quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Sete Erros De Comunicação

 



ERRO Nº 1. FAZER ANÚNCIOS CONTROVERSOS SEM PREPARAR O TERRENO ANTES
Não é novidade. Qualquer decisão minimamente polêmica pode disparar o gatilho dos rumores, da ansiedade e da resistência em uma empresa. Afinal, reorganizações, mudanças de metas e a partida de funcionários-chave geram incerteza e incerteza, por sua vez, gera ansiedade Mas já existe uma solução simples para isso: em vez de anunciar uma decisão controversa a um grupo inteiro, prepare as pessoas
uma por uma.

O segredo está em descobrir quem será contrário à decisão e por quê. Portanto, inicie um diálogo com cada interlocutor. Comece por tocar no problema diretamente: “Essa reorganização significa que vamos fazer algumas coisas de modo diferente e é por isso que algumas pessoas andam apreensivas”. Aí aborde as preocupações que o interlocutor levantar em resposta. Se ele se mostrar incerto sobre o futuro, por exemplo, fale de quais são os desdobramentos esperados. Se achar que determinado projeto sairá prejudicado, divida com ele os planos para manter tal projeto vivo. Lembre, o tempo todo, que a linguagem corporal fala mais alto às emoções do que sua voz. Certifique-se de que seu corpo emite verdadeira preocupação e empatia.

ERRO Nº 2: MENTIR
Está certo. Algumas mentiras ou verdades parciais fazem sentido no mundo corporativo, até porque certos tópicos precisam mesmo permanecer confidenciais enquanto em discussão. Mas tome muito cuidado com a maneira como você guarda seus segredos. Se as pessoas acharem que mentiu, perderão a confiança em você para sempre. Exatamente como aconteceu com o controller de uma empresa start-up, que viu seu diretor financeiro mentir para membros de outros departamentos e começou a duvidar da sinceridade desse executivo em todas as ocasiões, até que foi procurar emprego em outras vizinhanças, em busca de um chefe em quem pudesse confiar. Esse foi um caso exemplar de custo da mentira equivalente a um colaborador valioso que se perdeu.

Em vez de mentir, treine-se para responder vagamente toda vez que lhe indagarem sobre assuntos confidenciais ou sensíveis. Algo como “Não estou livre para comentar” ou “Ainda não posso dar uma resposta completa para isso”. Coerência é muito importante. Mire-se no megainvestidor Warren Buffett. Como ele nunca discute seus investimentos, nem mesmo com os acionistas de seus fundos, seu silêncio não significa absolutamente nada, porque ser um túmulo é quase sua marca registrada.

ERRO Nº 3: IGNORAR A REALIDADE DO PODER
Surpreso de nunca ouvir as más notícias até que seja tarde demais? Não deveria. Quanto mais poder você tiver, menos vão informá-lo dos problemas. Essa redoma de vidro em torno dos chefes é da natureza humana: os problemas são filtrados e suavizados para quem ascende na hierarquia corporativa, com cada mensageiro amaciando a pancada a sua maneira. Portanto, se quiser uma análise realista dos problemas, busque as más notícias. Seja receptivo a elas. Deixe claro aos mensageiros que quer ouvi-las.

Do mesmo modo que perdem volume quando sobem a escada hierárquica, as mensagens “ruins” são amplificadas sempre que a descem. Se você, como líder, mostrar uma “cara feia” durante uma apresentação, por exemplo, todo mundo “saberá” que você a odiou –ou, pior, que odiou o apresentador.
Ninguém vai pensar em responsabilizar o sanduíche de pastrami que você engoliu rápido demais antes da reunião, por exemplo, quando é ele o verdadeiro culpado. Por isso, contenha-se, nas piadas inclusive, pois estas são especialmente perigosas.

Para acabar com boatarias, utilize uma linguagem simples e direta. Nada melhor que encerrar as reuniões repassando sua reações e as medidas seguintes com os colegas. E diga coisas como “Eu valorizo sua análise, Cris, a tendência de vendas é perturbadora de fato. Vamos fazer um follow-up na
quarta-feira”.

ERRO Nº 4. SUBESTIMAR A INTELIGÊNCIA DA PLATEIA
Pular os assuntos por achar que as pessoas não vão entendê-los é sempre uma tentação no ambiente corporativo. Afinal, por que se dar ao trabalho de explicar uma reorganização quando você pode dizer simplesmente “este é o novo organograma”? Mas isso é um tiro n’água. Colaboradores da linha de
frente podem não ser mestres em design organizacional, mas merecem saber as razões por trás das mudanças que afetam sua vida. Se você acha que as pessoas não conseguirão acompanhar alguma coisa, lembre-se de que é seu dever explicá-la a elas.

Muitos gestores gostam de dourar a pílula dos problemas quando querem motivar suas equipes. Esquecem que, se as coisas não vão bem, as pessoas certamente já sabem disso. E que, talvez, já o saibam há mais tempo que o chefe até. Em vez de evitar uma situação complicada, então, faça com seu time uma lista das habilidades de cada membro para encontrar soluções.

ERRO Nº 5: CONFUNDIR PROCESSO COM RESULTADO
Você prometeu a sua equipe um aumento de 7%, mas a direção da empresa, preocupada com a tendência de queda nas vendas, só conferiu 3%. Você lutou como um leão para elevar esse teto e conseguiu chegar aos 4%. Mas seu pessoal não valorizou isso, pelo contrário; mostrou-se até ressentido. E você também se ressentiu da insensibilidade deles em relação a sua briga.

Conhece essa história? É recorrente nas empresas. E acontece com tamanha frequência porque é fácil confundir processo com resultado na hora de estabelecer metas, de remunerar e de avaliar. No caso relatado, seu trabalho duro como chefe foi um processo, mas você prometeu à equipe um resultado e é isso que eles lhe cobrarão. Assim como a maioria das empresas penaliza os funcionários pelo resultado errado mesmo quando estes seguem o processo correto –e valoriza os que atingiram o resultado certo com o processo errado.

ERRO Nº 6. USAR FORMAS DE COMUNICAÇÃO INADEQUADAS
O e-mail é uma grande ferramenta para troca de informações, mas não o utilize em questões emocionais; é muito fácil a mensagem perder o rumo. Sempre lide com situações delicadas pessoalmente ou por telefone.

Telefonemas e reuniões pessoais são ineficientes como meio para disseminar informações, mas ótimos para discutir assuntos com nuances. Você pode reagir imediatamente à reação de seu ouvinte e usar o tom de voz e as expressões faciais para controlar sua mensagem. Se você escrever sinceramente “Tenho certeza de que você fez um grande trabalho”, isso pode ser interpretado até como um comentário sarcástico em um e-mail, mas, com o tom de voz correto, atingirá seu objetivo.

Um aprendizado particularmente importante é saber se seus interlocutores são mais ouvintes ou mais leitores. (Algumas pessoas são uma combinação das duas coisas.) Não deixe de lhes perguntar sobre isso e utilize a informação a seu favor. Falar para um leitor ou escrever para um ouvinte pode ser outro tiro n’água.

ERRO Nº 7: IGNORAR ATOS DE OMISSÃO
O que você não diz pode ecoar tão ou mais alto que o dito. Se um líder não elogia ninguém, por exemplo, seus subordinados podem tomar isso como falta de apreciação. Se não explica as razões por trás de suas decisões, podem achar que não confia neles. E se não conta aonde a companhia quer chegar, eles não saberão o que fazer para ajudar a completar o percurso.

O presidente de uma empresa de ensino a distância parou de transmitir sua visão aos funcionários quando lançou ações no mercado para levantar fundos. Como dinheiro era o que o preocupava, ele falava o tempo todo de resultados financeiros. Resultado: a empresa ficou focada no vil metal e a
visão se perdeu. Mas, quando esse mesmo presidente voltou a mostrar sua visão em uma palestra, uma funcionária declarou nunca ter se sentido tão inspirada na vida.

Por sua própria natureza, erros de omissão são difíceis de perceber. Portanto, reveja seus principais objetivos e a comunicação necessária para alcançálos, e se pergunte se não é seu silêncio que está enviando a mensagem.





Stever Robbins é presidente da VentureCoach.com, empresa de treinamento empresarial sediada em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos. Ele escreveu este artigo originalmente para a Harvard Management Update.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Caso Mesbla e Nintendo: miopia de Marketing


 

O artigo Miopia em Marketing de Theodore Levitt apresenta uma visão da década de 60 mas que pode ser aplicada aos dias de hoje. Esse artigo aborda o caso de duas empresas que passaram pelas mudanças do mercado e que se aplicam em alguns exemplos citados por Theodore no artigo

Ian Paulo,



Ciclo Auto-Ilusório
Mesbla S.A era uma rede nacional de lojas de departamentos. Foi fundada em 1912, como filial brasileira da Etablissements Mestre & Blatgé francesa, vendendo peças e acessórios para os automóveis que, na época, começavam a circular nas ruas do Rio de Janeiro. Com o tempo passou a vender ferramentas. Em 1924 se expandiu por todo território nacional e em 1952 abriu sua primeira loja de departamentos no centro do Rio de Janeiro.
Nos anos 80 a Mesbla se tornou uma das maiores empresas do país, ocupando o primeiro lugar entre as "Maiores e Melhores" da revista Exame, e detinha a liderança do comércio varejista não-alimentar do país.
Os anos seguintes foram de muito crescimento e lucro. Quando a empresa completou 70 anos de existência, possuia 33 lojas de departamentos em todo o país e ainda vinha sendo preparada para se tornar um grande conglomerado na área de varejo. Alguns setores foram encerrados e restaram 80 lojas distintas para os negócios com automóveis, motocicletas e magazines. Nos anos 80, as seções de móveis e eletrodomésticos de grande porte se encerraram e um período de crescimento nasceu. Foram inauguradas mais 17 lojas, as exportações quadruplicaram, a empresa comprou 20% do capital Makro Atacadista Ltda, e a maior loja de náutica com 5 mil metros quadrados foi inaugurada na Barra.
A Mesbla investia no valor de suas marcas: Mr.& Mrs. Baby, Folia, Bazooka, Daniel Hechter, Tucano e Alternativa e foi líder do mercado de varejo por três décadas consecutivas, devido a sua variedade de produtos que abrangia inúmeras categorias.
Em 1990, a Mesbla teve prejuízos de US$ 23 milhões, o primeiro de sua história. Para reverter o resultado demitiu 10 mil funcionários. Em agosto de 91obteve lucro de US$ 1,5 milhão e fechou mais algumas lojas (Next, Folia, revenda de autopeças e duas de departamentos). Ela passou de primeiro lugar para o terceiro lugar entre as maiores empresas de varejo no país e passou a enfrentar uma concorrência mais forte.
No artigo Miopia de Marketing de Theodore Levitt há um parágrafo retratando a dificuldade das empresas de enxergarem em que ramo elas estão investindo, sendo engolidas por seus concorrentes e novas tendências por não enxergarem o que acontece a tempo.
A Mesbla abrangia diversas categorias e não tinha uma orientação de mercado bem definida. A empresa vendia qualquer mercadoria para todo tipo de público. Além disso, sua preocupação com a qualidade diminuiu. Suas más escolhas em compras junto com fornecedores fez com que ela importasse câmeras fotográficas de má qualidade, e quando interrompeu a importação a empresa não tinha como prestar assistência técnica aos produtos que haviam sido vendidos.
O artigo de Theodore Levitt ainda afirma, logo no início, que a falha está na cúpula. A Mesbla possuía um número alto de diretores, isso impossibilitava uma melhor organização administrativa e uma rápida tomada de decisões. A lentidão para tomar alguma medida fez a empresa cometer inúmeros erros administrativos e o ramo de varejo necessita de respostas rápidas.
A Mesbla se encaixa no ciclo auto-ilusório, a sua incapacidade de enxergar o mercado a longo prazo fez com que a empresa acreditasse que não haveria nenhum outro concorrente que pudesse ameaça-la e até mesmo a substitui-la. Mas um novo consumidor havia surgido e esse exigia um atendimento mais especializado, que seria encontrado em lojas menores instaladas em shopings. Além dos shopings, surgiram novos competidores como as redes de varejo de eletrodomésticos como Casas Bahia e Ponto Frio.
Ainda, acreditou que seu sistema de atingir todos os públicos com grandes lojas com diversos produtos seria o melhor e o necessário para os seus clientes, que sempre haveria mercado para esse tipo de loja e que não haveria espaço para a concorrência. A Mesbla supervalorizou seus produtos, esquecendo do cliente, e manteve uma fé exagerada na sua produção de massa
Ameaça de Obsolescência
Para a época, a Mesbla não poderia entrar em falência já que ficou na liderança das maiores empresas de varejo no país. O modelo de atingir todos os públicos foi substituído. Tornou-se obsoleta. Shopings, hipermercados e lojas de eletromóveis e eletrodomésticos tomaram o seu lugar.
Destruição Criativa

A Nintendo Company, é uma empresa centenária criada por Fusajiro Yamauchi, iniciou suas atividades no Japão em 23 de setembro de 1889. A Nintendo fabricava baralhos artesanais de um tipo de baralho japonês chamado de Hanafuda. Em 1950, a empresa fez uma parceria com a Disney para que as novas cartas de baralho viessem estampadas com alguns de seus personagens, e o baralho passou a ser vendido em tabacarias de Osaka e Kyoto.
As vendas foram um sucesso e no primeiro ano, a Nintendo vendeu mais de 600 mil baralhos. Na década de 60, o presidente da Nintendo investiu em outros segmentos paralelamente: uma emissora de TV, uma empresa alimentícia que produzia arroz instantâneo e até uma rede de motéis e de taxis.
Após as olimpíadas de Tóquio, o mercado mudou e as vendas de baralho começaram a diminuir e a empresa quase foi a falência. A Nintendo começou a perder mercado para os fabricantes de jogos eletrônicos como Bandai e Atari. Para não falir, a Nintendo passou por uma destruição criativa e adotou uma nova medida para acompanhar o mercado, se adequar a nova tecnologia que surgia e se adequar aos desejos dos clientes. Ela não seria mais a empresa fabricante de cartas de baralho, ela ofereceria entretenimento. Ela parou de fabricar as cartas de Hanafuda, entrou no mercado de pequenos aparelhos eletrônicos para não ser "esmagada" pela concorrência e criou seu primeiro produto, um aparelho de jogo eletrônico que possuía tela de cristal líquido, chamado de Game & Watch.
Com esse pequeno aparelho, a Nintendo iniciava na era digital, que se prolongou nas décadas de 70 e 80, através da fabricação de fliperamas. Mesmo com tantos esforços e tendo adotado essa nova iniciativa, os fliperamas não tiveram sucesso nos Estados Unidos.
Um designer da empresa, Shigero Miyamoto, que não entendia de tecnologia para mudar a interface dos fliperamas, criou um novo jogo mais simples. No jogo, um marceneiro chamado Jumpmansalvava sua namorada de um gorila. E assim, em 1981 surgia no mercado o game Donkey Kong. O jogo foi um sucesso e revelou um personagem que se tornou a marca da empresa, Mario Bros.
Após outros jogos bem sucedidos, a empresa resolveu investir em consoles (microcomputador que executa videogames) e foi criado o NES(Nintendo Entertainment System), que ficou caracterizado por reerguer a indústria de videogames que estava estagnada nos anos 80.
Com o sucesso, a Nintendo consagrou-se como líder mundial e top of mind na mente de uma geração. Não se usava o termo console para se referir a um videogame, mas qualquer tipo de aparelho de videogame era referido como um Nintendo.
Atualmente a Nintendo Company possui 70% do mercado de videogames, com um faturamento anual de 228 milhões de dólares (18 bilhões de Ienes) somente no Japão.

Especialista ensina a negociar salário antes da contratação

Especialista-ensina-a-negociar-salario-antes-da-contratacao-televendas-cobranca
 
por: Angelica Balthasar
 
Veja como aumentar as chances de conseguir a remuneração que você considera justa
Faz tempo que você anda de olho em um novo emprego e agora a empresa dos seus sonhos também demonstrou interesse em tê-lo na equipe. Só falta vocês sentarem para discutir – e acertar – o salário. O problema é que você já sondou por aí que a remuneração oferecida pela companhia é inferior às suas pretensões. Será que tem como tentar uma negociação sem parecer presunçoso demais ou queimar o filme com quem está do outro lado da mesa?
Na opinião de Roberto Picino, diretor da Page Personnel, isso é perfeitamente possível porque não há nada de vergonhoso buscar um salário que seja mais condizente com suas necessidades e expectativas. “Ninguém trabalha só por vocação, mas também para pagar as contas. Então, se você não negociar, ninguém fará isso por você.
O melhor momento para isso, segundo ele, é justamente antes de ingressar na empresa, quando o candidato deve ponderar tudo o que está envolvido: o projeto, o aprendizado, a carreira, a expectativa de crescimento, os benefícios e, claro, a própria remuneração.
Para aumentar as chances de a negociação ser a seu favor, é necessário se preparar adequadamente, reunindo informações que possam embasar sua reivindicação por um salário maior. “É preciso, por exemplo, saber quanto o mercado está pagando pelo cargo pretendido e defender bem suas qualificações e competências para que o outro consiga enxergar o seu valor.” Mas atenção: não é de bom tom iniciar a negociação profissional pela remuneração. “Não precisa ser o último assunto da conversa, mas também não deve ser o primeiro”, sugere Picino.
Limites reais – Mas, supondo que o impasse seja apenas salarial, até quanto é possível negociar? Picino afirma que não existe uma regra de mercado ou um percentual mágico, porque isso depende muito da fase em que o profissional se encontra. “No início da carreira, por exemplo, dá até para pular de 1 mil reais para 2 mil reais. Mas quem ganha 15 mil reais dificilmente vai conseguir esse salto de 100% em uma negociação.” De qualquer forma, ele diz que na mudança de uma empresa para outra, desempenhando a mesma função, é comum conseguir entre 20% e 25% de aumento salarial.
Ainda que um aumento de 50% ou mais possa parecer algo fora da realidade do mercado – e realmente é –, essa negociação pode acontecer em algumas situações bem específicas, como no caso de um profissional acumular tarefas pela extinção de algum cargo dentro da empresa ou ter colaborado de forma direta nos resultados da companhia.
Para Edson Freire Junior, coordenador de RH da Éricon, empresa de soluções para higiene, isso tende a ocorrer especialmente em empresas de menor porte, onde não há uma política de cargos e salários em uso e os aumentos não são concedidos em porcentagem. “Em empresas maiores e melhores estruturadas, com RH ativo e plano de cargos e salários bem definido, há um engessamento da prática de aumentos salariais, pois há a necessidade de seguir a regra básica existente para aumentos e promoções, resultando em aumentos mais baixos, porém mais frequentes.”
Daí a recomendação de que, ao entrar em uma organização, o profissional deva deixar claro ao seu superior direto e ao RH quais são suas aspirações, dentro do departamento e da empresa como um todo. “Dessa forma, mais à frente, quando chegar a hora de pedir um aumento, o profissional deve elencar os resultados obtidos nesse período e expor, de forma sutil, sua eficiência e eficácia nas rotinas da empresa.” Se o pedido for negado, o colaborador deve, então, fazer uma análise de sua atuação e traçar um plano de ação para sanar os motivos expostos pela empresa em sua resposta negativa. “Feito isso, e certo de ter conseguido bons resultados, o profissional pode, então, tentar uma nova negociação.”

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Minutos de Liderança – Seja generoso

 

Minutos de Liderança - Seja generoso
 
A maioria dos líderes naturais não aspira ser grandes líderes, mas sim, grandes homens e grandes mulheres. Qualificações pessoais possibilitam qualificações de liderança. Quando líderes conduzem bem suas próprias vidas, são naturalmente seguidos.
Pense em Madre Teresa de Calcutá, Índia. Duvido que pen­sasse: “Vou ser uma grande líder!” No entanto, tornou-se uma grande líder ao decidir ser a pessoa que Deus a criou para ser.
Se queremos que nossa liderança dure, devemos prestar atenção a esses quatro elementos fundamentais:
O caráter nos permite fazer o que é certo mesmo quando parece difícil.
A perspectiva nos permite entender o que deve acontecer para que um objetivo seja atendido.
A coragem nos permite tomar iniciativa e correr riscos para andar na direção de um objetivo que valha a pena.
A consideração nos permite atrair e dar poderes aos outros para se juntarem a nós na causa.
Bíblia da Liderança Cristã – John Maxwell
GENEROSIDADE
Observem como exemplo este texto bíblico:
Se houver algum israelita pobre em qualquer das cidades da terra que o SENHOR, o seu Deus, lhes está dando, não endureçam o coração, nem fechem a mão para com o seu irmão pobre. Ao contrário, tenham mão aberta e emprestem-lhe liberalmente o que ele precisar. Deuteronômio 15:7,8
Se grandes líderes erram, eles o fazem para o lado da genero­sidade. Afinal, são doadores, não cobradores. Eles se sentem motivados a:
  1. Servir a seus liderados para que se desenvolvam.
  2. Suplantar os obstáculos ao desenvolvimento do poten­cial de seus liderados.
  3. Lutar por causas que beneficiem a humanidade.
Deus instrui seus líderes e toda a nação de Israel a imi­tar sua generosidade e graça. Ao final de cada sete anos, todo israelita deveria cancelar todas as dívidas de seus compatriotas. Se eles realmente cancelassem as dívidas, dessem o exemplo de graça e perdão e cuidassem dos pobres, Deus favoreceria sua terra com colheitas abundantes e liberdade de invasões. Imagi­ne! Simplesmente precisariam confiar que Deus estava no con­trole: ele cuidaria da chuva e do sol, proporcionando tempos de colheitas prolíficas.
ENTREGUE-SE
Nada excerce um impacto mais positivo que a doação. Isso é porque doar é viver em um nível mais alto. Os generosos con­centram seu tempo e sua energia no que podem proporcionar aos outros, e não naquilo que podem conseguir deles. E, quanto mais a pessoa dá, melhor é sua atitude.
A maioria das pessoas que não são bem-sucedidas não en­tende esse conceito. Crêem que a postura de doação se baseia no quanto temos. Mas não é o que você tem que faz a diferença. E o que você faz com o que você tem. E isso é atitude.
Plante uma semente, mude uma vida. Já foi dito que cons­truímos a vida com o que conseguimos, mas podemos construir uma vida com o que damos. Ajudar os outros é algo que você pode começar a fazer hoje, seja passando mais tempo com sua família, desenvolvendo um liderado que demonstra potencial, ajudando as pessoas na comunidade, ou refreando seus próprios desejos para beneficiar sua equipe. A chave é encontrar seu pro­pósito e ajudar os outros enquanto você o busca.
Como o apre­sentador Danny Thomas disse:
“Todos nós nascemos por um motivo, mas nem todos descobrimos qual.
O sucesso na vida não tem nada a ver com o que você ganha na vida ou consegue para si. É o que você faz para os outros.”
Danny Thomas, pseudônimo de Amos Alphonsus Muzyad Yakhoob (Deerfield, 6 de janeiro de 1912 – Los Angeles, 6 de fevereiro de 1991) foi ator e apresentador estadunidense, de origem libanesa, vencedor do Emmy Awards.
Your Road Map for Success [Seu mapa para 0 sucesso]
DOAR É VIVER NUM NÍVEL MAIS ALTO. É MUITO MELHOR DAR DO QUE RECEBER.
Nada fala aos outros mais alto do que a generosidade de um líder. A generosidade verdadeira não é um evento ocasional. Vem do coração e permeia todos os aspectos da vida de um líder, tocando seu tempo, dinheiro, talentos e posses. Líderes eficazes não juntam coisas só para si; eles o fazem para dar aos outros.
Para cultivar a qualidade da generosidade na sua vida, faça o seguinte:
  1. Seja grato pelo que quer que você tenha.
  2. Ponha as pessoas em primeiro lugar.
  3. Não deixe que o desejo pelas posses o controle.
  4. Considere o dinheiro um recurso.
  5. Desenvolva o hábito de doar.
O único jeito de manter uma atitude de generosidade é tornar um hábito doar seu tempo, atenção, dinheiro e recursos. Como Richard Foster afirma: “O simples ato de se abrir mão do dinheiro, ou de algum outro tesouro, faz algo dentro de nós. Destrói o demônio ‘ganância’.”
As 21 indispensáveis qualidades de um líder
ESTA SEMANA: Considere o que você já está dando, o que estão pedindo que você dê e o que você gostaria de dar mesmo sem ninguém ter pedido. Suas razões para aceitar ou negar pedidos podem ser boas, mas são misericordiosas? Como você se sente ao doar?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Empreendedorismo feminino e a nova revolução

 


Empreendedorismo é o novo movimento feminino

Empreendedorismo Feminino
Uma revolução silenciosa acontece neste momento entre as mulheres. Ao contrário da revolução silenciosa que começou nos anos 70 na qual as mulheres saíram de casa para entrar no mercado de trabalho em massa, as mulheres atualmente estão saindo do mercado de trabalho para voltar para casa. Porém, ao contrário das mulheres de gerações anteriores, estas optaram pelo trabalho em casa não como donas de casa mas como empreendedoras.
As mulheres têm aberto novos negócios nos últimos 20 anos em um número maior do que os homens e tendem a criar negócios baseados em casa, em sua maioria micro (com menos do que 5 funcionários) e pequenas empresas. As mulheres criarão mais da metade dos 9,72 milhões (expectativa) de empregos através de suas pequenas empresas até 2018 e mais e mais estarão fazendo isso através de seus home offices em todo o país. Os dados liberados esta semana pela Federação Nacional dos Negócios Independentes sobre as mulheres de negócios durante a recessão (iniciada em 2008) realmente provou que esta é uma revolução com poder permanente.

Recuperação do mercado perdido

A recessão foi dura com vários proprietários de pequenas empresas e aproximadamente metade das empresárias mulheres ainda não conseguiu voltar a alcançar os resultados dos tempos de pré-recessão, mas elas perseveraram e se adaptaram à nova economia. Controlar os custos foi a estratégia mais popular adotada entre as mulheres empreendedoras para passar pelo período mais difícil e houve um aumento de 52% no número de empreendedoras que passaram a usar a mídia social para levantar os negócios enquanto economizavam verba para o marketing.
“O resultado é um novo e grande grupo de mulheres empreendedoras, à prova de crise e mais competitivas que a geração que as precedeu”, afirma William Dennis em relatório. Com um número cada vez maior de mulheres iniciando negócios e sendo bem-sucedidas, há uma oportunidade de redesenhar o panorama do trabalho. Com a satisfação no trabalho e o próprio ambiente de trabalho cada vez mais em baixa, algo precisa ser modificado e este pode ser um passo na direção correta.
Vamos ser bem claros: não estou dizendo que as mulheres são melhores ou que o fato de as mulheres iniciarem novos negócios seja um mundo de maravilhas. É que as mulheres simplesmente fazem negócios de forma diferenciada e a diferença deve ser bem recebida. Muitas mulheres vêem as corporações hoje em dia como tendo fundamentalmente falhas limitadoras em seus valores estruturais. O Guardian Life Index, uma iniciativa para entender os pequenos empresários norte-americanos, cita a “política do escritório” como um fator fundamental para as mulheres deixarem o mundo corporativo e iniciarem um negócio próprio. Apesar do custo inicial de um pequeno negócio em um período de baixas, as mulheres têm dito “não, obrigada” a essa escalada no mundo corporativo, onde é preciso lidar com politicagens e trabalhar longas jornadas sem necessariamente sentirem-se realizadas.
Muitas mulheres iniciam seus negócios alinhados com os valores pessoais e que oferecem liberdade e flexibilidade com relação à sua agenda. “O que antes era um telhado de vidro para as mulheres e limitava suas carreiras, hoje pavimenta uma nova estrada rumo ao mundo do negócio próprio, onde as mulheres podem usar sua sabedoria enquanto constroem laços familiares fortes” diz Erica Nicole, que abandonou o mundo corporativo para criar a revista YFS.
Para algumas mulheres, a insatisfação com o mundo corporativo começa antes até de entrarem no mercado de trabalho. A estrada para o empreendedorismo para Shama Kabani teve início depois de muito insistir na carreira de mídias sociais apesar de ter sido rejeitada pelo mundo corporativo. “Depois de 18 empresas terem me dado resposta negativa, comecei minha própria empresa de mídia social e RP digital com $1,500”, explica Shama. Sua empresa, a The Marketing Zen Group, agora é uma companhia multi-milionária que emprega 25 pessoas.
Também há a questão da geração Y, com mulheres que nem mesmo consideram a hipótese de ter uma carreira corporativa ou se estressar em um emprego tradicional, mas que perseguem o empreendedorismo, como Meghan Casserly citou em sua postagem super popular no blog Forbes.com. As mulheres Millennial anseiam a independência.
“Tomar a decisão de não seguir um sistema ou as regras de outra pessoa me permitiu descobrir e explorar meus talentos e potenciais sem perder tempo me sentindo chateada ou inútil”, comenta Ishita Gupta, que criou a FEAR.LESS Magazine enquanto fazia um programa de MBA alternativo do Seth Godin. FEAR.LESS está em uma missão de prover ferramentas mentais para as pessoas lidarem com o medo, algo que ainda freia muitas mulheres com espírito empreendedor, mesmo que já tenham experiência em abrir novos negócios.

As mulheres a frente dos novos negócios

De acordo com o Global Entrepreneurship Monitor, 47,7% das mulheres contra 62,1% dos homens acreditam serem capazes de iniciar e gerenciar um negócio próprio. Treinamentos para negócios como o de Seth (AMBA) podem ser a chave para construir esta ponte de confiança que separa homens e mulheres quando o assunto é começar um novo negócio.
Incubadoras com foco no público feminino e eventos como os realizados pelo Women 2.0 e Ladies Who Launch ajudam as empreendedoras a construir network, ganhar confiança e aprender com as mulheres de sucesso. Mas aqui vale um alerta para os cursos que reforçam o “mulheres somente”, pois podemos aprender muito mais com mentores homens e mulheres. É importante aprender com os empreendedores de sucesso, com diferentes perspectivas e experiências, pois vão ajudar você a se tornar mais dinâmico e ágil como dono de um negócio.
Precisamos ser líderes dinâmicos e estrategistas ágeis para remodelar o ambiente de trabalho que claramente não está mais funcionando. Fazer do mundo um lugar melhor com um trabalhador e um ambiente de trabalho por vez certamente será uma estrada pavimentada com desafios, mas se afundarmos nossos saltos nelas e provarmos para nós mesmas em situações difíceis como na pior recessão de nossas vidas, eu acho que conseguiremos então passar por qualquer coisa. Uma coisa é certa: o movimento das mulheres atualmente, a Revolução Silenciosa do século 21, veio para ficar e está ficando cada vez mais barulhenta.

Dicas para um brainstorm criativo e inovador em mídias sociais

 


Já comentei aqui no blog que o sucesso ou fracasso de uma estratégia em mídias sociais não depende de uma receita pronta e infalível. Então o passo inicial sempre acaba sendo um brainstorm para achar um caminho que se encaixe com seus objetivos.
Eu nunca havia participado de uma reunião de criação de campanha em mídias sociais – apesar de ter esse blog cheio de boas ideias – até esta semana, quando participei da minha primeira – ou uma tentativa – na Campus Party 2013.
Comandando a nossa reunião fictícia estava a Gabriela Hunnicutt, diretora-geral e de criação da agência Bold Conteúdo, com a ajuda da dupla Daniel Rodrigues e Luiz Padreca, criadores do site de culinária – nerd e divertida – Miolos Fritos. A proposta fictícia? Criar uma campanha em mídias sociais para uma marca de pratos regionais prontos, como acarajé para o Nordeste ou churrasco para o Sul, com um foco na Copa de 2014, aqui no Brasil.
Algumas pessoas da plateia foram escolhidas para subir ao palco e formar a equipe de criação, o que não impediu que todo mundo desses seus pitacos. Antes mesmo de começarmos, Gabriela passou alguns slides com dicas importantes para qualquer empresa no que diz respeito a mídias sociais. Gravem isso antes de começar um brainstorm como esse:
“Quem fala sozinha é a TV. Nas redes sociais, as marcas têm de chamar para a conversa.”
“Se o conteúdo é bom, as pessoas compartilham. Você não precisa pedir que elas façam isso.”
Depois de várias sugestões, discussões – e algumas digressões – aqui estão algumas dicas para ter um bom brainstorm:

- Nunca elimine nenhuma ideia de cara. Deixe-a cozinhar um pouco na roda antes de descartá-la; ela pode ser repensada e virar em algo que faça algum sentido até o final da reunião;
- Lembre-se de que as ideias precisam ser adequadas para as mídias sociais. Cada uma delas tem uma linguagem ou estratégias que, por exemplos anteriores, são mais eficientes em cada uma. Não vá sugerindo um aplicativo para o Twitter ou um concurso de frases para o Pinterest;
- Faça quantas perguntas forem necessárias para você entender completamente aonde vocês querem chegar, que ferramentas vão usar, qual será o orçamento e por assim vai;
- Ao entender o que você quer alcançar, não se esqueça de todos os elementos da campanha. Nos empolgamos tanto com a parte das mídias sociais e das comidas típicas, que esquecemos que elas são prontas – ou seja, vendidas em supermercado – e que a campanha tem o foco na Copa do Mundo 2014;
- Escute as sugestões do seu chefe – ou de clientes –, mesmo que elas pareçam absurdas. Alguma coisa pode sair daí;
- Os usuários de mídias sociais gostam de interagir e contribuir e gostam de ser reconhecidos por isso. Eu – que também dei algumas sugestões – disse que a marca, sendo de comida pronta, poderia pedir para pessoas de determinadas regiões prepararem pratos típicos de onde moram e enviarem fotos ou vídeos de suas tentativas. Depois, ela mostraria uma amostra do mesmo prato preparado pela marca, para que a pessoa não precisasse se preocupar em tentar cozinhar de novo;
- Mantenha esse diálogo com o usuário sempre aberto. “Quando você começa um diálogo com os usuários por meio de mídias sociais, não pode deixar esse canal desaparecer. É como jogar pinball: você não pode deixar a bolinha cair e precisa continuar acertando os alvos e fazendo pontos”, afirma Padreca.
- Na linha da colaboração dos usuários, a própria Gabriela sugeriu que a marca de pratos fizesse uma pesquisa com os consumidores sobre que pratos típicos poderiam entrar na linha. Uma grande competição para decidir que comida identificava cada estado ou região;
- Integração do virtual com o real sempre amplifica o poder do conteúdo divulgado online. Um dos participantes sugeriu a ideia de uma caravana pelas regiões, testando os pratos com moradores de cada uma delas e incentivando o compartilhamento das opiniões pelas mídias sociais;
- Pensando que viralizar é o sonho de qualquer campanha em mídias sociais e que vídeos e ações de marketing de guerrilha geralmente bombam na internet, sugeri uma ação em diferentes cidades, lugares que vendessem determinados pratos típicos, oferecessem comidas de outras regiões. Exemplo: uma baiana em Salvador surpreender seus clientes com uma suculenta picanha, ou uma casa de pão de queijo mineiro oferecer miniacarajés, tudo filmado, claro. A surpresa poderia levar as pessoas a comentar isso pelas mídias sociais;
- Para divulgar os pratos, e levando em consideração o número de turistas que virão durante a Copa, muitas pessoas sugeriram usar expressões típicas de cada região – o “oxente” baiano, ou o “meu” paulista – em frases em outras línguas, ou traduções de frases comuns de cada região.
O que vocês acharam de nossa reunião? E das dicas? O que você acrescentaria como ideia para essa campanha hipotética?