quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Redes Social para advogados

Gustavo Rocha
Recentemente a OAB de São Paulo, numa iniciativa louvável, informou a criação de uma comissão especial, denominada Comissão Web Advocacia. Seu primeiro ato será criar uma rede social exclusiva para advogados similar ao linkedIn e Facebook, bem como um twitter específico para advogados.

A ideia merece aplausos pelo seu ineditismo, coragem e inovação.

Precisamos de muito mais, mas este é um caminho importante, pois demonstra o interesse da OAB, como instituição, modernizando a advocacia.
Existem projetos bem interessantes neste sentido, como é o PROMAD – Programa de Modernização da Advocacia, onde até um software de gestão pode ser utilizado por 6 meses de forma gratuita.

Contudo, devemos analisar estas mudanças sob olhos atentos da realidade, visão estratégica e principalmente mercado.

Em relação a realidade, a advocacia como um todo PRECISA se modernizar, mas quem está efetivamente se modernizando é o judiciário. A advocacia precisa acompanhar, estar atenta a todas as mudanças e principalmente PARTICIPAR destas mudanças.


No campo visão estratégica, precisamos municiar os advogados com o que há de mais moderno em gestão. Devemos como instituição darmos mais cursos, palestras, enfim treinar os advogados a perceberem que o mercado está mudando.


Sistematicamente tenho feito palestras, cursos e seminários. Recentemente fui convidado e aceitei com muito carinho dar uma aula no curso de Gestão Estratégica de Escritórios de Advocacia e Departamentos Jurídicos na Unisinos em Porto Alegre/RS. Será mais uma oportunidade de demonstrar aos advogados o quanto precisamos evoluir e nos conscientizar da tecnologia e gestão na carreira jurídica.

Tudo isto se deve ao terceiro motivo: mercado.


O mercado está com uma visão empresarial, competitivo, mais voltado a resultados. Precisamos adequar uma boa gestão interna com a tecnologia para o sucesso ser garantido.


E você? Como está a sua percepção do mercado?


As redes sociais são uma enorme oportunidade ainda desprezada por muitos profissionais.

São gratuitas, de simples manejo e mais, atingem um público permamente, sempre.



Como assim? Você pode se perguntar.



Simples, ao escrever um artigo, colocar um pensamento, etc nas redes sociais, elas ficam disponíveis para consulta para sempre. Daqui a pouco, alguém poderá lhe conhecer por uma ideia que você escreveu há mais de um ano.



A ideia da OAB será muito útil se compartilhar dados com o mercado, ou seja, se for um instrumento que esteja colaborando com os advogados na divulgação do conhecimento, sabedoria e visão do direito que cada profissional possui.



Vamos transformar a sociedade através de nossas atitudes!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

As empresas e o marketing digital

Ricardo Prates

O marketing na internet contempla um conjunto de atividades com o objetivo de promover, anunciar ou dar suporte aos serviços e produtos oferecidos pelas empresas. Para obter sucesso, as empresas devem oferecer uma experiência online superior ao cliente, oferecendo conteúdo relevante, interagindo em tempo real, tomando decisões mais rapidamente e aperfeiçoando o desempenho dos negócios.

O marketing online é um conjunto de ações realizadas na internet que visam ampliar os negócios das empresas, fortalecer sua marca no mercado, conquistar e fidelizar clientes e gerar negócios. Através de um site as empresas podem implementar estratégias interativas de relacionamento com os usuários proporcionando uma maior afinidade e fidelização. Diferentes ações de publicidade online permitem às empresas divulgarem seu site criando nele uma audiência qualificada de usuários com potencial para se tornarem clientes.

O marketing digital permite que as empresas aprimorem o relacionamento com seus clientes, pois a utilização de ferramentas de comunicação digital, como o e-mail marketing, ou então estratégias interativas, como foruns ou enquetes, proporcionam uma aproximação dos usuários com a empresa e familiarização com os produtos/serviços. É o primeiro passo para a compra.

Emrpesas de todos portes e segmentos devem utilizar a internet como uma ferramenta de marketing pois dessa forma poderão ampliar seu mercado e promover mais negócios, além de reduzir custos. Apesar dos grandes anunciantes terem muitos recursos adicionais à disposição, as pequenas empresas são as mais beneficiadas com o marketing e a publicidade online poque podem, com pouco investimento, utilizar diversas ferramentas para divulgar e vender seus produtos ou serviços online. Campanhas de publicidade na internet proporcionam resultados eficientes a curto, médio e longo prazo. Apesar da facilidade de uso, para uma empresa obter sucesso através do marketing an web é preciso planejar de forma eficiente seu posicionamento e as ações. A possibilidade de segmentação é uma das principais características e vantagens da publicidade online. Planejando adequadamente as estratégias a serem adotadas e implementando-as de forma segmentanda (focando o público que deseja atingir) os custos para conquistar clientes se tornam menores.

A internet evoluiu e passou a integrar a vida das pessoas. O mesmo ocorreu definitivamente para as empresas que hoje já não cogitam mais a possibilidade de não terem um site. Ou uma loja virtual. Estabelecer presença no meio eletrônico passou a ser imprescindível nos planos de marketing das empresas. Porém mais do que apenas ter um site, o marketing online veio revolucionar a forma de se fazer negócio e de aprimorar o relacionamento com clientes. Através da internet uma empresa expõe seus produtos/serviços e se comunica com seus clientes 24 hs por dia, os quais podem buscar informações ou produtos, comparar preços e fazer compras a qualquer hora do dia, sem a intervenção de um vendedor, sem a necessidade de uma estrutura física.

A internet está mudando o Marketing e também a forma de se fazer negócios.

* Ricardo Prates Morais é editor da emarket News e consultor da emarket, agência de marketing e publicidade online.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A importância da imagem marca em eleições majoritárias

A imagem política pode ser comparada aos rótulos que revestem os produtos, a imagem marca de uma pretensa identidade diferenciada que pode indicar tradição ou quebra dessa tradição e indicador do novo; confiabilidade; qualidade; competência administrativa, ou outros atributos que se mostrem necessários para aquele personagem de acordo com as pesquisas de opinião e da análise conjuntural dos problemas sociais em evidência. Seja qual for a estratégia, a composição da imagem torna-se um processo complexo, pois o modo de representação deve manter um certo grau de permanência e coerência.

Entende-se aqui, o conceito de imagem marca, no domínio da política de imagem, como um processo planejado intencionalmente na construção do perfil de um personagem posto a exposição na esfera pública com a finalidade de conquistar a adesão dos destinatários (eleitores), em meio à disputa de sentidos e ofertas simbólicas dos concorrentes. Para o marketing comercial, a marca e o produto devem ser indissociáveis, por isso o cuidado excessivo das equipes publicitárias dos políticos com o risco de contradição.

Uma vez estabelecida, a imagem marca de um “personagem” político, se faz necessário, uma re-alimentação desta a fim de garantir a continuidade desta marca, mas é preciso contar ainda com acontecimentos inesperados com o fator surpresa, o imponderável, que pode desestabilizar uma imagem marca.

Um fator que pode causar danos ao sucesso de uma imagem é o ato falho do próprio portador da imagem marca, que em seu discurso, por determinado motivo, através de palavras, comportamento ou gestos, pode comprometer a imagem criada. Outro fator é exatamente as mutações nos cenários de representação da política. Os temas agendados pela mídia podem neutralizar ou validar a imagem de um candidato. Existe ainda o fator relacionado às manobras dos opositores que atuam como contra faces das imagens marca.

É importante frisar que em casos de políticos que constroem carreira ao logo de anos no cenário político, a confirmação de uma imagem marca apresenta-se mais apta a enfrentar o imponderável, uma vez que as falas do político ficam registradas pela mídia e os cenários de representação modificam-se ocasionando o paradoxo entre a confirmação ao mesmo tempo da necessária transformação (para a adaptação a novos contextos) da imagem construída.

Assim sucedeu com a imagem marca do atual presidente, Luís Inácio Lula da Silva, detentor de uma imagem pública atuante no cenário político por mais de duas décadas, desde 1975 quando se elegeu presidente sindicalista, atuando a frente das reivindicações salariais dos metalúrgicos de ABC paulista, passando por 1989, quando pela primeira vez concorreu ao cargo de presidência da república até 2002 quando depois de quatro tentativas sucessivas, finalmente elegeu-se presidente da república.

Além dos ideais, que se modificaram no decorrer dos anos, os cenários de representação política em quais atuava a imagem de Lula, passaram por transformações cruciais que requeriam novas posturas por parte de Lula. É evidente que na década de setenta a “causa” era extremamente distinta do ideário de um candidato à presidência da república.Contudo, mesmo durante as quatro eleições, no período de 1989 a 2002, perceptíveis transformações demarcaram as candidaturas do petista.

Em 1989, por exemplo, Lula foi apresentado como o candidato dos trabalhadores, esquerdista, defensor de uma classe social específica, e representante de reformas e de projetos socialistas. Já em 2002, a proposta seguiu a tendência dos partidos políticos de aproximar-se do centro ideológico, mostrou se menos radical e apresentou-se como umcandidato de todas as classes, com um discurso direcionado ao crescimento econômico e defensor e assegurador da continuidade de propostas positivas implementadas pelo governo.

A imagem marca do discurso de Lula em 1989, estava centrada em ideais e propostas diferenciadas, já em 2002 essa imagem marca estava situada na pessoa do próprio candidato, na esperança que sua imagem suscitava nos eleitores. O slogan de campanha, “A esperança venceu o medo”, incutia o sentimento otimista da campanha e refletia o próprio amadurecimento do candidato e do PT.

Vale ressaltar que em 1998, por exemplo, na disputa pelo cargo com Fernando Henrique, as modificações efetuadas nas estratégias da campanha petista, repercutiram de maneira negativa para a imagem de seu candidato. No intento de demonstrar amadurecimento e novas propostas, as estratégias foram entendidas e disseminadas pela mídia como sinais de fragilidade, falta de identidade identidade de compromisso com seus princípios partidários. Ao utilizar, por exemplo, a cor branca com mais freqüência do que o vermelho nos comerciais veiculados no HGPE (Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral), ou as alterações na aparência visual de Lula suscitaram criticas da mídia e dos adversários.

Outro fator que merece atenção particular é o cenário de representação vigente, os enquadramentos dados pela mídia a determinados temas expostos ao debate público. As propostas e o discurso do candidato devem estar em sintonia e mesmo tempo dominar a cena de discussão pública.

Um exemplo de perfeita sintonia entre o discurso do candidato e o CRP dominante se deu em 1989 com a candidatura de Fernando Collor de Melo, sua imagem marca era a de defensor das camadas mais carentes da população e perseguidor da corrupção. Como “O caçador de Marajás”, Collor adentrou o imaginário de uma sociedade que sofria com as penalidades da corrupção, um povo que carecia de um herói que pudesse salvar o país. O cenário vigente na década de 80, também favoreceu a consagração da imagem marca de um líder moderno, jovem, empreendedor e herói.

Outro exemplo, do apelo a imagem marca foi à meteórica ascensão e queda da figura política de Roseana Sarney, pré-candidata às eleições presidenciais 2002. A governadora do Estado do Maranhão, filha do expresidente José Sarney, em poucos meses de campanha, ainda em 2001, virou a estrela da disputa presidencial chegando ao segundo lugar nas pesquisas eleitorais.

Sua presença nas eleições indicava a possibilidade de pela primeira vez na historia o país ser governado por uma mulher. Todo sentimento que uma presença feminina poderia despertar foi aos poucos suscitado nas aparições de Roseana. Como não poderia deixar de ser, ressaltada a história de sua vida pessoal se entrelaçava a de sua carreira política.

Como candidata pelo PFL, Roseana teve amplo espaço na mídia, de acordo com dados da revista Veja9, foram setenta inserções em rede nacional e 250 em redes regionais, mas em seus comerciais, a candidata não discursava nem criticava seus opositores, apenas aparecia como uma mulher dinâmica, jovem, bonita, sorridente. Faltava consistência em sua campanha, mas, sua rápida ascensão nas pesquisas mostrou a relevância da imagem pública.

A candidata foi nomeada pela mídia como “O fenômeno Roseana”, com aceitação em todas as camadas sociais e em diferentes regiões do país. O que não se revelou suficiente para sua permanência na disputa diante das acusações de corrupção e fraude envolvendo a empresa e o nome de seu marido Jorge Murad. Diante do escândalo, a rapidez na ascensão da imagem de Roseana, se repetiu na queda de sua candidatura. As eleições presidenciais de 2002 foram marcadas pela visibilidade pública, pelo amplo espaço, sobretudo na Televisão, aberto a disputa de sentidos e de imagens. A desastrosa experiência da candidata do PFL reflete a exacerbação e a intensa fluidez de imagens e marcas no campo da política.

4 Conclusão

O sucesso de um político, na sociedade contemporânea depende diretamente da visibilidade pública e repercussão positiva de sua imagem no cenário público. Na prática do marketing político, toda e qualquer mensagem precisa ser meticulosamente planejada, isso se estende também ao discurso desde as palavras utilizadas, como a tonalidade destas, a gesticulação e expressão facial do candidato.

A imagem marca constitui referência identitária na política numa sociedade marcada pela era da imagem e da publicidade e de uma prática política que se realiza nos padrões de comunicação configurados pela linguagem midiática.

Em períodos de disputas eleitorais, até mesmo a escolha dos candidatos é direcionada de acordo com fatores de caráter publicitário, além de capacidade administrativa, experiência política, os partidos tomam como referência também atributos pessoais, como o carisma e identificação popular na indicação de seus candidatos, da mesma forma que os eleitores fazem suas escolhas políticas.

5 Bibliografia

ALBUQUERQUE, Afonso de, & DIAS, Márcia Ribeiro. Propaganda Política
e a Construção da Imagem Partidária no Brasil: Considerações Preliminares, 2000 – www. cienciapolitica.org.br

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

“A complicada arte de ver”

Rubem Alves

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões… Agora, tudo o que vejo me causa espanto.”

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as “Odes Elementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à Cebola” e lhe disse: “Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ‘Rosa de água com escamas de cristal’. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta… Os poetas ensinam a ver”.

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: “Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra”. Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. “Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios”, escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada “satori”, a abertura do “terceiro olho”. Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: “Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram”.

Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, “seus olhos se abriram”. Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em “Operário em Construção”: “De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa – garrafa, prato, facão – era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção”.

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas – e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam… Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: “A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas”.

Por isso – porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver – eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar “olhos vagabundos”…

O texto acima foi extraído da seção “Sinapse”, jornal “Folha de S.Paulo”, versão on line, publicado em 26/10/2004.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Marketing Digital | Publicidade online vai passar jornais e empatar com TV até 2014

Em 2014, não haverá distância entre receitas publicitárias voltadas à internet e à televisão. As duas plataformas devem faturar mais de US$ 100 bilhões naquele ano, de acordo com pesquisa divulgada pela consultoria PricewaterhouseCoopes (PwC).

O relatório também traz outro dado importante. Até 2014, a publicidade em internet irá superar em muito o meio impresso. A web deve movimentar US$ 34,4 bilhões em anúncios, enquanto jornais e revistas ficarão com apenas US$ 22,3 bilhões. O estudo é parte do Global Entertainment & Media Outlook 2010-2014, produzido pela própria PwC. Os dados são organizados em quatro regiões: América do Norte, Europa-Oriente Médio-África, Ásia-Pacífico e América Latina.

América Latina é a região que apresentará crescimento mais acelerado nos próximos cinco anos. O mercado no continente deve crescer a taxas de 8,8% ao ano e alcançar a marca de US$ 77 bilhões em 2014. Enquanto isso, o crescimento médio no mundo será de 5% ao ano, segundo a PwC.

A chave para esse crescimento, aponta a consultoria, é mesmo a internet. Os gastos com acesso à rede (tanto móvel quanto cabeada) no mundo saltarão de US$ 228 bilhões em 2009 para US$ 351 bilhões em 2014. Já o mercado de videogames deve crescer de US$ 52,5 bilhões no ano passado para US$ 86,8 bilhões em 2014. O crescimento do segmento, de 10,6% ao ano, será o mais acentuado depois da publicidade na internet, segundo a PwC.

Fonte: Adnews

O que é Marketing Digital

O que é Marketing Digital


Diego Alves Jacob*

Uma das principais ferramentas para que um trabalho empresarial seja bem sucedido depende do marketing. Sabemos que sem um planejamento estratégico com ações altamente focadas em resultados, dificilmente alcançará vantagem competitiva para o sucesso.

Inserido em um mundo altamente digital as informações mudaram dos catálogos impressos ou dos jornais em papel para sites de e-commerce e blogs. A tecnologia a entrou em todas em nossas vidas/negócios sem pedir licença. Depois do e-business e dos cartões eletrônicos, chega o marketing digital.

Mas afinal, o que é Marketing Digital?

Para alguns autores:

``Marketing Digital é a prática de promoção de produtos e serviços utilizando banco de dados baseada em canais de distribuição para atingir os consumidores de forma atempada, relevante, pessoal e custo/benefício e campanhas que utilizam, Blogs, Tv Digital, Mobile Marketing, Bluetooth Marketing´´.



Simplificando é um conjunto de ações realizadas na internet que visam ampliar os negócios das empresas, fortalecer sua marca no mercado, conquistar e fidelizar clientes e gerar negócios através de um Site, Twitter, Facebook, Blogs e etc. Dessa forma as empresas implementam estratégias interativas de relacionamento com os usuários proporcionando uma maior afinidade e fidelização.



As diferentes ações de publicidade online usando de marketing digital permitem às empresas um relacionamento com seus clientes, pois a utilização de ferramentas de comunicação digital proporciona a divulgação de seus produtos/serviços de uma forma diferente, ou seja, de uma forma de aproximação dos usuários com a empresa e familiarização com os produtos/serviços.

O planejamento de marketing digital é o ponto de partida de tudo. A única forma viável de a empresa utilizar adequadamente a Internet é através dele. Pois a internet evoluiu e passou a integrar a vida das pessoas. O mesmo ocorreu definitivamente para as empresas que hoje já não cogitam mais a possibilidade de não terem um site ou uma loja virtual. Estabelecer presença no meio eletrônico passou a ser imprescindível nos planos de marketing das empresas, enfim no Marketing Digital.

Conclui-se que o boom da internet e seus inúmeros recursos mudaram a forma de se fazer marketing no mundo. Muitos dizem que isso facilitou o dia a dia do profissional de comunicação de fazer marketing, será?



* Diego Alves Jacob é professor acadêmico Mestrando em Desenvolvimento Regional (Marketing Digital)
e Especialista em Marketing e Recursos Humanos.

Mensagem de insônia

Mensagem de insônia



Porque a vida é repleta de altos e baixos?

Hoje estava rindo, dentre alguns segundos estou chorando?

Amanhã acordo em depre e depois estou pulando de alegria.

Dentre algumas horas faço comemoração de anos de namoro?

Dentre alguns segundos estou perdendo algo tão sonhado?

O ser humano é tão inflexível que dá medo de viver!

Será que isso é destino?

Ou será ensinamento do nosso Pai Maior?

Alguém tem explicação para isso?

ou mesmo remédio para essa tanta dor?



Diego Jacob