sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

QR Code: ações criativas para o público jovem

 

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Já é comprovado que o Brasil possui mais celulares conectados à internet do que usuários do Facebook, o que nos mostra uma grande oportunidade para desenvolvimento de ações para os públicos que estão conectados 24 horas por dia. Falamos mais especificamente dos jovens, que estão presentes na maioria das redes sociais e interagem a todo momento.
 
Quando falamos em smartphones, podemos analisar que ele é um meio de comunicação que reúne todos os outros meios em um único lugar. É isso mesmo! E ele se torna um grande aliado nas estratégias de comunicação digital. O QR Code entra como um facilitador para essas estratégias, e hoje, vou falar de um case que está ligado ao público jovem.
A Heineken conseguiu uma grande repercussão através de uma ação realizada no Festival de música Heineken Open’er, na Polônia. O público presente no evento poderia passar no stande da marca e deixar uma frase ou pensamento que, em seguida, era transformada em adesivo com o código QR impresso. Assim, qualquer pessoa que tivesse um celular com leitor de QR Code poderia scannear o código e começar uma conversa com a pessoa que portasse o adesivo. Assista ao vídeo abaixo e entenda como a ação funcionou.
Compartilhe com a gente outros cases de ações de QR Code para o público jovem.

Marketing: marca holandesa inova e promove aluguel de calças jeans


O consumidor paga uma taxa mensal e, após um ano usando o seu jeans, devolve para reciclagem


A marca holandesa Mud Jeans resolveu apostar em uma proposta e estratégia bem diferente para atrair consumidores. Esqueça a ideia de comprar a roupa na loja, lá os consumidores alugam a calça.
O processo funciona da seguinte forma na Mud. Em vez de comprar uma calça, você paga uma taxa mensal para alugar uma. É possível trocar o modelo nas lojas, fazer pequenas reparações caso o jeans descosture e, no fim do período de uso (um ano), a peça vai para a reciclagem.
Esse sistema permite aumentar a quantidade de material reaproveitado na confecção de jeans em até 50% - cortando os custos da produção, da venda e poupando impactos ambientais.
Por enquanto, o sistema de aluguel só funciona na Holanda. E você acha que essa estratégia funcionaria no Brasil?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O que o Exército pode nos ensinar sobre Marketing 3.0?

 

Postado por Thiago la Torre - 20/02/2013
 
Podemos dizer que desde 1968 as forças armadas tem um débito em sua imagem, que deixaria muitas marcas com medo de sair de casa; e mesmo sem campanhas milionárias, hoje é a instituição de maior confiança do brasileiro. Estatística que nos atiça a curiosidade: Como eles conseguem? Esta foi uma pergunta que me acompanhou desde quando comecei a fazer um curso sobre política e estratégia na Associação de Diplomados da Escola Superior de Guerra.

Minha primeira intuição era de que havia um planejamento com este objetivo. Estava errado, nem há menção sobre o uso de comunicação social (termo que eles utilizam para qualquer atividade de divulgação) na metodologia de planejamento estratégico da Escola Superior de Guerra. Minha segunda hipótese era de que mesmo sem um planejamento estratégico, havia um objetivo dos militares em fazer um reposicionamento da marca ou ao menos influenciar a percepção pública.
Enquanto esta hipótese é parcialmente verdadeira, realizarei a transcrição livre de uma resposta dada pelo Major General Floriano Peixoto Vieira Neto, durante uma palestra que participei: “O exército brasileiro não se preocupa, por assim dizer, com seu marketing institucional, pelo simples fato de que estamos acima disto. Nós simplesmente cumprimos nossa missão com excelência, ponto. Enquanto o exército americano depende do marketing para manter a opinião pública e consequentemente as grandes verbas, nós temos a sorte de não precisar disto”.

O Poder da marca exército brasileiro é indiscutível, mas se o branding desta marca não foi um processo minimamente intencional, me restava analisar alguns fatores para entender seu sucesso: Primeiro a identidade visual é de fácil reconhecimento e bem difundida. É bem fácil identificar algo do exército quando o vemos. Um ponto a favor, mas que não se sustenta por si só. O Visual marketing então, nem deveria estar mencionado. As peças de propaganda do exército foram executadas “de coração”, mas estão longe de transmitir emocionalmente o que deveriam.

Agora no brand equity (da maneira como o termo é utilizado no Brasil, significando os conceitos atribuidos a marca) eles simplesmente “cumprem a missão com excelência”. Acordam todo dia as 5h da manhã para reforçar os conceitos da marca e ter certeza de que ele está doutrinado em cada um dos envolvidos. O slogan “braço forte, mão amiga” é vivido intensamente e transmitida em cada interação com o público. Gostaria de exemplificar com uma experiência que aumentou meu rapport e likeability pela marca.

Quando meu grupo estava visitando a EsSa (Escola de Sargento das Armas) fomos recepcionados pelo comandante (equivalente ao C.E.O. de uma empresa) que nos mostrou o museu do local e nos acompanhou durante um tempo do qual provavelmente não dispunha, mas sempre com a mão amiga. Logo após a saída do museu toda a escola realizou uma demonstração de seus serviços, o braço forte, marchando a nossa frente, cantando o “grito de guerra” com os deveres da especialidade de cada bloco. O evento magno foi seguido de uma palestra sobre a estrutura organizacional e momentos de descontração com almoço e banda.

O ponto a ser destacado é: esta demonstração não surgiu de um plano de marketing, ou de um objetivo ou meta, ela surgiu da vontade pura de pessoas em mostrar os ideais que acreditam e vivênciam para a sua marca. A não necessidade de criar awareness, ou aumentar o market share, nos deixa com uma lição do Marketing 3.0 em seu mais puro conceito: como fazemos branding sem nos preocupar com a imagem.

Agora para nós, no mercado privado, que não temos este privelégio, resta-nos utilizar todas as artimanhas possíveis para criar uma marca que seja embutida de significado, neste grande caldeirão de informação.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Marketing na Internet: Será que Realmente Podemos Confiar Nisto!?



Você criou a sua pequena empresa em sua cidade. Ou de repente está pensando em começar um novo negócio e não tem certeza por onde – talvez até usar algum marketing na internet. O que você sabe é que você quer ter o melhor resultado no menor tempo possível.

Afinal … quem não quer isso!?

Então você ouve falar sobre aquele mundo quase desconhecido chamado “internet”. Ouve também que aparentemente há um pessoal tirando uma bela bolada na internet.

Você não tem muita certeza como nem qual o caminho seguir, mas algo é certo: você também quer uma fatia desse bolo.

Se essa história parece familiar então você sabe do que eu estou falando ..

Publicidade e Propaganda na internet


Sei que muitas pessoas chegam a ter medo quando ouvem falar de marketing na internet ou dos chamados “internet business”, mas não tema caro amigo – não é tão complicado assim.

O grande problema é que a internet é ainda um velho oeste aqui no Brasil e o problema com isso é que há muita pouca informação e controle do que é divulgado por aí. Escândalos e farsas é o que não falta. Talvez você até tenha caído em alguma promessa de dinheiro fácil em pouco tempo – assim como eu cai.

Com isso então você se pergunta:

“Será que podemos confiar nesse tal de internet marketing e toda as promessas que ela tem a oferecer?”

A verdade? Sim e não.

Legal minha resposta não!?

Marketing Poderoso na Internet


O grande segredo na verdade está no fato de que você não deve ver negócios na internet e o seu marketing como algo diferente do que acontece no chamado mundo “real”. Esse é o grande problema que vejo com muitas pessoas quando começam a tentar aprender marketing na internet. Elas veem como algo diferente, quase como se as regras do mundo real não se aplicassem ..

Mas aí que está todo o segredo: as regras são as mesmas!

Publicidade e marketing de internet precisa seguir as mesmas regras que empresas do mundo real seguem.

Elas precisam ter uma história.

Elas precisam chamar a atenção e atrair clientes de qualidade.

Elas precisam divulgar da maneira certa no lugar certo.

Elas precisam posicionar e diferenciar seus produtos.

Todas essas regras também são válidas para os mais diversos negócios na internet e todas suas variações.

Internet Marketing


Como então fazer um marketing na internet de qualidade!?

Simples.

Como falei as regras são as mesmas. A única diferença são os métodos e as ferramentas que você estará utilizando para divulgar e fazer a propaganda do seu negócio na internet.

internet marketing
Internet marketing é como nadar entre tubarões .. ou não

Vamos a um passo-a-passo do que você deve fazer para fazer um marketing na web de qualidade:

  1. Esqueça você: infelizmente ninguém está interessado no que você acha/pensa/quer/deseja; o que realmente importa é …
  2. O que você tem a oferecer para ELES: isso que realmente importa. Ache problemas e as dores que as pessoas têm e resolva-as. Simples. Depois ..
  3. Ofereça sua melhor técnica de graça: veja como você pode ajudar as pessoas da melhor maneira com sua melhor técnica … e a distribua gratuitamente! Sim – gratuitamente. Quando um artista lança uma nova música, ele lança a sua pior ou a sua melhor música!? Pois é.
  4. Colete e-mails: faça o seu cadastro em uma empresa de mail marketing confiável como a Aweber para que você possa fazer seu marketing na web sem problemas. Ofereça sua técnica em um formato PDF, vídeo ou áudio e depois …
  5. Mantenha contato!

Basicamente é isto!

Após isto você deve manter contato com as pessoas e realmente prestar atenção no que elas necessitam e precisam. Depois basta você resolver o problema delas da melhor maneira possível e pronto! Você estará fazendo um marketing na internet melhor que muitas pessoas!

Não tente complicar o que não deve ser complicado. Não veja como publicidade na web como um bicho de sete cabeças. Na dúvida, lembre-se do seguinte conselho:

“Procure as dores e os problemas das pessoas no seu mercado e as ajude a resolvê-los da melhor maneira.”

Fazendo isso as ferramentas e métodos são o próximo passo.

Agora, se você não tem certeza qual ferramentas utilizar, então eu recomendo imensamente que você faça o download do Manual do Empreendedor Digital disponível abaixo. Nele dou diversas dicas e forneço guias para ajudar você a desenvolver o seu negócio na internet.

Não perca tempo e baixe-o hoje mesmo!

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

10 coisas que as pessoas extraordinárias dizem todos os dias

Existem pequenas frases que têm o poder de mudar radicalmente o seu dia. Experimente


Quer fazer uma enorme diferença na sua vida e na vida das pessoas ao seu redor? Aqui estão algumas coisas que você pode – e deve – dizer diariamente aos seus funcionários, colegas, familiares, amigos, e todos com que você se preocupa.

#1. Aqui está o que estou pensando


Você está no comando, mas isso não significa que você é mais inteligente, ou mais esperto do que todos os outros. Faça um backup das suas declarações e decisões.

Dê as suas razões. Justifique com lógica, não com a autoridade.

Apesar de tomar o tempo para explicar as suas decisões com discussão ou crítica, opte por abrir as suas considerações para a colaboração de todos.

A autoridade pode assegurar que você é o certo dentro da empresa, mas a colaboração torna as coisas de todo mundo, e faz com que todos lutem por ela.

#2. Eu estava errado


Certa vez um líder acordou com uma ótima ideia para melhorar a produtividade da empresa, movendo as equipes para uma nova linha de produção, o que causaria um grande inconveniente para todos os funcionários da empresa.

Era um inconveniente para a empresa, mas a recompensa iria valer a pena. Pelo menos no papel. Na prática, não foi.

Então, algumas semanas atrás o líder se encontrou com a sua tripulação e foi sincero ao dizer que sabia que as pessoas achavam que aquilo não ia funcionar, e que eles estavam certos e ele – o líder – tinha errado e cometido um equívoco.

É claro que o líder se sentiu péssimo e estúpido com si mesmo, achando que as pessoas tinham perdido o respeito por ele.

Mas o líder estava errado sobre isso também. Mais tarde, um funcionário disse que o fato de o líder ter dito que errou, confirmou para ele que ele tinha um ótimo líder.

Quando você está errado, diga que está errado. Você não vai perder o respeito de ninguém. Muito pelo contrário. Vai ganhar o respeito…

Não tenha vergonha dos seus erros. Errar é humano.
Não tenha vergonha dos seus erros. Errar é humano.

#3. Isso foi incrível


Ninguém recebe elogios o suficiente. Ninguém. Escolha uma pessoa e diga a ela como ela fez um ótimo trabalho.

E sinta-se livre para voltar no tempo e ressaltar boas atitudes do passado recente. É possível fazer muito com um impacto positivo hoje, então não perca tempo.

O reconhecimento é um presente que não custa nada ao doador, mas que tem um efeito inestimável para o destinatário. Comece a reconhecer as pessoas que merecem. As pessoas vão te adorar por isso, e você vai se sentir melhor.

#4. Você é bem-vindo


Não estrague a diversão dos outros. Estar no centro das atenções pode parecer desconfortável ou inseguro, mas tudo que você precisa fazer é dizer que as pessoas são bem-vindas e que você está feliz por tê-las ao seu lado.

Não deixe de agradecer, dar os parabéns e ser você mesmo.

#5. Você pode me ajudar?


Quando você precisar de ajuda, independente de qual seja a ajuda que você precisa, apenas diga com a sinceridade e humildade que você precisa da ajuda dessa pessoa.

Certamente você irá obter a ajuda de que precisa. E durante esse processo você vai mostrar vulnerabilidade, respeito e disposição para ouvir – que na verdade são todas as qualidades de um grande líder.

E, além de tudo, são todas as qualidades de um grande amigo.

#6. Eu sinto muito


Todos nós cometemos erros, então nós temos muitas desculpas a pedir por: palavras, ações, omissões, demoras, falta de apoio, etc.

Diga o quanto você se arrepende pelos erros.

Mas nunca siga um pedido de desculpas com uma justificativa como “eu era louco naquela época”, ou “eu pensei que você…” ou qualquer outra declaração que de alguma forma diminui a sua culpa.

Diga que está arrependido, diga que está triste e pegue toda a culpa para si. Nem mais, nem menos. Apenas a culpa que lhe pertence.

#7. Você pode me mostrar?


Um conselho é algo temporário. O conhecimento é para sempre. Saber o que fazer ajuda, mas saber como ou porque fazer significa tudo.

Quando você pede para ser ensinado, ou para alguém lhe mostrar alguma coisa, várias coisas acontecem: você implicitamente mostra respeito às pessoas que estão lhe dando o conselho, você mostra que confia na sua experiência, habilidade e conhecimento, além de avaliar o melhor valor do conselho.

Não basta pedir um conselho. Peça para ser ensinado ou mostrado sobre as coisas. Então você sairá ganhando.

#8. Deixe-me lhe dar uma mãozinha


Muitas pessoas vêm o pedido de ajuda como um sinal de fraqueza. Então, muitas pessoas hesitam em pedir ajuda. Mas, todos precisamos de ajuda.

Não basta dizer: “há algo que eu possa ajuda-lo?”, a maioria das pessoas vai lhe dar uma versão de “não precisa, estou apenas olhando”, ou “não, eu estou bem”.

Seja específico. Encontre algo que você pode realmente ajudar. Diga que tem alguns minutos livres e pode ajudar a pessoa a terminar a sua tarefa. Ofereça a ajuda de maneira que a pessoa a enxergue como um trabalho colaborativo.

Então, feito isso, arregace as mangas e ajude.

Esteja disposto a ajudar seus funcionários a fazerem suas tarefas
Esteja disposto a ajudar seus funcionários a fazerem suas tarefas.

#9. Eu te amo


Não. Não apenas no trabalho ou para um funcionário em específico.

Mas sim em todos os lugares que você se sinta a vontade e confortável para dizer isso às pessoas, independentemente de para quem seja.

#10. Nada


Às vezes nada é a melhor coisa a dizer. Se você está chateado, frustrado ou com raiva, fique quieto. Você pode pensar que desabafar vai fazer você se sentir melhor, mas nunca vai.

Isso é especialmente verdadeiro quando seus funcionários estão preocupados. Os resultados vêm e vão, mas os sentimentos são para sempre.

Critique um empregado na frente de todos e vai parecer que estou acima dele. Mas no fundo, essa pessoa nunca mais voltará a confiar em você.

Antes de falar, gaste mais tempo considerando como os funcionários irão pensar e sentir sobre o que você vai dizer. Você pode facilmente evitar cometer um erro na frente de todos ficando calado.

Além disso, você nunca vai se recuperar do dano que causou à autoestima de um funcionário.

Fique quieto até que você saiba exatamente o que dizer – e que efeitos e consequências as suas palavras terão.

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Este artigo foi adaptado do original, “10 Things Extraordinary People Say Every Day”, da revista Inc.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Coca-Cola instala caixa eletrônico que permite sacar dinheiro de graça

 

Na ação, as pessoas podiam sacar 100 euros grátis e sem cartão desde que se comprometessem a dividir com os outros

Para fortalecer o seu discurso sobre a importância de se compartilhar a felicidade e os bons momentos, a Coca-Cola lançou uma nova ação de marketing na Espanha que vem enfrentando uma grave crise econômica.

A marca instalou nas ruas um eletrônico diferente, chamado de El Cajero de la felicidad. Neles, as pessoas podiam sacar 100 euros grátis e sem cartão. “Quando os usuários selecionavam a opção sim, uma mensagem surgia na tela: Apenas se você se comprometer a compartilhá-lo”.

Além de fornecer o dinheiro, outra opção no caixa apresentava várias ideias de como a pessoa poderia dividir. Algumas pessoas voltaram para contar como resolveram gastar os cem euros. Assista abaixo ao vídeo da campanha:



Harlem Shake, Gangnam Style e as duas grandes filosofias da Administração (sim, você leu certo)


Sim, isso tem a ver com Administração

Em um texto recente, meu querido editor no Administradores, Simão Mairins, defende o ridículo, mesmo sem entender o porque do sucesso de algo como o Harlem Shake, entre tantas outras febres que volta e meia tomam a Internet. O Harlem Shake não é só genial, mas colocado ao lado do Gangnam Style, seu antecessor em sucesso na Internet, tem muito a nos ensinar sobre administração.
O Gangnam Style é um produto fantástico. Apesar de nós, ocidentais, nunca termos ouvido falar no artista, o cantor Psy já possuía uma carreira respeitável, inclusive com passagem como estudante por uma famosa escola de música nos EUA. Ao assistir ao vídeo, percebemos como tudo foi perfeitamente planejado e executado. Do cenário, passando pelos personagens, danças e expressões faciais, tudo é de uma clareza de execução de fazer inveja.
O Harlem Shake, por outro lado, é uma bagunça. A premissa básica é que nos primeiros momentos da música, um grupo de pessoas aparece “fazendo nada”, vivendo suas vidas sem mostrar muita emoção. Enquanto isso, apenas um indivíduo usando máscara ou um capacete faz uma dança repetitiva e ridícula. Na segunda parte da música, o caos aparece, com pessoas pulando e dançando como se o mundo fosse acabar amanhã.
Uma das versões do Harlem Shake:




Enquanto os cenários do Gangnam Style são meticulosamente planejados, o Harlem Shake é um quadro em branco: foi repetido em cidades famosas, faculdades, feito por equipes esportivas, empresas, famílias e até garotas de biquini. O Gangnam Style é o Top-Down (de cima para baixo). Harlem Shake não poderia ser mais Bottom-up (de baixo para cima).
Se quisermos seguir os livros textos, eu poderia dizer que Psy do Gangnam Style é um case da tradição de planejamento em Administração: escolha um objetivo, execute à perfeição, e os consumidores virão. Funciona? Levando em conta a fama que o cantor alcançou, com passagem até pelo carnaval brasileiro e direito a encontro com o secretário geral das Nações Unidas, é possível dizer que sim (afinal, até as ações da empresa do pai do cantor tiveram alta na bolsa depois da estreia da música).
Relembre o Gangnam Style:




Psy é Porter, Harlem Shake é de recursos. O Harlem Shake é o que alguns chamam de escola emergente: forneça um “quadro básico” de atuação e deixe as coisas acontecerem. Funciona? Apesar de nenhuma versão específica ter alcançado a popularidade do Gangnam Style, a diversidade de vídeos é um belo troféu. O cantor coreano pode ter passado de um bilhão de visualizações em seu clipe, mas enquanto escrevo isso, o Youtube recebe 4.000 (sim, quatro mil) versões da dança por dia.
O vídeo coreano é a obra prima, feita e planejada para o consumo. O Harlem Shake é democrático. Psy é a Apple com seus designs brilhantes e produtos prontos, Harlem Shake é o Google, com flexibilidade e participação. Gangnam Style é a empresa controladora e perfeccionista, Harlem Shake é a tentativa e erro, a terceirização e customização ao gosto do freguês. Você consome Gangnam Style, mas pode participar do Harlem Shake.
Nesse ponto, eu poderia dizer que um é melhor que outro, mas não estaria sendo honesto com você. Adoro as duas. Apesar de muitos autores preferirem uma ou outra abordagem, é inegável que as duas funcionam. Talvez não seja uma questão de “quem é melhor”, ou até tentar explicar o sucesso de uma ou outra. Cada uma cumpre o seu papel.
É possível aprender algo com tudo isso? Claro que sim! Apesar de volta e meia alguém me acusar de ser raso em minhas explicações usando super-heróis, zumbis e agora sucessos da Internet para chegar a um ponto, acredito que nada faz uma ideia se prender à mente como uma bela imagem associada a ela (admiro muito o autor, mas confesso que prefiro associar “estratégias emergentes” à imagem mental das garotas de biquini dançando o Harlem do que a uma foto do Henry Mintzberg).
Então, se você sabe aonde quer chegar e possui a visão de um produto ou serviço acabado, o melhor a fazer é executar como se sua vida dependesse disso, com atenção a cada detalhe, nos melhores moldes da área de planejamento.
Se você quer usar a criatividade das outras pessoas, deve dar a elas um quadro de referência. É preciso uma direção, e a atividade precisa trazer algum benefício direto aos participantes. Se estiverem dentro das regras que você definiu, todos os esforços são bem vindos, e os melhores irão se somando. De grupos de discussão a grandes plataformas colaborativas, a chave é deixar a evolução fazer sua mágica.
Por último, concordo com o Simão que um pouco de ridículo não faz mal a ninguém. Afinal, o dia que todos nos comportarmos da mesma forma e tivermos os mesmos comportamentos, como teremos ideias diferentes?

12 notícias de marketing que talvez você não tenha visto

Kit Kat, Burger King, Apple, Chanel e as marcas do país mais populares no Facebook estão entre os destaques da semana


BK Mix Kit Kat
BK Mix Kit Kat, novo sorvete do Burger King: no cardápio pelos próximos quatro meses
Queridinho. Depois do sorvete com Lollo, lançado no começo do verão, é a vez do queridinho Kit Kat entrar no cardápio de sobremesas da rede Burger King: o "BK Mix Kit Kat" estreia nos menus dos restaurantes no país a partir desta semana e pelos próximos quatro meses.
Escândalo. No mesmo dia em que a polícia sul-africana efetuou a prisão do atleta Oscar Pistorius, e subsequente acusação por assassinato, a Nike retirou do ar um anúncio ambíguo que usava a imagem do corredor ao lado da frase “Sou a bala no cano do revólver”.
Briga. A Apple fez o seu primeiro movimento na queda de braço com a Gradiente pela propriedade exclusiva da marca iPhone no Brasil. A estratégia escolhida foi utilizar um artigo da lei de propriedade industrial chamado “caducidade”, afirmando que a brasileira não lançou produtos no prazo máximo para manter os direitos exclusivos.
Mais populares. Em estudo mensal do Social Bakers sobre a audiência e participação das marcas nacionais no Facebook, o Guaraná Antarctica segurou o seu posto no primeiro lugar, assim como em dezembro, chegando a mais de 10 milhões de fãs. O ranking continua com Skol e Coca-Cola. Veja as 10 marcas brasileiras com mais fãs no Facebook em janeiro.
Censura. Um comercial para um perfume da grife Chanel foi considerado "muito sexy" e teve sua veiculação parcialmente proibida no Reino Unido. A agência reguladora local proibiu que a peça “Coco Mademoiselle”, com Keira Knightley, fosse veiculada nos intervalos de certos programas por ser “muito insinuante”.
Saia-justa. A cantora pop, garota propaganda da BlackBerry e, mais recentemente, contratada para ocupar o recém-criado cargo de diretora de criatividade da companhia canadense, Alicia Keys foi flagrada usando um iPhone.
Nariz grande. Aproveitando que o carnaval acabou, é uma boa hora para assistir ao comercial a seguir e refletir: Você é um mentiroso? A Monster – um site de empregos – sempre veicula ótimos filmes sobre trabalho desafiando o espectador a questionar sua situação atual.
Na passarela. O Carnaval carioca teve Rock in Rio na passarela do samba. E também desfile de agricultores, royalties do petróleo, telenovelas e cavalos mangalarga marchador. Este é, também, o ano em que 9 de 12 escolas do grupo especial desfilaram samba-enredos patrocinados, mais que o dobro do ano passado.
Inovação. Numa parceria da DM9Rio com o movimento #RioEuTeAmo, foram distribuídos "confetes que somem" durante o desfile do bloco “Me Beija Que Eu Sou Cineasta” no carnaval carioca. A iniciativa seguiu o conceito: "Carnaval passa, o seu amor pelo Rio fica" e foi sucesso entre os participantes do bloco.
Na mão. Para promover a adição do assistente pessoal Google Now nos smartphones Nexus, o Google mostra a importância de conseguir a informação de forma rápida na hora certa. “Live in the Now" mostra diferentes realidades em diversas partes do mundo, em que a intermet colabora de forma prática para a vida.
Faceboook Brasil. O que querem os usuários do Facebook? Por que algumas marcas conseguem melhores índices de engajamento do que outras? Estas, certamente, são perguntas que assombram a mente das empresas – e aguçam a curiosidade de todos. Leia relatório que traz algumas dessas respostas.
Criatividade. Tem alguns produtos – pasta de dente, sabonete e sabão em pó – que não costumam fugir muito do lugar-comum em seus comerciais. A Nívea, então, resolveu ir um pouco além e colocar pessoas comuns em situações de estresse real em um aeroporto da Alemanha, para poder apresentar sua linha de desodorantes.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

10 Ações de Marketing Incríveis do Carnaval 2013


Postado em 14 de fevereiro de 2013 por Rafael Ávila


Aproveitando que estamos na quinta-feira “de cinzas” e ainda tem muita gente no clima de carnaval, vou aproveitar para reeditar o post que eu fiz nessa mesma época do ano passado e mostrar o que as marcas fizeram de melhor em relação ao marketing “carnavalesco”. Vamos ver as ações?

Skol




Galo gigante feito só com latinhas da Skol

Skol 2




Essas ações de camarotes são mais do que manjadas para as cervejas, mas é sempre bom ver uma boa decoração

Brahma




Mais uma ação de camarote? É, mas esse tem um detalhe especial né Megan?! =]

LG




Pra você não perguntar se eu só ia colocar marcas de cerveja, vamos a outras ações. Nessa aqui, a LG chama a atenção com acrobacias e cores

Kibon




Quem não curte um sorvetinho nesse calor?! Pena que é só para quem está nos camarotes (das cervejas)…

Club Social




Indo um pouco mais para um outro tipo de ação, tivemos diversas embalagens estilizadas para o carnaval

Teachers




Pitú




Bic




Pepsi




E ai, qual você gostou mais? Viu alguma outra ação que te chamou a atenção? É só me falar aqui pelos comentários!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

As Motivações Para se Tornar um Microempreendedor [Infográfico]



Postado em 29 de janeiro de 2013 por Camilla Slotfeldt

Seguindo o papo sobre Microempreendedorismo que falamos ontem no post do Daniel e tambem sobre empregos que deveriam desaparecer na semana passada, fizemos um infográfico para ilustrar algumas motivações de pessoas que decidem se tornar microempreendedores. Porque alguém larga um emprego e passa a ter segurança quase nenhuma vendendo serviços no Fiverr, por exemplo?
Para quem não conhece o Fiverr, ele é uma rede de microtarefas, onde pessoas oferecem serviços simples com valores a partir de 5 dólares. Eles realizaram uma pesquisa com seus usuários para entender as motivações por trás das pessoas que usam o serviço. O resultado é bem interessante! E dessa vez o infográfico vem em forma de quadrinho :)
Não esqueça que se você gostar do infográfico e quiser postar no seu blog ou site, pode usar o código HTML no fim do post!


Sete Erros De Comunicação

 



ERRO Nº 1. FAZER ANÚNCIOS CONTROVERSOS SEM PREPARAR O TERRENO ANTES
Não é novidade. Qualquer decisão minimamente polêmica pode disparar o gatilho dos rumores, da ansiedade e da resistência em uma empresa. Afinal, reorganizações, mudanças de metas e a partida de funcionários-chave geram incerteza e incerteza, por sua vez, gera ansiedade Mas já existe uma solução simples para isso: em vez de anunciar uma decisão controversa a um grupo inteiro, prepare as pessoas
uma por uma.

O segredo está em descobrir quem será contrário à decisão e por quê. Portanto, inicie um diálogo com cada interlocutor. Comece por tocar no problema diretamente: “Essa reorganização significa que vamos fazer algumas coisas de modo diferente e é por isso que algumas pessoas andam apreensivas”. Aí aborde as preocupações que o interlocutor levantar em resposta. Se ele se mostrar incerto sobre o futuro, por exemplo, fale de quais são os desdobramentos esperados. Se achar que determinado projeto sairá prejudicado, divida com ele os planos para manter tal projeto vivo. Lembre, o tempo todo, que a linguagem corporal fala mais alto às emoções do que sua voz. Certifique-se de que seu corpo emite verdadeira preocupação e empatia.

ERRO Nº 2: MENTIR
Está certo. Algumas mentiras ou verdades parciais fazem sentido no mundo corporativo, até porque certos tópicos precisam mesmo permanecer confidenciais enquanto em discussão. Mas tome muito cuidado com a maneira como você guarda seus segredos. Se as pessoas acharem que mentiu, perderão a confiança em você para sempre. Exatamente como aconteceu com o controller de uma empresa start-up, que viu seu diretor financeiro mentir para membros de outros departamentos e começou a duvidar da sinceridade desse executivo em todas as ocasiões, até que foi procurar emprego em outras vizinhanças, em busca de um chefe em quem pudesse confiar. Esse foi um caso exemplar de custo da mentira equivalente a um colaborador valioso que se perdeu.

Em vez de mentir, treine-se para responder vagamente toda vez que lhe indagarem sobre assuntos confidenciais ou sensíveis. Algo como “Não estou livre para comentar” ou “Ainda não posso dar uma resposta completa para isso”. Coerência é muito importante. Mire-se no megainvestidor Warren Buffett. Como ele nunca discute seus investimentos, nem mesmo com os acionistas de seus fundos, seu silêncio não significa absolutamente nada, porque ser um túmulo é quase sua marca registrada.

ERRO Nº 3: IGNORAR A REALIDADE DO PODER
Surpreso de nunca ouvir as más notícias até que seja tarde demais? Não deveria. Quanto mais poder você tiver, menos vão informá-lo dos problemas. Essa redoma de vidro em torno dos chefes é da natureza humana: os problemas são filtrados e suavizados para quem ascende na hierarquia corporativa, com cada mensageiro amaciando a pancada a sua maneira. Portanto, se quiser uma análise realista dos problemas, busque as más notícias. Seja receptivo a elas. Deixe claro aos mensageiros que quer ouvi-las.

Do mesmo modo que perdem volume quando sobem a escada hierárquica, as mensagens “ruins” são amplificadas sempre que a descem. Se você, como líder, mostrar uma “cara feia” durante uma apresentação, por exemplo, todo mundo “saberá” que você a odiou –ou, pior, que odiou o apresentador.
Ninguém vai pensar em responsabilizar o sanduíche de pastrami que você engoliu rápido demais antes da reunião, por exemplo, quando é ele o verdadeiro culpado. Por isso, contenha-se, nas piadas inclusive, pois estas são especialmente perigosas.

Para acabar com boatarias, utilize uma linguagem simples e direta. Nada melhor que encerrar as reuniões repassando sua reações e as medidas seguintes com os colegas. E diga coisas como “Eu valorizo sua análise, Cris, a tendência de vendas é perturbadora de fato. Vamos fazer um follow-up na
quarta-feira”.

ERRO Nº 4. SUBESTIMAR A INTELIGÊNCIA DA PLATEIA
Pular os assuntos por achar que as pessoas não vão entendê-los é sempre uma tentação no ambiente corporativo. Afinal, por que se dar ao trabalho de explicar uma reorganização quando você pode dizer simplesmente “este é o novo organograma”? Mas isso é um tiro n’água. Colaboradores da linha de
frente podem não ser mestres em design organizacional, mas merecem saber as razões por trás das mudanças que afetam sua vida. Se você acha que as pessoas não conseguirão acompanhar alguma coisa, lembre-se de que é seu dever explicá-la a elas.

Muitos gestores gostam de dourar a pílula dos problemas quando querem motivar suas equipes. Esquecem que, se as coisas não vão bem, as pessoas certamente já sabem disso. E que, talvez, já o saibam há mais tempo que o chefe até. Em vez de evitar uma situação complicada, então, faça com seu time uma lista das habilidades de cada membro para encontrar soluções.

ERRO Nº 5: CONFUNDIR PROCESSO COM RESULTADO
Você prometeu a sua equipe um aumento de 7%, mas a direção da empresa, preocupada com a tendência de queda nas vendas, só conferiu 3%. Você lutou como um leão para elevar esse teto e conseguiu chegar aos 4%. Mas seu pessoal não valorizou isso, pelo contrário; mostrou-se até ressentido. E você também se ressentiu da insensibilidade deles em relação a sua briga.

Conhece essa história? É recorrente nas empresas. E acontece com tamanha frequência porque é fácil confundir processo com resultado na hora de estabelecer metas, de remunerar e de avaliar. No caso relatado, seu trabalho duro como chefe foi um processo, mas você prometeu à equipe um resultado e é isso que eles lhe cobrarão. Assim como a maioria das empresas penaliza os funcionários pelo resultado errado mesmo quando estes seguem o processo correto –e valoriza os que atingiram o resultado certo com o processo errado.

ERRO Nº 6. USAR FORMAS DE COMUNICAÇÃO INADEQUADAS
O e-mail é uma grande ferramenta para troca de informações, mas não o utilize em questões emocionais; é muito fácil a mensagem perder o rumo. Sempre lide com situações delicadas pessoalmente ou por telefone.

Telefonemas e reuniões pessoais são ineficientes como meio para disseminar informações, mas ótimos para discutir assuntos com nuances. Você pode reagir imediatamente à reação de seu ouvinte e usar o tom de voz e as expressões faciais para controlar sua mensagem. Se você escrever sinceramente “Tenho certeza de que você fez um grande trabalho”, isso pode ser interpretado até como um comentário sarcástico em um e-mail, mas, com o tom de voz correto, atingirá seu objetivo.

Um aprendizado particularmente importante é saber se seus interlocutores são mais ouvintes ou mais leitores. (Algumas pessoas são uma combinação das duas coisas.) Não deixe de lhes perguntar sobre isso e utilize a informação a seu favor. Falar para um leitor ou escrever para um ouvinte pode ser outro tiro n’água.

ERRO Nº 7: IGNORAR ATOS DE OMISSÃO
O que você não diz pode ecoar tão ou mais alto que o dito. Se um líder não elogia ninguém, por exemplo, seus subordinados podem tomar isso como falta de apreciação. Se não explica as razões por trás de suas decisões, podem achar que não confia neles. E se não conta aonde a companhia quer chegar, eles não saberão o que fazer para ajudar a completar o percurso.

O presidente de uma empresa de ensino a distância parou de transmitir sua visão aos funcionários quando lançou ações no mercado para levantar fundos. Como dinheiro era o que o preocupava, ele falava o tempo todo de resultados financeiros. Resultado: a empresa ficou focada no vil metal e a
visão se perdeu. Mas, quando esse mesmo presidente voltou a mostrar sua visão em uma palestra, uma funcionária declarou nunca ter se sentido tão inspirada na vida.

Por sua própria natureza, erros de omissão são difíceis de perceber. Portanto, reveja seus principais objetivos e a comunicação necessária para alcançálos, e se pergunte se não é seu silêncio que está enviando a mensagem.





Stever Robbins é presidente da VentureCoach.com, empresa de treinamento empresarial sediada em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos. Ele escreveu este artigo originalmente para a Harvard Management Update.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Caso Mesbla e Nintendo: miopia de Marketing


 

O artigo Miopia em Marketing de Theodore Levitt apresenta uma visão da década de 60 mas que pode ser aplicada aos dias de hoje. Esse artigo aborda o caso de duas empresas que passaram pelas mudanças do mercado e que se aplicam em alguns exemplos citados por Theodore no artigo

Ian Paulo,



Ciclo Auto-Ilusório
Mesbla S.A era uma rede nacional de lojas de departamentos. Foi fundada em 1912, como filial brasileira da Etablissements Mestre & Blatgé francesa, vendendo peças e acessórios para os automóveis que, na época, começavam a circular nas ruas do Rio de Janeiro. Com o tempo passou a vender ferramentas. Em 1924 se expandiu por todo território nacional e em 1952 abriu sua primeira loja de departamentos no centro do Rio de Janeiro.
Nos anos 80 a Mesbla se tornou uma das maiores empresas do país, ocupando o primeiro lugar entre as "Maiores e Melhores" da revista Exame, e detinha a liderança do comércio varejista não-alimentar do país.
Os anos seguintes foram de muito crescimento e lucro. Quando a empresa completou 70 anos de existência, possuia 33 lojas de departamentos em todo o país e ainda vinha sendo preparada para se tornar um grande conglomerado na área de varejo. Alguns setores foram encerrados e restaram 80 lojas distintas para os negócios com automóveis, motocicletas e magazines. Nos anos 80, as seções de móveis e eletrodomésticos de grande porte se encerraram e um período de crescimento nasceu. Foram inauguradas mais 17 lojas, as exportações quadruplicaram, a empresa comprou 20% do capital Makro Atacadista Ltda, e a maior loja de náutica com 5 mil metros quadrados foi inaugurada na Barra.
A Mesbla investia no valor de suas marcas: Mr.& Mrs. Baby, Folia, Bazooka, Daniel Hechter, Tucano e Alternativa e foi líder do mercado de varejo por três décadas consecutivas, devido a sua variedade de produtos que abrangia inúmeras categorias.
Em 1990, a Mesbla teve prejuízos de US$ 23 milhões, o primeiro de sua história. Para reverter o resultado demitiu 10 mil funcionários. Em agosto de 91obteve lucro de US$ 1,5 milhão e fechou mais algumas lojas (Next, Folia, revenda de autopeças e duas de departamentos). Ela passou de primeiro lugar para o terceiro lugar entre as maiores empresas de varejo no país e passou a enfrentar uma concorrência mais forte.
No artigo Miopia de Marketing de Theodore Levitt há um parágrafo retratando a dificuldade das empresas de enxergarem em que ramo elas estão investindo, sendo engolidas por seus concorrentes e novas tendências por não enxergarem o que acontece a tempo.
A Mesbla abrangia diversas categorias e não tinha uma orientação de mercado bem definida. A empresa vendia qualquer mercadoria para todo tipo de público. Além disso, sua preocupação com a qualidade diminuiu. Suas más escolhas em compras junto com fornecedores fez com que ela importasse câmeras fotográficas de má qualidade, e quando interrompeu a importação a empresa não tinha como prestar assistência técnica aos produtos que haviam sido vendidos.
O artigo de Theodore Levitt ainda afirma, logo no início, que a falha está na cúpula. A Mesbla possuía um número alto de diretores, isso impossibilitava uma melhor organização administrativa e uma rápida tomada de decisões. A lentidão para tomar alguma medida fez a empresa cometer inúmeros erros administrativos e o ramo de varejo necessita de respostas rápidas.
A Mesbla se encaixa no ciclo auto-ilusório, a sua incapacidade de enxergar o mercado a longo prazo fez com que a empresa acreditasse que não haveria nenhum outro concorrente que pudesse ameaça-la e até mesmo a substitui-la. Mas um novo consumidor havia surgido e esse exigia um atendimento mais especializado, que seria encontrado em lojas menores instaladas em shopings. Além dos shopings, surgiram novos competidores como as redes de varejo de eletrodomésticos como Casas Bahia e Ponto Frio.
Ainda, acreditou que seu sistema de atingir todos os públicos com grandes lojas com diversos produtos seria o melhor e o necessário para os seus clientes, que sempre haveria mercado para esse tipo de loja e que não haveria espaço para a concorrência. A Mesbla supervalorizou seus produtos, esquecendo do cliente, e manteve uma fé exagerada na sua produção de massa
Ameaça de Obsolescência
Para a época, a Mesbla não poderia entrar em falência já que ficou na liderança das maiores empresas de varejo no país. O modelo de atingir todos os públicos foi substituído. Tornou-se obsoleta. Shopings, hipermercados e lojas de eletromóveis e eletrodomésticos tomaram o seu lugar.
Destruição Criativa

A Nintendo Company, é uma empresa centenária criada por Fusajiro Yamauchi, iniciou suas atividades no Japão em 23 de setembro de 1889. A Nintendo fabricava baralhos artesanais de um tipo de baralho japonês chamado de Hanafuda. Em 1950, a empresa fez uma parceria com a Disney para que as novas cartas de baralho viessem estampadas com alguns de seus personagens, e o baralho passou a ser vendido em tabacarias de Osaka e Kyoto.
As vendas foram um sucesso e no primeiro ano, a Nintendo vendeu mais de 600 mil baralhos. Na década de 60, o presidente da Nintendo investiu em outros segmentos paralelamente: uma emissora de TV, uma empresa alimentícia que produzia arroz instantâneo e até uma rede de motéis e de taxis.
Após as olimpíadas de Tóquio, o mercado mudou e as vendas de baralho começaram a diminuir e a empresa quase foi a falência. A Nintendo começou a perder mercado para os fabricantes de jogos eletrônicos como Bandai e Atari. Para não falir, a Nintendo passou por uma destruição criativa e adotou uma nova medida para acompanhar o mercado, se adequar a nova tecnologia que surgia e se adequar aos desejos dos clientes. Ela não seria mais a empresa fabricante de cartas de baralho, ela ofereceria entretenimento. Ela parou de fabricar as cartas de Hanafuda, entrou no mercado de pequenos aparelhos eletrônicos para não ser "esmagada" pela concorrência e criou seu primeiro produto, um aparelho de jogo eletrônico que possuía tela de cristal líquido, chamado de Game & Watch.
Com esse pequeno aparelho, a Nintendo iniciava na era digital, que se prolongou nas décadas de 70 e 80, através da fabricação de fliperamas. Mesmo com tantos esforços e tendo adotado essa nova iniciativa, os fliperamas não tiveram sucesso nos Estados Unidos.
Um designer da empresa, Shigero Miyamoto, que não entendia de tecnologia para mudar a interface dos fliperamas, criou um novo jogo mais simples. No jogo, um marceneiro chamado Jumpmansalvava sua namorada de um gorila. E assim, em 1981 surgia no mercado o game Donkey Kong. O jogo foi um sucesso e revelou um personagem que se tornou a marca da empresa, Mario Bros.
Após outros jogos bem sucedidos, a empresa resolveu investir em consoles (microcomputador que executa videogames) e foi criado o NES(Nintendo Entertainment System), que ficou caracterizado por reerguer a indústria de videogames que estava estagnada nos anos 80.
Com o sucesso, a Nintendo consagrou-se como líder mundial e top of mind na mente de uma geração. Não se usava o termo console para se referir a um videogame, mas qualquer tipo de aparelho de videogame era referido como um Nintendo.
Atualmente a Nintendo Company possui 70% do mercado de videogames, com um faturamento anual de 228 milhões de dólares (18 bilhões de Ienes) somente no Japão.

Especialista ensina a negociar salário antes da contratação

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por: Angelica Balthasar
 
Veja como aumentar as chances de conseguir a remuneração que você considera justa
Faz tempo que você anda de olho em um novo emprego e agora a empresa dos seus sonhos também demonstrou interesse em tê-lo na equipe. Só falta vocês sentarem para discutir – e acertar – o salário. O problema é que você já sondou por aí que a remuneração oferecida pela companhia é inferior às suas pretensões. Será que tem como tentar uma negociação sem parecer presunçoso demais ou queimar o filme com quem está do outro lado da mesa?
Na opinião de Roberto Picino, diretor da Page Personnel, isso é perfeitamente possível porque não há nada de vergonhoso buscar um salário que seja mais condizente com suas necessidades e expectativas. “Ninguém trabalha só por vocação, mas também para pagar as contas. Então, se você não negociar, ninguém fará isso por você.
O melhor momento para isso, segundo ele, é justamente antes de ingressar na empresa, quando o candidato deve ponderar tudo o que está envolvido: o projeto, o aprendizado, a carreira, a expectativa de crescimento, os benefícios e, claro, a própria remuneração.
Para aumentar as chances de a negociação ser a seu favor, é necessário se preparar adequadamente, reunindo informações que possam embasar sua reivindicação por um salário maior. “É preciso, por exemplo, saber quanto o mercado está pagando pelo cargo pretendido e defender bem suas qualificações e competências para que o outro consiga enxergar o seu valor.” Mas atenção: não é de bom tom iniciar a negociação profissional pela remuneração. “Não precisa ser o último assunto da conversa, mas também não deve ser o primeiro”, sugere Picino.
Limites reais – Mas, supondo que o impasse seja apenas salarial, até quanto é possível negociar? Picino afirma que não existe uma regra de mercado ou um percentual mágico, porque isso depende muito da fase em que o profissional se encontra. “No início da carreira, por exemplo, dá até para pular de 1 mil reais para 2 mil reais. Mas quem ganha 15 mil reais dificilmente vai conseguir esse salto de 100% em uma negociação.” De qualquer forma, ele diz que na mudança de uma empresa para outra, desempenhando a mesma função, é comum conseguir entre 20% e 25% de aumento salarial.
Ainda que um aumento de 50% ou mais possa parecer algo fora da realidade do mercado – e realmente é –, essa negociação pode acontecer em algumas situações bem específicas, como no caso de um profissional acumular tarefas pela extinção de algum cargo dentro da empresa ou ter colaborado de forma direta nos resultados da companhia.
Para Edson Freire Junior, coordenador de RH da Éricon, empresa de soluções para higiene, isso tende a ocorrer especialmente em empresas de menor porte, onde não há uma política de cargos e salários em uso e os aumentos não são concedidos em porcentagem. “Em empresas maiores e melhores estruturadas, com RH ativo e plano de cargos e salários bem definido, há um engessamento da prática de aumentos salariais, pois há a necessidade de seguir a regra básica existente para aumentos e promoções, resultando em aumentos mais baixos, porém mais frequentes.”
Daí a recomendação de que, ao entrar em uma organização, o profissional deva deixar claro ao seu superior direto e ao RH quais são suas aspirações, dentro do departamento e da empresa como um todo. “Dessa forma, mais à frente, quando chegar a hora de pedir um aumento, o profissional deve elencar os resultados obtidos nesse período e expor, de forma sutil, sua eficiência e eficácia nas rotinas da empresa.” Se o pedido for negado, o colaborador deve, então, fazer uma análise de sua atuação e traçar um plano de ação para sanar os motivos expostos pela empresa em sua resposta negativa. “Feito isso, e certo de ter conseguido bons resultados, o profissional pode, então, tentar uma nova negociação.”

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Minutos de Liderança – Seja generoso

 

Minutos de Liderança - Seja generoso
 
A maioria dos líderes naturais não aspira ser grandes líderes, mas sim, grandes homens e grandes mulheres. Qualificações pessoais possibilitam qualificações de liderança. Quando líderes conduzem bem suas próprias vidas, são naturalmente seguidos.
Pense em Madre Teresa de Calcutá, Índia. Duvido que pen­sasse: “Vou ser uma grande líder!” No entanto, tornou-se uma grande líder ao decidir ser a pessoa que Deus a criou para ser.
Se queremos que nossa liderança dure, devemos prestar atenção a esses quatro elementos fundamentais:
O caráter nos permite fazer o que é certo mesmo quando parece difícil.
A perspectiva nos permite entender o que deve acontecer para que um objetivo seja atendido.
A coragem nos permite tomar iniciativa e correr riscos para andar na direção de um objetivo que valha a pena.
A consideração nos permite atrair e dar poderes aos outros para se juntarem a nós na causa.
Bíblia da Liderança Cristã – John Maxwell
GENEROSIDADE
Observem como exemplo este texto bíblico:
Se houver algum israelita pobre em qualquer das cidades da terra que o SENHOR, o seu Deus, lhes está dando, não endureçam o coração, nem fechem a mão para com o seu irmão pobre. Ao contrário, tenham mão aberta e emprestem-lhe liberalmente o que ele precisar. Deuteronômio 15:7,8
Se grandes líderes erram, eles o fazem para o lado da genero­sidade. Afinal, são doadores, não cobradores. Eles se sentem motivados a:
  1. Servir a seus liderados para que se desenvolvam.
  2. Suplantar os obstáculos ao desenvolvimento do poten­cial de seus liderados.
  3. Lutar por causas que beneficiem a humanidade.
Deus instrui seus líderes e toda a nação de Israel a imi­tar sua generosidade e graça. Ao final de cada sete anos, todo israelita deveria cancelar todas as dívidas de seus compatriotas. Se eles realmente cancelassem as dívidas, dessem o exemplo de graça e perdão e cuidassem dos pobres, Deus favoreceria sua terra com colheitas abundantes e liberdade de invasões. Imagi­ne! Simplesmente precisariam confiar que Deus estava no con­trole: ele cuidaria da chuva e do sol, proporcionando tempos de colheitas prolíficas.
ENTREGUE-SE
Nada excerce um impacto mais positivo que a doação. Isso é porque doar é viver em um nível mais alto. Os generosos con­centram seu tempo e sua energia no que podem proporcionar aos outros, e não naquilo que podem conseguir deles. E, quanto mais a pessoa dá, melhor é sua atitude.
A maioria das pessoas que não são bem-sucedidas não en­tende esse conceito. Crêem que a postura de doação se baseia no quanto temos. Mas não é o que você tem que faz a diferença. E o que você faz com o que você tem. E isso é atitude.
Plante uma semente, mude uma vida. Já foi dito que cons­truímos a vida com o que conseguimos, mas podemos construir uma vida com o que damos. Ajudar os outros é algo que você pode começar a fazer hoje, seja passando mais tempo com sua família, desenvolvendo um liderado que demonstra potencial, ajudando as pessoas na comunidade, ou refreando seus próprios desejos para beneficiar sua equipe. A chave é encontrar seu pro­pósito e ajudar os outros enquanto você o busca.
Como o apre­sentador Danny Thomas disse:
“Todos nós nascemos por um motivo, mas nem todos descobrimos qual.
O sucesso na vida não tem nada a ver com o que você ganha na vida ou consegue para si. É o que você faz para os outros.”
Danny Thomas, pseudônimo de Amos Alphonsus Muzyad Yakhoob (Deerfield, 6 de janeiro de 1912 – Los Angeles, 6 de fevereiro de 1991) foi ator e apresentador estadunidense, de origem libanesa, vencedor do Emmy Awards.
Your Road Map for Success [Seu mapa para 0 sucesso]
DOAR É VIVER NUM NÍVEL MAIS ALTO. É MUITO MELHOR DAR DO QUE RECEBER.
Nada fala aos outros mais alto do que a generosidade de um líder. A generosidade verdadeira não é um evento ocasional. Vem do coração e permeia todos os aspectos da vida de um líder, tocando seu tempo, dinheiro, talentos e posses. Líderes eficazes não juntam coisas só para si; eles o fazem para dar aos outros.
Para cultivar a qualidade da generosidade na sua vida, faça o seguinte:
  1. Seja grato pelo que quer que você tenha.
  2. Ponha as pessoas em primeiro lugar.
  3. Não deixe que o desejo pelas posses o controle.
  4. Considere o dinheiro um recurso.
  5. Desenvolva o hábito de doar.
O único jeito de manter uma atitude de generosidade é tornar um hábito doar seu tempo, atenção, dinheiro e recursos. Como Richard Foster afirma: “O simples ato de se abrir mão do dinheiro, ou de algum outro tesouro, faz algo dentro de nós. Destrói o demônio ‘ganância’.”
As 21 indispensáveis qualidades de um líder
ESTA SEMANA: Considere o que você já está dando, o que estão pedindo que você dê e o que você gostaria de dar mesmo sem ninguém ter pedido. Suas razões para aceitar ou negar pedidos podem ser boas, mas são misericordiosas? Como você se sente ao doar?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Empreendedorismo feminino e a nova revolução

 


Empreendedorismo é o novo movimento feminino

Empreendedorismo Feminino
Uma revolução silenciosa acontece neste momento entre as mulheres. Ao contrário da revolução silenciosa que começou nos anos 70 na qual as mulheres saíram de casa para entrar no mercado de trabalho em massa, as mulheres atualmente estão saindo do mercado de trabalho para voltar para casa. Porém, ao contrário das mulheres de gerações anteriores, estas optaram pelo trabalho em casa não como donas de casa mas como empreendedoras.
As mulheres têm aberto novos negócios nos últimos 20 anos em um número maior do que os homens e tendem a criar negócios baseados em casa, em sua maioria micro (com menos do que 5 funcionários) e pequenas empresas. As mulheres criarão mais da metade dos 9,72 milhões (expectativa) de empregos através de suas pequenas empresas até 2018 e mais e mais estarão fazendo isso através de seus home offices em todo o país. Os dados liberados esta semana pela Federação Nacional dos Negócios Independentes sobre as mulheres de negócios durante a recessão (iniciada em 2008) realmente provou que esta é uma revolução com poder permanente.

Recuperação do mercado perdido

A recessão foi dura com vários proprietários de pequenas empresas e aproximadamente metade das empresárias mulheres ainda não conseguiu voltar a alcançar os resultados dos tempos de pré-recessão, mas elas perseveraram e se adaptaram à nova economia. Controlar os custos foi a estratégia mais popular adotada entre as mulheres empreendedoras para passar pelo período mais difícil e houve um aumento de 52% no número de empreendedoras que passaram a usar a mídia social para levantar os negócios enquanto economizavam verba para o marketing.
“O resultado é um novo e grande grupo de mulheres empreendedoras, à prova de crise e mais competitivas que a geração que as precedeu”, afirma William Dennis em relatório. Com um número cada vez maior de mulheres iniciando negócios e sendo bem-sucedidas, há uma oportunidade de redesenhar o panorama do trabalho. Com a satisfação no trabalho e o próprio ambiente de trabalho cada vez mais em baixa, algo precisa ser modificado e este pode ser um passo na direção correta.
Vamos ser bem claros: não estou dizendo que as mulheres são melhores ou que o fato de as mulheres iniciarem novos negócios seja um mundo de maravilhas. É que as mulheres simplesmente fazem negócios de forma diferenciada e a diferença deve ser bem recebida. Muitas mulheres vêem as corporações hoje em dia como tendo fundamentalmente falhas limitadoras em seus valores estruturais. O Guardian Life Index, uma iniciativa para entender os pequenos empresários norte-americanos, cita a “política do escritório” como um fator fundamental para as mulheres deixarem o mundo corporativo e iniciarem um negócio próprio. Apesar do custo inicial de um pequeno negócio em um período de baixas, as mulheres têm dito “não, obrigada” a essa escalada no mundo corporativo, onde é preciso lidar com politicagens e trabalhar longas jornadas sem necessariamente sentirem-se realizadas.
Muitas mulheres iniciam seus negócios alinhados com os valores pessoais e que oferecem liberdade e flexibilidade com relação à sua agenda. “O que antes era um telhado de vidro para as mulheres e limitava suas carreiras, hoje pavimenta uma nova estrada rumo ao mundo do negócio próprio, onde as mulheres podem usar sua sabedoria enquanto constroem laços familiares fortes” diz Erica Nicole, que abandonou o mundo corporativo para criar a revista YFS.
Para algumas mulheres, a insatisfação com o mundo corporativo começa antes até de entrarem no mercado de trabalho. A estrada para o empreendedorismo para Shama Kabani teve início depois de muito insistir na carreira de mídias sociais apesar de ter sido rejeitada pelo mundo corporativo. “Depois de 18 empresas terem me dado resposta negativa, comecei minha própria empresa de mídia social e RP digital com $1,500”, explica Shama. Sua empresa, a The Marketing Zen Group, agora é uma companhia multi-milionária que emprega 25 pessoas.
Também há a questão da geração Y, com mulheres que nem mesmo consideram a hipótese de ter uma carreira corporativa ou se estressar em um emprego tradicional, mas que perseguem o empreendedorismo, como Meghan Casserly citou em sua postagem super popular no blog Forbes.com. As mulheres Millennial anseiam a independência.
“Tomar a decisão de não seguir um sistema ou as regras de outra pessoa me permitiu descobrir e explorar meus talentos e potenciais sem perder tempo me sentindo chateada ou inútil”, comenta Ishita Gupta, que criou a FEAR.LESS Magazine enquanto fazia um programa de MBA alternativo do Seth Godin. FEAR.LESS está em uma missão de prover ferramentas mentais para as pessoas lidarem com o medo, algo que ainda freia muitas mulheres com espírito empreendedor, mesmo que já tenham experiência em abrir novos negócios.

As mulheres a frente dos novos negócios

De acordo com o Global Entrepreneurship Monitor, 47,7% das mulheres contra 62,1% dos homens acreditam serem capazes de iniciar e gerenciar um negócio próprio. Treinamentos para negócios como o de Seth (AMBA) podem ser a chave para construir esta ponte de confiança que separa homens e mulheres quando o assunto é começar um novo negócio.
Incubadoras com foco no público feminino e eventos como os realizados pelo Women 2.0 e Ladies Who Launch ajudam as empreendedoras a construir network, ganhar confiança e aprender com as mulheres de sucesso. Mas aqui vale um alerta para os cursos que reforçam o “mulheres somente”, pois podemos aprender muito mais com mentores homens e mulheres. É importante aprender com os empreendedores de sucesso, com diferentes perspectivas e experiências, pois vão ajudar você a se tornar mais dinâmico e ágil como dono de um negócio.
Precisamos ser líderes dinâmicos e estrategistas ágeis para remodelar o ambiente de trabalho que claramente não está mais funcionando. Fazer do mundo um lugar melhor com um trabalhador e um ambiente de trabalho por vez certamente será uma estrada pavimentada com desafios, mas se afundarmos nossos saltos nelas e provarmos para nós mesmas em situações difíceis como na pior recessão de nossas vidas, eu acho que conseguiremos então passar por qualquer coisa. Uma coisa é certa: o movimento das mulheres atualmente, a Revolução Silenciosa do século 21, veio para ficar e está ficando cada vez mais barulhenta.

Dicas para um brainstorm criativo e inovador em mídias sociais

 


Já comentei aqui no blog que o sucesso ou fracasso de uma estratégia em mídias sociais não depende de uma receita pronta e infalível. Então o passo inicial sempre acaba sendo um brainstorm para achar um caminho que se encaixe com seus objetivos.
Eu nunca havia participado de uma reunião de criação de campanha em mídias sociais – apesar de ter esse blog cheio de boas ideias – até esta semana, quando participei da minha primeira – ou uma tentativa – na Campus Party 2013.
Comandando a nossa reunião fictícia estava a Gabriela Hunnicutt, diretora-geral e de criação da agência Bold Conteúdo, com a ajuda da dupla Daniel Rodrigues e Luiz Padreca, criadores do site de culinária – nerd e divertida – Miolos Fritos. A proposta fictícia? Criar uma campanha em mídias sociais para uma marca de pratos regionais prontos, como acarajé para o Nordeste ou churrasco para o Sul, com um foco na Copa de 2014, aqui no Brasil.
Algumas pessoas da plateia foram escolhidas para subir ao palco e formar a equipe de criação, o que não impediu que todo mundo desses seus pitacos. Antes mesmo de começarmos, Gabriela passou alguns slides com dicas importantes para qualquer empresa no que diz respeito a mídias sociais. Gravem isso antes de começar um brainstorm como esse:
“Quem fala sozinha é a TV. Nas redes sociais, as marcas têm de chamar para a conversa.”
“Se o conteúdo é bom, as pessoas compartilham. Você não precisa pedir que elas façam isso.”
Depois de várias sugestões, discussões – e algumas digressões – aqui estão algumas dicas para ter um bom brainstorm:

- Nunca elimine nenhuma ideia de cara. Deixe-a cozinhar um pouco na roda antes de descartá-la; ela pode ser repensada e virar em algo que faça algum sentido até o final da reunião;
- Lembre-se de que as ideias precisam ser adequadas para as mídias sociais. Cada uma delas tem uma linguagem ou estratégias que, por exemplos anteriores, são mais eficientes em cada uma. Não vá sugerindo um aplicativo para o Twitter ou um concurso de frases para o Pinterest;
- Faça quantas perguntas forem necessárias para você entender completamente aonde vocês querem chegar, que ferramentas vão usar, qual será o orçamento e por assim vai;
- Ao entender o que você quer alcançar, não se esqueça de todos os elementos da campanha. Nos empolgamos tanto com a parte das mídias sociais e das comidas típicas, que esquecemos que elas são prontas – ou seja, vendidas em supermercado – e que a campanha tem o foco na Copa do Mundo 2014;
- Escute as sugestões do seu chefe – ou de clientes –, mesmo que elas pareçam absurdas. Alguma coisa pode sair daí;
- Os usuários de mídias sociais gostam de interagir e contribuir e gostam de ser reconhecidos por isso. Eu – que também dei algumas sugestões – disse que a marca, sendo de comida pronta, poderia pedir para pessoas de determinadas regiões prepararem pratos típicos de onde moram e enviarem fotos ou vídeos de suas tentativas. Depois, ela mostraria uma amostra do mesmo prato preparado pela marca, para que a pessoa não precisasse se preocupar em tentar cozinhar de novo;
- Mantenha esse diálogo com o usuário sempre aberto. “Quando você começa um diálogo com os usuários por meio de mídias sociais, não pode deixar esse canal desaparecer. É como jogar pinball: você não pode deixar a bolinha cair e precisa continuar acertando os alvos e fazendo pontos”, afirma Padreca.
- Na linha da colaboração dos usuários, a própria Gabriela sugeriu que a marca de pratos fizesse uma pesquisa com os consumidores sobre que pratos típicos poderiam entrar na linha. Uma grande competição para decidir que comida identificava cada estado ou região;
- Integração do virtual com o real sempre amplifica o poder do conteúdo divulgado online. Um dos participantes sugeriu a ideia de uma caravana pelas regiões, testando os pratos com moradores de cada uma delas e incentivando o compartilhamento das opiniões pelas mídias sociais;
- Pensando que viralizar é o sonho de qualquer campanha em mídias sociais e que vídeos e ações de marketing de guerrilha geralmente bombam na internet, sugeri uma ação em diferentes cidades, lugares que vendessem determinados pratos típicos, oferecessem comidas de outras regiões. Exemplo: uma baiana em Salvador surpreender seus clientes com uma suculenta picanha, ou uma casa de pão de queijo mineiro oferecer miniacarajés, tudo filmado, claro. A surpresa poderia levar as pessoas a comentar isso pelas mídias sociais;
- Para divulgar os pratos, e levando em consideração o número de turistas que virão durante a Copa, muitas pessoas sugeriram usar expressões típicas de cada região – o “oxente” baiano, ou o “meu” paulista – em frases em outras línguas, ou traduções de frases comuns de cada região.
O que vocês acharam de nossa reunião? E das dicas? O que você acrescentaria como ideia para essa campanha hipotética?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Diretores e Gerentes de Marketing são o número um na lista de demissão

 

As empresas podem substituir profissionais da alta gerência com perfil especializado por executivos mais generalistas. Quem não entregar resultados terá o emprego ameaçado em 2013

Por Luisa Medeiros | 29/01/2013

luisa@mundodomarketing.com.br


Alta Gerência, Maichel Page, Guia salarial, diretoria
Os profissionais sêniores da alta gerência com carreiras especializadas podem perder espaço para aqueles que têm uma visão mais generalista e que são consequentemente mais versáteis para as organizações. Após o ano de 2012 que começou com clima de excesso de otimismo e se encerrou com redução de gastos e crescimento abaixo do esperado, as empresas estão mais criteriosas na hora de contratar e reajustar salários.

As companhias de grande porte, especialmente bancos e o segmento de bens de consumo, investiram em crescimento em 2012, mas ao longo do ano, muitas das metas não foram atingidas. Na hora de eventuais cortes, os primeiros profissionais na linha de demissão são aqueles que ascenderam rapidamente, com promoções nos últimos quatro anos que reflitam em crescimento salarial superior aos 30% entre uma movimentação e outra. Eles são seguidos por aqueles que ocupam vagas criadas para a sua contratação, os que ingressaram na empresa em período de inflação salarial e os que têm carreira especializada em apenas um setor.

As posições de alta gerência ocupadas por especialistas são as que têm maior probabilidade de sofrer cortes dos maiores cortes neste ano. “O profissional de Marketing tem que dar retorno ao investimento que ele traz. Se um diretor foi contratado para uma área de atuação nova ou para uma faixa salarial acima do mercado e não entregar resultado, será mandado embora. São profissionais onde a senioridade não está necessariamente alinhada com o nível de responsabilidade. Eles precisam obrigatoriamente devolver números”, afirma Zuca Palladino, Gerente das Divisões de Marketing e Varejo da Michel Page , em entrevista ao Mundo do Marketing.

Critérios mais rígidos e bônus em baixa
O Brasil possui as maiores faixas salariais da América Latina para cargos de alta hierarquia em Marketing. Os rendimentos chegam à casa dos R$ 25.000,00 mensais para os segmentos de bancos, serviços financeiros, óleo e gás e construção. Em relação aos outros países do Mercosul, a diferença pode chegar a mais de R$ 12.000,00 se comparado ao México, R$ 7.000,00 ao Chile e até R$ 4.000,00 à Argentina. Os dados são do Guia Salarial em Marketing 2013 da Michel Page.

Esses ganhos são referentes à remuneração fixa que representará em 2013 de 80% a 90% dos ganhos do profissional de Marketing do país.Os outros 10% a 20% do salário serão compostos por ganhos extras,como bônus, participações e adicionais. Já no setor de vendas essa tendência se inverte, os rendimentos fixos podem representar 50% do pagamento mensal equilibrado com os outros 50% de comissões e será responsável pelo número de vagas abertas. “Na corrida para recuperar os resultados que não vieram em 2012, a maioria das empresas começa com grandes investimentos em posições comerciais. Será um ano muito bom para a área, diante de busca por metas”, diz Zuca Palladino.

Em Marketing, as contratações seguem com critérios rigorosos e os salários iniciais terão alta máxima de 20% com relação ao ano anterior. O perfil comportamental deve pesar mais que o técnico na escolha. Conhecimentos de comunicação, CRM e TI serão diferenciais. “O mercado busca profissionais maduros, cientes do seu valor e daquilo que podem entregar para a empresa. O mais valorizado é o que sabe do retorno que vai dar e que entende de negócios, sabendo agregar valores. É um líder e um bom gestor que se adéqua às novas gerações e resiste à pressão sobre retorno financeiro”, descreve o Gerente da Michel Page.

Alta Gerência, Maichel Page, Guia salarial, diretoriaRio de Janeiro e Curitiba: corrida por padrões paulistanos
São Paulo segue como cidade com as melhores remunerações para a alta gerência em Marketing no país. Porém, a distância para outras cidades como Rio de Janeiro e Curitiba diminuiu. As duas capitais foram as que apresentaram maiores taxas de crescimento salarial em 2012, se aproximando dos níveis adotados na capital paulistana.

Na área de gerência de Inteligência de Mercado em grandes empresas, Rio e São Paulo oferecem remunerações semelhantes com vencimento médio de até R$ 16.000,00. A direção de comunicação e Marketing em serviços é a posição onde as capitais paulistana e paranaense mais se aproximam, com média de R$ 23.000,00 em Curitiba e cerca de R$ 2.000,00 a mais para São Paulo, tanto nas companhias de pequeno e médio quanto nas de grande porte. Os três estados têm salários nivelados com média de R$ 10.500,00 para Gerente de Produto em pequenas e médias empresas do segmento de TI e Telecom.

Apesar de ainda haver diferença salarial, a tendência é que mais profissionais busquem oportunidades de crescimento fora da capital paulista. “Se o executivo de Marketing tivesse mais ambição por posições de liderança e buscasse crescer dentro da empresa, aliando isso à mobilidade, talvez tivesse abertura para trabalhar onde a empresa tem realmente possibilidade de crescimento. A mentalidade de só querer trabalhar em São Paulo deveria acabar”, analisa Zuca Palladino.

Digital, Varejo e Beleza são as áreas da vez
O Marketing Digital a especialização mais valorizada deste ano, com ganhos máximos variando de R$ 13.000,00 no Rio de Janeiro, R$ 15.000,00 em Curitiba e a R$ 20.000,00 em São Paulo. A área concentra também a maior inflação salarial nos níveis iniciais, conforme noticiou o Mundo do Marketing. A fase próspera se deve a mudança de visão das empresas que enxergam como fundamental ter sua marca comunicada e exposta no universo online. “As empresas que tinham uma pessoa cuidando do digital, agora contam com duas, e as que contavam com um setor, vivem a especialização dele que agora exige mais seriedade. Ao mesmo tempo em que companhias com estratégias de Marketing muito claras investem em grandes estruturas internas para se gerir na web, outras vivem indefinições quanto a terceirizar parte das ações ou trabalhar todas em casa”, diz Zuca Palladino, em entrevista ao portal.

Outra área com gerências e diretorias com ganhos em alta será o varejo, com o lançamento de mais linhas Premium. Para comunicar os novos produtos de forma eficaz, as companhias apostam nos profissionais de Marketing para imprimir identidade hospitaleira ao atendimento e propiciar boa experiência de consumo. Esses produtos visam ser intermediários entre o alto luxo e os populares, com foco nas classes A e B e pretendem ser atingíveis também pela classe C. “Essas empresas querem ter diferencial e vêm absorvendo os profissionais de Marketing que entendam não só do comportamento do consumidor, mas que vinculem o uso da marca no ponto de venda associado à experiência de consumo”, aponta.
Outro segmento expressivo na absorção de profissionais de Marketing é o da beleza. Empresas focadas em remédios e alimentos ampliam o foco e incluem os cosméticos em seus planos de negócios. “Principalmente as multinacionais, que querem ampliar sua presença no Brasil e têm buscado executivos oriundos de empresas ligadas a medicamentos. Elas oferecem cargos gerenciais e até mesmo na diretoria”, conta o Gerente da Michel Page, em entrevista ao portal.