A história é conhecida. Você compra um produto, paga por ele e, em troca, ganha horas de bate-papo pelo telefone com uma atendente de SAC. Elas parecem todas iguais: especialistas em gerúndio e incapazes de resolver seu problema. Os dias passam, a solução não vem e você descobre que bastam desabafos no Twitter para tudo mudar. A empresa procura você. Seu produto chega. O problema se resolve. Você não precisa mais ouvir gerúndios. Um mundo dos sonhos.
Com a disseminação do monitoramento de redes sociais, quem não tem acesso à internet não é só um excluído digital. É também um consumidor órfão. Isso mesmo. Excluído de uma nova casta de “privilegiados 2.0”. Um grupo ativo, bem informado e capaz de conseguir um tratamento privilegiado de empresas no pós-venda por terem aprendido a usar as redes sociais para dar voz a suas reclamações.
SAC tradicional
A lógica é simples. Como no SAC tradicional a conversa era one-to-one, o cliente insatisfeito descarregava sua raiva em uma atendente telefônica – e, no máximo, contava o causo a uma meia dúzia de amigos e familiares. Com as redes sociais, a coisa mudou.
A conversa virou de um-para-todos. A publicação de uma insatisfação em uma rede de relacionamentos atinge rapidamente dezenas, centenas de pessoas. Um simples tweet dá o pontapé inicial em um efeito dominó com capacidade de crescer potencialmente e em velocidade acelerada.
Esse é o ponto. Quando uma crítica atinge diversas pessoas na web, ela influencia de forma negativa o processo de formação de opinião e de tomada de decisão de compra sobre produtos e serviços. Ao se tornar pública, ela vira uma questão de dano à reputação, à imagem de uma corporação.
E as empresas morrem de medo disso. Daí o sucesso de sites como o Reclame Aqui. Eles são o megafone de clientes que tinham se acostumado a serem mudos – ou o maior pesadelo de empresas que fingem ser surdas.
Exemplos no exterior
Companhias como a americana BestBuy perceberam esse movimento. Com o Twelpforce (@twelpforce), ela preparou um serviço de atendimento ao cliente via Twitter. Em um único perfil, diversos atendimentos da loja física passaram a prestar seus serviços também pelas redes sociais.
Com este pequeno exército de entusiasmados soldados, dúvidas e reclamações são sanadas em tempo real. A loja ganhou agilidade na prestação do serviço, economizou dinheiro, estreitou relacionamento com o cliente final e, de quebra, levou o Grand Prix de Titanium em Cannes, em 2010.
Atendimento humanizado
A Comcast adotou uma estratégia distinta, mas igualmente eficaz. Em vez de um perfil que centraliza todas as reclamações, são pelo menos nove deles – cada um conduzido por um funcionário. A estratégia de humanizar o atendimento é levada tão a sério que, além de nome, fotografia e bio, alguns deles divulgam também endereços pessoais de blogs e redes sociais. Além de atender, ajudam a criar buzz em torno da marca.
As empresas precisam entender que os clientes agora têm voz. Nas redes sociais, a dinâmica é de conversa e o tratamento, de igual para igual. Todos irão falar e, principalmente, ouvir. De preferência, sem gerúndios de parte a parte.
Fonte: http://idgnow.uol.com.br/blog/plural/2011/01/03/quer-ser-bem-atendido-corra-para-as-redes-sociais/
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
O uso das redes sociais no local de trabalho compromete as empresas?
Departamentos de TI são pressionados a afrouxar as regras de acesso às comunidades virtuais como o LinkedIn, o Facebook e o YouTube.
A tentação de bloquear o acesso às redes sociais no ambiente de trabalho é grande, mas não tem futuro. Os departamentos de TI são pressionados a afrouxar as regras de acesso às comunidades virtuais como o LinkedIn, o Facebook e o YouTube.
Essa pressão vem de várias frentes diferentes e tem motivações igualmente variáveis. As equipes de marketing e comerciais, por exemplo, vão contatar seu público usando essas mídias. Na perspectiva do RH das organizações, funcionários com vivência nessas redes serão melhor avaliados, mas de nada valerá contratar esses colaboradores se não puderem exercer seus conhecimentos no trabalho.
Mudança de paradigma
O vice-presidente e analista-chefe da Forrester, Chenxi Wang, afirma que há um movimento grande de mudança de paradigma nas organizações, à medida que elas adotam modelos mais liberais de interação digital de seus funcionários. Falta apenas encontrar a mistura balanceada entre liberdade e segurança.
Especialistas no assunto sugerem que a abertura seja efetuada de maneira gradativa e com base em um planejamento. Se, por um lado, empresas afrouxaram sensivelmente o uso do email, muito pouco foi feito com o objetivo de transferir essa liberdade aos sites de relacionamento.
“A primeira tarefa das empresas é estender as políticas de uso do email pessoal a todas as vias de comunicação digital”, diz Bradley Anstis, que ocupa a cadeira de vice-presidente de estratégia digital da empresa M86 Security.
Cada caso um caso
No planejamento da “abertura social” devem ser considerados os níveis de acesso com foco em segurança. O YouTube, por exemplo, não precisa ser acessado por todos. O mesmo pode ser dito sobre os aplicativos para Facebook. Quem sabe, seja questão de configurar acesso em modo leitura apenas, o que impede que programas alheios aos interesses da empresa gravem qualquer bit no sistema corporativo. Como em tudo, educação é a pedra fundamental nessa questão e deve abordar o perigo de vazamento de informações confidenciais.
“Nosso papel não é nem será o de policiar a diversão e a alegria das pessoas”, diz Anstis. “Basta às empresas compreender isso e habilitar o uso seguro das redes sociais no trabalho”, completa.
Pesquisa
Um levantamento realizado pela empresa FaceTime Communications com 1.654 gerentes de TI e usuários de redes sociais em 2010 revelou que a presença de redes sociais no ambiente de trabalho é certa para 62% dos respondentes. Recursos digitais, como a partilha de arquivos acontecem em 74% das empresas, respondem os usuários. Aos olhos de gestores, porém, essa realidade não é percebida. Apenas 32% destes responderam que existe a disponibilidade desse tipo recurso em suas estruturas. Outra discrepância é percebida quando o assunto são programas de chat. 95% dos usuários responderam que sim, usam esses programas ou sites em seu trabalho. Apenas 31% dos administradores de TI confirmam esse fato.
Outras ameças
Mas o vazamento de dados é apenas um dos pontos críticos. Há várias ameaças digitais que comprometem as organizações por violar determinadas regulamentações de segurança. É o caso dos botnets, de malwares e de tentativas de phishing. Para John Vecchi, líder de marketing de produtos da empresa Check Point, a web 2.0 traz consigo muitos desafios aos departamentos de TI. “Especialmente no que tange à proteção dos dados, em que o surgimento de vários canais aumenta de forma quase exponencial o perigo de informações confidenciais ganharem a rede”.
A regulamentação de mídias sociais pode, e deve, acontecer junto com a configuração das políticas de grupo e de usuário. Normalmente isso acontece via integração ao diretório corporativo. Ferramentas que não tenham opções de filtragem nesse nível não bastam para garantir a segurança dos dados. Outra questão de fundamental importância é gerir o acesso (leia-se “o bloqueio”) de malwares baseados em scripts e verificar a natureza de dados baixados e carregados na internet – tudo com vistas a preservar as políticas internas.
Logo
Se, por um lado, é importante resguardar os bens da empresa dos riscos impostos pelo uso de redes sociais, é igualmente importante aceitar que o uso do Facebook, Twitter e do LinkedIn não têm como ser erradicados à base de cliques e de configurações em servidores. Os fucnionários irão encontrar um jeito de entrar na rede, nem que seja para comemorar que venceram os esforços da organização e comentar quando perceberem na tentativa de separá-los de seus “amigos”.
“O negócio é manter uma mente aberta sobre seus colaboradores e como percebem as mídias sociais”, recomenda Wang. “Acredito que seja fundamental informar os usuários sobre os riscos associados às redes de relacionamento, dar-lhes as ferramentas para que se protejam e deixar que tomem as medidas que acharem necessárias”.
(Ann Bednarz)
A tentação de bloquear o acesso às redes sociais no ambiente de trabalho é grande, mas não tem futuro. Os departamentos de TI são pressionados a afrouxar as regras de acesso às comunidades virtuais como o LinkedIn, o Facebook e o YouTube.
Essa pressão vem de várias frentes diferentes e tem motivações igualmente variáveis. As equipes de marketing e comerciais, por exemplo, vão contatar seu público usando essas mídias. Na perspectiva do RH das organizações, funcionários com vivência nessas redes serão melhor avaliados, mas de nada valerá contratar esses colaboradores se não puderem exercer seus conhecimentos no trabalho.
Mudança de paradigma
O vice-presidente e analista-chefe da Forrester, Chenxi Wang, afirma que há um movimento grande de mudança de paradigma nas organizações, à medida que elas adotam modelos mais liberais de interação digital de seus funcionários. Falta apenas encontrar a mistura balanceada entre liberdade e segurança.
Especialistas no assunto sugerem que a abertura seja efetuada de maneira gradativa e com base em um planejamento. Se, por um lado, empresas afrouxaram sensivelmente o uso do email, muito pouco foi feito com o objetivo de transferir essa liberdade aos sites de relacionamento.
“A primeira tarefa das empresas é estender as políticas de uso do email pessoal a todas as vias de comunicação digital”, diz Bradley Anstis, que ocupa a cadeira de vice-presidente de estratégia digital da empresa M86 Security.
Cada caso um caso
No planejamento da “abertura social” devem ser considerados os níveis de acesso com foco em segurança. O YouTube, por exemplo, não precisa ser acessado por todos. O mesmo pode ser dito sobre os aplicativos para Facebook. Quem sabe, seja questão de configurar acesso em modo leitura apenas, o que impede que programas alheios aos interesses da empresa gravem qualquer bit no sistema corporativo. Como em tudo, educação é a pedra fundamental nessa questão e deve abordar o perigo de vazamento de informações confidenciais.
“Nosso papel não é nem será o de policiar a diversão e a alegria das pessoas”, diz Anstis. “Basta às empresas compreender isso e habilitar o uso seguro das redes sociais no trabalho”, completa.
Pesquisa
Um levantamento realizado pela empresa FaceTime Communications com 1.654 gerentes de TI e usuários de redes sociais em 2010 revelou que a presença de redes sociais no ambiente de trabalho é certa para 62% dos respondentes. Recursos digitais, como a partilha de arquivos acontecem em 74% das empresas, respondem os usuários. Aos olhos de gestores, porém, essa realidade não é percebida. Apenas 32% destes responderam que existe a disponibilidade desse tipo recurso em suas estruturas. Outra discrepância é percebida quando o assunto são programas de chat. 95% dos usuários responderam que sim, usam esses programas ou sites em seu trabalho. Apenas 31% dos administradores de TI confirmam esse fato.
Outras ameças
Mas o vazamento de dados é apenas um dos pontos críticos. Há várias ameaças digitais que comprometem as organizações por violar determinadas regulamentações de segurança. É o caso dos botnets, de malwares e de tentativas de phishing. Para John Vecchi, líder de marketing de produtos da empresa Check Point, a web 2.0 traz consigo muitos desafios aos departamentos de TI. “Especialmente no que tange à proteção dos dados, em que o surgimento de vários canais aumenta de forma quase exponencial o perigo de informações confidenciais ganharem a rede”.
A regulamentação de mídias sociais pode, e deve, acontecer junto com a configuração das políticas de grupo e de usuário. Normalmente isso acontece via integração ao diretório corporativo. Ferramentas que não tenham opções de filtragem nesse nível não bastam para garantir a segurança dos dados. Outra questão de fundamental importância é gerir o acesso (leia-se “o bloqueio”) de malwares baseados em scripts e verificar a natureza de dados baixados e carregados na internet – tudo com vistas a preservar as políticas internas.
Logo
Se, por um lado, é importante resguardar os bens da empresa dos riscos impostos pelo uso de redes sociais, é igualmente importante aceitar que o uso do Facebook, Twitter e do LinkedIn não têm como ser erradicados à base de cliques e de configurações em servidores. Os fucnionários irão encontrar um jeito de entrar na rede, nem que seja para comemorar que venceram os esforços da organização e comentar quando perceberem na tentativa de separá-los de seus “amigos”.
“O negócio é manter uma mente aberta sobre seus colaboradores e como percebem as mídias sociais”, recomenda Wang. “Acredito que seja fundamental informar os usuários sobre os riscos associados às redes de relacionamento, dar-lhes as ferramentas para que se protejam e deixar que tomem as medidas que acharem necessárias”.
(Ann Bednarz)
Sites de leilão com lances de um centavo
A explosão de sites de compras coletivas abriu espaço para novos negócios na internet. Agora, começam a surgir os sites de leilão por um centavo, inspirados num site alemão, que está há cinco anos no ar. No Brasil, o primeiro deles apareceu no fim de 2008 – mas só agora os sites caíram no gosto de brasileiros conectados.
Para atrair um número maior de internautas, essas empresas estão leiloando produtos mais valiosos, como carros, viagens internacionais e até um apartamento de R$ 250 mil. Como cada lance aumenta em apenas um centavo o valor do objeto ou serviço leiloado, os arremates são feitos por valores muito baixos, que chegam a ser 95% mais baratos do que no mercado. Há casos como o de um Renault Clio vendido por R$ 100, um iPad por R$ 15 e uma viagem para a África do Sul, com tudo pago, que saiu por R$ 13.
Para participar, primeiro é preciso comprar um pacote de lances – o preço unitário varia de R$ 0,70 a R$ 1. Quando o leilão começa, o cronômetro faz uma contagem regressiva de 15 segundos: a cada lance, o relógio volta ao tempo inicial. Arremata o produto quem oferece o último lance antes de o cronômetro zerar.
Investimento nos sites de leilões por um centavo
Sylvio Avilla conheceu o modelo de negócio numa viagem à Alemanha, mas só se deu conta de que seria interessante reproduzi-lo no Brasil quando já estava de volta a São Paulo, num bate papo com amigos numa mesa de bar. Naquela noite, surgiu a ideia de criar o Olho no Click, primeiro site de leilão de um centavo no País. Guilherme Pizzini, o amigo de infância que acompanhava Sylvio no happy hour, virou o diretor comercial da empresa. "No início era só uma brincadeira, que virou coisa séria", diz Pizzini, porta-voz da empresa.
Com um investimento inicial de R$ 500 mil e outros dois sócios, a dupla colocou a página no ar. Hoje, o site tem 400 mil clientes cadastrados, realiza 85 leilões por semana e tem faturamento previsto de R$ 5 milhões em 2010. É a venda de lances que garante a receita da empresa.
No mês passado, o site fechou uma parceria com a construtora Rossi para leiloar um apartamento de R$ 250 mil. A oferta atraiu tanta gente que o site saiu do ar. O leilão teve de ser remarcado e estava previsto para recomeçar na noite de ontem.
Concorrentes
Por alguns meses, o Olho no Click esteve sozinho no mercado brasileiro. Mas, desde março, com o boom dos sites de compra coletiva, outros empresários da web decidiram apostar no leilão de centavos, que chegam a 40 hoje. Sidney Pedrotti lançou há 120 dias o Martela.com. "É uma adrenalina trabalhar com isso", diz. O site integra um programa de startups (empresas nascentes) da Microsoft.
Foi o Martela.com que leiloou há duas semanas um Renault Clio. O carro recebeu 1.351 lances feitos por 118 internautas e foi arrematado por R$ 13,51. O ganhador, de Ribeirão Preto, levou o veículo com 89 lances, que custaram R$ 1 cada. Portanto, ela não pagou apenas os R$ 13,51, mas R$ 102,51 – o que também não é nada mau para um automóvel de R$ 24 mil.
Fonte: Empreendedor
Para atrair um número maior de internautas, essas empresas estão leiloando produtos mais valiosos, como carros, viagens internacionais e até um apartamento de R$ 250 mil. Como cada lance aumenta em apenas um centavo o valor do objeto ou serviço leiloado, os arremates são feitos por valores muito baixos, que chegam a ser 95% mais baratos do que no mercado. Há casos como o de um Renault Clio vendido por R$ 100, um iPad por R$ 15 e uma viagem para a África do Sul, com tudo pago, que saiu por R$ 13.
Para participar, primeiro é preciso comprar um pacote de lances – o preço unitário varia de R$ 0,70 a R$ 1. Quando o leilão começa, o cronômetro faz uma contagem regressiva de 15 segundos: a cada lance, o relógio volta ao tempo inicial. Arremata o produto quem oferece o último lance antes de o cronômetro zerar.
Investimento nos sites de leilões por um centavo
Sylvio Avilla conheceu o modelo de negócio numa viagem à Alemanha, mas só se deu conta de que seria interessante reproduzi-lo no Brasil quando já estava de volta a São Paulo, num bate papo com amigos numa mesa de bar. Naquela noite, surgiu a ideia de criar o Olho no Click, primeiro site de leilão de um centavo no País. Guilherme Pizzini, o amigo de infância que acompanhava Sylvio no happy hour, virou o diretor comercial da empresa. "No início era só uma brincadeira, que virou coisa séria", diz Pizzini, porta-voz da empresa.
Com um investimento inicial de R$ 500 mil e outros dois sócios, a dupla colocou a página no ar. Hoje, o site tem 400 mil clientes cadastrados, realiza 85 leilões por semana e tem faturamento previsto de R$ 5 milhões em 2010. É a venda de lances que garante a receita da empresa.
No mês passado, o site fechou uma parceria com a construtora Rossi para leiloar um apartamento de R$ 250 mil. A oferta atraiu tanta gente que o site saiu do ar. O leilão teve de ser remarcado e estava previsto para recomeçar na noite de ontem.
Concorrentes
Por alguns meses, o Olho no Click esteve sozinho no mercado brasileiro. Mas, desde março, com o boom dos sites de compra coletiva, outros empresários da web decidiram apostar no leilão de centavos, que chegam a 40 hoje. Sidney Pedrotti lançou há 120 dias o Martela.com. "É uma adrenalina trabalhar com isso", diz. O site integra um programa de startups (empresas nascentes) da Microsoft.
Foi o Martela.com que leiloou há duas semanas um Renault Clio. O carro recebeu 1.351 lances feitos por 118 internautas e foi arrematado por R$ 13,51. O ganhador, de Ribeirão Preto, levou o veículo com 89 lances, que custaram R$ 1 cada. Portanto, ela não pagou apenas os R$ 13,51, mas R$ 102,51 – o que também não é nada mau para um automóvel de R$ 24 mil.
Fonte: Empreendedor
As vantagens e desvantagens da Dinâmica de Grupo
Apesar de ser temida por alguns candidatos, especialista garante que técnica pode identificar características necessárias para a vaga.
Em processos seletivos de diversas empresas, a fase que segue a seleção do currículo é a famosa Dinâmica de Grupo – para receio de muitos candidatos, que consideram essa a etapa mais difícil, principalmente para os mais tímidos e introspectivos. Porém, para o selecionador, as atividades em grupo solicitadas durante o processo, quando bem aplicadas, são capazes de mostrar características e habilidades que serão necessárias para determinada vaga.
Segundo Elaíce Farias Shinoda, da consultoria Steer Recursos Humanos, as Dinâmicas de Grupo são muito usadas para seleção de estagiários ou trainees. Na seleção de cargos executivos e gerências, são raros os processos que incluem a entrevista em grupo. "O que queremos observar nesses processos é interação entre os candidatos. Vamos buscar sinais de liderança, capacidade de trabalho em equipe ou o contrário, tudo dependendo do perfil que a vaga em questão exige", diz Elaíce.
Para os candidatos que sempre saem de uma Dinâmica se perguntando para que tudo aquilo serviu, Elaíce Shinoda separou alguns esclarecimentos, divididos entre prós e contras:
Vantagens
1. Oportunidade de demonstrar seu comportamento e como se relaciona em grupo;
2. Em entrevistas individuais os candidatos não têm tantas chances de emitir opiniões e exteriorizar aspectos de comportamento como liderança, empreendedorismo, criatividade, capacidade de atuar em situações-limite;
3. A dinâmica pode ser aproveitada para candidatos conhecerem outras pessoas, trocarem ideias, fazerem networking;
4. A cada dinâmica, o candidato consegue aprimorar sua capacidade de se incluir e de trabalhar em grupo;
5. Por ser um processo de várias horas, a dinâmica não permite que o candidato se porte de uma maneira "treinada" por muito tempo. A real essência de cada um sempre vem à tona.
Desvantagens
1. Algumas empresas dão explicações superficiais sobre o processo e não dão feedback quando a seleção termina, o que não agrega ao processo de aprendizado do candidato que procura emprego;
2. Muitas pessoas na mesma dinâmica e apenas um selecionar para observar o comportamento de todos pode ser ruim. O ideal é trabalhar com números menores de pessoas, de forma que o observador consiga avaliar e dar atenção a todos;
3. Candidatos muito tímidos, que têm dificuldade de se expor em público e colocar opiniões podem perder lugar para um profissional que pode ser até menos competente, porém mais desinibido. Caberá sempre ao selecionador saber identificar as reais qualificações e posturas dos candidatos presentes.
Fonte: Portal Administrativo
Em processos seletivos de diversas empresas, a fase que segue a seleção do currículo é a famosa Dinâmica de Grupo – para receio de muitos candidatos, que consideram essa a etapa mais difícil, principalmente para os mais tímidos e introspectivos. Porém, para o selecionador, as atividades em grupo solicitadas durante o processo, quando bem aplicadas, são capazes de mostrar características e habilidades que serão necessárias para determinada vaga.
Segundo Elaíce Farias Shinoda, da consultoria Steer Recursos Humanos, as Dinâmicas de Grupo são muito usadas para seleção de estagiários ou trainees. Na seleção de cargos executivos e gerências, são raros os processos que incluem a entrevista em grupo. "O que queremos observar nesses processos é interação entre os candidatos. Vamos buscar sinais de liderança, capacidade de trabalho em equipe ou o contrário, tudo dependendo do perfil que a vaga em questão exige", diz Elaíce.
Para os candidatos que sempre saem de uma Dinâmica se perguntando para que tudo aquilo serviu, Elaíce Shinoda separou alguns esclarecimentos, divididos entre prós e contras:
Vantagens
1. Oportunidade de demonstrar seu comportamento e como se relaciona em grupo;
2. Em entrevistas individuais os candidatos não têm tantas chances de emitir opiniões e exteriorizar aspectos de comportamento como liderança, empreendedorismo, criatividade, capacidade de atuar em situações-limite;
3. A dinâmica pode ser aproveitada para candidatos conhecerem outras pessoas, trocarem ideias, fazerem networking;
4. A cada dinâmica, o candidato consegue aprimorar sua capacidade de se incluir e de trabalhar em grupo;
5. Por ser um processo de várias horas, a dinâmica não permite que o candidato se porte de uma maneira "treinada" por muito tempo. A real essência de cada um sempre vem à tona.
Desvantagens
1. Algumas empresas dão explicações superficiais sobre o processo e não dão feedback quando a seleção termina, o que não agrega ao processo de aprendizado do candidato que procura emprego;
2. Muitas pessoas na mesma dinâmica e apenas um selecionar para observar o comportamento de todos pode ser ruim. O ideal é trabalhar com números menores de pessoas, de forma que o observador consiga avaliar e dar atenção a todos;
3. Candidatos muito tímidos, que têm dificuldade de se expor em público e colocar opiniões podem perder lugar para um profissional que pode ser até menos competente, porém mais desinibido. Caberá sempre ao selecionador saber identificar as reais qualificações e posturas dos candidatos presentes.
Fonte: Portal Administrativo
8 passos para mudar sua equipe sem demitir ninguém
Consultor dá dicas para transformar seu quadro de colabores na equipe ideal sem recorrer a demissões ou contratações.
São Paulo - Ter a equipe ideal de colaboradores é o segredo para o sucesso de qualquer empreendimento. Mas nem sempre é viável, ou mesmo necessário, recorrer ao mercado para fazer os ajustes necessários no seu time, especialmente em empresas de pequeno porte onde os recursos são escassos.
Algumas medidas simples podem ajudar o gestor a transformar seu quadro de colabores na equipe ideal sem recorrer a demissões ou contratações. Confira as dicas de Eduardo Ferraz, consultor em gestão de pessoas e autor do livro "Por que a gente é do jeito que a gente é?" (Editora Gente):
1. Conheça seus colaboradores
Conhecer o histórico de seus colaboradores e entender a personalidade de cada um é fundamental para montar um time de sucesso. Entender o que cada um pode trazer para a equipe e saber respeitar as suas limitações é fundamental. “Não é bom negócio cobrar e insistir em coisas improváveis. Por exemplo: se uma pessoa é tímida,. provavelmente a praia dela não é lidar com o público. O contrário também é verdadeiro: se você tem um funcionário super extrovertido, colocá-lo para trabalhar fechado num escritório será uma tortura. Não lute contra isso Pense em mudá-los de função ou de ambiente”, explica Ferraz.
2. Identifique os pontos fortes
A eficiência de um time depende da capacidade do gestor de tirar proveito das melhores qualidades dos seus colaboradores. Às vezes, até um defeito pode ser usado a favor da equipe. “Ter um funcionário muito teimoso, perfeccionista, mandão, falante, desconfiado ou qualquer comportamento que socialmente é visto como inadequado pode se tornar um ponto forte, se utilizado em tarefas que demandem estas características”, justifica o especialista. “O sucesso está em descobrir e aprimorar os pontos fortes de seus colaboradores”.
3. Encontre a função certa para cada um
Até o mais brilhante dos profissionais pode entregar resultados pouco satisfatórios se não for alocado à área que melhor explora seus interesses e habilidades. “Procure posicionar as pessoas onde elas possam usar seus talentos na maior parte de seu tempo. O perfeccionista gosta de organizar, o extrovertido de se relacionar, o dominante de comandar, o impaciente de acelerar”, define o especialista.
4. Saiba manter sua equipe motivada
Segundo Ferraz, as empresas têm basicamente quatro grandes moedas para oferecer a seus colaboradores e cada pessoa responde em diferente intensidade a cada uma delas. A primeira e mais óbvia é o dinheiro - salário, comissão, bônus por desempenho e outros mecanismos de recompensa monetária; a segunda é a segurança – fatores como estabilidade e bom ambiente de trabalho entram nesta conta; a terceira é o aprendizado – o conhecimento que a empresa proporciona por meio de treinamentos e do aprendizado adquirido no dia-a-dia trabalho; a quarta é reconhecimento - como a empresa premia o trabalho do profissional, seja com elogios públicos, promoções ou outras formas de recompensa. O uso de cada uma destas moedas deve se adequar ao perfil de cada funcionário - não há uma formula única.
5. A prática leva à perfeição
Para ter uma equipe de sucesso, é preciso melhorar aquilo que já se tem de bom. Ferraz recomenda que isso seja feito através da “prática deliberada”, atividades explicitamente voltadas a aperfeiçoar talentos e melhorar o desempenho através da repetição. “Um grande talento sem o esforço do treinamento e da repetição não gera resultados. Muita prática deliberada significará melhor desempenho. Toneladas de prática deliberada resultará em excelência”, diz.
6. Defina metas e cobre resultados
Pode parecer óbvio, mas muitas empresas definem objetivos gerais mas se esquecem de estabelecer metas individuais. “Se você seguir os passos anteriores, terá o alicerce para cobrar metas mais agressivas. Explique os motivos e estipule metas de aumento de faturamento, aumento de margem e diminuição de custos”, aconselha Ferraz. Segundo o consultor, a maioria das pessoas consegue um desempenho 20% a 30% superior quando as metas são definidas em termos quantitativas e avaliadas mensalmente.
7. Premie os melhores
Se você quer motivar os funcionários mais talentosos e determinados da sua equipe, premie, reconheça e promova os melhores, independentemente do tempo de casa que possuam. “Isso provocará um ‘choque de gestão’ no time”, justifica Ferraz.
8. Dê o exemplo
As pessoas só acreditam em um programa de melhoria, se quem o proponha o segue rigorosamente. O exemplo vêm de cima.
fonte: Exame
São Paulo - Ter a equipe ideal de colaboradores é o segredo para o sucesso de qualquer empreendimento. Mas nem sempre é viável, ou mesmo necessário, recorrer ao mercado para fazer os ajustes necessários no seu time, especialmente em empresas de pequeno porte onde os recursos são escassos.
Algumas medidas simples podem ajudar o gestor a transformar seu quadro de colabores na equipe ideal sem recorrer a demissões ou contratações. Confira as dicas de Eduardo Ferraz, consultor em gestão de pessoas e autor do livro "Por que a gente é do jeito que a gente é?" (Editora Gente):
1. Conheça seus colaboradores
Conhecer o histórico de seus colaboradores e entender a personalidade de cada um é fundamental para montar um time de sucesso. Entender o que cada um pode trazer para a equipe e saber respeitar as suas limitações é fundamental. “Não é bom negócio cobrar e insistir em coisas improváveis. Por exemplo: se uma pessoa é tímida,. provavelmente a praia dela não é lidar com o público. O contrário também é verdadeiro: se você tem um funcionário super extrovertido, colocá-lo para trabalhar fechado num escritório será uma tortura. Não lute contra isso Pense em mudá-los de função ou de ambiente”, explica Ferraz.
2. Identifique os pontos fortes
A eficiência de um time depende da capacidade do gestor de tirar proveito das melhores qualidades dos seus colaboradores. Às vezes, até um defeito pode ser usado a favor da equipe. “Ter um funcionário muito teimoso, perfeccionista, mandão, falante, desconfiado ou qualquer comportamento que socialmente é visto como inadequado pode se tornar um ponto forte, se utilizado em tarefas que demandem estas características”, justifica o especialista. “O sucesso está em descobrir e aprimorar os pontos fortes de seus colaboradores”.
3. Encontre a função certa para cada um
Até o mais brilhante dos profissionais pode entregar resultados pouco satisfatórios se não for alocado à área que melhor explora seus interesses e habilidades. “Procure posicionar as pessoas onde elas possam usar seus talentos na maior parte de seu tempo. O perfeccionista gosta de organizar, o extrovertido de se relacionar, o dominante de comandar, o impaciente de acelerar”, define o especialista.
4. Saiba manter sua equipe motivada
Segundo Ferraz, as empresas têm basicamente quatro grandes moedas para oferecer a seus colaboradores e cada pessoa responde em diferente intensidade a cada uma delas. A primeira e mais óbvia é o dinheiro - salário, comissão, bônus por desempenho e outros mecanismos de recompensa monetária; a segunda é a segurança – fatores como estabilidade e bom ambiente de trabalho entram nesta conta; a terceira é o aprendizado – o conhecimento que a empresa proporciona por meio de treinamentos e do aprendizado adquirido no dia-a-dia trabalho; a quarta é reconhecimento - como a empresa premia o trabalho do profissional, seja com elogios públicos, promoções ou outras formas de recompensa. O uso de cada uma destas moedas deve se adequar ao perfil de cada funcionário - não há uma formula única.
5. A prática leva à perfeição
Para ter uma equipe de sucesso, é preciso melhorar aquilo que já se tem de bom. Ferraz recomenda que isso seja feito através da “prática deliberada”, atividades explicitamente voltadas a aperfeiçoar talentos e melhorar o desempenho através da repetição. “Um grande talento sem o esforço do treinamento e da repetição não gera resultados. Muita prática deliberada significará melhor desempenho. Toneladas de prática deliberada resultará em excelência”, diz.
6. Defina metas e cobre resultados
Pode parecer óbvio, mas muitas empresas definem objetivos gerais mas se esquecem de estabelecer metas individuais. “Se você seguir os passos anteriores, terá o alicerce para cobrar metas mais agressivas. Explique os motivos e estipule metas de aumento de faturamento, aumento de margem e diminuição de custos”, aconselha Ferraz. Segundo o consultor, a maioria das pessoas consegue um desempenho 20% a 30% superior quando as metas são definidas em termos quantitativas e avaliadas mensalmente.
7. Premie os melhores
Se você quer motivar os funcionários mais talentosos e determinados da sua equipe, premie, reconheça e promova os melhores, independentemente do tempo de casa que possuam. “Isso provocará um ‘choque de gestão’ no time”, justifica Ferraz.
8. Dê o exemplo
As pessoas só acreditam em um programa de melhoria, se quem o proponha o segue rigorosamente. O exemplo vêm de cima.
fonte: Exame
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Marketing Jurídico no EUA e Brasil = Mesmo caminho?
Semana passada uma notícia interessante nos remete ao código de ética: Os EUA e Brasil estão estudando um ao outro seus devidos códigos de ética para trocarem informações e quem sabe ter um código de ética comum. Leia a notícia completa aqui.
Por óbvio, temos que respeitar que são países completamente diferentes, seja na forma da cultura do povo, visão de negócios, estratégias de mercado e economicas.
Ainda assim, temos pelo menos dois pontos interessantes nesta discussão:
1. A forma que os Americanos vêem o marketing jurídico;
2. Estratégias atuais similares entre os dois países neste âmbito;
Sobre a forma que é visto o Marketing em cada país
No Brasil sabemos que enfrentamos uma código de ética com visão bem mais restrita em relação ao marketing do que os EUA. Nos EUA há a possibilidade de anúncios na TV, colocações diretas do tipo “eu sou o bom e faço o melhor, me contrate” e por aí vai. Decorrência da visão capitalista forte que sempre norteou o mercado americano, que aliás, pauta num judiciário completamente diferente do nosso em inúmeros termos, principalmente pela característica de lá ser bem mais beligerante que o Brasil.
No Brasil temos uma visão mais tangente do marketing jurídico, ou seja, podemos fazer o marketing, contudo, a estratégia de marketing não pode ser direta, deve ser tangenciada através do conhecimento, eventos, networking, etc.
A ideia de unir ambos num código de ética comum parece bem interessante, contudo, há muitas etapas a serem enfrentadas e superadas para esta realidade ser verdadeira, a começar pelas estratégias de cada país em relação ao marketing.
Sobre as estratégias adotadas em cada país
Enquanto temos um mercado voltado ao marketing expositivo nos EUA e mais tangenciado no Brasil, temos limitações éticas completamente diferentes em cada país, nos levando a remar em direções opostas.
Contudo, nem tudo é assim.
Se analisarmos o contexto da cobrança de honorários, por exemplo, até bem pouco tempo atrás, quiça início de 2010, os EUA – assim como a Europa até hoje ainda assim se manifesta – fazia a cobrança de honorários baseado no trabalho do advogado por hora, o famoso time sheet. Isto no Brasil é pouquíssimo utilizado, na proporção das cobranças por mês ou por trabalho a ser realizado.
Pois bem. Mas, o cenário economico americano mudou esta realidade.
Em 2010 os consultores em marketing jurídico dos EUA já colocavam como diferencial estratégico para os advogados americanos a cobrança por mês ou por trabalho ao invés de por hora. (Na Europa ainda prevalece a cobrança por hora)
O que para um país é um diferencial de mercado, para nós brasileiros uma realidade diária, sendo que a regra por eles a ser deixada (cobrança por hora) é uma exceção que adotamos e queremos difundir por aqui.
Óbvio, ululante que o mercado influencia em todas as relações existentes e por isto, temos mudanças siginificativas na legislação e visão estratégica.
Enfim,
O Brasil é a bola da vez, ou seja, o país visado para negócios em todo o mundo. Conversando com americanos ou europeus, a visão clara é de que o Brasil é uma terra de oportunidades.
Que bom, se for gerar mais e mais negócios para nós com troca de experiências globais.
Contudo, a reflexão que faço é de que se estamos com todo este interesse em nós temos que aproveitar para fazer crescer o mercado e debater os pontos que hoje nos afastam dele, como é o caso do código de ética. Não precisamos ser iguais aos EUA, mas podemos aprender o que eles tem de bom e aplicar no nosso dia a dia.
E você? Como vê esta questão no seu universo de trabalho?
_______________________________________
Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr
www.gestao.adv.br
blog.gestao.adv.br
gustavo@gestao.adv.br
Por óbvio, temos que respeitar que são países completamente diferentes, seja na forma da cultura do povo, visão de negócios, estratégias de mercado e economicas.
Ainda assim, temos pelo menos dois pontos interessantes nesta discussão:
1. A forma que os Americanos vêem o marketing jurídico;
2. Estratégias atuais similares entre os dois países neste âmbito;
Sobre a forma que é visto o Marketing em cada país
No Brasil sabemos que enfrentamos uma código de ética com visão bem mais restrita em relação ao marketing do que os EUA. Nos EUA há a possibilidade de anúncios na TV, colocações diretas do tipo “eu sou o bom e faço o melhor, me contrate” e por aí vai. Decorrência da visão capitalista forte que sempre norteou o mercado americano, que aliás, pauta num judiciário completamente diferente do nosso em inúmeros termos, principalmente pela característica de lá ser bem mais beligerante que o Brasil.
No Brasil temos uma visão mais tangente do marketing jurídico, ou seja, podemos fazer o marketing, contudo, a estratégia de marketing não pode ser direta, deve ser tangenciada através do conhecimento, eventos, networking, etc.
A ideia de unir ambos num código de ética comum parece bem interessante, contudo, há muitas etapas a serem enfrentadas e superadas para esta realidade ser verdadeira, a começar pelas estratégias de cada país em relação ao marketing.
Sobre as estratégias adotadas em cada país
Enquanto temos um mercado voltado ao marketing expositivo nos EUA e mais tangenciado no Brasil, temos limitações éticas completamente diferentes em cada país, nos levando a remar em direções opostas.
Contudo, nem tudo é assim.
Se analisarmos o contexto da cobrança de honorários, por exemplo, até bem pouco tempo atrás, quiça início de 2010, os EUA – assim como a Europa até hoje ainda assim se manifesta – fazia a cobrança de honorários baseado no trabalho do advogado por hora, o famoso time sheet. Isto no Brasil é pouquíssimo utilizado, na proporção das cobranças por mês ou por trabalho a ser realizado.
Pois bem. Mas, o cenário economico americano mudou esta realidade.
Em 2010 os consultores em marketing jurídico dos EUA já colocavam como diferencial estratégico para os advogados americanos a cobrança por mês ou por trabalho ao invés de por hora. (Na Europa ainda prevalece a cobrança por hora)
O que para um país é um diferencial de mercado, para nós brasileiros uma realidade diária, sendo que a regra por eles a ser deixada (cobrança por hora) é uma exceção que adotamos e queremos difundir por aqui.
Óbvio, ululante que o mercado influencia em todas as relações existentes e por isto, temos mudanças siginificativas na legislação e visão estratégica.
Enfim,
O Brasil é a bola da vez, ou seja, o país visado para negócios em todo o mundo. Conversando com americanos ou europeus, a visão clara é de que o Brasil é uma terra de oportunidades.
Que bom, se for gerar mais e mais negócios para nós com troca de experiências globais.
Contudo, a reflexão que faço é de que se estamos com todo este interesse em nós temos que aproveitar para fazer crescer o mercado e debater os pontos que hoje nos afastam dele, como é o caso do código de ética. Não precisamos ser iguais aos EUA, mas podemos aprender o que eles tem de bom e aplicar no nosso dia a dia.
E você? Como vê esta questão no seu universo de trabalho?
_______________________________________
Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr
www.gestao.adv.br
blog.gestao.adv.br
gustavo@gestao.adv.br
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Mídias Sociais e Branding: mais um problema CEO
Por Augusto Nascimento*
Está chegando no Brasil o livro MIDIAS SOCIAIS NAS EMPRESAS, da Editora Évora, cuja tradução foi feita pela minha filha Tarsila e que eu. Me senti muito honrado de fazer o texto que você está lendo aqui, como MENSAGEM AO LEITOR BRASILEIRO. Desde 2005/2006, quando as Mídias Sociais começaram a chegar prá valer, tenho recomendado às empresas tratar o assunto com a seriedade que ele merece. Agora, coloquei isso num livro, que é um verdadeiro Guia para quem pretende investir em MIDIAS SOCIAIS sob o enfoque de Branding Dinâmico, numa visão e “Open Company” ou “Custumer Driven Company”. Mas vamos ao texto, sem delongas, que é um conjunto de DICAS PRÁTICAS de como fazer:
1. Contrate alguém sério e capaz para ajudá-lo:
Seja uma consultoria, assessoria ou especialista em quem sua empresa possa ter algum nível de confiança para começar a fazer algo sério em Mídias Sociais, especialmente um bom Plano, imediatamente. Há algumas linhas que recomendam a contratação de assessores jovens e júniors, com a premissa de que eles estão mais ligados nas novidades tecnológicas desse século. Mas o faro é que é preciso um mistura de “senioridade com gente imberbe”, mas o cerne da questão não está na idade, mas no nível de conhecimento e de capacidade ver o lado invisível dessas novas mídias, juntamente com a seriedade de propósito, com a ética e responsabilidade.
As novas gerações, especialmente a Y – como menciona o livro – tem muita contribuição a dar, mas é uma geração focada no próprio Ego, muito centrada em si e pouco preocupada com o outro e com a contribuição. Assim, o caminho é encontrar alguém que possa contribuir com sua empresa nessa jornada, dentro de uma visão responsável e consequente. Se sua empresa contratar a ajuda certa, terá um projeto vencedor. Se contratar errado, terá atritos, poucos avanços e poderá concluir equivocadamente que não deve investir em Mídias Sociais e, quem sabe daqui 2 a 3 anos, recomece a buscar a ajuda de alguém confiável.
Se um departamento isolado tentar contratar um pouquinho de Mídias Sociais, provavelmente sua empresa vai ter um problema. E mais: Recomendo que não faça leilão para contratar ajuda. Estabeleça laços de confiança e aposte em uma relação construtiva, afinal sua empresa merece algo nesse nível. Ou será que não merece?
As Mídias Sociais são um fenômeno relativamente novo e - pode estar certo disso – quem demorar demais para investir nelas vai ficar prá trás. Vai perder clientes importantes. Vai perder Executivos e Colaboradores importantes. Vai perder negócios e muito dinheiro, pois sua empresa funciona a partir das pessoas, dos clientes e de seus colaboradores num primeiro nível. E de todos os demais stakeholders.
Tudo isso forma um imenso mundo de relações sociais, onde as Mídias Sociais caminham rapidamente para ser o centro, embora sejam ainda algo relativamente novo. Elas surgiram prá valer por volta de 2005 e, logo depois, foram totalmente decisivas para a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Depois disso, ficou claro que o mundo da Internet havia mudado radicalmente e que as empresas não poderiam mais ignorar o poder dessas novas Mídias Sociais e da Web 2.0.
2. Não queira passar o carro adiante dos bois 01 (faça diagnóstico interno):
Peça à sua consultoria que faça um diagnóstico interno na sua empresa, para verificar qual é o atual nível de pré-disposição para o uso das mídias sociais – mas amplie isso para políticas de uso das ferramentas digitais de modo mais amplo. Qual é a possibilidade de usar o digital e as mídias sociais em seus atuais serviços aos clientes? Em seus processos de prospecção? Em seu recrutamento e seleção de pessoal? Em seu trabalho de integração de recursos humanos? No treinamento de funcionários próprios e de funcionários de terceiros, como distribuidores? Em programas de e-Learning e afins? Em treinamento e educação de consumidores? No avanço das relações com seus distribuidores ou canais de vendas? Em termos de Relações Institucionais? Em relações com a Imprensa? Na criação de uma espécie de “Facebook empresarial só seu, onde todos os seus colaboradores “colaborem!”?
Não se esqueça de que seus funcionários certamente já são usuários da Web 2.0 e das Midias Sociais. Muitos deles provavelmente estão trocando e colaborando via Orkut, via Facebook e Linkekin. Muitos já postaram ou já viram vídeos e filmes no You Tube. Alguns passam o dia brincando de Web com essas coisas todas, mas a verdade é que são as pessoas físicas que puxam as pessoas jurídicas para o Mundo Digital e se as empresas não definem políticas e normas para que seus colaboradores atuem como embaixadores de sua marca nas Mídias Sociais, então muitos deles podem assumir – mesmo sem querem – uma postura de detratores de sua marca no ambiente Web, fazendo críticas e comentários negativos se espalhar como fogo em capim seco. Isso é sério e a responsabilidade é da empresa.
3. Evite deixar o projeto de Midias Sociais nas mãos de um departamento interno:
Nem marketing, nem TI, nem RH - pois esse é o melhor caminho para brigas e atritos de poder, onde haverá desequilíbrios com alguém atuando em nome da empresa toda, mas com seus interesses departamentais em primeiro lugar. Muitos departamentos na empresa “brigam internamente” para serem donos do projeto e depois, o gerente coloca toda a experiência da empresa (que ele fez e aconteceu no Linkedin) e imediatamente é contratado por outra empresa do mercado, deixando o antigo empregador novamente no zero, pois ninguém mais sabe o que estava sendo feito ali. Só sabiam que era baratinho e que “aquele departamento” foi inovador e fez tudo sozinho, com um pequeno orçamento e etc, etc, etc. Coisas que você e eu já vimos acontecer muitas e muitas vezes.
Ao invés disso, os melhores especialistas recomendam que, com a ajuda de uma boa consultoria, sua empresa então verifique quais são as condições internas e relacionais que já estão praticamente caindo de maduras para uso do Digital e das Mídias Sociais. Isso dará um painel interno mais claro das condições reais, com total independência em relação a qualquer disputa de poder e orçamento interno.
4. Não queira passar o carro adiante dos bois 02 (faça pesquisa externa):
A consultoria deve também fazer um levantamento ou pesquisa sobre como sua marca e as marcas dos seus competidores estão aparecendo (ou não aparecendo) no mundo Web e nas Mídias Sociais. Nesse caso deve entrar tudo: websites, notícias em portais, menções em blogs e nas próprias Mídias Sociais: sua empresa e seus competidores no You Tube, no Facebook, no Twetter etc.
Sua consultoria deveria montar um amplo painel para você e seus executivos analisarem e debaterem em um workshop. O ponto de partida para a análise é o confronto sobre as CONDIÇÕES INTERNAS com a REALIDADE DA WEB 2.0 E MIDIAS SOCIAIS. Com isso tudo em perspectiva, sua empresa – com apoio de uma boa e independente consultoria – poderá então definir o rumo, a direção daquilo que deseja em termos de presença e uso das Mídias Sociais e Web 2.0.
5. Assim nasce um Projeto empresarial consistente de Web 2.0 e Mídias Sociais:
Da análise anterior mencionado é que deve nascer o Projeto específico para sua empresa estar nesse mundo digital. É aqui que deve ser decidido quanto e porque sua empresa vai investir nisso para aprender e para crescer, com solidez neste espaço. É aqui que você define seu Projeto (mais de modo não tão preciso, pois deve haver flexibilidade para voltar atrás e rever sempre que necessário, sempre que surgir uma nova tecnologia ou “nova onda”, como são as características do Mundo Web 2.0).
Do Projeto Completo e Flexível, o que importa é não perder sua visão final e ir implementando aos poucos, por PRIORIDADES que sua empresa e a consultoria entendem ser o melhor caminho em termos de avanço e em termos competitivos. O Projeto deve ser conduzido através de Objetivos step-by-step, seguindo a linha de atingir “objetivos que são condições básicas para o objetivo seguinte”, até que se chegue ao Objetivo Final. Desse modo, sua empresa estará entrando solidamente no Mundo das Mídias Sociais sem ter que retrocede e sem jogar dinheiro no lixo. Existem alguns pontos importantes ainda a considerar sobre projeto de Mídias Sociais e Web 2.0 no tocante a qualidade da consultoria ou ajuda que sua empresa estará contratando:
5.1) É desejável que a consultoria contratada para ajudar a sua empresa tenha experiência internacional e que esteja familiarizada com as boas práticas mundiais. As ferramentas e sistemas que suportam as Mídias Sociais são todas desenvolvidas com visão internacional e para operar em dimensão mundial. As boas práticas não são locais de nenhum país emergente ou em desenvolvimento, como se falava antigamente. Ou seja, no Brasil, nossas práticas e critérios nem sempre acompanham as melhores práticas internacionais. Se isso for ignorado, é provável que depois de muito fazer a sua empresa tenha que começar tudo novamente.
5.2) É desejável que a consultoria contratada para ajudar a sua empresa deva ser estratégica e ter visão sistêmica das mídias sociais e da web 2.0. Facebook, You Tube, e-Mails e Respostas, Tweeter, Ding e outras MS – tudo pode e deve estar entrelaçado e integrado para que os resultados que sua empresa deseja possam ser buscados com maior probabilidade de serem atingidos. Nesse universo digital as coisas são interligadas e não independentes: sua presença de marca deve produzir efeito de contaminação e viralidade positivas, de modo a ocupar mais e mais espaços positivos, além de tratar cirurgicamente com os pontos de focos de negatividade destrutiva e de ao críticas.
Além disso, uma consultoria entende melhor os mecanismos por trás das ferramentas utilizadas pelas Mídias Sociais e sabe tirar melhor partido delas, para fazer seus clientes ganharem destaque no universo da Web 2.0. Ela sabe como integrar publicidade de link de palavras (tipo Google Words) com estudos de SEO, para otimizar os resultados. Sabe integrar o Website do cliente com cada Mídia Social, com e-mails, com RSS e outros mecanismos desse mundo virtual.
5.3) Por fim, é desejável que a consultoria contratada para ajudar a sua empresa não seja uma sabe-tudo impositiva em relação aos seus executivos e profissionais. Os melhores consultores são sempre humildes em relação aos novos conhecimentos criados diariamente por um mundo em mudança altamente veloz. Eles são abertos, colaborativos e buscam trabalhar juntos com seus colaboradores, formando uma única equipe focada em melhorias e soluções, ao invés de cobranças, culpas e desculpas. Noutros termos, é preciso que o pessoal de sua empresa tenha um bom nível de grandeza e humanidade, para poder receber o melhor de uma boa consultoria. Há empresas que tem isso de sobra e há empresas onde, o tempo todo, todos defendem seu espaço e seu feudo, sempre encontrando um fornecedor externo para culpar pela falta de resultados sob sua responsabilidade
Decididamente as Mídias Sociais são um caminho sem volta e sua empresa não tem escolha entre entrar nele ou não. Na verdade, ou se entra ou se auto-condena a perdas que serão exponenciais. Resumidamente esses pontos mostram bem aquilo que sua empresa deve fazer, além de conter alguns elementos e dicas do que ela não deveria fazer.
Ressalto que nos itens do que não deveria fazer está principalmente: “Nunca trate as Mídias Sociais como se elas fossem Mídias de Massa, de Marketing ou de mera Divulgação publicitária dos seus produtos e serviços”. E agora vamos falar sobre os PERIGOS das Mídias Sociais para sua empresa. Perigos para os quais sua empresa precisa atentar muito bem. Ou o problema será realmente CEO. Alguns cuidados importantes devem ser tomados pela sua empresa, sendo que eles não aparecem nesse livro, mas são vitais:
“A questão mais importante sobre as Mídias Sociais e sua empresa está associada a RISCOS relativos à PRIVACIDADE, aos DADOS DAS PESSOAS e da sua própria empresa, à SEGURANÇA de DADOS, aquilo que está sendo muito citado como COMPUTAÇÃO NA NUVEM”.
As Mídias Sociais são um gigantesco depósito de dados de pessoas físicas e de empresas. Tudo isso pode levar à questões relativas a Privacidade e Segurança dos Indivíduos na nova sociedade digital global e em suas relações com as empresas. Seus funcionários, seus consumidores, seus amigos e você – vão colocando diariamente milhares de informações, opiniões e preferências nos Sites das Mídias Sociais. A maioria dessas informações estão abertas aos robôs dos sites de busca, mas também estão abertas aos ciber-criminosos, aos pedófilos e outros bandidos desse novo mundo.
No começo da Internet - lá pelo ano de 95, 96 – haviam os hackers que invadiam sistemas e redes empresariais e governamentais, apenas para provar que eles eram brilhantes intelectualmente e conseguiam superar os conhecimentos daqueles que haviam construído os sistemas de segurança. Agora – já no início da segunda década no século XXI – o momento é outro e não há mais ingenuidade nos hackers como antigamente. Agora é crime: é captura de dados bancários para desvio de dinheiro de contas bancárias. É captura de dados de compra de sites de e-commerce e de cartões de crédito para novos tipo de furto de dinheiro que se transfere num clique. O novo ambiente de TI e Redes – onde as Mídias Sociais estão abertas – é cheio de tecnologias incompreensíveis pela maioria, como Rede P2P, plugings, Robots, coockies, ECT – que puxam e captam dados em qualquer lugar, incluindo nas Midias Sociais.
Junte isso tudo com a tendência de computação nas nuvens e verá um enorme potencial de crimes. Muitas empresas deverão transferir os dados de seus servidores para o ambiente da computação nas nuvens e ainda não está claro com qual nível de segurança isso será feito. Ainda se discute muito os custos e as economias, mas pouco se fala com seriedade sobre a segurança, ou sobre a fragilidade dela. As empresas que transferirem seus dados de seus sistemas legados para a computação nas nuvens serão sem dúvida responsabilizadas pela SEGURANÇA dos dados referentes aos seus Colaboradores e Consumidores. Aí há brecha para advogados ganharem muito dinheiro e para muitas empresas quebrarem por falta de recursos para pagar as indenizações que poderão ser requeridas pelos prejudicados por essa falta de segurança.
Por isso tudo, como parte do Projeto de Presença da Empresa nas Mídias Sociais e na Web 2.0, vejo como uma prioridade as empresas realmente proporcionarem EDUCAÇÃO e TREINAMENTO dos seus executivos, profissionais e demais colaboradores para que eles possam usar as Mídias Sociais dentro de políticas e normas claramente definidas. Na prática, o uso das Mídias Sociais pela empresa e a forma dos colaboradores participarem das mesmas – incluindo a publicação de informações (dados, imagens, vídeos, fotos etc) da empresa ou dos clientes em blogs, sites e afins – merece destaque no documento NORMAS DA EMPRESA e do contrato de trabalho que o funcionário assina e obriga-se a cumprir. Isso não é de modo algum autoritarismo empresarial. É sim, condição de defesa e critério de conduta claro e transparente. A ausência disso nada mais é que irresponsabilidade empresarial, baseada em desconhecimento de consequências potenciais. Afinal, em termos de DIREITO, aquilo que não está regulamento ou que não está proibido, está permitido. E sua empresa poderá ser responsabilizada sim..
O fato: com 99% de probabilidades, os governos e os tribunais do mundo todo, certamente irão responsabilizar as empresas que falharem na segurança dos dados dos seus clientes e seus colaboradores. Sua empresa está pronta para isso? Seu departamento de T.I, interno ou terceirizado consegue entender isso? Bem, isso é um problema que deve preocupar o CEO. E imagine o estrago na Reputação, no Branding e nos Negócios de sua empresa caso uma situação dessas venha a se espalhar em comentários nas Mídias Sociais!!!!
* Augusto Nascimento é CEO e diretor geral do Grupo BBN Brasil – empresa da Rede BBN International e autor do livro “Os 4 Es de Marketing e Branding”, em parceria com Robert Lauterborn, da Universidade da Carolina do Norte, editado pela Campus-Elsevier, 2007. E-Mail: augusto@grupobbnbrasil.com.br
Está chegando no Brasil o livro MIDIAS SOCIAIS NAS EMPRESAS, da Editora Évora, cuja tradução foi feita pela minha filha Tarsila e que eu. Me senti muito honrado de fazer o texto que você está lendo aqui, como MENSAGEM AO LEITOR BRASILEIRO. Desde 2005/2006, quando as Mídias Sociais começaram a chegar prá valer, tenho recomendado às empresas tratar o assunto com a seriedade que ele merece. Agora, coloquei isso num livro, que é um verdadeiro Guia para quem pretende investir em MIDIAS SOCIAIS sob o enfoque de Branding Dinâmico, numa visão e “Open Company” ou “Custumer Driven Company”. Mas vamos ao texto, sem delongas, que é um conjunto de DICAS PRÁTICAS de como fazer:
1. Contrate alguém sério e capaz para ajudá-lo:
Seja uma consultoria, assessoria ou especialista em quem sua empresa possa ter algum nível de confiança para começar a fazer algo sério em Mídias Sociais, especialmente um bom Plano, imediatamente. Há algumas linhas que recomendam a contratação de assessores jovens e júniors, com a premissa de que eles estão mais ligados nas novidades tecnológicas desse século. Mas o faro é que é preciso um mistura de “senioridade com gente imberbe”, mas o cerne da questão não está na idade, mas no nível de conhecimento e de capacidade ver o lado invisível dessas novas mídias, juntamente com a seriedade de propósito, com a ética e responsabilidade.
As novas gerações, especialmente a Y – como menciona o livro – tem muita contribuição a dar, mas é uma geração focada no próprio Ego, muito centrada em si e pouco preocupada com o outro e com a contribuição. Assim, o caminho é encontrar alguém que possa contribuir com sua empresa nessa jornada, dentro de uma visão responsável e consequente. Se sua empresa contratar a ajuda certa, terá um projeto vencedor. Se contratar errado, terá atritos, poucos avanços e poderá concluir equivocadamente que não deve investir em Mídias Sociais e, quem sabe daqui 2 a 3 anos, recomece a buscar a ajuda de alguém confiável.
Se um departamento isolado tentar contratar um pouquinho de Mídias Sociais, provavelmente sua empresa vai ter um problema. E mais: Recomendo que não faça leilão para contratar ajuda. Estabeleça laços de confiança e aposte em uma relação construtiva, afinal sua empresa merece algo nesse nível. Ou será que não merece?
As Mídias Sociais são um fenômeno relativamente novo e - pode estar certo disso – quem demorar demais para investir nelas vai ficar prá trás. Vai perder clientes importantes. Vai perder Executivos e Colaboradores importantes. Vai perder negócios e muito dinheiro, pois sua empresa funciona a partir das pessoas, dos clientes e de seus colaboradores num primeiro nível. E de todos os demais stakeholders.
Tudo isso forma um imenso mundo de relações sociais, onde as Mídias Sociais caminham rapidamente para ser o centro, embora sejam ainda algo relativamente novo. Elas surgiram prá valer por volta de 2005 e, logo depois, foram totalmente decisivas para a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Depois disso, ficou claro que o mundo da Internet havia mudado radicalmente e que as empresas não poderiam mais ignorar o poder dessas novas Mídias Sociais e da Web 2.0.
2. Não queira passar o carro adiante dos bois 01 (faça diagnóstico interno):
Peça à sua consultoria que faça um diagnóstico interno na sua empresa, para verificar qual é o atual nível de pré-disposição para o uso das mídias sociais – mas amplie isso para políticas de uso das ferramentas digitais de modo mais amplo. Qual é a possibilidade de usar o digital e as mídias sociais em seus atuais serviços aos clientes? Em seus processos de prospecção? Em seu recrutamento e seleção de pessoal? Em seu trabalho de integração de recursos humanos? No treinamento de funcionários próprios e de funcionários de terceiros, como distribuidores? Em programas de e-Learning e afins? Em treinamento e educação de consumidores? No avanço das relações com seus distribuidores ou canais de vendas? Em termos de Relações Institucionais? Em relações com a Imprensa? Na criação de uma espécie de “Facebook empresarial só seu, onde todos os seus colaboradores “colaborem!”?
Não se esqueça de que seus funcionários certamente já são usuários da Web 2.0 e das Midias Sociais. Muitos deles provavelmente estão trocando e colaborando via Orkut, via Facebook e Linkekin. Muitos já postaram ou já viram vídeos e filmes no You Tube. Alguns passam o dia brincando de Web com essas coisas todas, mas a verdade é que são as pessoas físicas que puxam as pessoas jurídicas para o Mundo Digital e se as empresas não definem políticas e normas para que seus colaboradores atuem como embaixadores de sua marca nas Mídias Sociais, então muitos deles podem assumir – mesmo sem querem – uma postura de detratores de sua marca no ambiente Web, fazendo críticas e comentários negativos se espalhar como fogo em capim seco. Isso é sério e a responsabilidade é da empresa.
3. Evite deixar o projeto de Midias Sociais nas mãos de um departamento interno:
Nem marketing, nem TI, nem RH - pois esse é o melhor caminho para brigas e atritos de poder, onde haverá desequilíbrios com alguém atuando em nome da empresa toda, mas com seus interesses departamentais em primeiro lugar. Muitos departamentos na empresa “brigam internamente” para serem donos do projeto e depois, o gerente coloca toda a experiência da empresa (que ele fez e aconteceu no Linkedin) e imediatamente é contratado por outra empresa do mercado, deixando o antigo empregador novamente no zero, pois ninguém mais sabe o que estava sendo feito ali. Só sabiam que era baratinho e que “aquele departamento” foi inovador e fez tudo sozinho, com um pequeno orçamento e etc, etc, etc. Coisas que você e eu já vimos acontecer muitas e muitas vezes.
Ao invés disso, os melhores especialistas recomendam que, com a ajuda de uma boa consultoria, sua empresa então verifique quais são as condições internas e relacionais que já estão praticamente caindo de maduras para uso do Digital e das Mídias Sociais. Isso dará um painel interno mais claro das condições reais, com total independência em relação a qualquer disputa de poder e orçamento interno.
4. Não queira passar o carro adiante dos bois 02 (faça pesquisa externa):
A consultoria deve também fazer um levantamento ou pesquisa sobre como sua marca e as marcas dos seus competidores estão aparecendo (ou não aparecendo) no mundo Web e nas Mídias Sociais. Nesse caso deve entrar tudo: websites, notícias em portais, menções em blogs e nas próprias Mídias Sociais: sua empresa e seus competidores no You Tube, no Facebook, no Twetter etc.
Sua consultoria deveria montar um amplo painel para você e seus executivos analisarem e debaterem em um workshop. O ponto de partida para a análise é o confronto sobre as CONDIÇÕES INTERNAS com a REALIDADE DA WEB 2.0 E MIDIAS SOCIAIS. Com isso tudo em perspectiva, sua empresa – com apoio de uma boa e independente consultoria – poderá então definir o rumo, a direção daquilo que deseja em termos de presença e uso das Mídias Sociais e Web 2.0.
5. Assim nasce um Projeto empresarial consistente de Web 2.0 e Mídias Sociais:
Da análise anterior mencionado é que deve nascer o Projeto específico para sua empresa estar nesse mundo digital. É aqui que deve ser decidido quanto e porque sua empresa vai investir nisso para aprender e para crescer, com solidez neste espaço. É aqui que você define seu Projeto (mais de modo não tão preciso, pois deve haver flexibilidade para voltar atrás e rever sempre que necessário, sempre que surgir uma nova tecnologia ou “nova onda”, como são as características do Mundo Web 2.0).
Do Projeto Completo e Flexível, o que importa é não perder sua visão final e ir implementando aos poucos, por PRIORIDADES que sua empresa e a consultoria entendem ser o melhor caminho em termos de avanço e em termos competitivos. O Projeto deve ser conduzido através de Objetivos step-by-step, seguindo a linha de atingir “objetivos que são condições básicas para o objetivo seguinte”, até que se chegue ao Objetivo Final. Desse modo, sua empresa estará entrando solidamente no Mundo das Mídias Sociais sem ter que retrocede e sem jogar dinheiro no lixo. Existem alguns pontos importantes ainda a considerar sobre projeto de Mídias Sociais e Web 2.0 no tocante a qualidade da consultoria ou ajuda que sua empresa estará contratando:
5.1) É desejável que a consultoria contratada para ajudar a sua empresa tenha experiência internacional e que esteja familiarizada com as boas práticas mundiais. As ferramentas e sistemas que suportam as Mídias Sociais são todas desenvolvidas com visão internacional e para operar em dimensão mundial. As boas práticas não são locais de nenhum país emergente ou em desenvolvimento, como se falava antigamente. Ou seja, no Brasil, nossas práticas e critérios nem sempre acompanham as melhores práticas internacionais. Se isso for ignorado, é provável que depois de muito fazer a sua empresa tenha que começar tudo novamente.
5.2) É desejável que a consultoria contratada para ajudar a sua empresa deva ser estratégica e ter visão sistêmica das mídias sociais e da web 2.0. Facebook, You Tube, e-Mails e Respostas, Tweeter, Ding e outras MS – tudo pode e deve estar entrelaçado e integrado para que os resultados que sua empresa deseja possam ser buscados com maior probabilidade de serem atingidos. Nesse universo digital as coisas são interligadas e não independentes: sua presença de marca deve produzir efeito de contaminação e viralidade positivas, de modo a ocupar mais e mais espaços positivos, além de tratar cirurgicamente com os pontos de focos de negatividade destrutiva e de ao críticas.
Além disso, uma consultoria entende melhor os mecanismos por trás das ferramentas utilizadas pelas Mídias Sociais e sabe tirar melhor partido delas, para fazer seus clientes ganharem destaque no universo da Web 2.0. Ela sabe como integrar publicidade de link de palavras (tipo Google Words) com estudos de SEO, para otimizar os resultados. Sabe integrar o Website do cliente com cada Mídia Social, com e-mails, com RSS e outros mecanismos desse mundo virtual.
5.3) Por fim, é desejável que a consultoria contratada para ajudar a sua empresa não seja uma sabe-tudo impositiva em relação aos seus executivos e profissionais. Os melhores consultores são sempre humildes em relação aos novos conhecimentos criados diariamente por um mundo em mudança altamente veloz. Eles são abertos, colaborativos e buscam trabalhar juntos com seus colaboradores, formando uma única equipe focada em melhorias e soluções, ao invés de cobranças, culpas e desculpas. Noutros termos, é preciso que o pessoal de sua empresa tenha um bom nível de grandeza e humanidade, para poder receber o melhor de uma boa consultoria. Há empresas que tem isso de sobra e há empresas onde, o tempo todo, todos defendem seu espaço e seu feudo, sempre encontrando um fornecedor externo para culpar pela falta de resultados sob sua responsabilidade
Decididamente as Mídias Sociais são um caminho sem volta e sua empresa não tem escolha entre entrar nele ou não. Na verdade, ou se entra ou se auto-condena a perdas que serão exponenciais. Resumidamente esses pontos mostram bem aquilo que sua empresa deve fazer, além de conter alguns elementos e dicas do que ela não deveria fazer.
Ressalto que nos itens do que não deveria fazer está principalmente: “Nunca trate as Mídias Sociais como se elas fossem Mídias de Massa, de Marketing ou de mera Divulgação publicitária dos seus produtos e serviços”. E agora vamos falar sobre os PERIGOS das Mídias Sociais para sua empresa. Perigos para os quais sua empresa precisa atentar muito bem. Ou o problema será realmente CEO. Alguns cuidados importantes devem ser tomados pela sua empresa, sendo que eles não aparecem nesse livro, mas são vitais:
“A questão mais importante sobre as Mídias Sociais e sua empresa está associada a RISCOS relativos à PRIVACIDADE, aos DADOS DAS PESSOAS e da sua própria empresa, à SEGURANÇA de DADOS, aquilo que está sendo muito citado como COMPUTAÇÃO NA NUVEM”.
As Mídias Sociais são um gigantesco depósito de dados de pessoas físicas e de empresas. Tudo isso pode levar à questões relativas a Privacidade e Segurança dos Indivíduos na nova sociedade digital global e em suas relações com as empresas. Seus funcionários, seus consumidores, seus amigos e você – vão colocando diariamente milhares de informações, opiniões e preferências nos Sites das Mídias Sociais. A maioria dessas informações estão abertas aos robôs dos sites de busca, mas também estão abertas aos ciber-criminosos, aos pedófilos e outros bandidos desse novo mundo.
No começo da Internet - lá pelo ano de 95, 96 – haviam os hackers que invadiam sistemas e redes empresariais e governamentais, apenas para provar que eles eram brilhantes intelectualmente e conseguiam superar os conhecimentos daqueles que haviam construído os sistemas de segurança. Agora – já no início da segunda década no século XXI – o momento é outro e não há mais ingenuidade nos hackers como antigamente. Agora é crime: é captura de dados bancários para desvio de dinheiro de contas bancárias. É captura de dados de compra de sites de e-commerce e de cartões de crédito para novos tipo de furto de dinheiro que se transfere num clique. O novo ambiente de TI e Redes – onde as Mídias Sociais estão abertas – é cheio de tecnologias incompreensíveis pela maioria, como Rede P2P, plugings, Robots, coockies, ECT – que puxam e captam dados em qualquer lugar, incluindo nas Midias Sociais.
Junte isso tudo com a tendência de computação nas nuvens e verá um enorme potencial de crimes. Muitas empresas deverão transferir os dados de seus servidores para o ambiente da computação nas nuvens e ainda não está claro com qual nível de segurança isso será feito. Ainda se discute muito os custos e as economias, mas pouco se fala com seriedade sobre a segurança, ou sobre a fragilidade dela. As empresas que transferirem seus dados de seus sistemas legados para a computação nas nuvens serão sem dúvida responsabilizadas pela SEGURANÇA dos dados referentes aos seus Colaboradores e Consumidores. Aí há brecha para advogados ganharem muito dinheiro e para muitas empresas quebrarem por falta de recursos para pagar as indenizações que poderão ser requeridas pelos prejudicados por essa falta de segurança.
Por isso tudo, como parte do Projeto de Presença da Empresa nas Mídias Sociais e na Web 2.0, vejo como uma prioridade as empresas realmente proporcionarem EDUCAÇÃO e TREINAMENTO dos seus executivos, profissionais e demais colaboradores para que eles possam usar as Mídias Sociais dentro de políticas e normas claramente definidas. Na prática, o uso das Mídias Sociais pela empresa e a forma dos colaboradores participarem das mesmas – incluindo a publicação de informações (dados, imagens, vídeos, fotos etc) da empresa ou dos clientes em blogs, sites e afins – merece destaque no documento NORMAS DA EMPRESA e do contrato de trabalho que o funcionário assina e obriga-se a cumprir. Isso não é de modo algum autoritarismo empresarial. É sim, condição de defesa e critério de conduta claro e transparente. A ausência disso nada mais é que irresponsabilidade empresarial, baseada em desconhecimento de consequências potenciais. Afinal, em termos de DIREITO, aquilo que não está regulamento ou que não está proibido, está permitido. E sua empresa poderá ser responsabilizada sim..
O fato: com 99% de probabilidades, os governos e os tribunais do mundo todo, certamente irão responsabilizar as empresas que falharem na segurança dos dados dos seus clientes e seus colaboradores. Sua empresa está pronta para isso? Seu departamento de T.I, interno ou terceirizado consegue entender isso? Bem, isso é um problema que deve preocupar o CEO. E imagine o estrago na Reputação, no Branding e nos Negócios de sua empresa caso uma situação dessas venha a se espalhar em comentários nas Mídias Sociais!!!!
* Augusto Nascimento é CEO e diretor geral do Grupo BBN Brasil – empresa da Rede BBN International e autor do livro “Os 4 Es de Marketing e Branding”, em parceria com Robert Lauterborn, da Universidade da Carolina do Norte, editado pela Campus-Elsevier, 2007. E-Mail: augusto@grupobbnbrasil.com.br
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