sexta-feira, 25 de março de 2011

Transformações no comportamento de consumo no E-commerce

No último ano, o mercado faturou R$ 14,8 bi e registrou 40 milhões de compras na internet feitas por 23 milhões de brasileiros.


Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing
sylvia@mundodomarketing.com.br



O comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 14,8 bilhões em 2010. O valor superou os R$ 14,5 bilhões projetados para o período e representa um crescimento de 40% comparado a 2009, quando o e-commerce movimentou R$ 10,6 bilhões. No período, foram realizados 40 milhões de pedidos por 23 milhões de e-consumidores. É o que indica a 23ª edição do Relatório WebShoppers, realizado pela e-bit, com apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net).




O estudo é resultado de pesquisas realizadas com mais de 3.500 lojas virtuais e seu painel de e-consumidores. Entre os motivos que levaram à expansão no ano passado estão o corte do IPI da linha branca, o fato de 2010 ter sido um ano de Copa do Mundo – o que aumentou a venda de TVs e aparelhos de áudio e vídeo – e o aquecimento da economia nacional, que teve um efeito multiplicador e atingiu o comércio eletrônico, que vem ganhando espaço sobre outros canais de venda.



Entre as categorias mais vendidas, a novidade de 2010 ficou por conta dos eletrodomésticos, que ocuparam a primeira posição, com 14%. Em seguida, aparecem livros, assinaturas de revistas e jornais (12%), saúde, beleza e medicamentos (12%), informática (11%) e eletrônicos (7%). Já o ticket médio cresceu 11%, passando de R$ 335,00 para R$ 373,00.



Mulheres comprando mais

Os resultados indicam algumas transformações no comportamento de consumo no ambiente digital. “Eletrodomésticos nunca havia sido a principal categoria. Outro destaque é moda e acessórios, que não figura entre as cinco maiores, mas já é a sexta. Em 2008, esta categoria não estava nem entre as 20 principais. Já CDs e DVDs aparecia entre as primeiras até 2004 e hoje não aparece mais”, diz Alexandre Humberti (foto), Diretor de Marketing e Produtos da e-bit, em entrevista ao Mundo do Marketing.



Outra mudança observada refere-se às mulheres, cada vez mais presentes no comércio eletrônico. Se em 2005 representavam 42%, agora elas são responsáveis por 49% das compras feitas no ambiente online. O ticket médio delas também cresceu, passando de R$ 240,00 há cinco anos para R$ 314,00. Mas os homens ainda são os que mais consomem, gastando, em média, R$ 425,00 a cada compra.



O perfil do consumidor da internet também está ficando mais sênior. Atualmente, 21% das mulheres têm mais de 50 anos. Em 2005, este número era de 14%. Já a classe C conta com e-shoppers mais jovens. Enquanto a média geral de idade é de 41 anos, a da baixa renda é de 37 anos. Em relação à frequência com que consomem em lojas virtuais, 31% dos consumidores da classe C disseram não ter feito compras nos últimos seis meses. Apesar disso, 6% afirmaram ter comprado mais de 10 vezes no mesmo período.



Datas Sazonais responderam por R$ 4,5 bi

Mesmo com uma frequência menor de compras, o ticket médio da classe C se aproxima do das mulheres, chegando a R$ 314,00. As preferências destes consumidores são eletrodomésticos, informática e eletrônicos. “Hoje há marcas amplamente conhecidas do dia a dia do consumidor que entraram para internet e emprestam credibilidade, como Casas Bahia, Carrefour e Walmart”, explica o executivo, lembrando que alguns sites oferecem formas de pagamento mais flexíveis se comparado às lojas físicas.



Como já era esperado, em 2010, as datas sazonais também impulsionaram o bom desempenho do canal de venda. Juntas, elas representaram R$ 4,5 bilhões do total do faturamento do varejo eletrônico. Apenas o Natal ficou com R$ 2,2 bilhões, seguido por Dia das Mães (R$ 625 milhões), Dia das Crianças (R$ 615 milhões), Dia dos Namorados (R$ 600 milhões) e Dia dos Pais (R$ 520 milhões).



Uma das principais novidades do e-commerce em 2010 foram os sites de compras coletivas. Atualmente são mais de 1.200 endereços virtuais que oferecem produtos e serviços com descontos que podem chegar a 80%, caso comprados por um número mínimo de consumidores. O levantamento da e-bit, no entanto, mostrou que ainda há espaço para que o segmento cresça.



Groupon, Peixe Urbano e ClickOn mais lembrados

Mesmo com o boom observado no último ano, apenas 61% dos entrevistados disseram conhecer o conceito de compra coletiva. Destes, mais da metade (51%), no entanto, relatou não ter realizado nenhuma compra, enquanto 49% já adquiriram alguma oferta. Dos consumidores que já compraram, 82% pretendem voltar a fazê-lo nos próximos três meses. Os 58% dos entrevistados que ainda não tiveram experiência em compras coletivas também pretendem adquirir seu cupom pela primeira vez.



O relatório apontou ainda que apenas 11% dos e-consumidores disseram-se insatisfeitos com o serviço, enquanto 74% afirmaram estar no mínimo satisfeitos. Apesar do número grande de sites em funcionamento ou em fase de lançamento, as marcas mais lembradas pelos internautas são Groupon, Peixe Urbano e ClickOn. Os resultados mostram que o segmento caminha para a consolidação.



“Existem muitos sites, entre empresas que já estão operando e as que serão lançadas nos próximos meses. Como todo caso de sucesso, sempre aparecem novos players em seguida. Mesmo assim, já é um negócio concentrado em três principais”, acredita Humberti.



Faturamento em 2011 deve chegar a R$ 20 bi

Outro modelo de negócio virtual relativamente novo para os brasileiros são os clubes de compras. Os sites funcionam como outlets, oferecendo produtos com preços reduzidos. Esta modalidade, entretanto, é conhecida por apenas 54% dos consumidores. Destes, somente 1/3 comprou. Dos 68% que ainda não adquiriram produtos em outlets virtuais, no entanto, 97% afirmam querer comprar nos próximos três meses.



Entre as categorias mais vendidas estão moda e acessórios (30%), eletrônicos (18%) e acessórios de informática (12%). Em relação ao serviço prestado, 66% dizem estar satisfeitos ou muito satisfeitos, enquanto 21% acham o atendimento apenas razoável e 12% estão insatisfeitos. “Este segmento ainda é pouco conhecido pelos consumidores. Existe um grande percentual de pessoas que ainda não experimentaram. Falta divulgação maior do conceito”, ressalta o Diretor de Marketing e Produtos da e-bit.



Para 2011, as expectativas são de crescimento constante no varejo eletrônico. Somente no primeiro semestre, o faturamento deve registrar R$ 8,8 bilhões, mais do que todo o ano de 2008, quando o valor foi de R$ 8,2 bilhões. A projeção é de que, no período, quatro milhões de pessoas façam sua primeira compra virtual, o que deve contribuir para um crescimento de 30% e um faturamento de R$ 20 bilhões este ano.



terça-feira, 22 de março de 2011

Mídias sociais causam mais danos a marcas que Procon

Casos como o da Brastemp e o da Renault mostram como redes sociais potencializam o efeito negativo do desrespeito ao cliente.

São Paulo – Em janeiro deste ano, as críticas de um consumidor contra a fabricante de eletrodomésticos Brastemp levaram a empresa a figurar entre os quatro assuntos mais comentados do mundo no Twitter. Nesta semana, o amargo papel foi representado pela Renault. Cansada de esperar durante quatro anos pela atenção da companhia para resolver seu problema, uma consumidora criou um site e gravou vídeos em que conta e compartilha em redes sociais sua indignação com o descaso da marca.


Provas indiscutíveis de que as empresas ainda estão falhando em questões fundamentais como o atendimento ao cliente, os dois casos são também emblemáticos porque colocam a reputação das empresas envolvidas em questionamento.


A escolha por compartilhar a insatisfação na web mostra que os consumidores estão muito mais atentos aos canais de comunicação que têm à sua disposição do que as empresas. E mais, estão cientes de que quando a reputação de uma marca é afetada, o problema é “mais embaixo”, e ela tende a ser mais ágil para amenizar a situação.

O site Reclame Aqui, que atua como um canal online direto de comunicação entre consumidor insatisfeito e marca, registrou em 2010 uma média de 4 milhões de visitas por mês, número quatro vezes maior do que o alcançado em 2009 e também superior à contagem de atendimentos realizados pelo Procon – Procuradoria de Defesa do Consumidor - neste ano, fechada em 630 mil. Isso aponta para uma mudança no comportamento dos consumidores e deve ser visto com atenção pelas marcas.

“Quando o consumidor vai reclamar por telefone ou vai em uma loja física para reclamar de alguma coisa, ele é bastante complacente, mas quando esse mesmo consumidor entra em uma rede social ou qualquer outra rede na web, ele se transforma, usa muita força no que diz e apela mais, colocando detalhes da má experiência que teve. Então esse impacto é muito grande para as marcas”, diz Maurício Vargas, diretor geral do Reclame Aqui.

Para André Telles, CEO da agência Mentes Digitais, dificilmente uma ação no Procon impacta tão negativamente uma marca se comparada ao compartilhamento dessa mesma insatisfação nas redes sociais: “Uma reclamação pode ir para frente no Procon, mas apenas como um fato isolado, e por isso não afeta tanto a marca. Mas quando cai nas redes, impacta muito. Os consumidores estão dando exemplo de como utilizar as ferramentas multimídia para reclamar seus direitos.”

Um recente estudo da E.Life, empresa de inteligência de mercado e gestão do relacionamento em redes sociais, monitorou o termo #Fail no Twitter por um período de três meses. Os resultados da pesquisa mostraram que as categorias de empresas mais criticadas no Twitter foram as mesmas mais reclamadas também no Procon.

Ou seja, as redes sociais são hoje um canal natural de autorregulamentação no tratamento do consumidor, como explica Alessandro Barbosa Lima, presidente da E.Life. Apesar de não serem um canal oficial como o Procon, agem como potencializadores na relação da marca com o consumidor, afetando tanto para o bem quando para o mal.


“Com certeza as redes sociais e o Reclame Aqui estão modificando o relacionamento com o consumidor, porque eles estão presentes também no pré-compra. O Procon é presente apenas na repercussão negativa, no pós-compra negativo. A Brastemp, por exemplo, foi parar nas redes sociais porque uma pessoa colocou ela lá, e outras pessoas confirmaram a experiência negativa.”

As reclamações de clientes em redes sociais se tornam cada vez mais efetivas na resolução dos problemas não só porque expõem o desrespeito de uma marca com seu cliente, afetando na credibilidade da companhia, mas sobretudo porque têm um sentido de permanência. O mesmo marketing que uma década atrás era feito boca a boca, hoje é feito também na rede. A diferença é que o que é comentado permanece online, disponível para acesso e pesquisa.

“As informações publicadas em 2004, na abertura do Orkut no Brasil, por exemplo, podem ser consultadas hoje, em 2011, e podem ser tomadas como verdade, mesmo que a empresa já tenha mudado”, diz Barbosa Lima. “O que estamos vendo hoje é que o SAC, em tempos de redes sociais, é feito com uma plateia.Virou praticamente um ‘reality show’. Então acaba sendo hoje bem mais sensível para uma empresa do que era nos anos 90. O que as empresas ainda não entenderam é que o SAC hoje é o novo marketing, e se esse canal não atua bem em redes sociais, ele tá prestando um mau serviço em público.”

Fonte: Revista Exame

7 erros da Sandy como Devassa

Pois é. A Schin contratou a Sandy para substituir a Paris Hilton como garota propaganda da cerveja Devassa. Muita gente achou que não tem nada a ver contratar uma moça comportada nesse contexto, mas o fato é que a campanha gerou um buzz danado e ficou nos trending topics do Twitter por três dias seguidos (coisa rara). A pergunta que fica no ar é se o "falem mal, mas falem de mim" também ajuda a construir uma marca.




Além do vídeo antigo já divulgado, em que Sandy diz não gostar de cerveja, recentemente, o jornal Extra publicou a imagem abaixo, com sete pontos que comprovam que Sandy não combina com Devassa. Será?

 
fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/6,18008,7-erros-da-sandy-como-devassa.htm

segunda-feira, 21 de março de 2011

O lado perverso da WEB

Jerônimo Mendes, Administrador, Professor Universitário e Palestrante


Especialista em Desenvolvimento Pessoal e Profissional, apaixonado por Empreendedorismo





Há pouco mais de dois anos publiquei um artigo na Internet com base no best seller O Culto do Amador, de Andrew Keen, empreendedor pioneiro do Vale do Silício e crítico ferrenho dos males provocados pela Internet em nossa cultura, economia e valores.





Por conta disso, meu artigo recebeu duras críticas, foi passível de fórum no Orkut e ainda rendeu milhares de visitas a blogs e sites que reproduziram o texto na integra com uma voracidade terrível e o intuito de incitar ainda mais a ignorância coletiva disponível na Web.





Como eu disse na época e faço questão de resgatar, lamentavelmente, qualquer internauta com o mínimo de instrução pode utilizar a Internet para publicar o que quiser: ofensas, racismo, difamação, violência, autopromoção, músicas horríveis, textos literalmente copiados e publicados em nome de si mesmo, críticas mal elaboradas, livros inteiros fotocopiados sem a menor preocupação com direitos autorais, aberrações e discriminação de toda ordem.





Em geral, chega a ser desalentador o fato de sabermos que muitos alunos de hoje orgulham-se de copiar e colar, sem o menor constrangimento, qualquer trabalho solicitado em sala de aula, o que constitui tripla ofensa: aos pesquisadores e autores de livros, aos professores e aos pais que acreditam que os filhos dão o melhor de si na escola.





Em reportagem veiculada no Programa da National Geografic (TV a cabo) sobre a proliferação do conteúdo didático publicado na Internet, foi mencionado que a maioria dos filhos em idade escolar engana os pais com mentiras ingênuas, desmascaradas facilmente quando questionados sobre a origem da pesquisa.





Na verdade, durante a maior parte do tempo, os filhos estão navegando pelos sites de relacionamento e outras aventuras digitais que, por vezes, terminam em tragédias. Quando isso ocorre, os pais já perderam os filhos para a Internet há tempo e para evitar que tal premissa se confirme, eles acabam não interferindo na privacidade dos filhos. Para muitos, a Internet faz o papel do pai e da mãe.





Dias desses li uma entrevista de um pai orgulhoso por saber que o filho de nove anos tem conta no Orkut, no Facebook, no Quepasa e em outros sites de relacionamento como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Qualquer um ficaria orgulhoso até que uma tragédia acontece. Na mesma reportagem, uma mãe desespera da narra o desaparecimento da filha de dezesseis anos que iniciou um relacionamento pela Internet e ainda não havia sido encontrada.





Todo tipo de aberração pode ser disponibilizado na Web para influenciar os seus filhos e os filhos dos seus amigos. Intrigante mesmo é o fato de que milhões de pessoas desperdiçam o seu precioso tempo todos os dias para assistir no You Tube tolices que, de alguma maneira, vão preencher o vazio da sua existência. Afinal, o que poderá acrescentar à sua vida um vídeo com o Mickey irritado correndo atrás de uma criança na Disney, um cachorro sem graça tentando morder o próprio rabo ou um bando de adolescentes espancando a próxima vítima?





O Facebook, por exemplo, um dos meus poucos preferidos na Web, não consegue filtrar a onda de bobagens que se espalha em progressão geométrica e, em alguns casos, apresenta-se inteiramente permissivo.





Ainda que você pense em fazer um trabalho sério, está sempre sujeito a bobagens publicadas por pessoas que mal lhe conhecem e postam enquetes do tipo "Você acha que o fulano faria sexo no primeiro encontro?" ou então "Você acha que a fulana cederia aos encantos do chefe na primeira semana de trabalho?".





Quanta tolice acumulada sem a menor preocupação com o fato de a pessoa ser ou não casada ou compromissada. Se considerarmos o fato de que as publicações são realizadas sem autorização, soa no mínimo falta de respeito, mas essa é a Internet, democrática por um lado, autocrática e tirana por outro.





Nada mudou nos últimos dois anos. Por incrível que pareça, podemos fazer pouco contra tudo isso, sob pena de sermos execrados publicamente pelos guardiões de honra da Internet. Em geral, são pobres coitados que não conseguem mais pensar por conta própria, pois estão contaminados com o vírus letal da ausência de discernimento.





O que podemos fazer em relação a tudo isso? Resta-nos a indignação e a liberdade para protestar ainda que seja na própria Web, razão pela qual mantenho meu site atualizado e dois blogs com dezenas de artigos que são espalhados por outras centenas de sites e blogs na Internet.





Como tudo tem dois lados, na Web não é diferente. Dentre tantas coisas boas existem muitas coisas ruins e vice-versa. O que vai prevalecer nos próximos anos depende muito da sua consciência e do seu discernimento. Quem é que vai ganhar a briga, o bom conteúdo ou o mau conteúdo? Aquilo que você alimentar.





De minha parte, continuo firme na minha missão de ajudar as pessoas a se encontrarem interiormente. Aposto na leitura de bons livros e na cumplicidade do meu notebook para continuar escrevendo, contribuindo e estimulando o bom senso e a reflexão, da melhor maneira possível, contra toda essa pandemia digital. Rezo todos os dias para não me perder no caminho.



Pense nisso e seja feliz!

Relacionamento entre gerações é desafio das empresas; veja as características de cada uma

Por Viviane Macedo



O grande desafio do mercado de trabalho de hoje é criar políticas e práticas capazes de integrar pessoas com pensamentos e valores completamente diferentes. “Estamos vivendo mais e passando mais tempo em atividade produtiva, então as empresas, muitas vezes, se deparam com quatro gerações diferentes para gerir”, diz o professor da Fundação Dom Cabral, Anderson Santana.



Essas gerações precisam se falar e aprender a trabalhar juntas, mas isso é tão simples assim? Para Santana, o segredo é aceitar aquele que não é igual a você. “Não há geração melhor ou pior, o que temos hoje é um mercado com pessoas de valores e práticas distintas, cada uma com suas qualidades e defeitos”, define o professor.



Segundo ele, não são apenas as empresas que têm de correr atrás de práticas capazes de equilibrar conflitos e amenizar o clima do ambiente. A competência social e de integração é cada vez mais requerida de qualquer profissional.



O destaque vai ficar para aqueles que tiverem a capacidade de conviver e aproveitar os pontos fortes de cada geração. “Todas trazem características importantes e relevantes para o mercado. Quando elas aprendem a utilizar o que têm de melhor juntas, conseguimos reunir a experiência dos veteranos e baby boomers, a praticidade dos X e a vitalidade e inovação dos Y”, diz Santana.



O nascimento das gerações

De tempos em tempos, a história vê o nascimento de novas gerações – criadas a partir dos contextos social, político, econômico, tecnológico e até mesmo regional. São costumes, valores e atitudes, às vezes, completamente diferentes dos que têm aqueles que nasceram alguns anos antes.



Cada geração vai ser reflexo do conjunto criado à sua volta, como explica a presidente do Grupo Foco, Eline Kullock. “A historia define uma cultura, que define um comportamento”, aponta. “Somos uma resposta à história e à cultura que foi se desenvolvendo com o passar dos anos”, diz a especialista.



Veja o quadro abaixo com as principais características de cada geração, apontadas por Kullock e Santana:

As diferentes gerações e suas características

Veteranos (nascidos aproximadamente entre 1920 e 1945)Dedicação e sacrifício são as duas palavras-chave para essa geração. As pessoas pertencentes a ela são obedientes, têm respeito máximo a qualquer autoridade e ao seguimento a regras. Aceitam a recompensa tardia e querem estabilidade. Para essa geração, a honra é muito importante e a paciência é uma virtude.

Baby Boomer (nascidos aproximadamente entre 1946 e 1960)São otimistas, querem contagiar, buscam a integração e o envolvimento de todos num projeto. São profissionais orientados ao trabalho em equipe, ao coletivo. Começa neles a valorização por aspectos referentes ao bem-estar, saúde e qualidade de vida. É uma geração muito preocupada com status. Workaholics, trabalham muito e o quanto for preciso.

Geração X (nascidos aproximadamente entre 1961 e 1980)São pessoas pragmáticas, práticas e mais confiantes. Buscam o equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional, não querem viver só para o trabalho. Têm a autoestima mais elevada do que a das gerações anteriores, já começam a questionar autoridades, apesar do respeito que têm por elas.

Geração Y (nascidos aproximadamente entre 1981 e 2000)Esta é a geração do questionamento. Precisa de respostas, e que elas sejam convincentes. Lida com autoridade como se não houvesse autoridade, isso é, não cria barreiras na comunicação e no trato com pessoas hierarquicamente elevadas. Busca prazer no trabalho, caso não encontre, muda de trabalho. A maioria foi criada sozinha, então se tornou mais individualista. São grandes negociadores.





Fonte: http://noticias.uol.com.br/empregos/ultimas-noticias/2011/03/19/relacionamento-entre-geracoes-e-grande-desafio-das-empresas-veja-as-caracteristicas-de-cada-uma-delas.jhtm

FORMAÇÃO DE PREÇO

NEM TODO EMPREENDEDOR NASCE SABENDO

O momento da fixação dos preços é crucial para a sobrevivência e prosperidade de um negócio. Cada empresa tem suas características e seu mercado, mas na hora de formar o preço é preciso levar em conta equações comuns da gestão financeira: custo do serviço/produto, despesas variáveis, despesas fixas e lucro líquido.

Formar um preço que garanta a perenidade e competitividade do negócio passa por um profundo conhecimento sobre sua atividade empresarial. Existem variados pontos de vista a respeito da administração do preço. Um deles é a prática de preços determinados pelo mercado, onde o empresário trata de acompanhar os preços da concorrência, ou ainda quando o próprio cliente é que determina o valor de compra de acordo com as opções de preços encontrados.

O outro ponto de vista preconiza que os preços devem ser elaborados baseados em cálculos econômicos em que o empresário utiliza-se de índices internos dos custos fixos e variáveis para garantir a margem de lucratividade desejada ao seu negócio.

Nos dois casos, existem prós e contras. Praticar preços de vendas acompanhando o mercado, pode não propiciar a margem de lucratividade desejada ou pior: pode resultar em prejuízos ou margens de lucro tão pequenas a ponto de desestimular a continuidade do negócio. Por outro lado, elaborar cálculos de preços almejando uma determinada margem de lucratividade, considerando os custos efetivos da empresa, pode resultar em preços muito elevados que desestimulem e comprometam o volume de vendas necessário e a presença do cliente na sua empresa.

Na verdade, é necessário saber planejar e definir seu preço de venda baseado em múltiplos fatores, considerando uma necessidade de competitividade de preços que lhe proporcione volume de negócios suficientes para atender a sua necessidade financeira.

Para ilustrar o assunto, gosto muito da analogia da composição do preço de venda com um guarda-roupa de quatro gavetas. Uma primeira gaveta é a aquela onde o empresário guarda os custos diretos para execução dos serviços ou fabricação de seus produtos. Envolve as despesas com os materiais consumidos, a previsão do tempo para o serviço, maquinários, desgaste dos equipamentos, serviços de manutenção.

A segunda gaveta é a dos custos fixos relacionados aos gastos com estrutura da empresa. Nela o empresário deve guardar os recursos para o pró-labore, manutenção da atividade, folha de pagamento, luz, água, aluguel e ainda os gastos que não acontecem todos os meses, mas que têm impacto direto no negócio, como 13º salário, renovação de seguros ou licenças de funcionamento.

A terceira gaveta refere-se aos impostos e comissões. Para ter uma clareza maior sobre essas despesas é importante o acompanhamento de seu contador bem como listar a comissão de todos os vendedores ou os percentuais pagos para quem contribui com as suas vendas.

E a última e talvez, mais importante gaveta é a da concorrência e competitividade. O empresário deve estar pronto para avaliar o custo da oportunidade em manter o seu negócio em funcionamento, contemplando seus investimentos, a rentabilidade e o retorno esperado no negócio. Essa gaveta normalmente é a que sofre mais influência do mercado.

Dependendo do quanto a empresa vem enchendo as três primeiras gavetas, caberá ao empresário um posicionamento e planejamento diferenciados com relação ao valor de lucro que se intenciona.

Obviamente que existem outras maneiras para se efetuar o cálculo do preço de venda. Não pretendo em um único post preparar você, leitor do Lounge Empreendedor, a compor individualmente os preços de venda do seu negócio.

É preciso apenas que você perceba que independente da metodologia aplicada, dos indicadores econômicos ou das variáveis envolvidas, caberá ao empresário definir sua política de preços de forma a cobrir todos os custos envolvidos no negócio e ainda proporcionar lucro.


ANA MARIA MAGNI COELHO

Publicado em O Diário Empresarial 17 de março de 2011

Série "Nem todo empreendedor nasce sabendo"

sexta-feira, 18 de março de 2011

S-COMMERCE – afinal que trem é esse?

Na internet tudo é muito rápido e a cada dia aparece um novo termo da moda. A bola da vez é o social commerce, ou simplesmente, s-commerce.




Para entender o que s-commerce significa é preciso antes recapitular dois conceitos: e-commerce e mídias sociais.



O primeiro é o bom e velho comercio eletrônico que ao longo da última década teve uma trajetória ascendente. As previsões de e-commerce para o ano de 2011 são ainda mais otimistas, porque, cada vez mais, a internet está ao alcance das classes C, D e E.



Já o segundo conceito, a mídia social, continua em alta e deve permanecer assim pelos próximos anos. O principal motivo para esse cenário é o comportamento do consumidor, principalmente o brasileiro, na web. Cada vez mais os usuários expõem suas opiniões, necessidades e desejos nas redes sociais. A tendência desse ano é que pequenos e médios empresários também percebam os benefícios de se aproximar de seus consumidores no ambiente web.



Ok, entendido. Mas o que é o s-commerce?



É mesclar os dois conceitos e usar as mídias sociais para gerar relacionamento e vendas em e-commerce. Números bem expressivos

apontam para o relacionamento web como uma estratégia interessante.



Nas redes sociais o público se reúne por interesse e por isso torna seu investimento altamente segmentado. Essa é uma grande vantagem que se converte em baixo custo e alto benefício para a sua marca.



Além de todas essas conveniências comerciais, há também um bom motivo para a sua marca investir em s-commerce: o relacionamento.



É verdade, no que se refere a relacionamento não há necessariamente aumento imediato em faturamento. Esqueça os números, relacionamento é baseado em dados qualitativos. É uma oportunidade de ter feedback sem mediação, responder imediatamente, gerar interação, influenciar seu target e, principalmente, aproximar a relação entre o seu target e a sua marca.



Enfim, o s-commerce é uma estratégia simples, de retorno significativo e está ao alcance dos Pequenos e Médios empresários.



Abraços.

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Fernanda Bittencourt

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