quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Oportunidade em Marketing, uma questão de visão

 

Postado por Bruno Mello - 07/08/2013
                     
Como o nome já diz, ponto de vista é algo bem peculiar. Cada um tem o seu. Cada um enxerga uma determinada situação conforme uma série de fatores, entre eles formação, experiências, capital cultural e um certo grau de senso critico. No Marketing, esta visão às vezes é distorcida porque entra em jogo um fator intrigante: o oportunismo. Sejamos mais diretos: em nome do lucro, vende-se uma oportunidade porque o comprador desta não tem capacidade de criar a sua própria.
Bom, você deve estar se perguntando por que diabos estou falando sobre isso. Vamos lá. Sexta-feira passada acompanhei um debate sobre a chamada segunda tela no InfoTrends 2013. Parênteses do bate papo antes do debate com Martha Gabriel, uma das debatedoras: o celular é a primeira tela, conforme já tem até livro. Fecha parênteses. Discutia-se que anunciar no Twitter, por exemplo, era uma ótima oportunidade para o anunciante porque o "telenauta" (ô nome horrível) estava com a sua atenção dividida entre a TV e o microblog.
Ora, questionou o coordenador do ESPM Midia Lab, Vinícius Pereira: será que eu como anunciante vou gostar de anunciar no intervalo da novela enquanto a audiência está olhando o Twitter? Daí surgiu a pérola de quem vende o monitoramento do Twitter dizendo que esta era uma grande oportunidade de Marketing porque ele estaria atingindo o seu target do mesmo jeito, mesmo que em outro canal.
Ou seja, você, anunciante, que já gasta os tubos com um comercial na Globo, também tem que investir mais um pouco no Twitter para atingir a mesma audiência. Pronto. Resolvida a questão? Lógico que não. De acordo com Vinícius Pereira, esta dispersão de telas é uma grande ameaça para as marcas porque a atenção das pessoas ditas multitarefas é e está cada vez mais superficial. Elas veem tudo, mas não captam nada. É a mais pura verdade.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Será mesmo que vender a presença da marca nestes meios dispersos somente com comercial tradicional é mesmo uma oportunidade de Marketing? Por isso cresce de uma maneira exponencial a publicidade disfarçada como conteúdo, utilizando a linguagem do entretenimento para poder fisgar a atenção das pessoas. Poucos bons, muitos ruins e raríssimos ótimos.
No fundo, é uma discussão de modelos. Enquanto tem profissionais que insistem em defender um mercado que por trás carrega o velho modelo de 30 segundos e suas bonificações por volume, há outros que sabem que este pode muito bem funcionar para o bolso dos publicitários, mas é extremamente nocivo para a saúde das marcas.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Pinguim do Ponto Frio: case vende R$ 20 mi pelo Twitter e Facebook

 

Mascote vendeu nada menos do que R$ 20 milhões em 2012 sem qualquer investimento em mídia, usando apenas os seus perfis sociais para divulgar as ofertas

Por Bruno Mello, do Mundo do Marketing | 05/08/2013

bruno@mundodomarketing.com.br


ponto frio,pinguim,vendas,redes sociais,facebook,twitterO caso de sucesso mais comentado recentemente sobre relacionamento nas redes sociais também é um campeão de vendas. O pinguim do Ponto Frio vendeu nada menos do que R$ 20 milhões em 2012 sem qualquer investimento em mídia, usando apenas os seus perfis no Twitter e no Facebook para divulgar as ofertas da rede de varejo. Divulgar, alias, não é a melhor palavra para exemplificar o que faz o personagem.
Ao invés de promover um grill dizendo que ele custa x reais ou está em promoção com tantos por cento de desconto, o Pinguim aproveita um assunto do momento para inserir a sua oferta de maneira diferenciada. Foi assim durante a eleição do Papa. Enquanto todos olhavam para a chaminé aguardando pela fumaça branca, a fumaça preta deu a dica para o personagem dizer que seus seguidores poderiam comprar o tal grill que não faz fumaça na cozinha.
O kit Carminha, durante a novela Avenida Brasil, também fez sucesso ao vender até rodos e capacetes. "Não é o produto pelo produto. Contextualizamos as ofertas dentro dos assuntos mais comentados pelas pessoas nas redes sociais", afirma Luís Guilherme, uma das quatro pessoas que respondem pelo Pinguim e foi apresentado como a alma por trás do personagem durante o Fórum de E-Commerce Brasil 2013.
Venda direta x conversa para entender o que as pessoas querem
Enquanto todas as marcas chamam seus clientes de seguidores, o Pinguim os trata como amigos, sem script para atendimento, sem burocracia, Informalmente e, em troca, ganha o carinho de milhões de pessoas que conversam com o personagem. "Somos pessoas falando com pessoas. Não temos frases prontas nem enviamos os problemas e os clientes para falarem com o SAC. Somos nós quem resolvemos os problemas", diz Guilherme.
Para isso, eles têm um treinamento igual ao atendimento do Ponto Frio, conhecem todos os produtos e têm acesso a todos os processos e setores da empresa para poder resolver os problemas, respondendo os clientes em até 10 minutos. Por vezes, recebem os amigos para almoçar ou tomar um café na sede da empresa. A conversa online, alias, gerou um recorde de mais de 150 mil perguntas respondidas somente no Twitter desde 2010.
O posicionamento do personagem foi uma construção que ganhou espaço dentro da companhia e contou com o apoio da diretoria, que não impõe nenhuma mensagem. Para o Pinguim, o foco são as pessoas. "Falamos de coração aberto para servir o cliente em qualquer dúvida que ele tenha. Ser o mais transparente possível é o mínimo", conta Guilherme.

domingo, 4 de agosto de 2013

Como Fazer com que Seu Chefe Preste Atenção em Você


Janeiro 20, 2012
Há um tempo publiquei o post “Como Fazer o Seu Chefe Concordar” , no qual comentava que, quando fazemos um pedido, sempre esperamos que nosso chefe concorde conosco, mas geralmente ele acaba dizendo “não”.
Nele eu destacava que o problema podia não estar naquilo que você solicitou, mas em como você pediu o que queria, e então encerrava o artigo oferecendo algumas dicas caso quisesse aumentar suas chances de obter um “sim” do seu chefe em suas futuras abordagens.
No entanto, ao reler o artigo recentemente, fiquei pensando que algumas pessoas não conseguem nem mesmo fazer com que o chefe as ouça,  quem diria então avaliar com profundidade uma solicitação…
Com isso em mente, quero destacar aqui os dez pontos mais importantes a ser considerados se desejar que seu chefe, ou a alta administração da sua empresa, preste atenção em você:
Assegure-se que o tema faz sentido para ele. Geralmente os funcionários pensam que tudo gira ao redor deles. Não é bem assim. Quando você quiser que alguém preste atenção, precisa apresentar o assunto destacando o que há de importante para o ouvinte. Suas idéias e feedbacks podem ser sensacionais, mas se não forem uma prioridade para a “autoridade” envolvida, não serão escutadas – e muito menos executadas. Você precisa entender que gestores têm uma longa lista de prioridades e uma outra maior ainda de responsabilidades. De certa forma, todo o resto acaba caindo num buraco negro.
Não enrole. A maior parte dos gerentes e executivos de nível senior não estão interessados em nuances e, cá entre nós, hoje em dia ninguém tem tempo para prestar atenção nisso. Portanto, seja direto. Entre, diga-lhes o que pensa, o que deviam fazer de forma diferente (ou melhor), responda qualquer dúvida levantada e saia. Ponto final.
Considere o “timing”. Funcionários geralmente agem como se tudo fosse caso de vida e morte. Às vezes as empresas têm coisas importantes em andamento, como questões financeiras, uma fusão ou uma aquisição, um lançamento estratégico de um novo produto ou serviço, etc. Seu chefe ou a alta administração pode estar absorvido e não deveria ser incomodado. Se você acha que este é o caso, aborde-o num melhor momento. Talvez você não tenha uma segunda chance, portanto estude a melhor ocasião.
Fique longe da politicagem. É uma desagradável realidade que a maioria dos executivos não admite para seus funcionários e alguns nem mesmo para si mesmos: nos negócios, tanto nas grandes quanto nas pequenas empresas, a politicagem pode ser um grande problema. O que quer que você faça, não procure culpados. Tente dar o melhor de si ao discutir um problema mas não provoque incêndios na casa dos outros. Dessa forma, você vai emergir como um melhor profissional.
Não intimide nem seja difícil. Talvez não acredite, mas tem um monte de funcionários bem mais intimidantes e difíceis de lidar do que os seus chefes. Se deseja que prestem atenção em você, não se irrite, não carregue nas emoções, não seja desagradável e muito menos inflexível. Só porque ele é o chefe não quer dizer que tenha uma paciência sem fim. Portanto, organize seus pensamentos, tente relaxar e seja você mesmo. E à propósito, expressar senso de humor e humildade não fará mal a ninguém.
Não perca o seu tempo com um chefe incompetente. Muitas vezes, os chefes simplesmente não são competentes o suficiente para compreender o quão importante é dedicar tempo para escutar o ponto de vista de um funcionário e compartilhar a visão dele com seus subordinados. Conceitos tais como comunicação, engajamento e motivação não têm apelo nessas pessoas que possivelmente alcançaram seus cargos através do Princípio de Peter. Se esse é o tipo de chefe para o qual você trabalha, não desperdice o seu fôlego.
Procure pensar grande. O que pode parecer óbvio ou importante para você pode não ser uma boa idéia um ou dois escalões acima. Quanto mais alto você for, mais importante é pensar grande. Assim, seja direto e talvez obtenha uma resposta sem rodeios. É totalmente possível que suas idéias ou preocupações sejam ingênuas ou sem sentido. Se esse for o caso, seu chefe pode achar que é mais fácil e simples sair pela tangente polidamente, dizendo: “Ok… excelente… obrigado pela dedicação” e aguardar que você saia. Não desanime. Acontece.
Assegure-se que está falando com a pessoa certa. Muitas vezes os funcionários reclamam para a pessoa errada. Acontece o tempo todo, e o muro das lamentações agradece. Antes de despejar sobre o seu chefe – ou aleatoriamente sobre qualquer outro gerente apenas porque ostenta uma palavra chave no título do cargo – se assegure que podem fazer algo sobre o que incomoda  você.  E lembre-se, a maior parte das descrições de cargos gerenciais não incluem “ouvir o João”, portanto não aja como se fosse um direito natural ou pode acabar piorando as coisas para você mesmo.
Se todo o time executivo é disfuncional, esqueça o assunto e parta para outra. É importante que você compreenda que a cultura corporativa é estabelecida de cima para baixo e, quando o time executivo opera de forma disfuncional, isso provoca curtos-circuito ao longo da organização. Se for esse o fato, será melhor investir no seu networking  para encontrar um melhor lugar para trabalhar em vez de desperdiçar seu tempo tentando aprimorar o que não pode ser aprimorado. Afinal, uma andorinha só não faz verão.
Mas é possível que, talvez, ele esteja prestando atenção.  Seu chefe pode ter enviado sua idéia ou feedback para a topo da pirâmide e, por qualquer que seja a razão, ela não repercutiu de forma adequada na alta administração. Talvez ultimamente não tenha circulado próximo à você para lhe contar isso, ou talvez não queira admitir a derrota (pois é um duro golpe para o ego dele), ou ainda pode ser que ele pense que este insucesso acabe lhe desmotivando. Quem sabe ele está prestando atenção mas não é ele quem tem poder de decisão? As hipóteses são variadas. Empresas tem regras que levam tempo para ser compreendidas. Tente ser paciente com a dinâmica corporativa.
Agora, se você está do outro lado da mesa e quer aprimorar a eficácia do seu time, sugiro que dê uma boa olhada nas 10 maneiras de ser um gerente mais consciente.
Para estas e outras habilidades corporativas, conte comigo.
Pablo
P.S. – Gostou? Para me seguir no Facebook, acesse https://www.facebook.com/coachingexecutivo

sábado, 3 de agosto de 2013

Terceira Idade nas Redes Sociais: Dicas de Social Media Marketing




Quando você ouve falar de redes sociais, qual o tipo de usuário que você idealiza? Jovem, antenado e ativo em várias plataformas, certo? Esse é o segmento mais comum nas várias redes sociais, mas não é o único. Na realidade, existe uma faixa etária que tem invadido gradualmente a internet: a chamada terceira idade.

De acordo com a pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em janeiro deste ano, cerca de 20% dos idosos brasileiros têm acesso à internet.

Segundo o mesmo estudo, o número de pessoas com mais de 50 anos conectadas à web  aumentou cerca de 222,3% entre 2005 e 2011, ou seja, num período de apenas 6 anos 5,6 milhões de idosos passaram a aceder à internet de forma regular.



Idosos na internet
Fonte: Veja



Também os hábitos online dessa faixa etária se modificaram. Hoje em dia, os idosos conectados não se contentam em ter apenas uma conta de email ou em passar alguns minutos pesquisando no Google. Eles estão muito mais ativos e seus principais destinos na internet são portais de notícias, bancos e sites de relacionamentos, que acessam a partir de seus laptops e celulares.

Mas é nas redes sociais que os usuários mais velhos estão investindo mais tempo online. Os resultados da pesquisa levada a cabo pela empresa All Assisted Living Homes revelam que, em 2010, 11% dos usuários do Facebook estavam acima dos 65 anos. E as razões que os levam a procurar as redes sociais não são muito diferentes das que movem as outras faixas etárias: eles querem manter o contato com amigos e familiares, fazer novas amizades, partilhar fotos, jogar jogos online e tirar partido de promoções e concursos exclusivos.




Apesar da relevância dos números apresentados, são poucas as empresas que fazem (bom) marketing nas redes sociais para esse segmento. As razões para se cadastrarem numa rede social podem ser semelhantes às das restantes faixas etárias, mas este não deixa de ser um grupo de pessoas com caraterísticas únicas, que vão muito para lá da idade.

Por essa razão, no planejamento da estratégia de marketing nas redes sociais da marca, existem alguns aspectos que você não pode esquecer:

  • Antes de mais, conheça o seu público alvo. A marca pretende chegar aos idosos ou aos seus filhos? Quem tem a decisão de compra sobre o produto pode não ser a mesma pessoa que o consome.

  • Para marcas que já estão presentes nas redes sociais, considere novos perfis para este segmento. Desta forma, você pode criar campanhas e conteúdos direccionados para seu público alvo, conseguindo maiores níveis de engajamento.

  • No processo de criação de conteúdo, tenha em consideração o recente estudo que indica que esta faixa etária dá mais importância às imagens e às histórias e tende a ignorar conteúdos promocionais.

  • Sites e aplicativos direcionados ao público mais velho devem facilitar a vida desses usuários e não o contrário! A tipografia e tamanho das letras devem ser maiores e as informações mais importantes devem estar mais acessíveis. Tanto os sites como os aplicativos devem ser intuitivos e devem ser acompanhados de um pequeno tutorial que ensine como usá-lo.



Aplique estas boas práticas o quanto antes. Para além dos idosos brasileiros possuírem capital próprio para adquirir seus produtos, eles têm muito interesse em usar novas tecnologias, tornando essa faixa etária uma oportunidade de negócio valiosa.

Sua empresa já está apostando nesse público? Conte-nos sua experiência nos comentários.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Ministério da Fazenda lança regras para promoções pelas redes sociais

 

De acordo com a portaria 422, as empresas deverão obter uma autorização para realizar concursos e promoções pela internet

Redação, Administradores,



O Ministério da Fazenda divulgou uma portaria a fim de regulamentar concursos e promoções na redes sociais. De acordo com a portaria 422, do Ministério da Fazenda, publicada no "Diário Oficial da União", as empresas deverão obter uma autorização para realizar concursos e promoções. Apenas concursos "exclusivamente culturais" não precisam da liberação.
O órgão aponta que para serem considerados "exclusivamente cultural", o concurso não pode estar vinculado a uma marca comercial, nem subordinado a modalidades de pagamento. As promoções culturais também não podem expor o participante a produtos, exigir preenchimento de cadastro e nem podem estar vinculadas a datas comemorativas
 "Antes da portaria, essa exigência já era feita, mas as regras da distribuição gratuita de prêmios não tinham de forma expressa a determinação para que as empresas de rede social requisitassem a autorização", afirmou o Ministério da Fazenda.

Para conseguir a autorização, as empresas devem encaminhar um ofício ou carta para a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, nos casos das instituições financeiras, e pela Caixa Econômica Federal nos demais casos.  Segundo o Ministério da Fazenda, a Caixa será responsável por fiscalizar as promoções para que não aconteçam irregularidades.
Esse plano de fiscalização observará, principalmente, se os prêmios foram devidamente entregues e se não houve manipulação do resultado. "A portaria é resultado de estudos realizados em conjunto com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) nos últimos meses para aprimoramento da legislação", afirmou o governo federal.

Correção: regra para concurso cultural em redes é endurecida

 

Em nota, a Secretária de Acompanhamento Econômico (Seae) afirmou que os concursos exclusivamente culturais estão liberados

Thiago Tanji,  
 
                                   
Mulher entra no facebook em laptop
                 
Motivação aconteceu por conta do desconhecimento: empresas realizavam promoções comerciais que deveriam ser autorizadas pela Caixa Econômica Federal utilizando o nome "concurso cultural"
São Paulo - O ministério da Fazenda endureceu, esta semana, as regras para realização de concursos culturais de empresas por meio das redes sociais. Com a mudança, não será mais permitido desenvolver ações que envolvam sorteios, entrega de brindes, produtos, serviços e citem marcas comerciais sem, antes, obter uma autorização da Caixa Econômica Federal.

Em nota, a Secretária de Acompanhamento Econômico (Seae) afirmou que os concursos exclusivamente culturais estão liberados, mesmo sem autorização da Caixa. No entendimento do órgão, isso significa que nenhuma marca pode ser citada durante a divulgação de determinadas ações.
De acordo com a advogada Isabela Guimarães Del Monde, sócia do escritório Patrícia Peck Pinheiro Advogados, a motivação para a alteração das regras aconteceu por conta do desconhecimento da lei: muitas empresas realizavam promoções comerciais que deveriam ser autorizadas pela Caixa Econômica Federal, mas utilizavam o nome "concurso cultural", que não precisam do consentimento do órgão federal.
A lei brasileira sempre permitiu que concursos culturais fossem realizados sem necessidade de autorização junto à Caixa ou à Seae, órgãos responsáveis pela emissão da autorização. Mas essa permissão legal acabou sendo utilizada de forma distorcida por muitas empresas", disse.
Na opinião de Luís Felipe Cota, diretor de marketing da agência Goomark, as mudanças serão responsáveis para dar fim à lógica de trocar o engajamento dos usuários nas redes sociais por premiações. "A mudança pegou muita gente de surpresa, muitas agências já estavam com as ações dos Dias dos Pais prontas para serem ativadas e agora vão ter que correr para se adequar a essas mudanças", afirmou.

A punição para o descumprimento das novas regras varia de uma multa de 100% em relação ao valor dos prêmios até a proibição de realizar novas ações desse tipo por um período de até dois anos.
A assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda divulgou um comunicado oficial da nova Portaria publicada. Confira abaixo a íntegra do texto:
"A Portaria n° 422, publicada pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), define de forma mais clara quais concursos culturais não necessitam de autorização prévia e reforça quais são os que precisam. Ficam fora da exigência aqueles classificados como exclusivamente culturais, ou seja, os que não têm nenhuma vinculação com marca comercial.
A portaria esclarece ainda que é necessário ter autorização prévia para realização de qualquer concurso ou promoção comercial por meio da internet, desde que não seja exclusivamente cultural. Antes da portaria, essa exigência já era feita, mas as regras da distribuição gratuita de prêmios não tinham de forma expressa a determinação para que as empresas de rede social requisitassem a autorização.
A autorização expressa é concedida pela Seae nos casos das instituições financeiras e pela Caixa Econômica Federal nos demais casos, como já era previsto na lei nº 5.768, de 1971. Os pedidos de autorização constam da Portaria do MF nº 41, de 2008. A princípio, o pedido deverá ser feito por ofício ou carta.

A fiscalização dos concursos é realizada pela Caixa, quando o concurso for por ela autorizado, ou pela Seae. A Seae e a Caixa dispõem de plano de fiscalização para verificação, por amostragem, das campanhas ou ainda por força de denúncia, caracterizada por indícios robustos de irregularidade.
Na fiscalização, observa-se principalmente se o prêmio prometido foi entregue ao vencedor, se não houve manipulação do resultado, se foram observadas todas as regras constantes do próprio regulamento da promoção (também chamado plano de operação), se os impostos foram efetivamente recolhidos, se não foi descumprido nenhum direito do consumidor participante, dentre outros aspectos.
A portaria é resultado de estudos realizados em conjunto com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) nos últimos meses para aprimoramento da legislação."

A matéria foi atualizada às 16h46 para incluir correções.

Como planejar a carreira em Marketing

 

Pensar no longo prazo, ter foco, autoconhecimento e saber trabalhar o seu personal branding são elementos importantes para atingir metas profissionais

Por Bruno Garcia, do Mundo do Marketing | 01/08/2013

bruno.garcia@mundodomarketing.com.br


personal branding,planejamento,carreira,foco,crescimento,sucessoConstruir uma carreira sólida e bem sucedida não depende apenas de esforço e aprimoramento de competências. Cada vez mais, é exigido dos profissionais uma boa dose de planejamento estratégico, autoconhecimento e foco para que as decisões tomadas façam sentido no médio e longo prazo, além de uma boa gestão da sua “marca pessoal”. A área de Marketing está aquecida, oferecendo boas oportunidades, mas a grande quantidade de caminhos possíveis aliada à ansiedade própria da nova geração pode levar o profissional a perder de vista seus verdadeiros objetivos e talvez não alcançar os resultados esperados.

A pressa em crescer na hierarquia da empresa e conquistar posições de grande destaque e visibilidade também podem induzir o profissional a “atropelar” etapas, prejudicando o seu aprendizado e aumentando os riscos quando tiver a chance de assumir responsabilidades maiores. Outro ponto é que com o digital e as redes sociais se integrando em praticamente todos os momentos do cotidiano, as fronteiras entre perfil profissional e pessoal tornam-se muito tênues, o que exige uma postura mais madura.

Muitos profissionais de Marketing ainda resistem à ideia de que aos olhos do empregador, são uma marca que precisa de posicionamento e comunicação bem definidas. A falha em gerenciar o que é postado nas redes sociais é um erro comum que pode custar uma oportunidade de trabalho ou promoção.  “O empregador sabe que existem hoje outros canais para buscar referências de uma pessoa. E infelizmente entre os mais jovens não existe uma preocupação com isso, pois eles não percebem esta diferença entre pessoal e profissional, como havia em outras gerações. É preciso estar atento e as empresas também devem se adaptar para enfrentar esta realidade”, avalia Daniela Ribeiro, Gerente Senior das Divisões de Engenharia, Marketing e Vendas da Robert Half, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Crescimento lateral e experiência internacional: diferenciais
Os profissionais podem encontrar oportunidades tanto nos departamentos de Marketing, quanto nos setores comerciais. A passagem pela área de vendas inclusive pode representar um diferencial na carreira, pois faz com que o profissional de Marketing tenha a visão de ambos os lados, o que tende a reduzir o tradicional atrito entre estes setores.

Para quem pretende assumir posições de liderança, também é importante ter uma visão global do Marketing e vivência em diversos setores, como coordenação de produto, inteligência de mercado, comunicação, pesquisa e desenvolvimento, marca, gerenciamento de categoria e planejamento. “Quanto mais rica for esta vivência, mais completo ele será. Os jovens querem subir na hierarquia no curto prazo e não percebem esta movimentação lateral como um crescimento, mas ela será valiosa no futuro, representando um diferencial competitivo”, diz Daniela Ribeiro.

Outro ponto favorável é possuir experiência internacional. Quem tem oportunidade de realizar um programa de estágio ou intercâmbio em outro país pode agregar muito valor ao seu currículo e conquistar oportunidades diferenciadas.  “O mercado brasileiro acaba se viciando em certas práticas que temos por aqui. Além disso, a fluência na língua estrangeira conta muitos pontos”, conta a Gerente Senior da Robert Half.

Busca por pós-graduação deve ser coerente
personal branding,planejamento,carreira,foco,crescimento,sucessoUma dificuldade na carreira em Marketing é o profissional se posicionar, comunicando com clareza seu perfil, experiência, pontos fortes e objetivos. Um currículo elaborado sem cuidados pode não transmitir os pontos fortes de um candidato. A construção criteriosa deste documento é parte importante da construção da marca pessoal. “Muitas vezes, o profissional tem a competência necessária, mas não consegue transmitir isso porque o seu currículo não possui um foco. Esse é um problema comum principalmente entre os mais jovens. Eles ainda não percebem o valor de se posicionar de maneira correta no mercado”, explica Fernanda Schroder, Coordenadora do IBMEC Carreiras, em entrevista ao portal.

A corrida por cursos de especialização, pós e MBAs também não garante diferencia se não houver coerência na escolha dos cursos com os objetivos da carreira. Muitos jovens saem da faculdade já buscando cursos, quando o ideal é ter vivência em diversas áreas até ter maior segurança sobre onde e como buscar a especialização. “A qualificação é importante para qualquer profissional. A questão é que ao fazer um MBA apenas pelo título e não pelo seu projeto de carreira, o risco dessa formação se perder no futuro é grande. Muitas pessoas cursam uma pós apenas buscando uma promoção. O nível de conhecimento gerado num curso como este é de extremo valor, mas isso precisa estar sempre alinhado a um projeto de carreira”, complementa Fernanda Schroder.

Mais uma vez, planejar a carreira no longo prazo é a melhor opção. O profissional deve fazer um esforço de autoconhecimento, identificando seus pontos fortes e fracos, e definindo bem aonde quer chegar. Assim tem condições de construir algo sólido e galgar posições melhores no futuro. “Há certa dificuldade em se planejar a médio e longo prazo. Mas independente da cultura brasileira, vejo uma ansiedade muito grande pelo crescimento hierárquico. É impressionante a quantidade de profissionais que dizem nas entrevistas que pretendem chegar ao cargo de CEO em cinco anos. A pressa em crescer gera esta busca por cursos. Só que o crescimento profissional é muito mais uma questão de atitude do que de títulos”, diz Daniela Ribeiro, da Robert Half.

Aplicando conceitos de branding na carreira
personal branding,planejamento,carreira,foco,crescimento,sucessoOs conceitos do branding também podem ser aplicados na construção de uma carreira no Marketing. Mais do que ninguém, este profissional deve saber construir sua marca e seu posicionamento. “O Marketing pessoal e o personal branding se tornam cada vez mais importantes. Isso deixou de ser promoção pessoal. Percebe-se claramente que sem um bom posicionamento, fica mais difícil evoluir na carreira. É preciso ter o comportamento adequado, postura e reputação. Não é uma questão de beleza ou não, mas sim da imagem que o profissional precisa transmitir”, explica Amália Sina, Diretora Executiva do Sina Studio, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Após uma carreira bem sucedida, tendo sido presidente da Walita, da Philip Morris, e VP da Philips para a América Latina, Amália criou a Sina Studio para dedicar-se a sua paixão, fotografia, mas também para auxiliar profissionais que precisam de orientação na construção das suas próprias marcas, realizando um trabalho de personal branding. “Além da carreira executiva, sou professora há 18 anos e em todo este tempo escuto a mesma pergunta: como fazer para chegar lá? A dificuldade se manifesta quando se procura um sócio para um negócio ou se está em uma entrevista de emprego, por exemplo. A maneira como o profissional se vende é o que impacta em primeiro lugar. Já dizia Oscar Wilde: só os tolos não julgam pela aparência. Com a web e as redes sociais, a imagem passa a ser ainda mais importante”, comenta a Diretora Executiva.

Em tempos onde todos permanecem conectados a maior parte do tempo, a construção da marca pessoal deve estar contemplada dentro do planejamento de carreira. Mas da mesma forma que para as organizações, imagem só não basta: o profissional deve trabalhar duro para desenvolver suas competências e capacidades. “O personal branding parte de construir forma e conteúdo. Muitas pessoas pensam que se trata apenas de forma. É a combinação destes dois elementos que fortalece uma marca. A imagem das pessoas tem muita influência sobre os negócios. Isso é muito forte e faz toda a diferença na construção de uma carreira”, diz Amália Sina, em entrevista ao portal.
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