quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Meus 5 Maiores Aprendizados nos 5 Anos a Frente do Tinder no Brasil e na América Latina.


Andrea Iorio

Andrea Iorio

Chief Digital Officer (CDO) at L'Oréal | Speaker |Angel Investor (Zen, Filmr, Scorp) | F... See more
Foi no início de 2014 que a minha história com o Tinder começou.
No final de 2013, eu estava trabalhando como gerente comercial do Nordeste no Groupon e estava morando em Salvador, na Bahia (na foto abaixo, com minha equipe do Groupon em Salvador). Foi nessa época que a então diretora de Marketing do Grupo Match – maior grupo do mundo de sites e aplicativos de relacionamento – me contatou via Linkedin porque queria lançar uma oferta de descontos na assinatura do Parperfeito através do Groupon.
Umas semanas após a parceria, ela me ligou novamente: o convite era para cuidar do business development dos produtos do grupo aqui na América Latina. Dentre eles, tinha um aplicativo chamado ‘Tinder’. Eu já tinha ouvido falar. Eles tinham acabado de lançar nos Estados Unidos e praticamente não havia acontecido lançamento oficial no Brasil – havia pouquíssimos usuários do app. O carro chefe do grupo era o Parperfeito, e, para passar uma ideia de tamanho, o site evangélico do grupo - o Divino Amor - tinha mais usuários do Tinder.
Então, o meu desafio era de cuidar de desenvolvimento de negócios de todos os sites e aplicativos do Grupo, mas desenvolvi um olhar especial para o Tinder, pois o app já estava começando a fazer um tremendo sucesso lá fora.
Com isso em mente, fomos atrás de popularizar o aplicativo no Brasil. E, no começo, mal tinha verba, né?
O que dava para fazer era patrocinar uma choppada de medicina por mês (foto abaixo de um de nossos primeiros eventos) e olhe lá, rs. Como estratégia de marketing de guerrilha, eu e um estagiário saíamos de madrugada nas ruas do Rio de Janeiro para colar adesivos do Tinder em restaurantes e lugares estratégicos que o nosso público-alvo frequentava – e fizemos isso até uma noite em que o dono de algum restaurante começou a jogar ovos na gente, e aí acreditamos que talvez fosse melhor mudar de estratégia!
E então, veio a Copa do Mundo e tudo mudou de figura. Vimos que havia um potencial muito grande por causa da quantidade de usuários estrangeiros que já usavam o app e que viriam para o Brasil. E como imaginávamos, o aplicativo cresceu MUITO. O boca a boca dos gringos na Copa foi um fator decisivo para esta primeira onda de crescimento.
No começo de 2015, aconteceu um momento muito marcante para mim – do ponto de vista de desafio profissional e pessoal. Eu e mais outros dois executivos do Grupo Match fomos para Los Angeles, para o escritório-sede do Tinder (foto ao lado) para fazer uma apresentação que defendesse a estruturação de um time exclusivo para o Tinder Brasil, com o qual pudéssemos fazer uma gestão total do Tinder no País. Eu tive que desenhar um plano macro, com estratégia de crescimento do aplicativo nos anos seguintes e defender com unhas e dentes este investimento e seu retorno diante do CMO e o time dele nos EUA. Fico feliz porque muito das minhas projeções de fato aconteceram.
Confesso que eu não esperava que o Tinder fosse ser o aplicativo número 1 em faturamento no Brasil e no mundo. Também não esperei toda a visibilidade que o app ganhou e que, consequentemente, eu também tive. Lá no começo de 2014, eu acreditava que iria cuidar dos negócios dos vários sites e aplicativos do Grupo Match, mas olhar de forma especial para o Tinder proporcionou uma virada de chave na minha carreira. Eu consegui deixar uma marca na empresa e ela deixou a sua marca em mim.
Um dos resultados que mais acho incríveis é que quando patrocinamos o Rock in Rio 2017 (o nosso Tinder Studio, abaixo), o Tinder foi uma das cinco marcas mais lembradas no evento. Isso porque grandes marcas de empresas tinham investido muito mais verba e estavam junto conosco no TOP 5 de marcas que mais engajaram. Neste momento, eu vi o poder da marca Tinder e me senti muito realizado em estar à frente deste fenômeno.

Trabalhei muito com a imprensa, no Brasil e na America Latina. Por isso, outro momento que me marcou bastante também foi a minha entrevista ao Fantástico, para um especial do Dia dos Namorados em 2017. A entrevista com a Renata Ceribelli foi memorável! Também tive a chance de passar mais uma hora no show de radio da Martha Debayle, uma das 50 mulheres mais influentes do México pela Forbes. Uma inspiração.

Mas nem tudo são flores, né? Foram muitos desafios. O jogo de cintura para lidar com a falta de budget no início, as armadilhas de se ter muita exposição – pois ao estar à frente de um aplicativo como o Tinder, você tem que ser muito cuidadoso com o que você diz, com o conteúdo que você cria, em como você se posiciona e no que você faz.
De toda esta experiência, acredito que 5 aprendizados foram os mais marcantes no meu percurso como Head LatAm do Tinder:
  1. O quanto MENOS VISÍVEL for a "mão da marca" em suas campanhas de Marketing, MAIS EFETIVAS elas serão. Calma, deixe eu explicar melhor esse ponto. Pelo tempo todo que trabalhei no Tinder, ao conhecer novas pessoas e comentar que eu trabalhava no Tinder, essas pessoas costumavam rir e responder: “Tá bom, mas agora me diga o que você faz de verdade, pois eu nunca vi propaganda do Tinder!”. No começo eu ficava chateado porque achava que meu trabalho não estivesse tendo impacto - sendo que sabia bem de tudo o dinheiro que gastávamos em marketing, mas depois realizei que era exatamente o oposto: o conteúdo que criávamos era tão orgânico, divertido e verdadeiro que o investimento atrás era quase “invisível” e não se diferenciava muito do que era conteúdo espontâneo gerado por usuários, imprensa ou influenciadores. E sabemos que é esse tipo de conteúdo e marketing que mais gera vontade de experimentação e propensão a compra. Foi por isso que chamei o minha metodologia de Marketing no Tinder de “Marketing Invisível”.

  1. No seu funil de marketing, RETENCÃO de usuários vem antes de AQUISICÃO (e não o contrario). De nada adianta crescer se o produto não estiver pronto para reter, converter e fidelizar seus clientes: vejo com muita frequência start ups correndo para lançar um MVP meio boca e logo investir em crescimento para poder logo mostrar para potenciais investidores resultados de curto prazo. Isso é totalmente errado. Tradicionalmente, no mundo Mobile, e de forma geral no mundo de marketing online, o funil era dessa forma:
Mas ele deveria seguir esse fluxo:

Esse é o motivo pelo qual meu KPI principal era a quantidade de usuários ativos por mês, ou Monthly Active Users (MAUs) e ligava menos nos downloads que o app tinha todo dia. Você pode estar com a melhor estratégia de aquisição do mundo, mas se não tiver retenção - e, em seguida, conversão de usuários - de nada adianta: seus usuários entram de um lado, mas logo saem no outro. Isso é jogar dinheiro fora.

3. Transformação Digital não é um assunto de Tecnologia, mas sim de PESSOAS. Sucesso nos negócios vem a partir de times conectados profundamente com o PROPÓSITO da empresa.
Gosto e concordo muito com a Teoria do Circulo Dourado, de Simon Sinek, que diz que as pessoas não compram o que você faz, nem como você faz: elas compram o POR QUE você faz. Elas viram seu cliente se estão alinhados com o PROPÓSITO e os valores que você transmite. E sendo que a empresa é apenas uma entidade jurídica, quem verdadeiramente mostra esse alinhamento com o propósito é o time, e não uma frase bonitinha no Site da empresa.
Eu me alinhei muito com o propósito do Tinder, que é conectar pessoas que mesmo próximas uma da outra, não teriam a chance de se conhecer devido ao numero limitado de interações que o mundo "físico"nos permite. E falo a verdade, acredito muito nele. Até porque tive a chance de ver (ou ler) com meus próprios olhos, milhares de casos de sucesso que o Tinder trouxe.
O interessante é que caso de sucesso não é apenas namoro, ou casamento. Para mim, caso de sucesso é fazer amizade com novas pessoas em algum lugar onde você nunca foi, ou é o caso de alguém que aprendeu um novo idioma por colocar o próprio Tinder em algum lugar estrangeiro (com o Tinder Passport), e praticar um idioma por aí. Já ouvi histórias de reencontro de colegas de escola que se mudaram pra cidades diferentes, de pessoas que resgataram o cachorro perdido no bairro (subiram o perfil do cachorro, e logo acharam após ter dados match!) ou até, como foi o caso de uma mulher da Inglaterra, achou um doador de orgãos.
Sentia (e ainda sinto) uma genuina felicidade ao saber que alguém se conheceu pelo Tinder, ou em conhecer os filhos de casais que se conheceram pelo App, assim como profunda preocupação e tristeza quando ouvia de relatos de más experiencias na plataforma (naturalmente tinha esses casos). Qualquer uma dessas situações me motivava sempre a melhorar a experiencia para todos.
Só que uma persona conectada com o Propósito não é suficiente, mas é necessário que todas as equipes - e as agencias, fornecedores, parceiros, e stakeholders de uma forma geral - estejam. Esse foi o caso do Tinder, e fez com que o sucesso dele não estivesse ligado apenas as linhas de código, os algoritmos e nossa interface bonita - mas sim á nossa capacidade de verdadeiramente conectar pessoas.
Então, aprendi a priorizar o propósito como o fator que guia nossas decisões e desafios profissionais. Sempre colocar o propósito no começo – antes de tudo, mesmo de questões financeiras.

4. Ambientes dinâmicos e complexos fazem de AGILIDADE e CAPACIDADE DE EXECUÇÃO prioridades mais importantes que Planejamento e Ideação.
Eu reportava diretamente aos Estados Unidos, lidava com muitos stakeholders, trafegava em um ecossistema de agências muito grande, e tudo isso em um ambiente de crescimento MUITO rápido. Isso me proporcionou bastante flexibilidade, agilidade e jogo de cintura.
Olhando para trás e revendo algumas decisões, percebo alguns equívocos em campanhas e lançamentos de funcionalidades, por exemplo, como análise errada de métricas, alocação de verba em lugares errados etc. Mas, no final, eu não faria diferente. Porque são os erros que nos faziam evoluir. A gente sempre foi adepto do conceito “test and learn”. Então, preferíamos executar ao invés de ficarmos parados até termos 100% das informações para podermos dar os próximos passos. No final, só aprendemos com os erros.
Não é segredo que sou um grande admirador do Jeff Bezos, e ele costuma dizer que “você deve aprender a tomar decisões com 70% da informação necessária”. Pois as vezes o tempo necessário para chegar ao 100% de informação necessária vai te atrasar e prejudica a execução.
É importante dizer que é claro que planejamento é necessário, mas ao mesmo tempo esse cenário VUCA (Volátil, Incerto Complexo e Ambíguo) nos dificulta planejar a longo prazo, pois o cenário está em constante transformação. Temos então que ter a capacidade de reagir com rapidez a essas mudanças.
5. Produtividade não é "Fazer o mais possível" mas sim "Fazer o mínimo necessário". MINIMALISMO de fato é um elemento fundamental nos negócios.
Do meu ponto de vista, o conceito tradicional de produtividade, que é usar o mínimo de recursos para produzir o máximo possível, está falho. Essa definição foca demais em quantidade como prioridade, e também nos tira o foco da PRIORIZAÇÃO, pois atiramos um pouco por todos os lados.
Minha definição de produtividade é USAR O MÍNIMO DE RECURSOS PARA PRODUZIR O MÍNIMO NECESSÁRIO. Assim, focamos no que é importante: qualidade.
Às vezes, fazer o máximo possível simplesmente não é necessário até porque sabemos bem que pela lei de Pareto, 20% das causas (recursos) geram 80% dos efeitos. Essa forma falha de Produtividade pode sugar nossos recursos físicos e mentais. Temos que aplicar o MINIMALISMO.
Como já comentei, no Tinder começamos praticamente sem recursos. Tivemos que aplicar o minimalismo e aprender a crescer com grana. Também as equipes eram enxutas, e eu reportava diretamente para os Estados Unidos, onde tinha a chance de falar com meu gestor apenas 30 minutos por semana (de tão louca a rotina dele!): tinha que ser minimalista na comunicação. Para termos agilidade, sempre fui minimalista em reuniões: menos reuniões e mais alinhamento em bate-papos curtos/Slack/email.
Por exemplo, sempre tive mais sucesso em aprovar e executar projetos quando resumia a própria estratégia numa frase, do que em um Power Point de 50 slides. Até porque, os decisores nunca vão ler tudo aquilo.
O que eu fazia no Tinder pra aplicar meu conceito de produtividade é, primeiramente, priorizar o que realmente importa. Depois, coloco, para mim e para equipe, deadlines curtos de entregas para que, assim, se passe menos tempo numa mesma tarefa. Se temos pouco tempo, nossa mente fica mais atenta e a qualidade final tende a ser melhor (a lei de Parkinson diz justamente que o volume de trabalho é consequência do tempo que se tem à disposição).
Resumindo, o Tinder conseguiu essa agilidade graças a o "Scarcity Mindset"que sempre nos acompanhou. O lema que mais remete a essa necessidade é uma frase latina: "Si Minor Plus Est, Ergo Nihil Sunt Omnia". SE MENOS É MAIS, ENTÃO O NADA É TUDO.


Recentemente assumi um novo desafio na L'Oréal. Ainda sobre o Tinder, com o legado que deixei desejo que o aplicativo continue nessa trajetória de crescimento, líder de mercado. Espero também que um líder o leve de forma muito bem-sucedida para a sua segunda fase!
Para este novo desafio de Digital Chief Officer da divisão de produtos profissionais da L’Oréal, que assumi recentemente, vejo paralelos e diferenças.
O paralelo é que a experiência será tão ou mais desafiadora do que tocar o Tinder. Ao mesmo tempo, vejo uma evolução e um aprendizado muito grande, que é trazer a bagagem do Tinder (grande conhecimento do universo de startups e expertise técnica) e aplicá-la em uma grande empresa, com mais de 100 anos, e que esteja passando pelos desafios próprios de um mercado em transformação digital.
Na L’Oréal, meu objetivo é solidificar o mindset de digital first: meu objetivo é que a divisão de Produtos Profissionais abrace o crescimento exponencial, navegue fluidamente em um ambiente VUCA e impulsione a digitalização – integrando a vida real dos consumidores com a experiência digital, assim como no Tinder.
E, em 2019, com esta nova fase, eu espero evoluir como profissional e como pessoa, ainda mais nos aspectos de liderança. Quero me aproximar das pessoas – transformar o digital no real e ter oportunidade e a honra de poder deixar o meu marco na mente e no coração das pessoas. Com coragem e compaixão.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

12 palavras e expressões para riscar agora do seu currículo


por: Afonso Bazolli


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Por: Fernando Pivetti
Elaborar um currículo está longe de ser uma tarefa fácil. Em meio a tantas dúvidas, selecionar quais informações merecem mais ou menos destaque é o grande desafio de qualquer profissional.
Mesmo para aqueles que possuem uma grande experiência no mercado e uma carreira invejável, algumas palavras e expressões que são muito comuns em currículos podem diminuir as chances de uma contratação.
Pensando nisso, substituir palavras muito utilizadas, acrescentar fatos e dados concretos e buscar detalhes da carreira são alguns dos pontos positivos que os contratantes levam em consideração.
Com a ajuda de especialistas, Exame.com elaborou uma lista com algumas palavras e expressões que você deveria retirar, ou pelo menos substituir, do seu currículo para deixá-lo mais atraente. Confira.
Liderança
De acordo com o LinkedIn, “liderança” aparece como a palavra mais utilizada nos perfis dos usuários dessa plataforma. Mesmo sendo popular, a simples indicação dessa competência não acrescenta nada para o currículo.
Segundo o gerente de vendas da empresa de recrutamentos Michael Page, João Paulo Klüppel, o melhor a se fazer nesse caso é contar experiências já vividas em outros ambientes de trabalho que comprovem essa habilidade. “Sempre indicamos que não há necessidade de expor suas qualidades de maneira vaga, um bom currículo é aquele cujas competências aparecem ligadas às experiências”.
Pontual
A exemplo do termo liderança, colocar apenas a palavra “pontual” como uma qualidade não melhora seu histórico profissional. No mercado, espera-se que todo colaborador seja pontual e isso não o faz um melhor empregado.
Bom comunicador
Utilizar a expressão “bom comunicador” em um currículo pode não dizer muita coisa sobre a pessoa, já que qualquer característica de comportamento vai ser observada posteriormente em uma entrevista presencial.
Para a especialista em RH do site Vagas.com, Patrícia Sampaio, os adjetivos são dispensáveis no currículo. “O entrevistador vai chegar às conclusões sobre as qualidades do candidato sozinho. A dica nesse caso é sempre colocar algum exemplo prático que ajude a entender por que a pessoa se classifica dessa maneira”.
“Altamente qualificado”
No mesmo raciocínio sobre a expressão “bom comunicador”, ser “altamente qualificado” também diz pouco sobre o candidato. Para Klüppel, o profissional deve lembrar que o currículo é apenas um documento – de papel ou digital – e que não reflete competências. “Todas as características são competências que só são avaliadas ao vivo, e não no currículo”.
Ambicioso
O gerente de vendas da Michael Page afirma que é sempre bom evitar dar destaque a interesses pessoais e características de personalidade no currículo. Muitas vezes elas não ajudam a refletir o real profissional por trás disso.
Trabalho em equipe
A expressão “trabalho em equipe” também deve ser substituída por resultados atingidos em grupo, recomendam os especialistas. “Apenas dizer que trabalha bem em equipe é muito vago. O ideal é apostar em exemplos práticos de resultados alcançados em equipe em outras experiências”, completa Klüppel.
Inovador
Outro adjetivo desnecessário. A inovação é uma qualidade que o candidato dificilmente conseguirá destacar num currículo sem exemplos. Patrícia Sampaio ressalta que as seleções hoje em dia são direcionadas e que é a riqueza de detalhes concretos que faz a diferença na hora da escolha do melhor perfil.
Honesto
João Paulo Klüppel afirma que, nas empresas hoje, parte-se do pressuposto de que todos os seus colaboradores são honestos e éticos. “O mercado de trabalho tem esse tipo de valor enraizado. As organizações trazem isso dentro da sua cultura”. Colocar essa característica entre suas habilidades não vai diferenciar o profissional dos seus concorrentes.
“Meu objetivo é…”
O gerente de vendas da Michael Page afirma que a maneira como o candidato se descreve, tanto no objetivo como nas responsabilidades, pode ajudar a definir uma vaga. Para ele, o ideal é evitar o excesso de criatividade no currículo, com informações que não sejam pertinentes e expressões que não trazem informação alguma. “A questão ortográfica também é essencial. É sempre bom fazer uma revisão”.
Siglas
Em algumas carreiras, o uso de siglas e nomenclaturas próprias é muito comum. Porém, o profissional deve lembrar que muitas vezes a pessoa que lê os currículos pode não estar familiarizada com certas abreviações, o que pode prejudicar o entendimento. “O gestor de RH, por exemplo, dificilmente dominará expressões específicas de determinadas áreas. É importante colocar as informações por extenso antes de utilizar as siglas”, afirma Klüppel.
Responsável por
Objetividade ao detalhar as funções anteriores conta pontos positivos e expressões como “responsável por” podem tirar o enfoque do que interessa. “O mais importante aqui é a informação que vem depois, nesse caso é melhor optar por colocar direto a função”, diz Patrícia. Mantenha apenas informações verdadeiras sobre sua carreira, sem dados falsos ou que maquiam as suas reais atividades, recomenda a especialista do Vagas.com.
Para João Paulo Klüppel, é necessário atenção na hora de descrever responsabilidades em experiências anteriores. “Nossas funções nunca são iguais nos diferentes empregos. É importante destacar essas diferenças, evitar que as informações se repitam, para não empobrecer o currículo, e ajudar o recrutador a compreender a evolução profissional da pessoa”.
Pronomes pessoais como eu, meu, nosso
Currículos agrupam informações de uma mesma pessoa. O uso de pronomes pessoais é dispensável já que os dados falam de um mesmo profissional. “A forma mais direta sem pronomes pode tornar as informações mais claras, já que o currículo pressupõe contar a história da própria pessoa”, diz Patricia Sampaio.
Excesso de palavras
Um dos erros mais comuns é pecar pelo excesso de palavras ao descrever a trajetória. O hábito, muito comum entre os jovens em início de carreira, traz uma falsa sensação de ter mais experiências profissionais. “Um bom currículo é aquele que traz todas as passagens de forma sucinta ou aquele que destaca os pontos altos das últimas passagens do profissional”, afirma Klüppel.
O gerente de vendas da Michael Page afirma que, no caso dos mais jovens, os recrutadores não levam tanto em consideração a quantidade de experiências que ele possui, mas sim o potencial que carrega consigo. “É natural que o currículo de um jovem que está entrando no mercado seja completamente diferente daquele de uma pessoa experiente. A dica para suprir essa falta de dados é colocar algumas experiências da faculdade, algum curso e/ou trabalho voluntário relevantes para conseguir a vaga, sempre de forma sucinta”.

4 Livros para entender o comportamento do consumidor


De um jeito ou de outro, sabemos que boas estratégias de marketing e publicidade conversam de forma mais profunda com o comportamento do consumidor. Afinal de contas, ao entender como o cérebro responde aos diferentes estímulos sensoriais da comunicação é possível traçar planos mais eficazes para impactar o público.
Pensando nisso e sabendo que existe uma grande oferta de informações relacionadas ao tema, hoje eu destaco para você 4 livros que vão te ajudar a entender melhor como funcionam as bases que regem nosso comportamento, tomada de decisão, e como isso se relaciona com as ações de mercado as quais somos expostos.
1 – O poder do hábito
Este livro é um grande marco da área de psicologia empresarial e foi escrito pelo repórter de negócios do NY Times, graduado da Harvard Business School, Charles Duhigg. Publicado em 2012, o livro te apresenta aos grandes princípios da neurociência que se relacionam com a formação de um hábito. O autor traz como referências estudos de caso da área de marketing que ajudam a tornar o seu conteúdo fácil e prático. Nas palavras do próprio autor, “vendendo uma nova música, uma comida ou um berço, a lição é a mesma: se você vestir uma nova coisa em velhos hábitos, é mais fácil para o público aceitá-la”.

2- Posicionamento: A batalha por sua mente.
Dos autores americanos Al Ries e Jack Trout, a ideia desse livro nasceu na década de 70, quando os dois iniciaram uma série de artigos para a revista Advertising Age, apresentando ao público o termo “posicionamento”. Isso gerou uma rica discussão sobre o lugar que um produto ocupa na mente dos consumidores, inclusive em relação a produtos parecidos e concorrentes. O livro foi publicado em 1981 e explicou a teoria dos publicitários sobre o papel do marketing nos negócios, o lugar de um produto na imaginação popular e a mudança necessária para que os consumidores prefiram um produto ao outro. Essa leitura ajuda a entender como o marketing e a psicologia se encontraram formando as bases para o que chamamos hoje de Neuromarketing.

3 – Hooked: How to Build Habit-Forming Products
Escrito pelo autor israelense Nir Eyal, o livro foca na forma como determinados produtos caem em uso popular. Com exemplos práticos, como Twitter e Pinterest, o autor aborda questões em torno do marketing de conteúdo e da experiência do usuário, explorando os fatores que resultam em produtos bem-sucedidos. Como seu conteúdo se baseia na criação de hábitos, esta opção é uma boa acompanhante do livro “O poder do Hábito”, indicado acima. Foi publicado em 2014 e até o momento, não possui edição em português.

4 – Foco
Escrito pelo psicólogo e jornalista Daniel Goleman, este livro aborda de maneira exemplificada os processos atencionais que ocorrem de forma implícita. Assumindo que a atenção se tornou um recurso escasso, o autor discorre sobre a importância do foco para aumentar a produtividade. O livro fala sobre os tipos de atenção, elementos distratores, processos bottom-up e top-down, entre outros, e te ajuda a entender o funcionamento da atenção e sua aplicação no dia-a-dia, tanto pessoal quanto profissional.

Estas foram as dicas de hoje para você começar a entender os processos por trás do comportamento do consumidor de forma prática, com leituras que trazem exemplos para facilitar o aprendizado. Entendendo melhor como nosso cérebro e nossa percepção funcionam, fica mais fácil trabalhar em ideias promissoras! Caso você não tenha visto ainda, este post aqui reúne outros 8 ótimos livros sobre Neuromarketing! Já conhece algum desses? Conta para gente!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

PESQUISA SOBRE COMPRAS PELA INTERNET COMPROVA QUE AS EMPRESAS TÊM MUITO ESPAÇO PARA CRESCER EM 2019


Das 15 formas de compras testadas, 3 são as mais experimentadas: sites de lojistas, e-commerces e apps


Imagem. Carrinho de mercado com sacola, tv e outros produtos dentro. Ao lado um computador. Do carrinho saem outros objetos que vão até o computador como: celular, caminhão, cartão, telefone, etc.
e-mail marketing, como estratégia de vendas, apontou baixa perspectiva de crescimento,  embora continue em uso constante. Essa foi uma das constatações levantadas por consumidores de todo o Brasil que participaram de uma pesquisa sobre Formas de Comprar, realizada entre os dias 31 de outubro e 6 de novembro, com o intuito de conhecer os hábitos de compras do brasileiro.
A pesquisa foi realizada pelo Digitalks, em parceria com o Opinion Box, e apresentada durante a Conferência Performance, que aconteceu em novembro na cidade de São Paulo. Foram realizadas 2.106 entrevistas e a margem de erro da pesquisa é de 2,1 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Foram testadas 15 formas diferentes de comprar: clicando em anúncios em sites e portais de notícias, em anúncios do Facebook, em anúncios do Instagram, em popups em sites e portais, em um e-mail marketing, pelas páginas de pessoas ou empresas do Facebook, pelo aplicativo de marcas ou empresas, pelo Facebook Messenger, pelo perfil de pessoas ou empresas no Instagram e no Pinterest, pelo WhatsApp, pelos sites de e-commerce ou das marcas, pelos sites que reúnem vários lojistas, por mensagens privadas (inbox) em redes sociais e seguindo recomendações de sites de avaliação.
Foi identificado que, em média, cada pessoa já utilizou 3,5 formas das 15 opções testadas. 79% dos consumidores preferem comprar através de sites de vários lojistas, 59% optam pelos e-commerces das marcas e 47% utilizam os apps. Ou seja, as 3 formas mais experimentadas são consequência da inexperiência com as demais opções.
Vale destacar que o uso de todas as 15 formas foi mantido e aumentado nos últimos 12 meses e que para todas as opções a expectativa também é de continuidade e aumento na utilização.  Porém, com diferentes perspectivas. Notou-se, por exemplo, perspectiva baixa de compra através de clique em e-mail marketing, anúncios em sites e portais de notícias e através de perfis no Pinterest.
Média perspectiva de compra nos próximos 12 meses foi medida através de páginas no Facebook (pessoas e empresas), Facebook Messenger, popups em sites e portais, anúncios no Facebook e mensagens privadas em redes sociais.
Já como perspectiva média alta apareceram os perfis de pessoas e empresas no Instagram, recomendações de sites de avaliação, WhatsApp e anúncios no Instagram. Pelo aplicativo de marcas e empresas, sites de e-commerce e sites que reúnem vários lojistas são as formas identificadas com alta perspectiva de compra pelos consumidores.
Para as empresas, o principal desafio será acertar o momento de abordar o consumidor. A pesquisa revelou que 61% não gosta quando pesquisa algo e depois começam a aparecer anúncios em sites e nas redes sociais, enquanto 24% são indiferentes e 15% aprovam esse tipo de ação. Por outro lado, 51% aprova receber informações sobre o produto em vários locais (Google, sites etc) quando está em dúvida sobre a compra porque ajuda na tomada de decisão, 26% não se importam com isso e 23% não aprovam essa atitude.
“Em um ambiente cada vez mais conectado, as marcas precisam estar atentas às diferentes formas de comprar dos consumidores. Pelos resultados da pesquisa fica nítido que os consumidores ainda não experimentaram diversas formas, ficando principalmente nas formas mais tradicionais como sites do e-commerce, sites que reúnem diversos lojistas e apps das marcas. Porém há potencial de crescimento para o próximo ano em compras pelo Instagram (pelos perfis e clicando em anúncios), WhatsApp e por recomendações em sites de avaliação. Uma boa estratégia nessas frentes podem ser o diferencial para uma marca crescer mais que as concorrentes em 2019”, declara Felipe Schepers, COO do Opinion Box.

Fonte: digitalks.com.br