domingo, 17 de fevereiro de 2013

Harlem Shake, Gangnam Style e as duas grandes filosofias da Administração (sim, você leu certo)


Sim, isso tem a ver com Administração

Em um texto recente, meu querido editor no Administradores, Simão Mairins, defende o ridículo, mesmo sem entender o porque do sucesso de algo como o Harlem Shake, entre tantas outras febres que volta e meia tomam a Internet. O Harlem Shake não é só genial, mas colocado ao lado do Gangnam Style, seu antecessor em sucesso na Internet, tem muito a nos ensinar sobre administração.
O Gangnam Style é um produto fantástico. Apesar de nós, ocidentais, nunca termos ouvido falar no artista, o cantor Psy já possuía uma carreira respeitável, inclusive com passagem como estudante por uma famosa escola de música nos EUA. Ao assistir ao vídeo, percebemos como tudo foi perfeitamente planejado e executado. Do cenário, passando pelos personagens, danças e expressões faciais, tudo é de uma clareza de execução de fazer inveja.
O Harlem Shake, por outro lado, é uma bagunça. A premissa básica é que nos primeiros momentos da música, um grupo de pessoas aparece “fazendo nada”, vivendo suas vidas sem mostrar muita emoção. Enquanto isso, apenas um indivíduo usando máscara ou um capacete faz uma dança repetitiva e ridícula. Na segunda parte da música, o caos aparece, com pessoas pulando e dançando como se o mundo fosse acabar amanhã.
Uma das versões do Harlem Shake:




Enquanto os cenários do Gangnam Style são meticulosamente planejados, o Harlem Shake é um quadro em branco: foi repetido em cidades famosas, faculdades, feito por equipes esportivas, empresas, famílias e até garotas de biquini. O Gangnam Style é o Top-Down (de cima para baixo). Harlem Shake não poderia ser mais Bottom-up (de baixo para cima).
Se quisermos seguir os livros textos, eu poderia dizer que Psy do Gangnam Style é um case da tradição de planejamento em Administração: escolha um objetivo, execute à perfeição, e os consumidores virão. Funciona? Levando em conta a fama que o cantor alcançou, com passagem até pelo carnaval brasileiro e direito a encontro com o secretário geral das Nações Unidas, é possível dizer que sim (afinal, até as ações da empresa do pai do cantor tiveram alta na bolsa depois da estreia da música).
Relembre o Gangnam Style:




Psy é Porter, Harlem Shake é de recursos. O Harlem Shake é o que alguns chamam de escola emergente: forneça um “quadro básico” de atuação e deixe as coisas acontecerem. Funciona? Apesar de nenhuma versão específica ter alcançado a popularidade do Gangnam Style, a diversidade de vídeos é um belo troféu. O cantor coreano pode ter passado de um bilhão de visualizações em seu clipe, mas enquanto escrevo isso, o Youtube recebe 4.000 (sim, quatro mil) versões da dança por dia.
O vídeo coreano é a obra prima, feita e planejada para o consumo. O Harlem Shake é democrático. Psy é a Apple com seus designs brilhantes e produtos prontos, Harlem Shake é o Google, com flexibilidade e participação. Gangnam Style é a empresa controladora e perfeccionista, Harlem Shake é a tentativa e erro, a terceirização e customização ao gosto do freguês. Você consome Gangnam Style, mas pode participar do Harlem Shake.
Nesse ponto, eu poderia dizer que um é melhor que outro, mas não estaria sendo honesto com você. Adoro as duas. Apesar de muitos autores preferirem uma ou outra abordagem, é inegável que as duas funcionam. Talvez não seja uma questão de “quem é melhor”, ou até tentar explicar o sucesso de uma ou outra. Cada uma cumpre o seu papel.
É possível aprender algo com tudo isso? Claro que sim! Apesar de volta e meia alguém me acusar de ser raso em minhas explicações usando super-heróis, zumbis e agora sucessos da Internet para chegar a um ponto, acredito que nada faz uma ideia se prender à mente como uma bela imagem associada a ela (admiro muito o autor, mas confesso que prefiro associar “estratégias emergentes” à imagem mental das garotas de biquini dançando o Harlem do que a uma foto do Henry Mintzberg).
Então, se você sabe aonde quer chegar e possui a visão de um produto ou serviço acabado, o melhor a fazer é executar como se sua vida dependesse disso, com atenção a cada detalhe, nos melhores moldes da área de planejamento.
Se você quer usar a criatividade das outras pessoas, deve dar a elas um quadro de referência. É preciso uma direção, e a atividade precisa trazer algum benefício direto aos participantes. Se estiverem dentro das regras que você definiu, todos os esforços são bem vindos, e os melhores irão se somando. De grupos de discussão a grandes plataformas colaborativas, a chave é deixar a evolução fazer sua mágica.
Por último, concordo com o Simão que um pouco de ridículo não faz mal a ninguém. Afinal, o dia que todos nos comportarmos da mesma forma e tivermos os mesmos comportamentos, como teremos ideias diferentes?

12 notícias de marketing que talvez você não tenha visto

Kit Kat, Burger King, Apple, Chanel e as marcas do país mais populares no Facebook estão entre os destaques da semana


BK Mix Kit Kat
BK Mix Kit Kat, novo sorvete do Burger King: no cardápio pelos próximos quatro meses
Queridinho. Depois do sorvete com Lollo, lançado no começo do verão, é a vez do queridinho Kit Kat entrar no cardápio de sobremesas da rede Burger King: o "BK Mix Kit Kat" estreia nos menus dos restaurantes no país a partir desta semana e pelos próximos quatro meses.
Escândalo. No mesmo dia em que a polícia sul-africana efetuou a prisão do atleta Oscar Pistorius, e subsequente acusação por assassinato, a Nike retirou do ar um anúncio ambíguo que usava a imagem do corredor ao lado da frase “Sou a bala no cano do revólver”.
Briga. A Apple fez o seu primeiro movimento na queda de braço com a Gradiente pela propriedade exclusiva da marca iPhone no Brasil. A estratégia escolhida foi utilizar um artigo da lei de propriedade industrial chamado “caducidade”, afirmando que a brasileira não lançou produtos no prazo máximo para manter os direitos exclusivos.
Mais populares. Em estudo mensal do Social Bakers sobre a audiência e participação das marcas nacionais no Facebook, o Guaraná Antarctica segurou o seu posto no primeiro lugar, assim como em dezembro, chegando a mais de 10 milhões de fãs. O ranking continua com Skol e Coca-Cola. Veja as 10 marcas brasileiras com mais fãs no Facebook em janeiro.
Censura. Um comercial para um perfume da grife Chanel foi considerado "muito sexy" e teve sua veiculação parcialmente proibida no Reino Unido. A agência reguladora local proibiu que a peça “Coco Mademoiselle”, com Keira Knightley, fosse veiculada nos intervalos de certos programas por ser “muito insinuante”.
Saia-justa. A cantora pop, garota propaganda da BlackBerry e, mais recentemente, contratada para ocupar o recém-criado cargo de diretora de criatividade da companhia canadense, Alicia Keys foi flagrada usando um iPhone.
Nariz grande. Aproveitando que o carnaval acabou, é uma boa hora para assistir ao comercial a seguir e refletir: Você é um mentiroso? A Monster – um site de empregos – sempre veicula ótimos filmes sobre trabalho desafiando o espectador a questionar sua situação atual.
Na passarela. O Carnaval carioca teve Rock in Rio na passarela do samba. E também desfile de agricultores, royalties do petróleo, telenovelas e cavalos mangalarga marchador. Este é, também, o ano em que 9 de 12 escolas do grupo especial desfilaram samba-enredos patrocinados, mais que o dobro do ano passado.
Inovação. Numa parceria da DM9Rio com o movimento #RioEuTeAmo, foram distribuídos "confetes que somem" durante o desfile do bloco “Me Beija Que Eu Sou Cineasta” no carnaval carioca. A iniciativa seguiu o conceito: "Carnaval passa, o seu amor pelo Rio fica" e foi sucesso entre os participantes do bloco.
Na mão. Para promover a adição do assistente pessoal Google Now nos smartphones Nexus, o Google mostra a importância de conseguir a informação de forma rápida na hora certa. “Live in the Now" mostra diferentes realidades em diversas partes do mundo, em que a intermet colabora de forma prática para a vida.
Faceboook Brasil. O que querem os usuários do Facebook? Por que algumas marcas conseguem melhores índices de engajamento do que outras? Estas, certamente, são perguntas que assombram a mente das empresas – e aguçam a curiosidade de todos. Leia relatório que traz algumas dessas respostas.
Criatividade. Tem alguns produtos – pasta de dente, sabonete e sabão em pó – que não costumam fugir muito do lugar-comum em seus comerciais. A Nívea, então, resolveu ir um pouco além e colocar pessoas comuns em situações de estresse real em um aeroporto da Alemanha, para poder apresentar sua linha de desodorantes.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

10 Ações de Marketing Incríveis do Carnaval 2013


Postado em 14 de fevereiro de 2013 por Rafael Ávila


Aproveitando que estamos na quinta-feira “de cinzas” e ainda tem muita gente no clima de carnaval, vou aproveitar para reeditar o post que eu fiz nessa mesma época do ano passado e mostrar o que as marcas fizeram de melhor em relação ao marketing “carnavalesco”. Vamos ver as ações?

Skol




Galo gigante feito só com latinhas da Skol

Skol 2




Essas ações de camarotes são mais do que manjadas para as cervejas, mas é sempre bom ver uma boa decoração

Brahma




Mais uma ação de camarote? É, mas esse tem um detalhe especial né Megan?! =]

LG




Pra você não perguntar se eu só ia colocar marcas de cerveja, vamos a outras ações. Nessa aqui, a LG chama a atenção com acrobacias e cores

Kibon




Quem não curte um sorvetinho nesse calor?! Pena que é só para quem está nos camarotes (das cervejas)…

Club Social




Indo um pouco mais para um outro tipo de ação, tivemos diversas embalagens estilizadas para o carnaval

Teachers




Pitú




Bic




Pepsi




E ai, qual você gostou mais? Viu alguma outra ação que te chamou a atenção? É só me falar aqui pelos comentários!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

As Motivações Para se Tornar um Microempreendedor [Infográfico]



Postado em 29 de janeiro de 2013 por Camilla Slotfeldt

Seguindo o papo sobre Microempreendedorismo que falamos ontem no post do Daniel e tambem sobre empregos que deveriam desaparecer na semana passada, fizemos um infográfico para ilustrar algumas motivações de pessoas que decidem se tornar microempreendedores. Porque alguém larga um emprego e passa a ter segurança quase nenhuma vendendo serviços no Fiverr, por exemplo?
Para quem não conhece o Fiverr, ele é uma rede de microtarefas, onde pessoas oferecem serviços simples com valores a partir de 5 dólares. Eles realizaram uma pesquisa com seus usuários para entender as motivações por trás das pessoas que usam o serviço. O resultado é bem interessante! E dessa vez o infográfico vem em forma de quadrinho :)
Não esqueça que se você gostar do infográfico e quiser postar no seu blog ou site, pode usar o código HTML no fim do post!


Sete Erros De Comunicação

 



ERRO Nº 1. FAZER ANÚNCIOS CONTROVERSOS SEM PREPARAR O TERRENO ANTES
Não é novidade. Qualquer decisão minimamente polêmica pode disparar o gatilho dos rumores, da ansiedade e da resistência em uma empresa. Afinal, reorganizações, mudanças de metas e a partida de funcionários-chave geram incerteza e incerteza, por sua vez, gera ansiedade Mas já existe uma solução simples para isso: em vez de anunciar uma decisão controversa a um grupo inteiro, prepare as pessoas
uma por uma.

O segredo está em descobrir quem será contrário à decisão e por quê. Portanto, inicie um diálogo com cada interlocutor. Comece por tocar no problema diretamente: “Essa reorganização significa que vamos fazer algumas coisas de modo diferente e é por isso que algumas pessoas andam apreensivas”. Aí aborde as preocupações que o interlocutor levantar em resposta. Se ele se mostrar incerto sobre o futuro, por exemplo, fale de quais são os desdobramentos esperados. Se achar que determinado projeto sairá prejudicado, divida com ele os planos para manter tal projeto vivo. Lembre, o tempo todo, que a linguagem corporal fala mais alto às emoções do que sua voz. Certifique-se de que seu corpo emite verdadeira preocupação e empatia.

ERRO Nº 2: MENTIR
Está certo. Algumas mentiras ou verdades parciais fazem sentido no mundo corporativo, até porque certos tópicos precisam mesmo permanecer confidenciais enquanto em discussão. Mas tome muito cuidado com a maneira como você guarda seus segredos. Se as pessoas acharem que mentiu, perderão a confiança em você para sempre. Exatamente como aconteceu com o controller de uma empresa start-up, que viu seu diretor financeiro mentir para membros de outros departamentos e começou a duvidar da sinceridade desse executivo em todas as ocasiões, até que foi procurar emprego em outras vizinhanças, em busca de um chefe em quem pudesse confiar. Esse foi um caso exemplar de custo da mentira equivalente a um colaborador valioso que se perdeu.

Em vez de mentir, treine-se para responder vagamente toda vez que lhe indagarem sobre assuntos confidenciais ou sensíveis. Algo como “Não estou livre para comentar” ou “Ainda não posso dar uma resposta completa para isso”. Coerência é muito importante. Mire-se no megainvestidor Warren Buffett. Como ele nunca discute seus investimentos, nem mesmo com os acionistas de seus fundos, seu silêncio não significa absolutamente nada, porque ser um túmulo é quase sua marca registrada.

ERRO Nº 3: IGNORAR A REALIDADE DO PODER
Surpreso de nunca ouvir as más notícias até que seja tarde demais? Não deveria. Quanto mais poder você tiver, menos vão informá-lo dos problemas. Essa redoma de vidro em torno dos chefes é da natureza humana: os problemas são filtrados e suavizados para quem ascende na hierarquia corporativa, com cada mensageiro amaciando a pancada a sua maneira. Portanto, se quiser uma análise realista dos problemas, busque as más notícias. Seja receptivo a elas. Deixe claro aos mensageiros que quer ouvi-las.

Do mesmo modo que perdem volume quando sobem a escada hierárquica, as mensagens “ruins” são amplificadas sempre que a descem. Se você, como líder, mostrar uma “cara feia” durante uma apresentação, por exemplo, todo mundo “saberá” que você a odiou –ou, pior, que odiou o apresentador.
Ninguém vai pensar em responsabilizar o sanduíche de pastrami que você engoliu rápido demais antes da reunião, por exemplo, quando é ele o verdadeiro culpado. Por isso, contenha-se, nas piadas inclusive, pois estas são especialmente perigosas.

Para acabar com boatarias, utilize uma linguagem simples e direta. Nada melhor que encerrar as reuniões repassando sua reações e as medidas seguintes com os colegas. E diga coisas como “Eu valorizo sua análise, Cris, a tendência de vendas é perturbadora de fato. Vamos fazer um follow-up na
quarta-feira”.

ERRO Nº 4. SUBESTIMAR A INTELIGÊNCIA DA PLATEIA
Pular os assuntos por achar que as pessoas não vão entendê-los é sempre uma tentação no ambiente corporativo. Afinal, por que se dar ao trabalho de explicar uma reorganização quando você pode dizer simplesmente “este é o novo organograma”? Mas isso é um tiro n’água. Colaboradores da linha de
frente podem não ser mestres em design organizacional, mas merecem saber as razões por trás das mudanças que afetam sua vida. Se você acha que as pessoas não conseguirão acompanhar alguma coisa, lembre-se de que é seu dever explicá-la a elas.

Muitos gestores gostam de dourar a pílula dos problemas quando querem motivar suas equipes. Esquecem que, se as coisas não vão bem, as pessoas certamente já sabem disso. E que, talvez, já o saibam há mais tempo que o chefe até. Em vez de evitar uma situação complicada, então, faça com seu time uma lista das habilidades de cada membro para encontrar soluções.

ERRO Nº 5: CONFUNDIR PROCESSO COM RESULTADO
Você prometeu a sua equipe um aumento de 7%, mas a direção da empresa, preocupada com a tendência de queda nas vendas, só conferiu 3%. Você lutou como um leão para elevar esse teto e conseguiu chegar aos 4%. Mas seu pessoal não valorizou isso, pelo contrário; mostrou-se até ressentido. E você também se ressentiu da insensibilidade deles em relação a sua briga.

Conhece essa história? É recorrente nas empresas. E acontece com tamanha frequência porque é fácil confundir processo com resultado na hora de estabelecer metas, de remunerar e de avaliar. No caso relatado, seu trabalho duro como chefe foi um processo, mas você prometeu à equipe um resultado e é isso que eles lhe cobrarão. Assim como a maioria das empresas penaliza os funcionários pelo resultado errado mesmo quando estes seguem o processo correto –e valoriza os que atingiram o resultado certo com o processo errado.

ERRO Nº 6. USAR FORMAS DE COMUNICAÇÃO INADEQUADAS
O e-mail é uma grande ferramenta para troca de informações, mas não o utilize em questões emocionais; é muito fácil a mensagem perder o rumo. Sempre lide com situações delicadas pessoalmente ou por telefone.

Telefonemas e reuniões pessoais são ineficientes como meio para disseminar informações, mas ótimos para discutir assuntos com nuances. Você pode reagir imediatamente à reação de seu ouvinte e usar o tom de voz e as expressões faciais para controlar sua mensagem. Se você escrever sinceramente “Tenho certeza de que você fez um grande trabalho”, isso pode ser interpretado até como um comentário sarcástico em um e-mail, mas, com o tom de voz correto, atingirá seu objetivo.

Um aprendizado particularmente importante é saber se seus interlocutores são mais ouvintes ou mais leitores. (Algumas pessoas são uma combinação das duas coisas.) Não deixe de lhes perguntar sobre isso e utilize a informação a seu favor. Falar para um leitor ou escrever para um ouvinte pode ser outro tiro n’água.

ERRO Nº 7: IGNORAR ATOS DE OMISSÃO
O que você não diz pode ecoar tão ou mais alto que o dito. Se um líder não elogia ninguém, por exemplo, seus subordinados podem tomar isso como falta de apreciação. Se não explica as razões por trás de suas decisões, podem achar que não confia neles. E se não conta aonde a companhia quer chegar, eles não saberão o que fazer para ajudar a completar o percurso.

O presidente de uma empresa de ensino a distância parou de transmitir sua visão aos funcionários quando lançou ações no mercado para levantar fundos. Como dinheiro era o que o preocupava, ele falava o tempo todo de resultados financeiros. Resultado: a empresa ficou focada no vil metal e a
visão se perdeu. Mas, quando esse mesmo presidente voltou a mostrar sua visão em uma palestra, uma funcionária declarou nunca ter se sentido tão inspirada na vida.

Por sua própria natureza, erros de omissão são difíceis de perceber. Portanto, reveja seus principais objetivos e a comunicação necessária para alcançálos, e se pergunte se não é seu silêncio que está enviando a mensagem.





Stever Robbins é presidente da VentureCoach.com, empresa de treinamento empresarial sediada em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos. Ele escreveu este artigo originalmente para a Harvard Management Update.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Caso Mesbla e Nintendo: miopia de Marketing


 

O artigo Miopia em Marketing de Theodore Levitt apresenta uma visão da década de 60 mas que pode ser aplicada aos dias de hoje. Esse artigo aborda o caso de duas empresas que passaram pelas mudanças do mercado e que se aplicam em alguns exemplos citados por Theodore no artigo

Ian Paulo,



Ciclo Auto-Ilusório
Mesbla S.A era uma rede nacional de lojas de departamentos. Foi fundada em 1912, como filial brasileira da Etablissements Mestre & Blatgé francesa, vendendo peças e acessórios para os automóveis que, na época, começavam a circular nas ruas do Rio de Janeiro. Com o tempo passou a vender ferramentas. Em 1924 se expandiu por todo território nacional e em 1952 abriu sua primeira loja de departamentos no centro do Rio de Janeiro.
Nos anos 80 a Mesbla se tornou uma das maiores empresas do país, ocupando o primeiro lugar entre as "Maiores e Melhores" da revista Exame, e detinha a liderança do comércio varejista não-alimentar do país.
Os anos seguintes foram de muito crescimento e lucro. Quando a empresa completou 70 anos de existência, possuia 33 lojas de departamentos em todo o país e ainda vinha sendo preparada para se tornar um grande conglomerado na área de varejo. Alguns setores foram encerrados e restaram 80 lojas distintas para os negócios com automóveis, motocicletas e magazines. Nos anos 80, as seções de móveis e eletrodomésticos de grande porte se encerraram e um período de crescimento nasceu. Foram inauguradas mais 17 lojas, as exportações quadruplicaram, a empresa comprou 20% do capital Makro Atacadista Ltda, e a maior loja de náutica com 5 mil metros quadrados foi inaugurada na Barra.
A Mesbla investia no valor de suas marcas: Mr.& Mrs. Baby, Folia, Bazooka, Daniel Hechter, Tucano e Alternativa e foi líder do mercado de varejo por três décadas consecutivas, devido a sua variedade de produtos que abrangia inúmeras categorias.
Em 1990, a Mesbla teve prejuízos de US$ 23 milhões, o primeiro de sua história. Para reverter o resultado demitiu 10 mil funcionários. Em agosto de 91obteve lucro de US$ 1,5 milhão e fechou mais algumas lojas (Next, Folia, revenda de autopeças e duas de departamentos). Ela passou de primeiro lugar para o terceiro lugar entre as maiores empresas de varejo no país e passou a enfrentar uma concorrência mais forte.
No artigo Miopia de Marketing de Theodore Levitt há um parágrafo retratando a dificuldade das empresas de enxergarem em que ramo elas estão investindo, sendo engolidas por seus concorrentes e novas tendências por não enxergarem o que acontece a tempo.
A Mesbla abrangia diversas categorias e não tinha uma orientação de mercado bem definida. A empresa vendia qualquer mercadoria para todo tipo de público. Além disso, sua preocupação com a qualidade diminuiu. Suas más escolhas em compras junto com fornecedores fez com que ela importasse câmeras fotográficas de má qualidade, e quando interrompeu a importação a empresa não tinha como prestar assistência técnica aos produtos que haviam sido vendidos.
O artigo de Theodore Levitt ainda afirma, logo no início, que a falha está na cúpula. A Mesbla possuía um número alto de diretores, isso impossibilitava uma melhor organização administrativa e uma rápida tomada de decisões. A lentidão para tomar alguma medida fez a empresa cometer inúmeros erros administrativos e o ramo de varejo necessita de respostas rápidas.
A Mesbla se encaixa no ciclo auto-ilusório, a sua incapacidade de enxergar o mercado a longo prazo fez com que a empresa acreditasse que não haveria nenhum outro concorrente que pudesse ameaça-la e até mesmo a substitui-la. Mas um novo consumidor havia surgido e esse exigia um atendimento mais especializado, que seria encontrado em lojas menores instaladas em shopings. Além dos shopings, surgiram novos competidores como as redes de varejo de eletrodomésticos como Casas Bahia e Ponto Frio.
Ainda, acreditou que seu sistema de atingir todos os públicos com grandes lojas com diversos produtos seria o melhor e o necessário para os seus clientes, que sempre haveria mercado para esse tipo de loja e que não haveria espaço para a concorrência. A Mesbla supervalorizou seus produtos, esquecendo do cliente, e manteve uma fé exagerada na sua produção de massa
Ameaça de Obsolescência
Para a época, a Mesbla não poderia entrar em falência já que ficou na liderança das maiores empresas de varejo no país. O modelo de atingir todos os públicos foi substituído. Tornou-se obsoleta. Shopings, hipermercados e lojas de eletromóveis e eletrodomésticos tomaram o seu lugar.
Destruição Criativa

A Nintendo Company, é uma empresa centenária criada por Fusajiro Yamauchi, iniciou suas atividades no Japão em 23 de setembro de 1889. A Nintendo fabricava baralhos artesanais de um tipo de baralho japonês chamado de Hanafuda. Em 1950, a empresa fez uma parceria com a Disney para que as novas cartas de baralho viessem estampadas com alguns de seus personagens, e o baralho passou a ser vendido em tabacarias de Osaka e Kyoto.
As vendas foram um sucesso e no primeiro ano, a Nintendo vendeu mais de 600 mil baralhos. Na década de 60, o presidente da Nintendo investiu em outros segmentos paralelamente: uma emissora de TV, uma empresa alimentícia que produzia arroz instantâneo e até uma rede de motéis e de taxis.
Após as olimpíadas de Tóquio, o mercado mudou e as vendas de baralho começaram a diminuir e a empresa quase foi a falência. A Nintendo começou a perder mercado para os fabricantes de jogos eletrônicos como Bandai e Atari. Para não falir, a Nintendo passou por uma destruição criativa e adotou uma nova medida para acompanhar o mercado, se adequar a nova tecnologia que surgia e se adequar aos desejos dos clientes. Ela não seria mais a empresa fabricante de cartas de baralho, ela ofereceria entretenimento. Ela parou de fabricar as cartas de Hanafuda, entrou no mercado de pequenos aparelhos eletrônicos para não ser "esmagada" pela concorrência e criou seu primeiro produto, um aparelho de jogo eletrônico que possuía tela de cristal líquido, chamado de Game & Watch.
Com esse pequeno aparelho, a Nintendo iniciava na era digital, que se prolongou nas décadas de 70 e 80, através da fabricação de fliperamas. Mesmo com tantos esforços e tendo adotado essa nova iniciativa, os fliperamas não tiveram sucesso nos Estados Unidos.
Um designer da empresa, Shigero Miyamoto, que não entendia de tecnologia para mudar a interface dos fliperamas, criou um novo jogo mais simples. No jogo, um marceneiro chamado Jumpmansalvava sua namorada de um gorila. E assim, em 1981 surgia no mercado o game Donkey Kong. O jogo foi um sucesso e revelou um personagem que se tornou a marca da empresa, Mario Bros.
Após outros jogos bem sucedidos, a empresa resolveu investir em consoles (microcomputador que executa videogames) e foi criado o NES(Nintendo Entertainment System), que ficou caracterizado por reerguer a indústria de videogames que estava estagnada nos anos 80.
Com o sucesso, a Nintendo consagrou-se como líder mundial e top of mind na mente de uma geração. Não se usava o termo console para se referir a um videogame, mas qualquer tipo de aparelho de videogame era referido como um Nintendo.
Atualmente a Nintendo Company possui 70% do mercado de videogames, com um faturamento anual de 228 milhões de dólares (18 bilhões de Ienes) somente no Japão.

Especialista ensina a negociar salário antes da contratação

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por: Angelica Balthasar
 
Veja como aumentar as chances de conseguir a remuneração que você considera justa
Faz tempo que você anda de olho em um novo emprego e agora a empresa dos seus sonhos também demonstrou interesse em tê-lo na equipe. Só falta vocês sentarem para discutir – e acertar – o salário. O problema é que você já sondou por aí que a remuneração oferecida pela companhia é inferior às suas pretensões. Será que tem como tentar uma negociação sem parecer presunçoso demais ou queimar o filme com quem está do outro lado da mesa?
Na opinião de Roberto Picino, diretor da Page Personnel, isso é perfeitamente possível porque não há nada de vergonhoso buscar um salário que seja mais condizente com suas necessidades e expectativas. “Ninguém trabalha só por vocação, mas também para pagar as contas. Então, se você não negociar, ninguém fará isso por você.
O melhor momento para isso, segundo ele, é justamente antes de ingressar na empresa, quando o candidato deve ponderar tudo o que está envolvido: o projeto, o aprendizado, a carreira, a expectativa de crescimento, os benefícios e, claro, a própria remuneração.
Para aumentar as chances de a negociação ser a seu favor, é necessário se preparar adequadamente, reunindo informações que possam embasar sua reivindicação por um salário maior. “É preciso, por exemplo, saber quanto o mercado está pagando pelo cargo pretendido e defender bem suas qualificações e competências para que o outro consiga enxergar o seu valor.” Mas atenção: não é de bom tom iniciar a negociação profissional pela remuneração. “Não precisa ser o último assunto da conversa, mas também não deve ser o primeiro”, sugere Picino.
Limites reais – Mas, supondo que o impasse seja apenas salarial, até quanto é possível negociar? Picino afirma que não existe uma regra de mercado ou um percentual mágico, porque isso depende muito da fase em que o profissional se encontra. “No início da carreira, por exemplo, dá até para pular de 1 mil reais para 2 mil reais. Mas quem ganha 15 mil reais dificilmente vai conseguir esse salto de 100% em uma negociação.” De qualquer forma, ele diz que na mudança de uma empresa para outra, desempenhando a mesma função, é comum conseguir entre 20% e 25% de aumento salarial.
Ainda que um aumento de 50% ou mais possa parecer algo fora da realidade do mercado – e realmente é –, essa negociação pode acontecer em algumas situações bem específicas, como no caso de um profissional acumular tarefas pela extinção de algum cargo dentro da empresa ou ter colaborado de forma direta nos resultados da companhia.
Para Edson Freire Junior, coordenador de RH da Éricon, empresa de soluções para higiene, isso tende a ocorrer especialmente em empresas de menor porte, onde não há uma política de cargos e salários em uso e os aumentos não são concedidos em porcentagem. “Em empresas maiores e melhores estruturadas, com RH ativo e plano de cargos e salários bem definido, há um engessamento da prática de aumentos salariais, pois há a necessidade de seguir a regra básica existente para aumentos e promoções, resultando em aumentos mais baixos, porém mais frequentes.”
Daí a recomendação de que, ao entrar em uma organização, o profissional deva deixar claro ao seu superior direto e ao RH quais são suas aspirações, dentro do departamento e da empresa como um todo. “Dessa forma, mais à frente, quando chegar a hora de pedir um aumento, o profissional deve elencar os resultados obtidos nesse período e expor, de forma sutil, sua eficiência e eficácia nas rotinas da empresa.” Se o pedido for negado, o colaborador deve, então, fazer uma análise de sua atuação e traçar um plano de ação para sanar os motivos expostos pela empresa em sua resposta negativa. “Feito isso, e certo de ter conseguido bons resultados, o profissional pode, então, tentar uma nova negociação.”