvida: qualquer empresa deve, necessariamente, estar presente?
A resposta para essa questão se dá através de análise de alguns pontos cruciais, são eles:

Maturidade

Estar presente significa, de certo modo, estar exposto. A exposição traz à marca ou empresa, ônus e bônus, dependendo da forma com que as críticas, sugestões e elogios são encarados. Todos gostam de elogios, alguns apreciam sugestões, mas raramente surge aquele que aprende com as críticas. É preciso ter muita maturidade para tirar proveito delas e também com as respostas que serão dadas, caso contrário há um grande risco de gerar uma crise desnecessária.

Competência

Como em qualquer outro meio, o digital também precisa de uma análise franca quanto a competência dos envolvidos no comando dos canais. Ter uma equipe própria ou terceirizar o controle do canais não é um problema, desde que, se tenha todo o cuidado na escolha, no treinamento (quando interno) e nas diretrizes que a empresa deseja.
Os profissionais escolhidos devem ser orientados quanto a forma e modo, contudo, mais do que entender das ferramentas, devem estar aptos para se relacionar com pessoas em todos os estados emocionais e de diferentes níveis culturais.

Visão

Se a empresa tem como visão que a internet nada mais é do que uma forma de gastar recursos, não faz o menor sentido realizar investimentos. As ferramentas digitais nada mais são do que um meio para algo, se visto de outra forma, qualquer investimento não será nada mais do que mais uma despesa. Ter um perfil no twitter serve para pesquisar, informar, disseminar e se relacionar. Quando bem trabalhados os canais podem ajudar na retenção de consumidores insatisfeitos, na captação de novos e na construção de valor agregado para os atuais.

Planejamento

Ao abrir uma fanpage no Facebook ou um perfil no Twitter suponho que você tenha algo a dizer para o mundo. E não acredito que seja “Vendo Monza 92. 4 Portas” ou “Acabei de pedir uma pizza para o pessoal do escritório”.
Planejar o conteúdo com antecedência impede que problemas aconteçam. Recomendo estudar o calendário de atividades que interessa ao público consumidor, misturar com conteúdo propositivo e também com o que interessa à empresa, claro. Convém estipular dias e horários para publicação e forma de abordagem aos temas. Também é necessário pensar na informação como uma história a ser contada, com etapas definidas. Recomendo planejar detalhadamente os próximos 30 dias de operação e de grosso modo, os próximos 6 meses.

Metodologia

Estabelecer o relacionamento através dos canais é o resultado de um trabalho árduo que exige dedicação e metodologia. Se o canal não é tratado com a seriedade que precisa, não será levado a sério pelos espectadores.
Ao adentrar esse mundo a empresa deve estar ciente de que a operação deve seguir um padrão contínuo, basicamente definido em: pesquisa, produção, publicação, interação, monitoramento.

Qualquer empresa deve ter Facebook ou Twitter?

Respondendo de forma simples, não. Recomendo somente para aquelas que entendem o processo da comunicação, têm estrutura para trabalhar os canais, têm visão de investimento, se planejam e têm metodologia estruturada.
Não é a atividade da empresa que determina a sua presença online, tanto faz se é uma padaria ou um fabricante multinacional de automóveis, o principal é entender que não existe almoço grátis.
Até mais!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Que tal dar uma boa risada?

Aquele comercial do Itaú, da criança rasgando o papel, é muito legal. Não tem pessoa que não abra um sorriso quando vê o comercial pela primeira vez. E isso faz muito bem a sua saúde!
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Estudos sobre a Ciência dos Sorrisos indicam que uma boa dose diária de sorrisos faz muito bem para sua saúde e podem ser o melhor remédio para Você e sua família.
Em um trabalho científico apresentado recentemente em conferência sobre o assunto na American College of Cardiology em Orlando, na Flórida, Dr. Michel Miller da University of Maryland anunciou ter medido a pressão arterial de 20 voluntários antes e depois de terem assistido 2 filmes de gêneros diferentes: um sobre guerras, outro sobre comédias. . Os resultados foram dramaticamente opostos. Dr. Miller descobriu que a pressão arterial caiu em média para 35% dos voluntários durante o filme com cenas sanguinolentas e aumentou em 22% durante a exibição das comédias. Dr. Miller concluiu então, que os sorrisos são remédios muito mais saudáveis do que todos nós poderíamos imaginar.
Na mesma conferência, Dr. Wei Jiang, da Duke University demonstrou em seu estudo sobre 1.000 pacientes cardíacos, que sem sorrisos 44% deles possuíam maior risco de morte. Em outras palavras, uma atitude alegre diária faz muito bem ao seu coração e ajuda Você a viver melhor e a atingir uma expectativa de vida longa com maior certeza.
Os estudos intensivos sobre os benefícios do sorriso diário tiveram início há aproximadamente 20 anos atrás , quando um paciente Norman Coxins contou sobre sua vitória pessoal como sobrevivente a uma doença fatal , depois de ter assistido várias vezes os filmes ainda silenciosos de Charles Chaplin. Para se ter uma idéia, Coxins não possuía nenhum conhecimento médico sobre os resultados que começava a sentir em seu organismo, mas ele diariamente acreditava firmemente, que este era o antídoto natural à sua impaciência, desesperança e síndrome do pânico. Desde então, Drs. Leila Berk e Stanley Tam – profissionais do Centro Médico da Loma Linda University têm sido os líderes na pesquisa sobre a fantástica Ciência dos Sorrisos. Estes incríveis estudos demonstram que o sorriso diário baixa a pressão arterial, reduz os estresses hormonais, aumenta o relaxamento muscular e acelera o sistema imunológico. O sorriso diário também produz endorfinas – os antidepressivos naturais em nosso corpo – produzindo uma gostosa sensação de bem-estar.
Entretanto, o melhor benefício dos sorrisos pode ser mesmo o econômico, pois é grátis e ainda não possui contra-indicações ou efeitos colaterais, além de ser contagiante e até mesmo, incurável.
Atualmente, muitos hospitais e médicos especializados já contam com Salas Hilariantes, onde dispõem de recursos e objetos cômicos, fantasias, fitas de filmes humorísticos, bem como permitem a visita de atores profissionais para animar/ reanimarem seus pacientes da forma mais natural possível, complementando seus tratamentos médicos. Assim finalmente, a melhor bula de remédio para uma longa vida é uma saudável dieta alimentar seguida de exercícios físicos diários e uma boa dose de sorrisos diários. Pense a respeito disso. Faça agora mesmo um teste pela vida. Olhe para os seus filhos. Volte no tempo por alguns segundos e sorria! Olhe seu espelho preferido e veja estampada a alegria da vida natural como ela é. Comece o seu dia sorrindo à toa e tenha como merece uma vida longa.