quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

As 13 Piores Logos do Mundo

Postado em 18 de janeiro de 2012 por Guilherme Lito

Adoramos mostrar boas logos, bons cases de marketing e outras fontes inspiradoras, mas também somos filhos de Deus, portanto gostamos de dar boas risadas de vez em quando!


E hoje é dia light, tirei uma semaninha de férias e voltei de ótimo humor e querendo sacudir um pouco essa coluna. Conclusão: tirem as crianças da sala! Você está prestes a ver alusões a figuras que são, digamos… picantes.

Hoje mostraremos as logos cujo tiro realmente saiu pela culatra. O mais interessante é que (teoricamente) os designers fizeram as logos a sério!

Vamos lá!

1. A-Style


Você pode estar pensando: calma aí, esse cara é um louco de não ter visto uma “mensagem subliminar” nisso, certo? Se você pensou isso, está certo! Essa logo foi propositalmente feita assim para a marca se espalhar mais rápido. Os caras fizeram adesivos, saíram distribuindo para a galera botar nos carros e etc e acabou gerando um mega buzz… Só depois disso eles começaram a divulgar o que era a empresa e o que eles vendiam.

O cara não é bobo!

2. Comissão Jovem da Arquediocese da Igreja Católica



Os padres já não tem lá essa credibilidade, ainda me deixam passar essa? Poxa assim não dá! E o pior, essa logo já ganhou um prêmio… POR QUÊ?!?!

3. Kids Exchange



Essa é a típica logo que poderia se aproveitar de um espaçamento maior entre as palavras…

4. Centro Pediátrico de Arlington



Esses caras mandaram bem! Não pelo que está acima, mas sim por terem mudado a logo! Hoje ela é assim…



Palmas pra eles!

5. Mont-Sat


Esse cara não vai conseguir me convencer de que ele fez a logo a sério…

6.Farmácia Kudawara



7. Catwear



Eles “refizeram” a logo, agora ela não tem aquele pontinho preto ali no meio…

8. (algo como) Secretaria de Comércio do Governo



Esse é um órgão do governo que, se mudarmos um pouco a perspectiva na qual analisamos a logo, pode causar constrangimento…

9. Megaflicks



Se a logo lá de cima se daria bem com um espaçamento maior, essa pede uma fonte diferente, concorda?

10. Locum



Para fins de alinhamento, “cum” em inglês é orgasmo…

11. China Restaurant



Dispensa comentários… além de ter duplo sentido é muito tosca.

12. The Computer Doctor



Esses caras também passaram por uma reformulação… Segue abaixo!


Ao que tudo indica, um mouse quadradão, embora feio, é mais legal do que um muito sugestivo…

13. Clínica Dental San Marcelino



Ê beleza eim…

E aí, qual foi a logo que lhe saltou aos olhos? Que outras logos você conhece que deixam o empreendedor numa saia justa?

Compartilhe! Não deixemos que os empreendedores cometam esse tipo de erro!!

Saudações! Até a próxima!!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Empresas e marcas nas redes sociais: um caminho sem volta

 

O ano terminou com os maiores anunciantes do país investindo também na internet

Por Elizangela Grigoletti, www.administradores.com.br

No ano de 2011 as grandes marcas e empresas compreenderam a força das mídias sociais, tanto no relacionamento com o consumidor, quanto para a construção e manutenção de sua imagem corporativa. Canais como Facebook e Twitter – apenas para citar os mais utilizados – alteraram a dinâmica de contato entre cliente e instituição, obrigando as empresas a se adaptarem para manterem um bom relacionamento com os consumidores via canal social.
A reclamação 2.0 gerou alguns casos bastante repercutidos no ano que passou, como o vídeo criado por Oswaldo Borelli para reclamar de um defeito em sua geladeira. Postado logo no início de 2011, o vídeo no Youtube teve mais de 820 mil visualizações e fez a marca figurar entre os Trending Topics do Twitter na época. O que também movimentou os TT's foi a campanha contra a coleção Pelemania, que logo após o lançamento levou mais de sete mil usuários a se reunirem em uma página de boicote à empresa no Facebook.
Depois da repercussão, Oswaldo teve seu problema resolvido, a Pelemania foi retirada das prateleiras e as empresas definitivamente começam a entender o alcance e a dinâmica para essas novas mídias.
O ano terminou com os maiores anunciantes do país investindo também na internet. Não apenas nas redes sociais, mas também em sites e novos canais de relacionamento e engajamento do público. No Facebook, as Casas Bahia incentivaram seus fãs a criarem enfeites natalinos com materiais recicláveis e mandarem suas fotos para concorrerem a prêmios. No site institucional, o grupo Colgate-Palmolive criou uma ferramenta interativa para apresentar quais os produtos mais indicados para a limpeza de cada cômodo da casa. O Magazine Luiza também aproveitou o caminho aberto pelas redes sociais para angariar "consultores", que utilizam sua rede de contatos no Facebook e Orkut para vender produtos através de uma vitrine virtual. E, inovando, o Bradesco se destaca dentre os 30 maiores anunciantes do país ao manter uma página nacional corporativa no Google+.
Mais do que apenas estar lá, as empresas estão buscando nas redes formas de conhecer melhor o seu consumidor. Em 2011, o público abriu seu coração: lamentou a morte de Steve Jobs com mais de oito milhões de menções no Twitter em apenas 36 horas; posicionou-se em relação à construção da Usina de Belo Monte, com quase 500 mil pessoas curtindo a fanpage no Movimento Gota D'Água; esperou ansiosamente a chegada do iPhone 4S, com mais de um milhão de menções no Twitter antes mesmo de o produto chegar às lojas e curtiu muito "rock, bebê" – foram mais de 300 mil seguidores no perfil oficial do Rock in Rio no Twitter, quase 600 mil likes na sua página no Facebook, cerca de 11 mil check-ins pelo Foursquare e nada menos que 3 milhões e quatrocentos mil membros em uma comunidade do Orkut.
Com tanta informação, as corporações se bem embasadas podem antecipar as tendências, prever crises e oferecer aos consumidores exatamente o que eles querem e precisam. Muito além da divulgação institucional, Youtube, Linkedin, Vimeo, Flickr, Instragram, blog e muitas outras ferramentas, também já estão sendo utilizadas pelas marcas que querem inovar, mas – mais do que isso – por quem quer se relacionar, sinceramente, com seu público. São essas empresas que vão ganhar o "curtir" do consumidor em 2012.
Elizangela Grigoletti é gerente de inteligência e marketing da MITI Inteligência, empresa de soluções em inteligência de mercado

Como Investir Dinheiro – Coaching Financeiro

12 de janeiro de 2012 por: Fred Graef

Um dos assuntos muitos recorrentes dos assinantes da nossa lista de distribuição e de nossos clientes é com relação ao coaching financeiro. As questões relativas a como administrar as finanças pessoais ainda precisam ser entendidas e estudadas por muitos de nós.


Neste post queremos tratar deste tema através de uma entrevista com o e especialista no assunto, Rafael Seabra. Rafael Seabra é o editor do site “Quero Ficar Rico”.


Abaixo muitas dicas boas do Rafael.



Boa leitura.



Pergunta: Rafael, sabemos que o endividamento e a má administração das finanças é um mal que assola a maioria dos brasileiros. Na sua opinião, por que isso ocorre?



A resposta é fácil: falta de educação financeira. Entretanto a solução não é tão simples assim. Vivemos num país onde não me parece que haja um esforço maior vindo do governo, das instituições financeiras e da mídia.



O escritor Robert Kiyosaki, no ótimo livro “O Segredo dos Ricos”, insinua que existe uma conspiração para que a maioria da população não tenha independência financeira. Não gosto de falar em conspiração, mas apesar da realidade dele (Estados Unidos) ser bem diferente da nossa, é possível encontrar alguns indícios da falta de esforço externo para que sejamos financeiramente inteligentes, a saber:



1. Ensino: Não aprendemos educação financeira na escola. E nem há previsão para isso. Aprendemos apenas a arrumar um bom emprego, ser um bom funcionário.



2. Governo: Não desenvolve iniciativas concretas de educação financeira, nos obriga a contribuir para o INSS e a manter nosso fundo de garantia no FGTS com rendimento de 3% ao ano, entre outras coisas.



3. Bancos: São amplamente beneficiados pelos governos e chamam títulos de capitalização, caderneta de poupança e planos de previdência privada (com altas taxas) de investimento.



4. Corretoras: Salvo algumas raras exceções, estão apenas preocupadas de fazer recomendações para que compremos ou vendemos ações e elas ganhem com corretagens. Quanto mais operações fizermos, melhor para a corretora.



5. Mídia: Consuma, consuma e… consuma.



Enfim, vivemos rodeados por pessoas e instituições que, além de não ter a menor preocupação em desenvolver nossa inteligência financeira, ainda fazem pior: só ensinam coisas que nos deixam em situações ainda mais complicadas.



Pergunta: Quais os maiores erros que as pessoas cometem ao tratarem de suas finanças?



Outra resposta fácil: gastam mais do que ganham. E os grandes vilões são o crédito fácil e as taxas de juros exorbitantes.



O segredo para se livrar das dívidas é pagar primeiro as dívidas com os juros mais altos, tais como cartão de crédito ou cheque especial, pagando o mínino permitido dos demais débitos. Uma vez que a dívida mais cara for paga, passe para a próxima mais alta e assim sucessivamente.



Evite também usar o cartão de crédito para pagar por coisas que você consome rapidamente, como viagens de férias, por exemplo. Geralmente é a maneira mais rápida e “eficiente” para se endividar. Ao invés disso, separe mensalmente algum dinheiro, para poder pagar à vista por gastos como esses.



Pergunta: Na tua opinião, qual a importância das metas e do planejamento para uma vida financeira equilibrada?



Na minha opinião, o segredo do sucesso nos investimentos está em três palavras: planejamento, equilíbrio e disciplina. Definir metas, que costumo chamar de objetivos financeiros, e elaborar um orçamento são os dois primeiros passos a serem dados para o planejamento financeiro pessoal.



A definição de objetivos financeiros serve para saber onde queremos chegar. R$ 5 mil para viajar no final do ano com a esposa, R$ 15 mil para trocar de carro em dois anos ou R$ 300 mil para comprar um imóvel em 5 anos são exemplos de objetivos financeiros. Eles são mais amplos que as metas porque definir o que, quanto e quando. Apenas dessa forma poderemos estimar quanto precisaremos poupar para atingir cada objetivo.



A elaboração do orçamento tem a função de identificar exatamente quanto ganhamos e onde gastamos. Com isso, fica mais fácil controlar os gastos e saber quanto sobra para investirmos em busca dos nossos objetivos.



Pergunta: Por que algumas pessoas conseguem investir e outras não?



Existem vários fatores, que vão desde a falta de conhecimento até – o principal deles – a falta de disciplina. Tem até uma passagem no Como Investir Dinheiro (livro digital que publiquei recentemente) (link de afiliado) onde mostro que é possível conseguir 100% de rentabilidade em um ano, apenas aplicando na poupança.



É quando eu conto um caso de um amigo que fez um planejamento e se comprometeu a investir R$ 1.000,00 todos os meses, durante 12 meses. No primeiro mês ele fez o aporte no valor correto; no 2º, aplicou apenas apenas R$ 500; no 3º, não pôde aplicar por um imprevisto e, no final dos 12 meses, só havia investido R$ 6 mil. Daí eu falei que se ele tivesse tido disciplina e investido conforme programado, mesmo se fosse na poupança, ele teria mais de R$ 12 mil após 12 meses.



Com base nesse simples caso, tenho certeza que o investimento mais rentável é a disciplina. Por melhores que sejam as aplicações escolhidas, se o investidor não tiver disciplina, a rentabilidade será seriamente comprometida.



Pergunta: Você escrever um livro recentemente: “Como Investir Dinheiro”. O que você pode compartilhar conosco a respeito do livro?



Sou pós-graduado em Finanças pelo Ibmec e editor do site Quero Ficar Rico desde 2007, onde falamos sobre Educação Financeira e Investimentos com uma linguagem simples, informal e inteligente. Após mais de 5 anos escrevendo sobre o assunto, percebi que existem excelentes livros no mercado que tratam da educação financeira, mas faltava um guia prático sobre investimentos, para apresentar as principais opções para investir seu dinheiro em renda fixa e renda variável. Daí veio a ideia do livro digital Como Investir Dinheiro (link de afiliado), lançado em outubro/2011, e que teve a segunda edição publicada nessa semana (em 10/01).



O Como Investir Dinheiro (link de afiliado) é indicado para pessoas nas mais diversas situações financeiras, que querem:



• Quitar as dívidas: Aqueles que estão endividados e querem quitar suas dívidas e começar a investir.



• Aprender a investir: Aqueles que estão iniciando sua vida financeira e querem aprender a investir desde cedo.



• Saber onde investir: Aqueles que lidam bem com o dinheiro, possuem um bom patrimônio, mas têm receio de investir em qualquer aplicação diferente da caderneta de poupança.



• Organizar-se financeiramente: Aqueles que são indisciplinados com o dinheiro e querem se organizar para investir.



Na página de venda do livro, é possível saber tudo sobre o material, ver diversos depoimentos de especialistas (entre eles Gustavo Cerbasi, autor do best-seller Casais Inteligentes Enriquecem Juntos) e leitores, bônus exclusivos e muito mais.



Aproveito para agradecer pelo convite para entrevista e pela oportunidade de dialogar com seus leitores.



Para conhecer o livro digital, clique aqui (link de afiliado).

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Coca-Cola detalha sua estratégia digital no Brasil

Empresa conta com departamento focado exclusivamente em ações online. Entre as áreas de atuação para se aproximar dos consumidores e gerar engajamento estão internet, mobile, games e mídia social

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 06/01/2012

sylvia@mundodomarketing.com.br

coca-cola,digital,social games,internet,facebookHá mais de cinco anos, a Coca-Cola Brasil já entendia o papel fundamental da internet e, principalmente, das mídias sociais no relacionamento da marca com os consumidores. Na época, a companhia criou uma área de comunicação integrada totalmente dedicada ao digital. Hoje, a empresa colhe os frutos, com cases de sucesso como a presença no jogo Cidade Maravilhosa Rio, que gerou um total de 18,2 milhões de engajamentos com a marca em apenas duas semanas.

Entre 2006 e 2007, para estruturar o setor responsável por todas as ações online, foi importante realizar uma série de mudanças. As iniciativas incluíram o alinhamento de profissionais e fornecedores para minimizar riscos e certificar que as ações realizadas atinjam o resultado esperado e estivesse de acordo com a cultura da companhia. 

“Fizemos uma seleção bastante criteriosa de quais seriam os parceiros e deixamos centralizado o desenvolvimento de todos os sites e aplicativos. Existe um risco enorme, cada coisa que colocamos no ar passa por um processo muito grande para garantir que não haja problemas”, conta Adriana Knackfuss, Gerente Sênior de Conexão com Consumidores da Coca-Cola Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Construção de marca e relacionamento
Com o Marketing Digital, a Coca-Cola tem como principal objetivo a construção de marca e o relacionamento com os consumidores, gerando engajamento. Neste contexto, as mídias sociais têm um papel imprescindível, tanto que, em 2010, houve mais um desdobramento na estratégia da companhia e foi criada uma nova estrutura, com gerentes focados na área.

“Conseguimos dar um passo a frente do que o mercado estava fazendo em termos de movimento. A Coca-Cola é a marca no mundo com mais fãs no Facebook. No Brasil, entendemos que esse era um pilar importante para nossa estratégia e tínhamos que nos preparar muito bem para isso”, explica Adriana.

Hoje são oito pessoas que trabalham exclusivamente nas mídias sociais, atendendo, mantendo a conversa nas redes e monitorando o que está sendo falado. O grande desafio agora é deixar de rotular as ações apenas como “digital”, já que as iniciativas incluem basicamente tudo o que orbita no universo do Marketing.

Experiência real no virtual
Entre as áreas de atuação estão, além da internet e dos anúncios, o mobile, os social games e os consoles. A vantagem destes canais é gerar engajamento massivo, mas de uma forma individual, fazendo com que cada consumidor tenha sua própria experiência com a marca.

Exemplo disso é a parceria que a empresa fez com a Quepasa Games e a Mentez Brasil no jogo Cidade Maravilhosa Rio, baseada na campanha “Felicidade”. Com a iniciativa, cada vez que o usuário acessava o game, uma pop up aparecia e o jingle da Coca-Cola tocava, incentivando que os internautas cumprissem suas missões para serem recompensados.

Em duas semanas, foram quase 860 mil máquinas de Coca-Cola e outros 411 mil itens decorativos, totalizando 1,27 milhões de ícones relacionados à marca. Como resultado, o número de sessões jogadas no período foi superior a 15,5 milhões, gerando 18,2 milhões de engajamentos com a máquina de Coca-Cola e cerca de 2,6 milhões de minutos de exposição no jogo, que hoje tem 5,1 milhões de usuários.

“O legal do game é que todas as marcas fazem parte do contexto real. Como os usuários constroem e gerenciam a cidade, isso ajuda a reforçar a sensação de imersão. Trazer o que Coca-Cola faz no mundo real para o virtual, como a máquina e o outdoor, dá essa imersão. A recepção dos jogadores foi tão positiva que não tivemos outro item dentro do jogo que tenha gerado engajamento tão rápido quando o gerado com a marca Coca-Cola”, conta Rafael Aguilher da Costa, Presidente da Quepasa Games, em entrevista ao portal.

coca-cola,digital,social games,internet,facebookConversa do dia a dia
Além da marca mãe, hoje a estratégia digital abrange todas as marcas do portfólio Coca-Cola, com ações específicas para o perfil de cada uma delas. “Em 2007, a área praticamente trabalhava para Coca-Cola e um pouco de Sprite. As marcas que não eram de refrigerante tinham apenas o trabalho de fazer um site. Isso mudou”, ressalta Adriana.

Um dos destaques mais recentes, no início de dezembro, foi o projeto promovido pela Burn, que culminou na produção e no lançamento do documentário do DJ David Guetta com exclusividade no Facebook. No mesmo mês foi a vez de Coca-Cola Zero surpreender com o lançamento de um quiz virtual para promover o filme Missão Impossível 4 – Protocolo Fantasma. Como prêmio, o vencedor ganharia uma viagem para Dubai.

Outra iniciativa foi o lançamento da rádio Coca-Cola FM, que pode ser acessada no site oficial da marca. Além de música, no endereço os internautas encontram conteúdo interativo, como vídeos, informações sobre a marca, promoções e material para download.

“Temos produzido cada vez mais ações só para mídia social, porque é uma geração de conteúdo que não dá para esperar as grandes campanhas. É a conversa, o relacionamento que construímos no dia a dia. Precisamos desse combustível para fazer com que as marcas continuem com relevância”, diz a Gerente Sênior de Conexão com Consumidores da Coca-Cola Brasil.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Ano Eleitoral. Marketing político digital é coisa séria

Postado por Gabriel Rossi - 05/01/2012

Enfim chegamos a 2012. Ano eleitoral, ano em que o marketing volta à cabeça dos candidatos. Raros os casos de políticos que se preocupam em cuidar com antecedência de seu eleitorado. Raros e, na maioria das vezes, vencedores. Quem corre atrás de um especialista no assunto em cima da hora precisa ter em mente que há muito a ser feito, que é preciso ganhar etapas para se equiparar aos concorrentes. E, o principal, que o trabalho realizado deve ser técnico e sério.



Chega a ser até cômico como, à medida que as eleições vão chegando, aparecem oportunistas dizendo ser especialistas em marketing político eleitoral. Mais: não contentes, passam a também se denominar “especialistas em marketing digital”. Afinal, há três assuntos no Brasil que hoje em dia todos pensam dominar: futebol, política e, incrível, internet.



Hoje, dezenas de cursos prometem formar marquetólogos digitais em período recorde, de um fim de semana, e assim habilitar “consultores”. Aquele rapaz ou moça que adora a web resolve arriscar e, assim, coloca seu nome no mercado político eleitoral. E o cliente? É a última preocupação. Com os cursos “de fim de semana”, torna-se apenas possível abordar conceitos básicos e gerais, sem profundidade alguma. Gente despreparada entra no jogo sem ter a base teórica extensa e necessária para tal, simplesmente seguindo a maré, construindo “estratégias” mais em achismo e erros do que conhecimento e experiência. Um show de horrores na sua mais fiel tradução.



Há alguns escritórios sérios, com foco no assunto. E claro que muitas vezes é trabalhoso saber quem é sério. Trabalhoso é, mas não difícil. Os nomes de respeito estão aí. Estes sabem que o trabalho de marketing político digital vai muito além de simplesmente criar e manter alguns perfis em redes sociais. O trabalho precisa ser alinhado com o offline, ser personalizado e buscar o máximo de entendimento do público/eleitor. Como qualquer trabalho de marketing, o digital está fundamentado em alicerces básicos de estratégia, que incluem pesquisa, planejamento com visão de objetivos claros, mensuração, análise e aprimoramento constantes.



Muitas empresas que se aventuram em atuar na política e mesmo algumas de marketing político “tradicional” generalizam o marketing digital como apenas uma extensão da comunicação, o que é um erro primário. A internet, ao mesmo tempo em que está atrelada indissociavelmente da realidade offline, é um ambiente com características específicas e com um grande potencial para aprendizado, pesquisa, relacionamento e mobilização.



É preciso também lembrar que construção de uma marca, seja pessoal, empresarial ou partidária, não ocorre do dia para a noite. É fruto de um trabalho extenso e de longo prazo, de diálogo e coerência. Assim, quando chega a época de campanha, o que se faz no digital é muito mais efetivo, pois é autêntico.



O risco que um aventureiro pode causar a imagem do cliente é perene se este não estiver realmente preparado para analisar toda a conjuntura política, do planejamento, de preparação para as turbulências e para uma visão de longo prazo para a marca, para o político. Trabalho mal feito não passa autenticidade, corre o risco de não gerir adequadamente os canais a que se propõe e até mesmo agravar alguma eventual situação por uma estrutura inadequada, sem processo e análise. É preciso pensar de maneira menos eufórica ao escolher o especialista.



* Gabriel Rossi é estrategista de marketing, profissional focado na construção e gestão de marcas na era digital e Diretor da Gabriel Rossi Consultoria.

As lições de marketing de Michel Teló

Se as pessoas se engajaram com o cantor, certamente existe algo interessante para ser observado nesse fenômeno. Mas o que é, de fato?


De Chico Buarque a Gaby Amarantos, de Geisy Arruda a Marisa Monte, de Bidu Sayão a Banda Calypso, passando por Saci Pererê, maracatu, carimbó e frevo, não há como negar que temos um vasto e rico código cultural. E marcas tiram proveito disso, estabelecendo uma simbiose mútua entre a imagem que o artista empresta para a marca e vice-versa. Assim como cowboy do mundo de Marlboro, Michel Teló representa, na capa da revista Época, um fenômeno como "Segura o Tchan", "Stefhany Absoluta" ou celebridades tipo Big Brother, sejam eles efêmeros ou não. Na Europa, hoje, Michel Teló também é sinônimo de Brasil, quer você queira ou não.
O fato em si não está na pessoa, mas no conceito que ela representa. Michel Teló não é mais uma pessoa, mas uma marca, plena de seus atributos, muito bem definidos, no imaginário popular. Ivete Sangalo, Xuxa, Luan Santana, Sandy & Junior... Todos são marcas. Assim como o ex-presidente Lula é uma marca dotada dos mais fortes atributos, que mantém, até hoje, bastante elevados os seus índices de consideração, preferência, recompra e fidelidade. E porque não dizer como o Brasil, que é uma marca que vem conquistando lugares bem mais ensolarados e de prestígio?
Michel Teló não faz pré-teste da sua música, mas é bastante comum fazermos pré-testes de filmes antes de serem veiculados na TV. A ideia é avaliar o material e saber se o consumidor vai gostar ou não. Não quero julgar a eficácia do pré-teste, mas acredito que mais do que uma peça publicitária criativa, as marcas precisam se apropriar de elementos que sejam relevantes para a audiência, e não necessariamente divertidos ou engraçados. Assim, uma ação publicitária será mais ou menos engajadora se os elementos que fizerem parte daquela comunicação forem mais ou menos pertinentes à realidade cultural das pessoas. Desse modo, apropriar-se de um código cultural é a chave para uma comunicação de marca bem-sucedida. E muita gente acaba fazendo isso por acaso, assim como provavelmente Michel Teló e Luisa Marilac fizeram (Pohannn!).



Mas, de fato, isso não é tarefa fácil ou tampouco deselegante, como diria Sandra Annenberg, especialmente para criativos acostumados ao glamour de Cannes e salas bem refrigeradas com paredes recobertas de pôsteres coloridos em endereços estilosos. Tudo muito bem distante do café da manhã regado a carne de bode do Recife ou do calor úmido dos trópicos amazonenses. O Brasil, meu caro leitor, é muito vasto para termos a pretensão de falar a mesma língua para todos os nossos povos. Por isso, defendo que marcas precisam de autonomia para adequar sua comunicação em função de sua cultura regional, porque relacionamentos são feitos localmente, por mais que a Globo pense o contrário!
Dizer que Michel Teló não faz parte e não representa também, neste momento, a cultura brasileira, é ser tão puritano quanto os católicos que queimaram bruxas há anos. Seja Gretchen, Legião Urbana ou Michel Teló, todos fazem parte do nosso código cultural. Ignorar isso é atestar a própria ignorância, bairrismo, regionalismo ou, pra ser mais direto, isso é puro preconceito! Posso não gostar de Michel Teló, mas confesso que tenho ouvido incansavelmente o "ai, se eu te pego" por aí. Então, aproveite o bom momento da música para tirar algum proveito dela. Afinal de contas, lá no fundo, bem que você gostaria que sua marca ou o presidente da sua empresa estivessem estampando a capa da revista Época, não é verdade? Muita gente que está criticando a atitude da revista Época age instintivamente por puro despeito, porque não se pode negar que Michel Teló desfruta, hoje, de uma posição muito privilegiada e invejada em termos de saúde de marca, algo que milhões em comunicação, por anos, não conseguiram resolver para um grande punhado de marcas.


Se as pessoas se engajaram com o Michel Teló, certamente existe algo interessante para ser observado nesse fenômeno. Para se ter uma noção do sucesso, dias depois do cantor lançar a versão em Inglês "Oh, If I Catch You" do seu mais novo hit, a música passou a ocupar o topo das paradas do iTunes em muitos países europeus, ultrapassando artistas como Coldplay e Adele. Outro fato importante é que a música também se engajou com um código cultural muito forte no mundo: o futebol! Não me refiro somente ao vídeo do Neymar fazendo a dancinha no vestiário (que está bombando no YouTube), mas também aos jogadores brasileiros, na Europa, que começaram a imitar a mesma coreografia depois dos seus gols. A marca Michel Teló emprestou um código cultural para lançar um sucesso sertanejo, que emprestou outro código cultural – o futebol – para se alastrar entre marcas fortes – os jogadores – que dão e emprestam sua imagem mutuamente. É uma cadeia alimentar mercadológica perfeita.
Talvez você esteja se perguntando agora: o que devo fazer para ter sucesso na minha comunicação, assim como o Michel Teló fez com o seu "Ai, se eu te pego"? E devolvo esta pergunta com outras quatro e gostaria que você fizesse o exercício de, todas as vezes que pensar em propaganda, aplicar este questionário simples, já que não podemos pensar em sucesso "por acaso":
1. Nesta mensagem que quero comunicar, compartilho um interesse real com as pessoas?
2. A proposta tem relevância cultural?
3. Estou sendo útil para as pessoas?
4. Estou atuando no meu core business?
Se as respostas forem todas afirmativas, vá em frente. As chances das pessoas se engajarem, de fato, com a comunicação que você propõe, tendem a ser bem altas. Se no seu score final já consta apenas um não, volte ao briefing e acredite: a grande ideia está explícita no comportamento do seu consumidor, bem na frente do seu nariz e ela é mais simples do que você imaginava. Ai, se ela te pega!