domingo, 11 de novembro de 2012
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Conheça suas armas: Matriz de mídias para marketing de conteúdo [Infográfico]
Postado em 1 de novembro de 2012 por Camilla Slotfeldt
O marketing de conteúdo é cada vez mais falado na internet, e aqui no blog da LUZ já falamos de várias estratégias para fazer a marca da sua empresa ficar mais conhecida online e trazer novos clientes.
Mas mais do que isso, o que vemos hoje, em números, é que o conteúdo vem se tornando uma espécie de moeda da internet. É algo que criamos e trocamos pela atenção dos nossos consumidores. Como disse em uma ótima frase o estrategista de conteúdo global da Intel, Bryan Rhoads:
“A web hoje é um ciclo 24/7 sem fim, alimentado por conteúdo e atividades sociais. Nesse ciclo, as marcas estão percebendo que o conteúdo é a moeda de troca…”
E o valor dessa troca aumenta quando esse conteúdo é compartilhado por outras pessoas que não nós mesmos: gerando inspiração, desentendimento e discussão de maneira geral. O trabalho do marketing de conteúdo é criar algo que as pessoas desejem compartilhar – como isso vai ser compartilhado já é outra história.
Por isso fizemos um infográfico baseado no post do copyblogger para ilustrar os diferentes tipos de conteúdo que podem ser criados para a internet, e que são compartilhados diariamente por milhões de usuários. Fizemos uma matriz que compara os diferentes tipos de mídia de acordo com o que dá mais ou menos trabalho para produzir, e que exige maior ou menor atenção do consumidor. Esperamos que ele possa te ajudar a ter uma visão maior de todas as opções disponíveis e a escolher qual pode ser a melhor opção para o seu público e sua marca! E aí, quais serão as suas armas na internet?
Se gostar do infográfico, pode compartilhá-lo usando o código HTML no fim do post.
Use esse código HTML para inserir o infográfico no seu blog ou website:
Avon inova e lança aplicativo para Ipad
Publicado por Lucas Lima
A Avon inova e disponibiliza um aplicativo para Ipad e permitirá a compra de seus produtos via mobile. O objetivo do canal é ampliar a experiência dos consumidores com a marca por meio de tutoriais, ferramentas, informações sobre cada linha e vídeos. A empresa especializada em venda direta oferece o app gratuitamente na Apple Store e o considera uma evolução do seu tradicional catálogo.
Com isso, a Avon pretende ampliar a atuação de seus 6,4 milhões de revendedores no ambiente virtual, facilitando o relacionamento com os clientes, que também podem usar a plataforma. Porém, ao fazer um pedido, este será remetido para o representante mais próximo do consumidor, para que este profissional dê prosseguimento à venda.
Inovar é preciso! E a Avon dá um passo importante em sua presença nos dispositivos móveis.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Webempreendedorismo: novo modelo de negócios
Criar um negócio na era digital é sentir-se inserido em um novo mundo, no qual você é o que você compartilha
Por Gil Giardelli
O momento econômico pede o empreendedorismo. O mundo pede a inovação. Sai a classe média de carteira assinada e entram os revolucionários empreendedores. Criar um negócio na era digital é sentir-se inserido em um novo mundo, no qual você é o que você compartilha. O conceito de modernidade foi cunhado no século passado, mas acabou a era do ter. Esta é a era do ser.
Vivemos o tempo da "dissonância cognitiva", ou seja, ninguém sabe as regras, ninguém foi ensinado. Por que não empreender? Por que não experimentar? Ouse, arrisque, experimente. Muitos erros acontecerão, erraremos mais e mais. Será empírico, mas aprenderemos como fizeram tantos "gênios digitais". A pergunta é como aprendemos com o erro das gigantes e dos profissionais que venceram? O que de bom eles fizeram para conter a ira das pessoas? Temos muito a aprender, e que bom que não existe receita de bolo. E que bom que há gente saindo para se molhar na chuva.
Empreender é o melhor remédio para a depressão e para o vazio existencial. Vivemos uma abertura sem precedentes para novas ideias, novas abordagens e novos negócios. Lá vem você com a pergunta simplista: "E onde arranjo tempo?". Sim, o tempo linear acabou. Esqueça o relógio e foque nas ações e no objetivo final. Sei que você tem dúvidas e medos: "E a bolsa de estudos que eu ganhei da empresa?"; "E a prestação do carro?". Então, faça como milhares de pessoas: separe duas horas por dia, sacrifique um pouco seu lazer e seu tempo diante da televisão e vá empreender na era digital.
Imagem: Shutterstock |
Um grande amigo escreveu em seu blog uma vez que os concorrentes no mundo do empreendedorismo digital são os programas de trainees, os donos de bares e os vendedores de drogas. São eles que tiram os corações e as mentes de jovens que poderiam criar novas empresas.
É hora de reagir. Não tenha medo de demitir da sua vida os chefes que gritam e de renunciar aos trabalhos chatos. Olhe à sua volta e perceba o olhar dos empreendedores. Repare nas perguntas questionadoras e inventivas dos curiosos. Os novos poetas do "mundo.com" estão deixando uma marca digital, quebrando o silêncio e começando uma revolução.
São milhares de empreendedores em todo o Brasil, inquietos, que trocam empregos pelo sonho de fazer seu negócio. São executivos que trabalham à noite e na madrugada para montar a própria empresa. Essa revolução não usa armas, mas mentes inventivas. Um Brasil inventivo já nasceu. Já existe um Brasil empreendedor, digital, vanguardista e ético. Pessoas estão criando novos negócios e novas formas de pensar na economia criativa e no webempreendedorismo. Precisamos valorizar o que nosso país tem de bom, principalmente as boas ideias.
Faculdades criam estratégias para acompanhar velocidade do mercado
Instituições de ensino de graduação e pós-graduação em Marketing desenvolvem soluções para oferecer aos seus estudantes assuntos sempre atualizados
Por Leticia Muniz, do Mundo do Marketing | 30/10/2012
leticia.muniz@mundodomarketing.com.br
Escolas e faculdades de Marketing precisam acompanhar o mercado constantemente para se manterem na dianteira. Na contramão do ensino tradicional, os assuntos que são tratados em Marketing partem do meio profissional para o acadêmico, exigindo que professores e instituições de ensino lancem mão de estratégias alternativas para se seus cursos estejam atualizados. A agilidade com que conceitos surgem obriga as instituições de ensino a fazerem revisões curriculares e disciplinares frequentes.
Escolas como a Universidade Estácio de Sá, Universidade Anhembi Morumbi, Business School - BSP e Escola Superior de Propaganda e Marketing mantêm conselhos que avaliam periodicamente as disciplinas e estruturas curriculares tanto dos cursos de graduação quanto nos de pós para analisar a sua adequação com o mercado. O objetivo é oferecer um ensino que traga assuntos atuais que estão sendo discutidos e utilizados pelas empresas e profissionais do setor.
Para garantir que seus cursos em Marketing estejam em conformidade com as exigências profissionais, a Universidade Estácio de Sá montou o que chama de Sistema de Gestão do Conhecimento. Trata-se de um grupo que conta com a participação de professores e profissionais de diferentes áreas que analisam as disciplinas e a grade curricular.
Velocidade de Informação
O maior desafio é garantir que o conteúdo ministrado aos alunos dentro das salas de aula esteja afinado com o que é praticado nas empresas. “O que vemos hoje é uma área que muda com uma velocidade muito grande no mundo digital. Todos os dias vemos um conceito novo e acompanhar tudo isso é o nosso maior desafio. Temos que estar cientes dessas mudanças, passá-las para nossos alunos e ir articulando até o final”, explica o professor Décio Moraes, Coordenador Nacional de Marketing da Universidade Estácio de Sá.
O maior desafio é garantir que o conteúdo ministrado aos alunos dentro das salas de aula esteja afinado com o que é praticado nas empresas. “O que vemos hoje é uma área que muda com uma velocidade muito grande no mundo digital. Todos os dias vemos um conceito novo e acompanhar tudo isso é o nosso maior desafio. Temos que estar cientes dessas mudanças, passá-las para nossos alunos e ir articulando até o final”, explica o professor Décio Moraes, Coordenador Nacional de Marketing da Universidade Estácio de Sá.
Uma das estratégias encontradas pela instituição foi a integração entre os profissionais atuantes dentro das empresas e os estudantes para que eles possam trocar experiências. Ao longo do curso são promovidas diferentes atividades extracurriculares para que os alunos possam ter contato com esses profissionais.
Já na Universidade Anhembi Morumbi, uma das saídas para acompanhar um mercado tão mutável foi dar flexibilidade aos professores, que possuem um certo grau de independência para aplicarem mudanças nas cadeiras em que lecionam. Esta mobilidade, chamada de Aprendizagem Ativa, faz com que os profissionais levem para as salas de aula questões do cotidiano, que são debatidas entre os alunos e fundamentadas na teoria. Ao final de cada aula é aplicado um teste para avaliar se o assunto foi compreendido.
Isso faz com que o que é ensinado esteja sempre atualizado, já que os conceitos básicos do Marketing permanecem os mesmos, embora as estratégias mudem. “O Marketing é uma disciplina diferente das outras. Primeiro os assuntos surgem no mercado para depois chegarem na academia. É diferente de uma ciência exata, por exemplo, onde a questão surge dentro de um laboratório, vai para o livro, e depois para as escolas. Esse dinamismo faz com que tenhamos que estar sempre muito atentos para formar profissionais extremamente atualizados”, comenta Sérgio Luis Ignácio de Oliveira, professor no curso de Graduação em Marketing da Universidade Anhembi Morumbi
Comissão de professores
A formação de uma comissão de professores e profissionais foi a estratégia encontrada pela Business School SP- BSP para manter seu ensino sempre atualizado com as exigências do mercado. Anualmente os currículos das disciplinas são revisados para avaliar a necessidade de ajustes. A instituição também conta com as sugestões de alunos e busca pelos assuntos que estão em alta nas redes sociais.
A formação de uma comissão de professores e profissionais foi a estratégia encontrada pela Business School SP- BSP para manter seu ensino sempre atualizado com as exigências do mercado. Anualmente os currículos das disciplinas são revisados para avaliar a necessidade de ajustes. A instituição também conta com as sugestões de alunos e busca pelos assuntos que estão em alta nas redes sociais.
Para ajudar neste processo, a escola busca parcerias com empresas e mantém um diálogo constante com ex-alunos, que ajudam a trazer para o mundo acadêmico as novidades. “Nossos alunos são muito antenados e ajudam trazendo as novidades para as salas de aula. Quase que anualmente fazemos mudanças curriculares. Uma das últimas incluiu disciplinas que fazem parte do Marketing atual e que não existiam como Sustentabilidade, Marketing Social e Branding”, diz a Marcia Auriani, Coordenadora Geral de Pós-Graduação Lato Sensu/Master, da BSP - Business School São Paulo.
A liberdade para que os próprios professores proponham os conteúdos e mudanças nas disciplinas também é uma estratégia praticada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM. A instituição atua com um corpo docente formado principalmente por profissionais atuantes no mercado que sugerem ajustes curriculares ou a inserção de novas disciplinas.
Para garantir que os assuntos que são passados aos alunos estejam sempre atualizados, os professores procuram levar para as salas de aula assuntos que estão em alta no cotidiano. “Tanto a graduação quanto a pós-graduação são focadas no mercado. Periodicamente os currículos são reavaliados e hoje, por exemplo, já incluem disciplinas que não tínhamos antes como Marketing de nichos e Trade Marketing. A pós-graduação nos dá uma maior flexibilidade de ação, o que significa que a cada dois anos pelo menos podemos fazer mudanças. Nos cursos de graduação isso não é tão simples”, conta Marcos Bedendo, Professor de Gestão de Marcas e Marketing Estratégico dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação da ESPM.
Cursos Procurados
As mudanças no mercado vêm fazendo crescer a procura por alguns cursos de pós-graduação e tecnológicos específicos. O Marketing Digital continua sendo uma das áreas mais buscadas pelos profissionais que procuram por uma especialização. Outra carreira em alta é a de Trade Marketing que, apesar de não ser tão recente, continua entre as mais procuradas nas instituições de ensino superior. A área antes só contava com cursos de pós-graduação e foi transformada em graduação tecnológica em diversas instituições.
As mudanças no mercado vêm fazendo crescer a procura por alguns cursos de pós-graduação e tecnológicos específicos. O Marketing Digital continua sendo uma das áreas mais buscadas pelos profissionais que procuram por uma especialização. Outra carreira em alta é a de Trade Marketing que, apesar de não ser tão recente, continua entre as mais procuradas nas instituições de ensino superior. A área antes só contava com cursos de pós-graduação e foi transformada em graduação tecnológica em diversas instituições.
Outra área que vem provocando uma corrida às escolas é o Marketing Esportivo, por conta da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, eventos realizados no Brasil. “Acredito que essa será uma boa oportunidade de termos daqui para a frente profissionais bem preparados para atuarem nesta área. Hoje temos muita gente trabalhando com o Marketing Esportivo, porém, boa parte sem a formação específica. Creio que esta será uma oportunidade de sedimentar esta área”, comenta Prof. Sérgio Luis Ignácio de Oliveira da Universidade Anhembi Morumbi.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Bombril investe R$ 70 milhões em Marketing para se atualizar
Após sua quase falência, companhia dobra o portfólio em dois anos e se adapta à nova mulher brasileira da classe média para alcançar a liderança no mercado
Por Isa Sousa, do Mundo do Marketing | 29/10/2012
isa@mundodomarketing.com.br
O protagonismo alcançado pelas mulheres de forma definitiva no mercado de trabalho foi o pontapé inicial para a Bombril entender que era o momento de mudar. Com 64 anos de dedicação quase exclusivos a um target mais velho, formado em sua base por donas de casa, a marca se reposicionou e rejuvenesceu, focando em mulheres entre 20 e 30 anos da nova classe média. A empresa também ampliou o seu portfólio de produtos, buscando a liderança em novas categorias.
A iniciativa só foi possível graças a um investimento pesado em estratégias de Marketing. Em 2011, foram aplicados R$ 70 milhões para ampliar a visibilidade. A compreensão de quem é e o que quer a nova consumidora da marca ajudou na elaboração de futuras ações. Boa parte delas é pensada para as redes sociais. “Esse target tem reflexo direto nas nossas iniciativas, na construção do que será veiculado nas redes sociais, na TV aberta. A mulher tem vida ativa e é um grande desafio dialogar com ela”, explica Marcos Scaldelai, Diretor Comercial e de Marketing e P&D da Bombril, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Um dos resultados é que o alcance dos produtos, com um target de até 29 anos, saltou de 65,8% em 2010 para 71,9% no último ano. A ação também foi reforçada com uma revista eletrônica homônima neste ano. “Mudamos todas as formas de falar com nossas consumidoras. Hoje essa mulher exige informação atual e rápida, é bastante conectada à internet. Ela não quer mais ouvir que um produto ‘lava mais branco’ ou que ‘tira mancha’. Ela quer saber sobre sua realidade e por isso o investimento é alto nesse tipo de comunicação”, explica Marcos Scaldelai.
Portfólio ampliado para novas categorias
A ampliação do portfólio também foi estratégica para a Bombril rejuvenescer, entrando em categorias mais modernas, antes impensáveis para o grupo. Em 2010 a empresa contava com 250 itens e, até o fim deste ano, o número chegará a 500. Para 2013 o objetivo é lançar de 25 a 30 produtos e continuar nessa mesma perspectiva para os próximos anos.
Outra estratégia da Bombril para ganhar mercado está na ampliação da distribuição de produtos para o Norte e Nordeste. No início dos anos 2000, a empresa perdeu a liderança nas regiões para a Assolan, até então do grupo Hypermarcas e vendida no ano passado por R$ 125 milhões a Química Amparo. Aproveitando a fragilidade da concorrência, a companhia criou o programa Arrastão, que levou a um aumento de 40% em número de distribuidores. Dados do Kantar WorldPanel indicam que a marca saiu de uma participação de 39% no mercado do Norte e Nordeste para 42,5% em 2011.
Nome forte
Com uma ampliação tão ousada em seu portfólio e mesmo em um curto espaço de tempo, a Bombril conseguiu se estabilizar em algumas categorias e alcançar a liderança de outras. Os destaques, segundo o grupo, vão para o desentupidor de pia e ralo, que ultrapassou o até então líder absoluto Diabo Verde, e os alvejantes, já com o segundo lugar. “Sem dúvida, o sucesso da Bombril é pela força de marca que ela tem”, define Scaldelai.
Com uma ampliação tão ousada em seu portfólio e mesmo em um curto espaço de tempo, a Bombril conseguiu se estabilizar em algumas categorias e alcançar a liderança de outras. Os destaques, segundo o grupo, vão para o desentupidor de pia e ralo, que ultrapassou o até então líder absoluto Diabo Verde, e os alvejantes, já com o segundo lugar. “Sem dúvida, o sucesso da Bombril é pela força de marca que ela tem”, define Scaldelai.
Além da força, é fundamental avaliar as potencialidades do mercado e a absorção do consumidor, principal ator na hora de qualquer tomada de decisão. “Os consumidores não são eternos, mas a marca pode ser. O branding é um trabalho de continuidade. É dever da empresa contar uma história que nunca pode terminar. No caso da Bombril, a primeira coisa que os profissionais de Marketing associam é à limpeza, mas é necessário entender e se adequar a linguagem do público. A forma como a mulher vê a limpeza mudou, portanto é preciso mudar. Só as empresas mais espertas conseguiram olhar e trazer novos produtos”, avalia Ana Luisa Negreiros Diretora Sócia do Grupo Troiano de Branding, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Do ponto de vista econômico, a iniciativa da Bombril também deve representar bons resultados para 2012. Após um período de quase falência, quando em 2006 estava com uma dívida de R$ 800 milhões, o grupo expandiu o faturamento em 7% em 2011, chegando a R$ 1, 16 bilhão. Para este ano, a expectativa é uma alta de 14%. “A Bombril vem crescendo mais que o setor e a meta é que nosso crescimento continue sendo de dois dígitos para os próximos anos”, pontua Marcos Scaldelai.
O Supermercado mais Inovador do Mundo
Postado em 29 de outubro de 2012 por Guilherme Lito
Quando pensamos inovação, logo surge a idéia de algo high tech, internet, tablets, checkout no smartphone e demais coisas hypadas do nosso dia a dia com nomes gringos. Um recente artigo da Mashable mostrou as tendências de modernização dos supermercados com localizador de produto no tablet, carrinhos com jogos eletrônicos para crianças e outros.O tempo tem me provado que, embora essas coisas sejam bonitinhas, nada mais são do que maquiagem. O verdadeiro valor muitas vezes não esta em como você entrega, mas sim no que você se propõe a ser. Embora o Mercadona seja um supermercado muito inovador na sua relação com fornecedores, como o Leandro já postou por aqui, acredito que há um ainda mais inovador: o People’s Supermarket, um mercado local que está gerando tanto rebuliço que acabou levando o primeiro ministro inglês, David Cameron, para ir lá aprender umas lições.
Hoje vou lhe apresentar o Peoples Supermarket, um supermercado que cobra menos do que o Wallmart, mas faz isso de uma maneira incrivelmente moderna e com baixo risco e investimento! Se você acompanha o blog da LUZ e/ou não fica apenas vendo novela, e repara o que está acontecendo à sua volta, você sabe: o mundo esta mudando, e muito. Nessa mudança, diversas verdades estão sendo questionadas. Cliente? Funcionário? Fornecedor? Será que essas figuras são sempre necessárias? O People’s mostra que não necessariamente!
Como funciona o peoples supermarket?
É quase uma ofensa chama-los de um supermercado. Acima de tudo, eles são, na minha opinião, a esperança de um mundo melhor. Eles são uma cooperativa que visa entregar produtos locais de qualidade a um preço justo para o produtor e consumidor inspirado na Food Coop, de Brooklyn. Lá você consumirá apenas produtos feitos por pequenos agricultores locais (equilibrando e geração de renda, fortalecendo a economia local, oferecendo produtos mais saudáveis para seu clientes e economizando o meio ambiente no transporte), promovem uma série de iniciativas para reduzir desperdício (compostando orgânicos que passaram da validade, por ex) e compram energia e outros inputs limpos.Mas isso aí é, digamos assim, “o básico” no que tange uma empresa do século XXI. Eles vão muito além e foi justamente na parte mais crítica da empresa, o “”"RH”"” (entre muitas aspas mesmo), que eles simplesmente fizeram meu queixo cair. Lá, você paga 25 libras por ano para ser um associado e trabalha 4 horas por mês lá. Com isso você garante 20% de desconto.
O que isso gera?
a. Os seus “funcionários” são sempre os mesmos: pessoas que moram no bairro, interessadas em manter o local limpo e preservado tanto quando estão comprando quanto trabalhando.
b. Sua estrutura de custos é reduzida absurdamente, inclusive gerando alguma receita devido à taxa anual.
c. Você cria um censo de pertencimento muito grande, fortalecendo os laços comunitários e dando um significado maior a uma tarefa que, hoje, é quase que puramente processual e commoditizada.
d. Há pouco tempo atrás o supermercado estava devendo dinheiro e, numa mobilização rápida, conseguiu o investimento necessário do público local, e sem necessidade de retorna-lo! Quer dinheiro mais barato? É puro engajamento de comunidade.
O criador do mercado, que também introduziu a regra de que quem escolhe o que será vendido são os próprios clientes/funcionários, diz que comida é necessidade, não commodity, que achar que a vida, principalmente no que tange alimentação, é tão fast assim é uma tolice. Temos, segundo ele, que ressignificar a forma como tratamos a comida, a começar por repensar de onde consumimos e quanto valorizamos o trabalho bom feito por bons produtores, não apenas indústrias agrícolas que produzem nas toneladas com custo para o seu consumidor, funcionário e a própria terra.
O que você ganha com isso?
É o que sempre me perguntam quando conto esse caso. Essa mesma pergunta foi feita por um jornalista inglês a um professor de psicologia que é cliente-voluntário do supermercado. “Rotina e ritual. É o que você ganha com religião e também o que ganha com voluntariado.” Se você parou para fazer a conta se vale ou não a pena financeiramente você parar 1 hora por semana para trabalhar num supermercado para ganhar o desconto, você não entendeu bem a jogada aqui. O valor não é financeiro. O valor é o das pessoas se apoderarem de suas vidas, escolhendo o que consumirão, por que consumirão, de quem consumirão, o valor é o produtor ter maior estabilidade no seu futuro e ganhar mais dinheiro, o valor é criar um lugar onde todos tem o interesse de o manter o mais limpo e agradável o possível. Daí o por que dele ser o supermercado mais inovador do mundo. Sem tablets, sim, mas se propondo a ser uma nova forma de “fazer negócios” e ter acesso a comida.Se amarrou? Amanhã falarei sobre esse e outros casos na palestra online “Empreenda Inovando” que acontecerá de 18 às 20h. Se você gostou disso aqui, gostará de muita coisa que falaremos por lá. Te aguardo?
Obs: algumas referências para quem quiser ler mais, infelizmente a maioria em inglês:
http://en.wikipedia.org/wiki/The_People’s_Supermarket
http://www.guardian.co.uk/theguardian/2012/mar/02/london-peoples-supermarket-cooperatives
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/people-supermarket-mercado-comunitario-negocios-vidasimples-618917.shtml
http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/tag/the-peoples-supermarket/
http://www.independent.co.uk/news/uk/home-news/peoples-supermarket-revolution-spreads-2360512.html
http://www.telegraph.co.uk/foodanddrink/7779395/The-Peoples-Supermarket-communal-cheap-and-democratic.html
Abraços e até!
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