terça-feira, 10 de abril de 2012

Antropologia, Marketing e Inovação

Postado em 9 de abril de 2012 por Leandro Borges

Acreditamos na LUZ que o interesse e estudo de outras áreas que não apenas a gestão de empresas é essencial para fortalecer nossa visão enquanto empreendedores. No meu caso, sou especialmente fascinado com a influência que os estudos antropológicos e sociológicos possuem na formulação de estratégias de marketing e inovação.

Não quero, neste post, viajar na maionese, mas, pelo contrário, tentar criar um link entre as grandes “viagens” conceituais e as aplicações práticas e bastante visíveis no nosso dia-a-dia. Para tal, resolvi por dividir esse post em tópicos de “tendências” com sua explicação conceitual resumida e exemplos reais que nos permitem perceber esses fenômenos.

1) O SOBREVIVENTE

“Todos os desejos humanos de imortalidade contêm um pouco da mania de sobreviver. O homem não quer ficar apenas para sempre, ele quer ficar quando os outros já não estejam mais. Cada qual quer chegar a ser o mais velho e saber disto, e quando ele próprio já não existir as pessoas deverão continuar sabendo o seu nome.
A forma mais baixa de sobrevivência é a de matar. (…)”
Elias Canetti - Massa e poder

Em outras palavras, nós, na luta eterna e inalcansável contra a morte, buscamos e nos contentamos em, pelo menos, ficar por último. Este é um desejo profundo e que pode ser encontrado em diversos momentos da vida em sociedade, seja na busca por ser o melhor aluno da turma, o último a cair na bebedeira ou, em última instância, ser o último a morrer.

Ao me deparar com essa campanha da DIESEL, Global Warming Ready, não pude deixar de sentir que ser um cliente deles, indiretamente, é sobreviver. Um perfeito caso de encaixe entre um famoso estudo antropológico baseado em exemplos de sociedades primitivas e o nosso dia-a-dia de consumo e criação de identidade. Vejam as evidências abaixo:


Quem quiser ver todas as fotos desta campanha, pode encontrá-las neste site: http://theinspirationroom.com/daily/2007/diesel-global-warming-ready/

CONCLUSÃO: O seu produto ou a sua comunicação tem levado em consideração e apelado ao nosso forte instinto de sobreviver? Como podemos provocar o desejo de imortalidade de nossos clientes?

2) FESTIFIZAÇÃO DA VIDA (Sim, peço licença para tentar criar um novo termo) :P


Em mais de um estudo sociológico, os pesquisadores apontam que estamos em um momento históricono qual o prazer e a felicidade são os maiores valores das sociedades. Acredito que esse é um dos poucos pontos quase que unânimes dentro de tudo que estudei. Já introduzi o tema quando falei sobre Segmentação de Mercado e a Felicidade Democrática e acredito que esse é um ponto que deve ser reforçado.

Como já falamos, a busca pela felicidade e o prazer, dentro dessa era Dionisíaca , é responsável pela hiper-segmentação de mercado. No entanto, ela também tem outra faceta interessante dentro da área de marketing: transformar todo tipo de contato com a empresa em um festa, em um momento de prazer e divertimento.

Dentro desse cenário temos: (a) a loja da Abercrombie & Fitch na 5 Avenida em Nova Iorque que tem um clima de boate e modelos semi-nus o ano inteiro; (b) a iniciativa da Farm em janeiro deste ano ofecerendo shows com comes e bebes gratuitos dentro da sua loja de Ipanema; (c ) a loja conceito Reserva + na Galeria River que também possui um calendário de eventos particular.

abercrombie e fitch - loja quinta avenida
verão na farm de ipanema
reserva mais - loja conceito na galeria river

Sim, o pessoal da moda saiu na frente dessa tendência. No entanto, as empresas de bebida e cigarros já sabem disso há muito tempo. Só para citar dois bons exemplos: temos o caso do Free Jazz e, mais recentemente, o Carnaval da Boa aqui no Rio.

CONCLUSÃO: Vamos pensar em maneiras mais lúdicas e divertidas de envolver o ciente em contato com nossos pequenas empresas seja com um happy hour, um jantar ou um churrasco.

3) CONSUMO PARA SER, NÃO PARA TER OU O EXPLORADOR


A mudança no comportamento do consumidor que mais me chama atenção é a transição do TER para o SER. Esse ponto está intimamente ligado com a questão da felicidade do tópico anterior que batizei de festifização da vida. Ao contrário do que pensamos e vivenciamos no passado, o consumo não é tanto uma questão de status (embora ela ainda exista), mas uma questão de melhoria da qualidade de vida e performance individual.

Logicamente, este fato está amplamente relacionado com a famosa experiência do cliente. Hoje, quando falamos de marketing estamos cada vez mais vendendo uma experiência e não apenas um produto ou serviço, e isso é justamente a questão do ser. Dentro do mundo das start-ups, podemos ver isso acentuadamente nos negócios que incentivam e facilitam o carater explorador de cada um de nós. Vamos ver? (reparem nas taglines de cada uma)





CONCLUSÃO: Seu produto ou serviço melhora a performance individual de seus clientes de alguma maneira? Temos como aproveitar isso para ter um apelo de venda mais poderoso?

 CONVITE FINAL:

Se você, leitor do nosso blog, também é entusiasta de antropologia ou simplesmente conhece outros bons exemplos tanto das tendências que apresentei aqui quanto de outras tantas que ficaram de fora desse post, por favor, deixe seu comentário!

REFERÊNCIAS PARA APROFUNDAR NO TEMA:

Blog corporativo: um grande aliado na comunicação empresarial

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Você sabe qual é a definição de blog? Ele pode ser definido como um registro publicado na internet relativo a algum assunto, organizado cronologicamente como um diário. Os blogs são páginas da internet que podem ser colocadas no ar por qualquer pessoa física ou organização e tem como objetivo expor uma opinião para que os internautas possam debater, responder, comentar, etc.
Os blogs podem aproximar as empresas com estruturas organizacionais formais para os clientes. São mídias de comunicação pessoal e interativa, um canal de comunicação perfeito para empresas, principalmente no que trata do relacionamento com os seus públicos. Pode se destacar como vantagens do blog corporativo:
  •  leitura agradável e cronológica;
  •  mídia de fácil manutenção;
  •  baixo custo;
  •  não requer treinamento para iniciantes;
  •  é interativo, permitindo: links, comentários, etc;
  •  é personalizado e demonstra o conhecimento do escritor sobre o assunto abordado;
  •  permite a criação de uma comunidade.
Abaixo, apresento dois exemplos de blogs corporativos que atendem e trazem novidades diárias aos seus consumidores:
- Eu uso a cuca (Carrefour): o Carrefour expõe um conteúdo que trata da qualidade e variedade dos produtos, atendimento, ambiente da loja, responsabilidade social e preços, mantido por clientes que possuem uma relação próxima com a empresa. A palavra CUCA significa, Consumidores Unidos Carrefour.

- Blog Consultoria (Natura) : a Natura desenvolveu o blog Consultoria, espaço criado para troca de informações e experiências sobre os assuntos que permeiam a atividade de consultoria, como lançamentos, promoções e temas socioambientais.

Compartilho um estudo, em que é abordada uma análise dos blogs mantidos por sete das maiores empresas do Brasil – confira aqui.
Muitas empresas ainda têm receio na criação de um blog, de fazer dele um canal de comunicação transparente, e a partir dele gerar comentários ruins e reclamações. A verdade é que um blog corporativo não deve ser tratado só como um canal de relações públicas e imprensa, mas também como uma ferramenta de marketing e relacionamento. Acredite, ele pode ser um grande aliado para sua comunicação!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Qual o caminho do Marketing Digital para PMEs?

Caminho é investir na criatividade e criar um diálogo certeiro com o consumidor. Planejamento também é essencial na hora de colocar a marca no mundo digital

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 09/04/2012

sylvia@mundodomarketing.com.br

O crescimento constante da internet e do e-commerce no Brasil tem representado uma oportunidade para os que querem empreender, mas também um desafio. Como se destacar em um cenário que caminha para o amadurecimento e testemunha a disputa cada vez mais acirrada de players de todos os tamanhos – desde os que nasceram originalmente no universo digital até os grandes varejistas que também apostam na internet?

Não só no varejo eletrônico, o Marketing Digital mostra-se uma ferramenta importante para as pequenas e médias empresas que querem crescer e ganhar notoriedade no mercado. Em uma era direcionada para o relacionamento, quem não tem verba para investir pesado na comunicação tradicional ganha espaço com criatividade e um diálogo certeiro com o consumidor na web.

“As empresas fogem cada vez mais do caminho do branding tradicional e optam pelo relacionamento, pelo bate-papo com os clientes. Trabalhar bem as mídias sociais é um dos principais meios. Exige mais criatividade e estratégia do que dinheiro”, acredita Flávio Horta, Diretor da Digitalks, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Nem tudo que está na moda é adequado
Os modismos, no entanto, devem ser vistos com cuidado quando o assunto é internet. Há quatro anos em operação, a Doce Beleza opera exclusivamente online vendendo cosméticos, especialmente produtos para os cabelos. Em um primeiro momento, a prioridade foi investir em mecanismos que dessem visibilidade à marca.

“A grande vitrine para negócios baseados na internet é o Google, com adwords e busca orgânica. É daí que vem quase toda a visibilidade que a empresa pode ter, independente do porte. Obviamente, quanto mais verba, mais visível ela tende a estar”, conta Celso Vistra, Gerente de Marketing da Doce Beleza, em entrevista ao portal.

Foram necessários dois anos para que a empresa desse um novo passo e investisse em mídias sociais. A estratégia da Doce Beleza nestes canais, entretanto, não é orientada para vendas, e sim para o relacionamento. A intenção sempre foi ter um espaço para que as consumidoras discutissem, tirassem dúvidas e falassem sobre assuntos relacionados ao universo da beleza.

A importância de um diagnóstico correto
Agora, o investimento é ainda maior. A Doce Beleza está reformulando os canais existentes, como Linkedin, Facebook, Twitter e Youtube, e criando novos perfis no Pinterest e no Tumblr, além de um blog. Tudo para incentivar ainda mais a conversa e fortalecer a marca, contribuindo para o aumento do faturamento da empresa, que em 2011 cresceu 55%, atingindo R$ 12 milhões. Para a Doce Beleza, as mídias sociais devem manter-se como um canal de relacionamento e deixar as vendas a cargo da loja virtual.

“Acompanhamos o social commerce e não descartamos a possibilidade, mas pensamos que não é uma plataforma adequada para o nosso negócio. A navegabilidade de um portal bem estruturado, como pesquisa de produtos, é infinitamente superior à da plataforma do Facebook, por exemplo”, diz Vistra, ressaltando que, no caso de empresas que estão começando, as vendas por meio de plataformas como o Facebook e sua Like Store podem ser uma alternativa rentável.

Antes de pensar em outros canais, no entanto, é importante fazer uma avaliação do próprio site e das ferramentas já utilizadas. Algumas mudanças simples podem trazer resultados satisfatórios. Foi o que aconteceu com o Instituto de Estudos Franceses e Europeus (IFESP). Depois de reformular toda a estratégia digital, o IFESP conseguiu passar de um faturamento de R$ 750 mil em 2009 para R$ 1,5 milhão em 2011 e gastar duas vezes menos com Marketing.

Mudanças que fazem a diferença
Em 2009, o IFESP contava com um site feito de maneira artesanal, mas com um bom posicionamento nas buscas orgânicas. Com a reformulação do portal, entretanto, a visibilidade diminuiu e aumentaram os gastos na compra de palavras-chave. “Desconhecendo as melhores práticas de Marketing Digital, percebemos que não iríamos muito longe e o custo seria alto”, explica Alexandrine Brami, Sócia-Diretora do IFESP, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O primeiro passo foi diagnosticar os problemas e transmitir para a equipe o que estava errado e precisava ser mudado. Em seguida, foi necessário ganhar notoriedade na internet para aumentar a taxa de conversão dos prospects em clientes. Foi o momento, então, de mudar mais uma vez o site, que passou a ser orientado para buscas orgânicas.

Como o maior problema era justamente a conversão de clientes, o instituto também investiu na melhoria do sistema de e-mail Marketing. “Enviávamos e-mail e as pessoas marcavam como spam ou pediam para sair do mailing. Encontramos uma empresa que não só oferecia a prestação de envio, como também a consultoria em otimização dos e-mails”, lembra Alexandrine, ressaltando que a medida mais que triplicou a taxa de abertura, passando de 6% para 20%, e expandiu de 10% para 35% o número de cliques dos e-mails.

Marketing Digital também demanda investimentos
Apesar de parecer pequeno, se comparado ao Marketing tradicional, o investimento em Marketing Digital deve ser cuidadoso e planejado para minimizar erros. “Para a pequena empresa, montar uma equipe de mídias sociais tem um custo alto. Utilizar os próprios funcionários acaba sendo um caminho mais viável”, sugere Horta, da Digitalks. “Os profissionais de Marketing precisam se adaptar a um mundo com mais números. Na internet, a ação vai para o ar e começa o trabalho de mensurar, entender, mudar e melhorar, de forma contínua”.

É exatamente a falta de estratégia um dos principais erros de quem investe em Marketing Digital. “Entrar na internet sem planejamento é um tiro no pé. Tem que estar preparado para o consumidor que vai falar de você, bem ou mal. O Santander, por exemplo, tem uma política de responder em até duas horas no Twitter e quatro ou cinco horas no Facebook. Pelo telefone, são cinco dias. Isso mostra a diferença do buzz que um consumidor insatisfeito pode causar nas redes sociais comparado ao telefone”, considera Horta.

Entre as próximas tendências, além das mídias sociais que já são mais do que exigência, está o mobile. “No futuro vejo tudo isso que estamos falando muito mais forte no mobile, que já é uma realidade. Os preços dos smartphones estão cada vez caindo mais e daqui a pouco os tablets serão mais baratos do que computadores. Veremos o boom do Brasil móvel”, destaca o Diretor da Digitalks.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Quais são os hábitos da terceira idade na internet?

Usuários com mais de 60 anos já representam 7% dos internautas do Brasil e costumam passar mais tempo com serviços online como notícias, transações bancárias, e-commerce e pesquisa sobre viagens

Por Letícia Alasse, do Mundo do Marketing | 27/03/2012

leticia@mundodomarketing.com.br

São grandes usuários de serviços online e passam, em média, quatro horas e 11 minutos conectados ao mundo virtual aos fins de semana. Pode não parecer, mas estas características representam os hábitos dos internautas da terceira idade no Brasil. Em comparação à quantidade de horas na internet, segundo o QualiBest, estes internautas navegam apenas 40 minutos menos que os jovens e o número de homens conectados é 30% maior do que o de mulheres.
Terceira Idade,internet,idososEm 2009, o público sênior representava apenas 5% dos acessos à internet, mas, no fim de 2011, o íncide chegou a 7%, segundo dados da comScore Brasil. A inclusão digital dos idosos, no entanto, está ainda restrita à classe AB. O maior nível de escolaridade tem sido o principal fator para a penetração das redes digitais nas casas dos consumidores seniores, segundo a última edição do estudo “O Painel Brasil Data Sênior”, feito pelo Somatório Pesquisa, em 2011. Apesar de 34% das pessoas da terceira idade terem computador com acesso à internet em casa, apenas 16% estão inseridos no universo da informática.
“O índice de inclusão é maior em domicílios em que os idosos moram com os netos ou filhos que usam o computador, assim eles começam a perceber as possibilidades da rede. Já nos ambientes em que vive apenas um casal nessa faixa etária, o acesso à internet é baixo e eles suprem de outra forma a necessidade de informação e comunicação”, conta Luciana Guerra, Diretora de Marketing do Somatório Pesquisa da Brasil Data Sênior, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Perfil dos internautas após os 60 anos
Os homens são mais ativos do que as mulheres no meio digital neste período da vida. Segundo a pesquisa do QualiBest, o sexo masculino representa 65% dos usuários acima de 60 anos, apesar delas serem maioria no país. No total, o número de idosos no Brasil corresponde a 57% de mulheres e 43% de homens. Elas, por sua vez, são as que mais utilizam as ferramentas de bate-papo, como Skype e MSN, e redes sociais.
“Os meninos, desde jovens, têm uma maior facilidade e proximidade com a tecnologia e isto não muda ao longo do tempo. Se compararmos um homem e uma mulher de 70 anos, a tecnologia para o sexo masculino tem o mesmo sentido que para os mais jovens, já para as mulheres não. Este é um mito que está sendo derrubado entre os mais novos, mas na terceira idade ainda aparece”, afirma Luzia Nicolino, Diretora de Marketing & Inovação do QualiBest, em entrevista ao portal.   
Os serviços, como notícias, bancos, e-mail e sites ligados a viagens, são os mais utilizados pelos consumidores da terceira idade, com 78%, seguidos pelo e-commerce (72%). Os jovens, em contrapartida, acessam estas opções em 68% e 60% dos casos, respectivamente. Atualmente, 25% dos e-consumidores têm mais de 50 anos, segundo dados da e-bit. Há 10 anos, este número era de 10%, o que confirma o aumento da confiança deste público no setor, além da opção dos idosos por não precisarem se locomover ou passar por situações de estresse ao saírem de casa para fazer compras.
Redes Sociais e JogosTerceira Idade,idosos,internet
Dos entrevistados, 43% dos idosos alegam usar a internet para jogos. Os games mais procurados, entretanto, são aqueles parecidos com os que sempre estiveram acostumados no mundo offline, como damas, xadrez e pôquer.  
“A cada ano que realizamos a pesquisa, o número de usuários com mais de 60 anos vem aumentando, principalmente entre as mulheres sozinhas. Elas saem mais e mantêm um ciclo social conectado por trocas de MSN e e-mails. Hoje, o idoso tem que utilizar o caixa eletrônico no banco e baixar as fotos da câmera digital para o computador. Cada dia mais, ele está pressionado a lidar com a tecnologia”, declara Luciana.
Existe ainda uma pequena porcentagem (2%) de usuários da terceira idade que utilizam o computador, mas não acessam a web, contudo o relacionamento dos idosos com as redes sociais não difere tanto dos demais internautas. Eles usam a plataforma tanto para conversar quanto para jogar com outras pessoas. Segundo o QualiBest, 71% declaram acessar redes como Facebook, Twitter e Orkut. Já de acordo com o estudo feito pela e-bit, 9% dos consumidores entre 50 e 64 anos afirmam terem sido influenciados por alguma rede social no momento da compra.
“Sabendo que este público está na internet, as empresas deveriam investir em ações que compreendam as suas necessidades, como transações bancárias e compras virtuais. Principalmente a indústria farmacêutica podia prestar mais atenção aos consumidores da terceira idade no meio virtual e oferecer alguns serviços online”, diz Luzia.

Desafios do e-mail marketing em 2012

Postado por Juliano Marcílio - 26/03/2012 

Embalado pelo potencial dos aplicativos móveis e pela mídia social, o e-mail marketing permanece, em 2012, como uma ferramenta privilegiada de comunicação e relacionamento. No entanto, em uma época de hiperconectividade, em que a atenção do consumidor é bombardeada por estímulos múltiplos, o tempo se transformou em artigo de luxo.

O sucesso das campanhas de e-mail marketing exigirá muito critério e disposição para inovar. O novo ano começa com importantes desafios para as ações digitais, como Qualidade da base de dados, Maiores índices de conversão e Onipresença.

Qualidade da base de dados
O uso de uma base de dados higienizada, opt-in e em concordância com as boas práticas de e-mail marketing é uma questão antiga que permanece atual como nunca no Brasil. A prática de spam segue em alta por aqui e integramos, ao lado da China e da Rússia, a trinca dos campeões de fraudes nos e-mails. O uso de bases de dados inconsistentes irrita os consumidores, prejudica a credibilidade dos remetentes e compromete os resultados das ações de e-mail marketing. Embora o Brasil tenha evoluído e obtido vitórias importantes, como o Código de Autorregulamentação das Boas Práticas de E-mail Marketing, a conscientização sobre os efeitos deletérios das bases de má qualidade precisa continuar em 2012. Ainda temos muito campo para avançar.

Maiores índices de conversão
Só o mailing certo não basta. Além da base de contatos higienizada e do timing correto, cabe às marcas saber utilizar as ações de e-mail marketing para conhecer melhor o cliente, encantá-lo e, assim, convencê-lo a adquirir o seu produto e serviço, de preferência com boas recomendações. Para ir além dos índices de clique e abertura, aproveite o e-mail marketing para literalmente “mergulhar” no universo dos consumidores, aumentar o seu poder de influência na web e, consequentemente, aumentar o índice de conversão de suas ações de e-mail marketing.

Onipresença
Com o bombardeio diário de estímulos que não pára de aumentar, o tempo tornou-se o bem mais disputado por marcas e organizações. No hiperconcorrido universo da web, ganha quem conseguir prender a atenção dos consumidores. Reveja os conceitos do passado. Se antigamente o apego emocional funcionava para cativar novos clientes e fidelizados, hoje o cenário mudou, e muito. Com a diversidade dos canais de comunicação, é necessário estar onde o consumidor está – ele não tem mais tempo para ir atrás de suas marcas preferidas.

Portanto, não adote uma postura passiva. Aproveite o potencial de interação do e-mail marketing e não se restrinja ao trivial. Prepare ações de e-mail marketing especiais para aplicativos móveis, replique as mensagens do Twitter, no Facebook e em outras redes sociais. Quanto mais sua empresa se fizer presente, maiores são as chances de obter bons resultados.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Estudo traça o comportamento do internauta brasileiro em 2011

De acordo com o levantamento "2012 Brazil Digital Future in Focus", da comScore, o país encerrou 2011 com 46,3 milhões de usuários conectados e crescimento de 1,5% no total de acessos móveis à web

Por Cláudio Martins, do Mundo do Marketing | 22/03/2012

claudio@mundodomarketing.com.br

O Brasil continua ganhando espaço no mundo digital. Hoje, o país é o sétimo maior mercado de internet no planeta, com 46,3 milhões de usuários e vem experimentando um considerável crescimento em áreas como o uso de conexão móvel, que teve uma alta de 50% entre agosto e setembro de 2011. Já em setores como o e-commerce, as empresas nacionais ainda têm muito que trabalhar, já que a taxa de visitantes por minuto no Brasil é menos que a metade da média mundial.

Os resultados fazem parte do estudo “2012 Brazil Digital Future in Focus”, da comScore, que apresenta o desempenho dos brasileiros na internet em 2011, com o propósito de traçar projeções para este ano. Entre as oportunidades para as marcas apontadas pela pesquisa, as redes sociais e os blogs continuam sendo um bom investimento. O Brasil é líder no acesso a blogs, com um crescimento de 44% em 2011 e uma média de visitantes únicos de 95,6%, à frente da Coreia do Sul e da Turquia.

No ano passado, o Facebook se consolidou como a rede social com o maior número de usuários no país (hoje, 43 milhões) e também como a que mais cresceu no total de visitantes únicos, com uma taxa de 66%, acima dos 33% do Orkut, antigo líder no país. Os vídeos e suas respectivas plataformas, como o YouTube, representam outra meio para as marcas que desejam expandir o relacionamento com os consumidores na web. Em 2011, os brasileiros assistiram a 4,7 bilhões de vídeos online, totalizando uma navegação que durou, em média, 27,2 horas por pessoa.

Brasileiro passa pouco tempo em sites de e-commerce
Enquanto o consumidor do Brasil gasta muito tempo em categorias relacionadas a entretenimento e informação na internet, quando o assunto é o comércio eletrônico, a frequência é bem menor. “Comparada a países como os Estados Unidos e Reino Unido, com índices de 133,2% e 115,6%, a taxa de visitantes por minuto nos sites de e-commerce é de 32,5%, abaixo da média global de 71,3%”, afirma Alex Banks (foto), Diretor da comScore Brasil, em coletiva realizada ontem, dia 21.

Não é apenas no comércio eletrônico que o Brasil ainda está abaixo dos índices globais. “As categorias de Turismo, Business e Finanças também não têm uma taxa muito elevada de visitas, perdendo espaço para entretenimento, cupons de desconto, redes sociais, serviços de mensagens instantâneas e busca de empregos”, ressalta o executivo.

Os portais no Brasil, entretanto, têm se revelado como uma boa oportunidade para dar visibilidade às marcas. Com uma média de 39,2% dos minutos de conexão em 2011, os sites de notícias, informações e celebridades superaram o desempenho das redes sociais, que encerraram 2011 com uma média de participação de 23%. Entre as redes sociais, o Facebook também teve um crescimento expressivo no tempo de permanência dos usuários. Em 2010, a média mensal era de 37 minutos e, no ano passado, passou para 4,8 horas.

Crescimento dos acessos móveis
Não são apenas as redes sociais que continuam a crescer no Brasil. O acesso à internet por meio de dispositivos móveis, como smartphones e tablets também. Em dezembro de 2011, o total de conexões móveis chegou a 1,5% de todo o tráfego digital no país. Entre agosto e setembro do ano passado, o crescimento do número de acessos à web gerados por esses dispositivos aumentou em 50%.

Do total de 1,5% registrado ao final do ano, 42,2% das conexões foram originadas em tablets, a maioria (90,6%), iPads da Apple. O sistema operacional da marca também lidera o ranking entre os usuários de smartphones e o iPhone encerrou 2011 com uma participação de 35% das conexões geradas por dispositivos móveis no Brasil. Em seguida aparece a plataforma Android, do Google, com 31,4%, à frente dos celulares comuns, com 23%.

O número de usuários acima de 55 anos também sofreu uma alta na internet, embora a faixa etária entre 15 e 24 seja a maioria (28,2%). “Em 2009, eles (brasileiros com mais de 55 anos) representavam apenas 5% dos acessos à internet e, no final de 2011, chegaram a 7%, impulsionando principalmente serviços como internet banking. Esse público deve crescer nos próximos anos e é preciso estar atento as suas futuras necessidades”, diz o Diretor da comScore Brasil.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Como ficará o conteúdo das abas personalizadas na fan page do Facebook com timeline?

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Em alguns dias as fan pages no Facebook terão um novo modelo de layout, agora com timeline. No post de 14/03, Novidades no Facebook: timeline para fan pages, falamos sobre algumas mudanças e como acessar o preview para visualizar como ficará sua fan page após a atualização.

Mas o que irá acontecer com o conteúdo personalizado em abas? Ainda será possível exibí-lo?  E o conteúdo que tenho atualmente na fan page, como ficará com a mudança?
O novo modelo de fan page com timeline permite, assim como no modelo atual, a inclusão de conteúdo personalizado em abas com o uso de aplicativos.
Veremos, a seguir, algumas mudanças, principalmente quanto a exibição.
No modelo atual, os ícones com os links para acesso ao conteúdo das abas personalizadas estão localizados em um menu na lateral esquerda e o conteúdo da aba é carregado dentro do frame da página.
No novo modelo, os ícones para acesso às abas estarão disponíveis na parte superior, logo abaixo da área destinada a foto de capa.
Ao clicar no ícone, o conteúdo da aba é carregado em outra página.
Para facilitar a navegação entre as abas, teremos um drop menu na parte superior.

Podemos notar que o formato da área de exibição aumentou. O modelo atual é de 485px de largura; no novo modelo a área foi ampliada para 810px.
O conteúdo personalizado já existente na fan page continuará disponível após a mudança, mas, em alguns casos, será necessário adaptá-lo ao novo formato do espaço para exibição.
Quer saber mais sobre Facebook? Veja aqui